170 likes | 443 Views
Linhas de pesquisa da IPEA: Impactos negativos
E N D
1. Seqüelas invisíveis dos acidentes de trânsito Fátima Cavalcante e Sônia Haddad
O impacto psicológico do acidente de trânsito
O acidente de trânsito no país e no mundo
Tipos e gravidade do Estresse Pós-traumático
Diagnóstico e intervenção
Ações e investigações realizadas no Brasil
Pesquisas no Brasil e no exterior
Recomendações para políticas publicas
2. Linhas de pesquisa da IPEA: Impactos negativos – sociais e econômicos – do trânsito para a sociedade brasileira
1o módulo – 1998
Impacto dos congestionamentos
2o módulo – 2003
Custos dos acidentes de trânsito nas áreas urbanas
3o módulo – 2006
Impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras
3. Acidente de Trânsito nas Rodovias ao redor do mundo (OMS)
Ano 2002
Acidentes nas rodovias federais 1,2 milhão
Média diária 3.242 mortes
Feridos ou Incapacitados 20 a 50 milhões
4. Acidentes nas Rodovias Federais Ano 2004 / 2005
Acidentes nas rodovias federais 100 mil
Número de feridos 66 mil
Número de mortes 6 mil
Número de acidentes diminuiu -2,4%
Número de mortes aumentou 3,8%
5. Efeitos adversos dos acidentes
Qual o custo social de uma criança que perde sua mãe ou seu pai num acidente ?
Qual o custo social de um homem ou uma mulher que adquiriram uma deficiência grave?
6. Impacto psicológico dos acidentes de trânsito
7. Estresse associado a Acidentes de Trânsito (Maia e Pires, 2006)
8. O trauma e a forma de ocorrência do Estresse O Trauma
Percepção de ameaça à vida; confronto com o sofrimento ou a morte
Experiência Pessoal
Testemunhar um acontecimento
Ter conhecimento de morte inesperada e violenta
O Estresse
Pré–experiência
Fatores adversos anteriores
Peri-experiência Gravidade da ameaça no momento do acidente
Pós-experiência
Mobilização de recursos pessoais e sociais
9. Gravidade dos sintomas É medida pela forma como a pessoa o descreve
Sintomas intrusivos – há imagens recorrentes do acidente de uma forma muito perturbadora;
Sintomas de evitamento – há pessoas traumatizadas que não conseguem falar sobre a experiência, pois o sofrimento associado a essa memória é perturbador;
Sintomas de ativação aumentada – há respostas de ativação exagerada como raiva e hipervigilância. As vezes essas pessoas têm reações muito explosivas;
Perturbações: ansiedade fóbica a viagens (52%), ansiedade generalizada (58%), TEPT (50%), depressão (39%), (Mayou et al, 2001)
10. Diagnóstico do TEPT e Comorbidades Sintomas Intrusivos (pelo menos 1 sintoma)
Sintomas de Evitamento e Embotamento (pelo menos 3 sintomas)
Sintomas de Ativação Aumentada (pelo menos 2 sintomas)
Mulheres – perturbações do pânico e agorafobia
Homens – abuso e dependência de álcool e drogas 80% de pessoas c/TEPT – apresentam comorbidades
Depressão (+freqüente)
Comportamento auto- destrutivo ou impulsivo
Sintomas dissociativos, queixas somáticas, alergias
Sentimentos de ineficiência ou de ameaça constante
Desespero, desânimo, hostilidade
Isolamento social
Mudanças de personalidade
11. Impacto econômico e social Impactos a nível econômico
Saúde física e psicológica
Perda de vidas
Perda de sobrevida esperada
Faltas ou perda de emprego
Problemas legais
Sofrimentos da vítima, dos parentes e amigos (angústias, tristezas, danos à aparência, danos à qualidade de vida,).
12. Impacto do acidente rodoviário
Em 3 milhões de acidentes rodoviários, estima-se que 8 a 40% das pessoas terão TEPT no primeiro ano (Blanchard & Hickling, 1997)
O impacto do acidente e suas conseqüências na vítima irão atingir desigualmente os familiares, podendo afetar a saúde do grupo familiar, comprometendo ou fortalecendo a rede social para enfrentamento do problema.
13. Transtornos do acidente
Os transtornos do acidente e o modo como eles foram enfrentados pela equipe de saúde ou pela equipe de resgate também podem afetar a saúde destes profissionais.
Muitas dessas pessoas (vítima, familiar, equipe)vão precisar de uma intervenção psicológica focada em ajudá-las a dar sentido a suas vidas.
É preciso re-significar a experiência traumática e ver o que ela ensinou acerca da vida, bem como dar um suporte social para aprender a lidar com a situação.
14. Dificuldades: diagnóstico e atendimento
Falta clareza sobre como fazer o diagnóstico e o diagnóstico diferencial com outras patologias
Na maioria das vezes, os sintomas do TEPT não são reconhecidos e permaneçam não tratados
Há o agravamento do quadro, vivência de incompreensão e vergonha diante do desajustamento sentido
Há necessidade de se treinar as equipes de saúde para o diagnóstico do TEPT e suas co-morbidades.
É preciso melhorar o atendimento às vítimas de acidentes de trânsito e seus familiares,
É necessário também estender o atendimento às equipes de salvamento e resgate.
15. Prevenção de acidentes de trânsito Projetos desenvolvidos pelo IPEA (1998, 2003, 2006)
Projeto de Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito do Ministério da Saúde – desenvolvido em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Cuiabá (Claves, 2004/2005),tendo sido ampliado para mais 11 municípios
Ações de capacitação para os profissionais envolvidos com o tema do trânsito de diversas instituições e setores
Melhoria, implantação e integração dos sistemas de informações sobre acidentes de trânsito nos municípios, com vistas ao monitoramento e vigilância desses eventos.
Em 2004 a Organização Panamericana de Saúde cria uma área específica para tratar a questão dos acidentes de trânsito na América Latina
16. Seqüelas invisíveis do acidente de trânsito
1) Desenvolver protocolos de avaliação das seqüelas psíquicas para efeito da cobertura de planos de seguro;
2) Encontrar medidas adequadas de prevenção e promoção da saúde que leve em conta as seqüelas invisíveis dos acidentes de trânsito;
3) Quantificar os custos sociais dos acidentes através de estudos qualitativos que contextualize o impacto nas vítimas e em seus familiares;
4) Traçar parâmetros para avaliar impactos de difícil quantificação para os indivíduos e para a sociedade, visando nortear políticas públicas.
17. Diretrizes para pesquisas sobre TEPT na área de acidente de trânsito
1) Elaborar estudos exploratórios e definir grupos alvo;
2) Conhecer os limites éticos para acesso aos bancos de dados;
3) Fazer estudos longitudinais e buscar financiamentos que permitam o desenvolvimento de pesquisas com follow up;
4) Avaliar a comorbidade e situar fatores de risco e de proteção;
5) Medir o grau de incapacidade funcional das pessoas, o impacto na vida pessoal e social
6) Avaliar o impacto do acidente entre os familiares e cuidadores;
7) Desenvolver estratégias para minimizar os efeitos psicológicos do trauma e formas de cuidar dos cuidadores;
8) Contextualizar o estudo do TEPT em termos de diversidade cultural, situando diferenças sócio-culturais, étnicas, de raça, gênero e faixa etária.
18. Recomendações para políticas públicas Garantir atendimento efetivo e eficaz ás vítimas e familiares;
Capacitar e estruturar os locais que recebem as vítimas de acidentes e violências;
Qualificar e melhorar o sistema de informação e integração dos bancos de dados;
Avançar no georeferenciamento das informações para garantir maior precisão de dados.
Fomentar pesquisas na temática, incentivando a criação de linhas de pesquisa nas universidades e centros de pesquisa no país.
Sensibilizar profissionais de todas as áreas, profissionais de saúde e gestores públicos sobre a magnitude das seqüelas dos acidentes e violências e necessidade de capacitação profissional;
Estabelecer estratégias e parâmetros de cuidado para as equipes de saúde tanto do pré-hospitalar, quanto da emergência;
Estabelecer políticas públicas embasadas na realidade e que articule as áreas de educação e saúde, e a mídia.