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3. Conhecimentos Gerais. História. Contextos históricos, geográficos, políticos, econômicos e culturais do Brasil e do Rio Grande do Sul. Prof. Omar Martins. http://profomar.wordpress.com. Prof. Omar Martins. Conhecimentos Gerais. História. Aula III • Brasil Colônia (1532 - 1822)
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3 Conhecimentos Gerais História Contextos históricos, geográficos, políticos, econômicos e culturais do Brasil e do Rio Grande do Sul Prof. Omar Martins http://profomar.wordpress.com
Prof. Omar Martins Conhecimentos Gerais História Aula III • Brasil Colônia (1532 - 1822) Fases, administração economia colonial Conflitos
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Introdução Brasil Colônia Os passos iniciais da colonização do Brasil foram dados a partir da criação de núcleos de colonização. Em dezembro de 1530, partiu de Lisboa uma grande expedição composta por 50 embarcações transportando homens, ferramentas, sementes e víveres. Comandada por Martim Afonso de Souza, teve como objetivo estabelecer os primeiros núcleos de povoamento permanente no país.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História São Vicente e Santo André A expedição chegou ao litoral brasileiro em janeiro de 1531. O primeiro núcleo de colonização, a vila de São Vicente, localizada no litoral, foi fundado em 1532. Em seguida criou-se a vila de Santo André da Borda do Campo, no planalto de Piratininga, região interiorana onde hoje se situa a Grande São Paulo. Nesses núcleos concediam-se aos colonos lotes de terra, denominados sesmarias, para que iniciassem as plantações para produzir os meios de subsistência e se fixarem na região.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Também foram nomeados os primeiros administradores e criados os primeiros órgãos fiscais e judiciários. A vila de São Vicente prosperou, estimulando a criação de novos povoamentos em seu entorno; como Santos, em 1536; que posteriormente veio a ser elevado à categoria de “vila” (1545).
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Apesar disso tudo, os primeiros esforços empreendidos pelos portugueses para colonizar o Brasil revelaram-se muito limitados. Os núcleos de colonização eram insuficientes para garantir a permanência dos colonos que aqui chegavam e expandir os povoados. Para dar prosseguimento ao povoamento da colônia de forma ordenada e eficiente, havia a necessidade de vultosos recursos econômicos, de que a Coroa portuguesa não dispunha.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Escravidão: modelo econômico colonial A escravidão no Brasil segue assim paralelamente ao processo de desterritorialização sofrido pelos índios. Diante dessa situação, os nativos só tinham dois caminhos a seguir: reagir à escravização ou aceitá-la. Houve reações em todos os grupos indígenas, muitos lutando contra os colonizadores até a morte ou fugindo para regiões mais remotas.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Fase do Período Colonial (1532 – 1822)
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Capitanias Hereditárias (1532 – 1549) Para prosseguir com o processo de colonização, Portugal recorreu ao sistema de Capitanias hereditárias. Esse sistema já havia sido empregado com êxito em suas possessões nos Açores, Madeira e Cabo Verde. Ele se baseava na doação de um extenso lote de terra a uma pessoa ilustre e influente do reino, geralmente um nobre rico, que passava a ser o donatário e ficava encarregado de empreender a colonização da terra recebida, investindo nela seus próprios recursos.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A fragmentação política colonial A organização territorial da América Portuguesa foi deflagrada com o início efetivo de colonização, a partir da expedição de Martim Afonso de Souza, de 1531. Em nome da coroa ele distribuíra as primeiras sesmarias a colonos portugueses. O seu relatório parece ter sido decisivo para a implantação para a implantação do regime de capitanias hereditárias por D. João III.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Em 1532, o rei decidiu ocupar as terras pelo regime de capitanias, mas num sistema hereditário, pelo qual a exploração passaria a ser direito de família. O capitão e governador, títulos concedidos ao donatário, teria amplos poderes, dentre os quais o de fundar povoamentos (vilas e cidades), conceder sesmarias e administrar a justiça. O sistema de capitanias hereditárias implicava na divisão de terras vastíssimas, doadas a capitães-donatários que seriam responsáveis por seu controle e desenvolvimento, e por arcar com as despesas de colonização. Foram doadas aos que possuíssem condições financeiras para custear a empresa da colonização, e estes eram principalmente “membros da burocracia estatal” e “militares e navegadores ligados à conquista da Índia”. Das quinze capitanias originais, apenas as capitanias de Pernambuco e de São Vicente prosperaram. As terras brasileiras ficavam a dois meses de viagem de Portugal.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Os donatários recebiam as capitanias mediantes cartas reais de doação, que asseguravam a soberania da Coroa mas transferiam a autoridade política para os capitães. Desde 1948, a Coroa começou a resgatar as capitanias abandonas, passando a administrá-las diretamente. Assim, configurou-se ainda no século XVI um regime misto, constituídos por capitanias reais e capitanias particulares. No interior das capitanias, o poder político efetivo encontrava-se nos municípios. As Câmaras Municipais reuniam os proprietários de sesmarias e de escravos - chamados de “homens bons” - e organizavam a tributação e a defesa territorial.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Aquele que recebia o título de capitão donatário não poderia realizar a venda das terras oferecidas, mas tinha o direito de repassá-las aos seus descendentes. No momento da posse, o capitão donatário recebia duas importantes documentações da Coroa: a Carta de Doação e o Foral. Carta de Doação: ficava estabelecido que o governo de Portugal cedia o uso de uma determinada capitania a um donatário e que este não poderia negociá-la sob nenhuma hipótese.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Já o Foral determinava o conjunto específico de direitos e obrigações que o capitão donatário teria em suas mãos. Ele poderia fundar vilas, doar sesmarias (lotes de terra não cultivados), exercer funções judiciárias e militares, cobrar tributos e realizar a escravização de um número fixo de indígenas. Com relação às atividades econômicas, ele poderia ter uma parte dos lucros, desde que isso não ferisse os direitos de arrecadação da Coroa Portuguesa.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Governo-Geral (1549 – 1580) Após o fracasso do projeto de capitanias, o D. João III unificou as capitanias sob um Governo-Geral do Brasil e em 7 de janeiro de 1549 nomeou Tomé de Sousa para assumir o cargo governador-geral. A expedição do primeiro governador chegou ao Brasil com ordens para fundar uma cidade para abrigar a sede da administração colonial. O local escolhido foi a Baía de Todos os Santos e a cidade foi chamada de São Salvador da Baía de Todos os Santos. As condições favoráveis da terra, o clima quente, o solo fértil, a excelente posição geográfica, fizeram com que o rei decidisse reverter a capitania para a Coroa (expropriando-a do donatário Pereira Coutinho).
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Tomé de Sousa As tarefas de Tomé de Sousa eram tornar efetiva a guarda da costa, auxiliar os donatários, organizar a ordem política e jurídica na colônia. O governador organizou a vida municipal, e sobretudo a produção açucareira: distribuiu terras e mandou abrir estradas, além de fazer construir um estaleiro. Desse modo, o Governo-Geral centralizou a administração colonial, subordinando as capitanias a um só governador-geral que tornasse mais rápido o processo de colonização.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Duarte da Costa Em 1553, a pedido, Tomé de Sousa foi exonerado do cargo e substituído por Duarte da Costa, fidalgo e senador nas Cortes de Lisboa. Em sua expedição foram também 260 pessoas, incluindo seu filho, Álvaro da Costa, e o então noviço José de Anchieta, jesuíta basco que seria o pioneiro na catequese dos nativos. A administração de Duarte foi conturbada. Já de início, a intenção de Álvaro em escravizar os indígenas, incluindo os catequizados, esbarrou na impertinência de Dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil. O governador interveio a favor do filho e autorizou a captura de indígenas para uso em trabalho escravo.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Mem de Sá O terceiro Governador-Geral, Mem de Sá (1558-1572), deu continuidade à política de concessão de sesmarias aos colonos e montou ele próprio um engenho, às margens do rio Sergipe, que mais tarde viria a pertencer ao conde de Linhares (Engenho de Sergipe do Conde). Para enfrentar os colonos franceses estabelecidos na França Antártica, aliados aos Tamoios na baía de Guanabara, Mem de Sá aliou-se aos Temiminós do cacique Araribóia. O seu sobrinho, Estácio de Sá, comandou a retomada da região e fundou a cidade do Rio de Janeiro a 20 de Janeiro de 1565, dia de São Sebastião.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História União Ibérica (1580 – 1640) A conquista do Oeste Com o desaparecimento de D. Sebastião, Portugal ficou sob união pessoal com a Espanha, e foi governada pelos três reis Filipes. Isso virtualmente acabou com a linha divisória do meridiano das Tordesilhas e permitiu que o Brasil se expandisse para o oeste. Várias expedições exploratórias do interior (chamado de “os sertões”) foram organizadas, fosse sob ordens diretas da Coroa (“entradas”) ou por caçadores de escravos paulistas (“bandeiras”, donde o nome “bandeirantes”).
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Blocos de colônias O Meridiano de Tordesilhas foi ultrapassado pelos colonos portugueses nos séculos XVII e XVIII. A interiorização, sob estímulo direto e indireto da Coroa, foi acompanhada por territórios coloniais. As capitanias tiveram seus limites alterados, ganhando fronteiras geralmente apoiadas em acidentes naturais.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Estado do Maranhão e Estado do Brasil (1621-1640) Das mudanças administrativas durante o domínio espanhol, a mais importante sucedeu em 1621, com a divisão da colônia em dois Estados independentes: o Estado do Brasil (de Pernambuco a atual Santa Catarina) e o Estado do Maranhão (do atual Ceará à Amazônia). A razão se baseava no destacado papel assumido pelo Maranhão como ponto de apoio e de partida para a colonização do norte e nordeste. O Maranhão tinha por capital São Luís, e o Estado do Brasil sua capital em Salvador.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Invasão Holandesa no Brasil Após domínio da Espanha em Portugal, a Holanda, em busca de açúcar, resolveu enviar suas expedições para invadirem o Nordeste do Brasil, no período colonial. Sua primeira expedição ocorreu em 1621, na Bahia, contudo, esta não foi bem sucedida. Em 1630 houve uma segunda expedição e esta, ao contrário da primeira, ocorreu em Pernambuco foi melhor sucedida Durante seu domínio, a Holanda enviou seu príncipe (Maurício de Nassau) para governar as terras que havia conquistado e formar nestas uma colônia holandesa no Brasil. Neste período, o príncipe holandês dominou enorme parte do território nordestino.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Economia e cultura colonial: Casa grande e senzala A economia da colônia, iniciada com o puro extrativismo de pau-brasil e o escambo entre os colonos e os índios, gradualmente passou à produção local, com os cultivos da cana-de-açúcar e do cacau. O engenho de açúcar (manufatura do ciclo de produção açucareiro) constituiu a peça principal do mercantilismo português, organizadas em grandes propriedades. Estas, como se chamou mais tarde, eram latifúndios, caracterizados por terras extensas, abundante mão-de-obra escrava, técnicas complexas e baixa produtividade.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Gilberto Freyre comenta: • O Brasil nasceu e cresceu econômica e socialmente com o açúcar, entre os dias venturosos do pau-de-tinta e antes de as minas e o café o terem ultrapassado. Efetivamente, o açúcar foi base na formação da sociedade e na forma de família. A casa de engenho foi modelo da fazenda de cacau, da fazenda de café, da estância. Foi base de um complexo sociocultural de vida. • FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. São Paulo: Global, 2006.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História No engenho, as etapas de produção do açúcar iniciavam-se na moagem de cana. Na moagem era extraído o caldo de cana; posteriormente encaminhado para o tanque e depois armazenado. Para a produção da cachaça, o caldo era armazenado para a fermentação e destilação. Na produção do açúcar, o caldo era colocado em tachos de cobre em fogo, até a etapa do resfriamento do melaço.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Administração Colonial (1640 – 1808) Em 1640 chegou ao fim a União Ibérica, graças ao movimento que ficou conhecido como Restauração. Este movimento significou o retorno da autonomia política de Portugal, agora sob a dinastia dos Bragança, sendo seu primeiro rei D. João IV. A aliança entre os portugueses e a República das Províncias Unidas (nome das sete províncias dos Países Baixos), sua aliada na luta pela independência contra a Espanha, propiciou uma trégua aos combates, o que foi muito bom para os negócios holandeses na Colônia.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História No entanto, desde a saída de Conde Maurício de Nassau do governo dominado pelos holandeses na América, em 1644, foi-se ampliando um clima de descontentamento entre os colonos, provocado por incompatibilidades com o novo rumo dado à administração da capitania pela Companhia das Índias, considerado prejudicial aos seus negócios. Entre outras coisas, a Companhia passou a cobrar os empréstimos concedidos por Nassau, e quando esses não eram pagos, os juros aplicados eram extorsivos. E isso numa época de má colheita, provocada por secas e inundações alternadas e a queda de preço internacional do açúcar, em torno de 25%. Além do mais, os holandeses passaram a exercer um controle rigoroso na questão religiosa, perseguindo os católicos. Proibiam a vinda de novos padres para substituir os que morriam ou adoeciam.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Em 1645 teve início um movimento de revolta contra o domínio holandês que ficou conhecido como Insurreição Pernambucana. Lideraram o movimento: os senhores de engenho João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, o índio Filipe Camarão, e o negro Henrique Dias. Após violentas lutas, como o combate do Monte das Tabocas (1645) e as duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649), os holandeses foram finalmente derrotados. Embora expulsos do Brasil, os holandeses somente reconheceram a perda do litoral nordestino em 1661, quando assinaram a Paz de Haia com Portugal e, em 1669, acertaram o recebimento de uma grande indenização por conta das terras perdidas.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a economia da Colônia portuguesa na América. Eles passaram a produzir açúcar nas Antilhas, região da América Central, comercializando-o a um preço mais baixo na Europa. Além disso detinham o domínio sobre os mercados consumidores europeus. A concorrência do açúcar antilhano provocou a queda do preço do açúcar em cerca de 50% e determinou o fim do monopólio português sobre o produto. Foi o início da decadência da empresa açucareira no Brasil.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Crise do açúcar Em meados do século XVII, o açúcar produzido nas Antilhas Holandesas começou a concorrer fortemente na Europa com o açúcar do Brasil. Os holandeses tinham aperfeiçoado a técnica, com a experiência adquirida no Brasil, e contavam com um desenvolvido esquema de transporte e distribuição do açúcar em toda a Europa. Com a crise, o modelo foi esgotando-se e a economia antes circunscrita ao litoral, começa a se deslocar com o início do ciclo do ouro e da pecuária extensiva.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Ciclo do Ouro No final do século XVII descobriu-se ouro nos ribeiros das terras que pertenciam à capitania de São Paulo e mais tarde ficaram conhecidas como Minas Gerais. Descobriram-se depois, no final da década de 1720, diamante e outras gemas preciosas. Esgotou-se o ouro abundante nos ribeirões, que passou a ser mais penosamente buscado em veios dentro da terra. Apareceram metais preciosos em Goiás e no Mato Grosso, no século XVIII. A Coroa cobrava, como tributo, um quinto de todo o minério extraído, o que passou a ser conhecido como “o quinto dos infernos”.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Os caminhos das minas Dois caminhos para chegar às minas logo foram estabelecidos, o Caminho Geral do Sertão, que acompanhava o vale do Paraíba através da Serra da Mantiqueira e um outro, chamado de Caminho Novo, por Pindamonhangaba, de onde se levava uns 20 dias para chegar às lavras. Para melhor administrar e fiscalizar os achados, a Coroa indicou como seu representante um Procurador da Coroa e um Guarda-mor. Também estabeleceu uma Casa de Quintar, para arrecadar o quinto, o imposto real. Essa Casa, também conhecida como das Contas, tinha um administrador, um escrivão, e um fundidor que transformava o ouro em barras, afixando-lhe o cunho real.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Vila Rica de Ouro Preto A política da Coroa foi procurar fixar a população em aldeamentos; para tanto, trataram de fundar vilas, tais como a do Ribeirão do Carmo, chamada Mariana (1711), a Vila Rica de Ouro Preto (1711), a Vila Real de Sabará (1711) e, entre 1713-18, as vilas de Nova Rainha, de Pitanguí, a de São João del Rei, de São José e a Vila do Príncipe. De certa forma esse trabalho foi facilitado pela mudança na extração do ouro. Numa primeira fase, de 1693-1720, os faiscadores formavam uma população ambulante, cigana, que se deslocava atrás do ouro aluvial, indo de lavra em lavra, de barranca em barranca.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Setecentos: o século do ouro Evolução demográfica da colônia (*) subdivididos em: brancos 1.010.000 (31%); índios 250.000 (7,7%); libertos 406.000 (12,5%); pardos (escravos) 221.000(6,8%); negros (escravos) 1.361.000 (42%).Fonte:Contreras Rodrigues (in R. Simonsen - História econômica do Brasil, p. 271)
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Paulistas e emboabas A população era bastante heterogênea, mas distinguiam-se claramente paulistas e forasteiros. Estes eram chamados, depreciativamente, pelos paulistas, de “emboabas”, que em língua tupi queria dizer “pássaro de pés emplumados” - referência irônica aos forasteiros, que usavam botas; os paulistas andavam descalços. Nesse tempo a população paulista era de mamelucos e índios que utilizavam como língua o tupi, mais do que o português. Embora minoritários, os paulistas hostilizavam e eram hostilizados pelos emboabas. Julgavam-se donos das minas por direito de descoberta. Mas a rivalidade entre paulistas e emboabas tinha outros motivos mais significativos.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Século XVI Século XVII Século XVIII
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Conflitos no período Colonial Movimentos Nativistas • Aclamação de Amador Bueno: 1641 Ocorrida em 1641, em São Paulo, foi a primeira manifestação de caráter nativista da Colônia. Amador Bueno não aceitando a coroa, foi perseguido pelos paulistas e se refugiou no mosteiro de São Bento, em São Paulo. • Revolta da Cachaça: 1660-1661 Revolta da Cachaça é o nome pelo qual passou à História do Brasil o episódio ocorrido entre final de 1660 e começo do ano seguinte, no Rio de Janeiro, motivado pelo aumento de impostos excessivamente cobrados aos fabricantes de aguardente. Também é chamada de Revolta do Barbalho ou Bernarda.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Conjuração de "Nosso Pai": 1666 A Conjuração de Nosso Pai, também conhecida por Revolta contra Mendonça Furtado nomeado governador da Capitania de Pernambuco (apelidado pejorativamente de Xumberga (ou, nalgumas outras versões, Xumbregas) - referência ao general alemão Von Schomberg, mercenário que lutara na Guerra da Restauração, por ter um bigode semelhante ao dele) teve lugar em Recife e Olinda, em 1666. • Revolta de Beckman: 1684 A Revolta de Beckman, também Revolta dos Irmãos Beckman ocorreu no então Estado do Maranhão, em 1684.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Guerra dos Emboabas: 1708-1709 A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de 1707 a 1709, pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro, na região das Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs, de um lado, os desbravadores vicentinos, grupo formado pelos bandeirantes paulistas, que haviam descoberto a região das minas e que por esta razão reclamavam a exclusividade de explorá-las; e de outro lado um grupo heterogêneo composto de portugueses e imigrantes das demais partes do Brasil, sobretudo da Bahia, liderados por Manuel Nunes Viana – pejorativamente apelidados de “emboabas” pelos vicentinos –, todos atraídos à região pela febre do ouro. Em novembro de 1708 Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, foi um dos palcos do sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração de ouro na futura Capitania de Minas Gerais.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Revolta do Sal: 1710 A chamada revolta do sal foi uma revolta nativista ocorrida na Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, no Brasil, em 1710. À época, sal, gênero de primeira necessidade para as pessoas e o gado, era explorado a título de monopólio pela política econômica mercantilista da Coroa Portuguesa. O seu comércio era praticado por um reduzido número de pessoas que arrematavam contratos para a exploração e venda do produto, geralmente por um período de três anos. A estes negociantes da Coroa associavam-se outros que viviam nas colônias.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Guerra dos Mascates: 1710-1711 A Guerra dos Mascates que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco, é considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil. Confrontaram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes reinóis (portugueses da Metrópole) do Recife, chamados pejorativamente de mascates. Quando houve as sedições entre os mascates europeus do Recife e a aristocracia rural de Olinda, os sectários dos mascates se apelidavam Tundacumbe, cipós e Camarões, e os nobres e seus sectários, chamados de pé-rapado.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Motins do Maneta: 1711 Os Motins do Maneta foram duas sublevações ocorridas no Brasil Colônia em Salvador contra o monopólio da comercialização do sal e aumento de impostos. • Revolta de Felipe dos Santos: 1720 A Revolta de Felipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica, que se registrou em 1720, na então Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases, é considerada um precursor da Inconfidência Mineira, foi uma reação contra o aumento da exploração colonial. Entre suas causas diretas estavam a criação das casas de fundição, proibindo a circulação de ouro em pó e o monopólio do comércio dos principais gêneros por reinóis (lusitanos). Culminou com a execução do principal líder, Filipe dos Santos.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Movimentos Emancipacionistas • Conjuração Mineira: 1789 A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separatista abortada pela Coroa portuguesa em 1789, na então capitania de Minas Gerais, no Estado do Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português. • Conjuração Carioca: 1794 A chamada Inconfidência Carioca foi o nome pelo qual ficou conhecida a repressão a uma associação de intelectuais que se reuniam, no Rio de Janeiro, em torno de uma sociedade literária, no fim do século XVIII. Fundada desde 1771, sob o nome de Academia Científica do Rio de Janeiro, a sociedade se reunia desde o governo de Luís de Vasconcelos e Sousa (1779-1790).
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Conjuração Baiana: 1798 A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício), foi um movimento separatista de caráter emancipacionista, ocorrido no final do século XVIII, na antiga Capitania da Bahia. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), reveste-se de caráter popular. Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário (onde as pessoas fossem vistas de acordo com a capacidade e merecimento individuais), além da instalação de uma República na Bahia e da liberdade de comércio e o aumento dos salários dos soldados. Tais ideias eram divulgadas sobretudo pelos escritos do soldado Luiz Gonzaga das Virgens e panfletos de Cipriano Barata, médico e filósofo.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Conspiração dos Suaçunas: 1801 A chamada Conspiração dos Suaçunas, também conhecida por sua grafia arcaica, foi um projeto de revolta que se registrou em Olinda, na então Capitania de Pernambuco, no alvorecer do século XIX. Influenciada pelas ideias do Iluminismo e pela Revolução Francesa (1789). • Revolução Pernambucana: 1817 A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, eclodiu em 6 de março de 1817 na então Província de Pernambuco, no Brasil. Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência das ideias Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Guerras indígenas • Confederação dos Tamoios: 1555-1567 A Confederação dos Tamoios é a denominação dada à revolta liderada pela nação indígena Tupinambá, que ocupava o litoral do que hoje é o norte paulista, começando por Bertioga e litoral fluminense, até Cabo Frio, envolvendo também tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, na Capitania de São Vicente, contra os colonizadores portugueses, entre 1556 a 1567, embora tenha-se notícia de incidentes desde 1554. • Guerra dos Aimorés: 1555-1673 • Guerra dos Potiguares: 1586-1599 • Levante dos Tupinambás: 1617-1621
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Confederação dos Cariris: 1686-1692 • Revolta de Mandu Ladino : 1712-1719 • Guerra dos Manaus: 1723-1728 • Resistência Guaicuru: 1725-1744 • Guerrilha dos Muras: todo o século XVIII • Guerra Guaranítica: 1753-1756 Guerra Guaranítica é o nome que se dá aos violentos conflitos que envolvem os índios guaranis e as tropas espanholas e portuguesas no sul do Brasil após a assinatura do Tratado de Madri, em 1750. Em maio de 1756. Chega ao fim a resistência guarani. Um dos principais líderes guaranis é o capitão Sepé Tiaraju. Ele justifica a resistência ao tratado em nome de direito legítimo dos índios em permanecer nas suas terras. Comanda milhares de nativos até ser assassinado na Batalha de Caiboaté, em fevereiro de 1756.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Família Real Portuguesa no Brasil (1808 – 1822) Mudança da Corte e Abertura dos Portos Em novembro de 1807, as tropas de Napoleão Bonaparte obrigaram a coroa portuguesa a procurar abrigo no Brasil. Dom João VI (então Príncipe-Regente em nome de sua mãe, a Rainha Maria I) chegou ao Rio de Janeiro em 1808, abandonando Portugal após uma aliança defensiva feita com a Inglaterra (que escoltou os navios portugueses no caminho). Os portos brasileiros foram abertos às nações amigas (designadamente, a Inglaterra). A abertura dos portos se deu em 28 de janeiro de 1808.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Em represália à França, D. João ordenou ainda a invasão e anexação da Guiana Francesa, no extremo norte, e da banda oriental do rio Uruguai, no extremo sul, já que a Espanha estava então sob o reinado de José Bonaparte, irmão de Napoleão, e portanto era considerada inimiga. O primeiro território foi devolvido à soberania francesa em 1817, mas o Uruguai foi mantido incorporado ao Brasil sob o nome de Província Cisplatina. 1815 – 1828
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Elevação a Reino Unido (1815) No contexto das negociações do Congresso de Viena, o Brasil foi elevado à condição de Reino dentro do Estado português, que assumiu a designação oficial de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarvesem 16 de dezembro de 1815. O Rio de Janeiro, por conseguinte, subia à categoria de Corte e capital, as antigas capitanias passaram a ser denominadas províncias (hoje, os estados). No mesmo ano, a rainha Maria I morreu e D. João foi coroado rei como João VI.