130 likes | 248 Views
Georges Bataille e a Política do Impossível. Prof. Ms . Reginaldo Sousa Chaves. As Lágrimas de Nietzsche:. A “Morte de Deus” como acontecimento político: quebra da aura sagrada do poder nas sociedades pré-modernas. A promessa moderna da igualdade e a democracia burguesa (desníveis de poder).
E N D
Georges Bataille e a Política do Impossível Prof. Ms. Reginaldo Sousa Chaves
As Lágrimas de Nietzsche: • A “Morte de Deus” como acontecimento político: quebra da aura sagrada do poder nas sociedades pré-modernas. • A promessa moderna da igualdade e a democracia burguesa (desníveis de poder). • Políticas do Impossível: as modernidades alternativas – o comunismo e o fascismo.
Problema: Afinal, o que se encontra – mas, também, o que nos espera - nos confins, no além das fronteiras da racionalidade política moderna e democrática?
Quem é Georges Bataille (1897-1962)? • Escritor (anônimo) de ficções eróticas (herdeiro de Sade). • Filósofo, ensaísta, Historiador, Antropólogo e Economista. • Intelectual do impossível (surrealismo, fascismo, comunismo).
Filosofia da História da Proscrição: • A intimidade animal e a projeção da “coisas” como cisão entre o sujeito e o objeto – a produção racional do útil profano. • A restituição da descontinuidade pelo sagrado: o sacrifício, a guerra, as festas orgiásticas. (Obs: Não havia ainda a separação entre o fasto e o nefasto, o puro e o impuro, o baixo e o alto, etc.)
Economia Geral: • Duas formas de consumo: • Circuito do útil: redução do homem à coisa. • Outro que está fundado na empresa improdutiva dispendiosa (potlatch), puro dom, consumição que possui elementos de recusa do mundo profano e a assunção do mundo sagrado nefasto que encontramos nas festas, no erotismo, nos sacrifícios, guerra, jogos, nos ritos religiosos, etc., mas – para mim – principalmente na arte, na poesia na literatura (ligada ao Mal).
O Homogêneo e o Heterogêneo: • Homogêneo: Mundo útil – esfera do trabalho, profano, da cálculo, da duração, da produção, da conservação. • Heterogêneo: improdutivo, sagrado, baixo, alto, proscrito: reis e a escória. (Obs: Por isso Nietzsche não deixou de se aproximar do mais alto e do mais baixo no combate contra a cultura burguesa).
Mundo Moderno: • Valoração da produção do capital, da coisa, da utilidade, do homogêneo – a secularização do mundo. • Como mobilizar as forças violentas heterogêneas contra a cultura burguesa que rebaixa e subjuga o homem a condição de coisa?
O Poder Soberano: • Líder sagrado das sociedades tradicionais (fascismo). • Existência heterogênea do Führer e do Dulce.
O Poder Soberano: • Mobilização das forças baixas e impurase embriagadas pela revolução (comunismo): como uma toupeira que rasga o chão sujo causando erosão.
“Aqueles onde a força de erupção se acumula situam-se necessariamente em baixo. Os operários comunistas parecem aos burgueses tão feios como as partes sexuais e peludas, ou partes baixas: e disto resultará, cedo ou tarde, uma erupção escandalosa, durante a qual serão cortadas as cabeças nobres e assexuadas dos burgueses. Desastres, as revoluções e os vulcões não fazem amor com os astros.” (BATAILLE, Georges. Ânus solar e outros textos do sol.Lisboa: Assírio e Alvim, 2007.p.51)
Debate: • Afinal, o que se encontra – mas, também, o que nos espera - nos confins, no além das fronteiras da racionalidade política moderna e democrática? • Risco. • Violência. • Terror, Subversão ou Revolução. • A Política do mito ou Mito a Política. • Ambivalência. • A exasperação pela “extrema esquerda” ou “extrema direita”. Etc.