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SEMANA DE ARTE MODERNA. SÃO PAULO - BRASIL - 1922. MOSTRA DE ARTES MODERNAS EM SÃO PAULO. ► Já em 1920, Oswald de Andrade prometera para 1922 – ano do Centenário da Independência – uma ação de artistas novos que “fizesse valer o centenário”.
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SEMANA DE ARTE MODERNA SÃO PAULO - BRASIL - 1922
MOSTRA DE ARTES MODERNAS EM SÃO PAULO • ► Já em 1920, Oswald de Andrade prometera para 1922 – ano do Centenário da Independência – uma ação de artistas novos que “fizesse valer o centenário”. • ► A Semana de Arte Moderna ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, com a participação de artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. • ► Durante toda a semana, o saguão do teatro • esteve aberto ao público.
Os organizadores da semana de arte moderna • →De pé, entre outros, Manuel Bandeira (de óculos e gravata-borboleta); Mário de Andrade e Guilherme de Almeida (atrás das cadeiras); Paulo Prado (de bigode, ao centro); Godofredo Silva Telles (último à direita) e Oswald de Andrade (sentado no chão).
Exposição de artes plásticas • Obras de Anita Mafaltti, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Di Cavalcanti, Harberg, Brecheret, Ferrignac e Antonio Moya.
saraus • Nos dias 13, 15 e 17, realizaram-se saraus com apresentação de: • CONFERÊNCIAS • LEITURAS DE POEMAS • DANÇA • MÚSICA
A PRIMEIRA NOITE • Conferência de Graça Aranha, intitulada “A emoção estética na arte moderna”. • Nesta conferência, Graça Aranha, em linguagem tradicional e acadêmica, manifestou seu apoio à arte moderna.
2ª noite – mais importante e tumultuada • ●Menotti del Picchia abriu a noite com uma conferência em que negava a filiação do grupo modernista ao futurismo de Marinetti, mas defendia: • ► a integração da poesia com os tempos modernos, • ► a liberdade de criação, • ► a criação de uma arte genuinamente brasileira.
Gritaria e latidos!?!?!?! • ► Quando se iniciou a leitura de poemas e fragmentos de prosa, a plateia teve reações surpreendentes: muitos vaiaram, relincharam, latiram e gritaram, embora alguns tenham aplaudido.
A IMPORTÂNCIA DA SEMANA • ► Na época, a Semana de Arte Moderna não teve muita popularidade. • ► Os jornais do momento, por exemplo, não lhe dedicaram mais do que algumas poucas colunas, e a opinião pública ficou distante. • ► Os participantes dela não tinham sequer um projeto artístico comum. • ► O que os unia era apenas o sentimento de liberdade de criação e o desejo de romper com a cultura tradicional. • ► Foi, portanto, um acontecimento bastante restrito aos meios artísticos, principalmente de São Paulo.
Apesar disso... • Apesar dos relinchos, latidos e da falta de cobertura jornalística, a Semana foi, aos poucos, ganhando uma enorme importância histórica porque: • Representou a confluência das várias tendências de renovação que vinham ocorrendo na cultura brasileira antes de 1922. • Representou uma ruptura, um abandono de princípios e de técnicas consequentes, uma revolta contra o que era a inteligência nacional, nas palavras de Mário de Andrade. • Conseguiu chamar a atenção dos meios artísticos de todo o país e, ao mesmo tempo, aproximar artistas com ideias modernistas que até então se encontravam dispersos. • Permitiu o intercâmbio de ideias e de técnicas, o que ampliaria os diversos ramos artísticos e os atualizaria em relação ao que se fazia na Europa.