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UNIFICAÇÕES ITALIANA E ALEMÃ (1871)

SÉCULO XIX. UNIFICAÇÕES ITALIANA E ALEMÃ (1871). Prof. Bernadete. as políticas das nacionalidades. 1815/1830 – A RESTAURAÇÃO DAS ESTRUTURAS DO ANTIGO REGIME – foi a reação conservadora frente às forças de transformação do Iluminismo, forças liberais.

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UNIFICAÇÕES ITALIANA E ALEMÃ (1871)

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  1. SÉCULO XIX UNIFICAÇÕES ITALIANA E ALEMÃ (1871) Prof. Bernadete as políticas das nacionalidades

  2. 1815/1830 – A RESTAURAÇÃO DAS ESTRUTURAS DO ANTIGO REGIME – foi a reação conservadora frente às forças de transformação do Iluminismo, forças liberais.

  3. O início da Restauração se dá com o CONGRESSO DE VIENA entre Áustria, Rússia e Prússia e mais a Inglaterra. Os três primeiros países formaram a SANTA ALIANÇA.

  4. Mas houve contestações a isso: • 1820 → REVOLUÇÃO DO PORTO • → REVOLUÇÃO DE CÁDIZ • As chamadas revoluções “LIBERAIS” (rodando), que mesmo sendo contraditórias mostram a não consolidação da Restauração.

  5. 1830/1870 – NOVO CICLO DE REVOLUÇÕES LIBERAIS E MOVIMENTOS NACIONALISTAS: • Bélgica→ anexada a Holanda; • Grécia→ anexada ao Império Turco-Otomano; • Polônia→ tripartida entre Áustria, Rússia e Prússia; • Itália→ fragmentada territorialmente e sob tutela política estrangeira; • Alemanha→ fragmentada e sob a tutela política estrangeira: 38 Estados e Prússia → CONFEDERAÇÃO GERMÂNICA

  6. Obs: século XV/XVI – formação dos Estados Nacionais (Portugal, Espanha, França e Inglaterra) com a via clássica de construção → ALIANÇA ENTRE MONARCAS E BURGUESIA MERCANTIL.

  7. UNIFICAÇÃO ALEMÃ (1834-71)

  8. Etapas: 1834 – adoção do ZOLLVEREIN, política aduaneira defendida pela Prússia para os 38 Estados, havendo a supressão das alfândegas internas e promovendo uma integração econômica que precedeu a política.

  9. 1848 – Congresso de Frankfurt: os 38 Estados e a Prússia se reuniram e houve, por voto da maioria, a aprovação da unificação alemã. Mas não foi sustentada devido a uma reação austríaca, causando o recuo dos príncipes alemães.’

  10. Obs: 1) Não houve unanimidade na decisão: os Estados do sul da Confederação Germânica, de forte influência católica e francesa, votaram contra a unificação.

  11. 2) O Congresso aconteceu no momento em que na Europa vários movimentos em prol da liberdade estavam ocorrendo...

  12. PRIMAVERA DOS POVOS • tentativa de libertação polonesa • tentativa de unificação italiana

  13. Revolução de Fevereiro na França contra o governo de Luís Felipe ( o rei burguês )

  14. Publicação do “Manifesto Comunista” de Marx e Engels...

  15. 3) Em 1848 na Áustria, houve a queda de Metternich, arquiteto político da Restauração (“sistema de Metternich”) e para alemães, italianos e poloneses isso foi visto como uma chance de romper com a tutela austríaca. A PRÚSSIA PERCEBE QUE O ÚNICO CAMINHO PARA A UNIFICAÇÃO SERIA O DA FORÇA MILITAR, UMA VEZ QUE A ÁUSTRIA NÃO CEDERIA A TUTELA.

  16. ANOS 1850 – militarização prussiana, enfatizada nos anos 1860 com a ascensão de Otto Von Bismarck (1862) ao cargo de chanceler prussiano. Ele arquitetou a unificação alemã. COSTITUIU-SE UMA ALIANÇA ENTRE A BURGUESIA E A ARISTOCRACIA RURAL (Jünkers), DA QUAL BISMARCK FAZIA PARTE. • Adotou então a “política de FERRO e SANGUE”.

  17. ANOS 1860 – Guerras externas • 1864 – Guerra dos Ducados (Holstein e Slevig): Prússia/Áustria×Dinamarca • 1866 – Guerra Austro-Prussiana (ou “das sete semanas”) – unificação parcial da Alemanha→ Prússia/34 Estados, formando a Confederação dos Estados do Norte.

  18. POR QUE BISMARCK NÃO , INVADIU O SUL?

  19. Porque isso poderia causar uma guerra civil, além de ter de lidar com a ameaça francesa. Mas ele precisava do apoio do sul → vai engendrar uma situação para colocá-los contra a França e reuni-los ao norte; FEZ PUBLICAR NA IMPRENSA ALEMÃ UMA CORRESPONDÊNCIA QUE TERIA SIDO ENVIADA POR NAPOLEÃO PARA A PRÚSSIA – “Despacho de Ems” - ONDE A FRANÇA AMEAÇAVA COM UMA RETALIAÇÃO CONTRA AS HOSTILIDADES AOS ALEMÃES DO SUL FEITAS PELA PRÚSSIA. Invocando o nacionalismo, Bismarck conseguiu que os sulistas se unissem ao norte contra a França: a única entrada para formar-se a “Alemanha” seria pelo sul.

  20. 1870/71 – Guerra Franco-Prussiana Conseqüências: unificação alemã; tomada da Alsácia-Lorena deixando a França dependente do carvão estrangeiro e aumentando o sentimento de revanche entre os franceses; queda de Napoleão III e formação da única experiência de governo popular – a COMUNA DE PARIS; o kaiser Guilherme foi coroado em Versalhes, humilhando os franceses e aumentando seu ódio aos alemães.

  21. COMUNA DE PARIS

  22. A UNIFICAÇÃO FOI CONSEGUIDA PELA “VIA PRUSSIANA” → uniformidade de planos e militarização.

  23. UNIFICAÇÃO ITALIANA(1871)

  24. Obs: • A situação da Itália pós-1815→ a Itália estava dividida em 7 regiões: REINO SARDO PIEMONTÊS, independente e governado por liberais; REINO LOMBARDO-VÊNETO anexado à Áustria; região dos ESTADOS PONTIFICAIS ou REGIÃO ROMANA (pertencente a Igreja Católica); REINO DE NÁPOLES ou das DUAS SICÍLIAS, governado por príncipes espanhóis da família dos Bourbons; ducados governados por príncipes austríacos: PARMA, MÓDENA e TOSCANA.

  25. 2) Correntes políticas na Itália: • - RISORGIMENTO → corrente da alta burguesia (Piemonte), moderada e adepta da monarquia constitucional → Modelo piemontês.

  26. - JOVEM ITÁLIA ou MAZZINISMO → formado pela pequena burguesia republicana identificada com questões sociais (norte). • - EXÉRCITO DOS CAMISAS VERMELHAS → movimento popular liderado por Giuseppe Garibaldi; localizado na região sul (mais pobre) e voltado para a problemática social; defendia a formação de uma República Popular. • - CONFEDERAÇÃO CATÓLICA → grupo conservador que defendia uma República presidida pelo Papa.

  27. Etapas (1848-1871): • 1848 – tentativa de unificação liderada pelo rei Carlos Alberto devido a queda de Metternich na Áustria; devido a reação austríaca o rei abdicou e Vítor Emanuel assumiu o trono, convidando o conde Cavour para o cargo de 1º ministro. • Coube a Cavour elaborar a política de unificação baseada na militarização do Piemonte e na POLÍTICA DE ALIANÇA.

  28. Anos 1850 – aliança franco-prussiana contra a Áustria para que o Piemonte tirasse do domínio austríaco a região da Lombardia e Venécia. Como exigência, a França quis duas áreas (“política das compensações”): Nice e Savóia. • 1859 – aconteceu a guerra e em um primeiro momento houve a vitória do Piemonte, o que possibilitou a retomada da Lombardia. • MAS NAPOLEÃO III RECUOU NA ALIANÇA E SEM ELA O PIEMONTE NÃO TINHA CHANCE.

  29. Obs: Razões do recuo de Napoleão III: • versão oficial (francesa) hostilidades dos “camisas vermelhas” aos Estados pontifícios

  30. versões não oficiais: a) uma Itália unificada poderia se tornar forte ameaça a hegemonia francesa; b) a luta do Piemonte contra a Áustria beneficiava a Prússia pois enfraquecia a Áustria mas a vitória piemontesa também implicava na vitória francesa e fortalecimento da França, o que prejudicava a Prússia; então dizem que esta última ameaçou apoiar a Áustria para conter a França; Napoleão III recuou. A partir desse momento a guerra acabou e para que a unificação se completasse faltavam os Estados Pontificais e a Venécia. Na guerra austro- prussiana houve a anexação da Venécia e na guerra franco-prussiana a anexação dos Estados da Igreja.

  31. Obs 1 – Os carbonários (atuação no sul) foram os responsáveis pela propagação dos ideais nacionalistas pela península itálica. Eram uma sociedade secreta nacionalista. E não tinham viés político.

  32. Obs 2 – “QUESTÃO ROMANA” – com a unificação italiana e com a ocupação dos Estados Pontificais houve de 1871 a 1929, o rompimento de relações entre a Igreja e o Estado italiano pois a Igreja não reconheceu esse Estado e incentivou as abstenções eleitorais. Isso enfraqueceu o Parlamento e os partidos políticos, tornando o Estado mais fraco. Essa questão iniciou-se com o Papa Pio IX e foi até o Papa Pio XI, que assinou o TRATADO DE LATRÃO com o governo italiano, isto é, com Mussolini, reatando relações. Para Mussolini significou o apoio da Igreja e consequentemente dos fiéis ao Fascismo e a Igreja teve o reconhecimento da sua soberania sobre o Vaticano (surgiu o Estado do Vaticano).

  33. TRATADO DE LATRÃO

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