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A capa - logotipo. Tipos serifados – tradição e elegância. Tipos sem serifa – modernidade e clareza. Tipos manipulados e desenhados – um logo único. Box e faixas – garantia de visibilidade. Chamadas de capa Posição:
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Chamadas de capa Posição: Depende de onde a revista será exposta. Nas bancas, quase sempre, é a faixa vertical do lado esquerdo que aparece; no rack do supermercado, é a faixa horizontal superior ou a capa inteira. No exemplar do assinante, o problema da exposição não existe.
Chamadas de capa Legibilidade: É só olhar uma banca para se surpreender com o número de chamadas ilegíveis por falta de contraste ou pelo excesso de elementos do fundo que interferem com elas. O que contribui para melhor legibilidade: Tipografia clara, no formato e tamanho certos Fundo contrastante e uniforme A chamada principal visível a 3 metros de distância.
Chamadas de capa Matérias com apelo de venda: Boa matéria não dá necessariamente boa chamada de capa. Pode não ter apelo de venda – relevância, provocação ou outra qualidade que atraia o leitor. Nada pior do que descobrir no fechamento da capa que não se tem um bom conjunto. Para evitar que isso aconteça: ao montar a pauta da edição, escrever uma chamada provisória para cada matéria para ver se o conjunto é bom. Se não, mudar a pauta.
Não deixar para última hora: Quanto mais tempo é dedicado às chamadas, melhor resultado. Algumas podem surgir facilmente, outras exigem tempo, persistência, tentativas. Mantenha o grupo de chamadas das edições em execução num lugar visível e faça modificações sempre que surgir uma ideia melhor.
Colecionar chamadas: Colecione boas chamadas encontradas em outras revistas. Elas podem ser úteis para disparar ideias ou mesmo para serem reescritas com palavras diferentes. Chamadas de capa não têm direito autoral. Vale também ter à mão as boas chamadas já publicadas na própria revista. Elas podem ganhar roupa nova.
A chamada pode estar no texto da matéria: Ao ler o texto da matéria, estar alerta para frases vivas, perguntas que vão direto ao ponto e expressões que saltam.
O que funciona nas chamadas: Palavras da moda atraem leitores Trocadilhos não funcionam Positivo vende mais que negativo Soluções vendem mais que problemas Sutileza e ironia não vendem
O que o leitor ganha com isso: Definitivamente, a chamada deve conter a promessa de algo bom que o leitor ganhará com a leitura da matéria anunciada. Ajuda prática, satisfação de uma curiosidade, diversão, melhora na aparência, aprendizado.
Despertar o interesse: Há diferença entre uma chamada de capa e um título. O título capta a mensagem esencial da matéria. A chamada é como um anúncio: chama a atenção para um só aspecto da matéria – o mais atraente.
Clareza: Chamadas não podem ser dúbias nem misteriosas. Gracinhas e jogos de palavras podem funcionar num texto, mas não numa chamada de capa. O leitor precisa entender num segundo o que você quer dizer. Não há tempo para ginástica mental. E mais, o leitor tem de achar facilmente a matéria correspondente à chamada.
Específico é melhor que vago: A chamada específica é melhor que a generalista, que cobre tudo. No caso de matérias tipo how to, é melhor começar a chamada diretamente com o “como...”.
Chamada longa nem sempre é ruim: O tamanho nem sempre é um problema. Um maior número de palavras pode tornar a chamada mais provocativa e curiosa.
As regras das capas da Time: Fotografia vende mais que ilustração. Cartoons não vendem. Mulher vende mais do que homem. Cocaína venda mais do que Coca-Cola. Coisas que causam dor – nevralgia – vendem mais do que coisas que angustiam – falta de dinheiro. Políticos vendem mal, economia vende pior ainda. Cidades vendem mal, cidades pequenas vendem pior ainda. Esporte não vende. Papas mortos vendem mais do que papas vivos, que vendem melhor do que papas feridos. Na dúvida, ponha Madonna na capa.
As regras das capas da People: Jovem vende mais do que velho Bonito vende mais do que feio Rico vende mais do que pobre Artistas de tv vendem mais do que músicos Músicos vendem mais do que atores de cinema Cinema vende mais que esporte Qualquer coisa vende mais que política Nada vende mais do que uma celebridade que morreu.
Uma ferramenta editorial O design de revistas não é um fim em si mesmo. É parte do jornalismo e tem 2 funções primordiais: estabelecer a identidade visual e comunicar o conteúdo editorial. O resto é arte.
Palavras + imagens O leitor não separa o texto de arte: para ele, é uma estrutura única. A maioria folheia as páginas e detém-se ao encontrar algo que lhe interesse. Isso requer que as informações-chave sejam percebidas num olhar, para ajudá-lo a tomar sua decisão.
Mesmo a matéria mais fantástica pode deixar de ser lida se o design falhar na sua função de emocionar, surpreender, encantar e de apresentar as qualidades de seu conteúdo e convencer o leitor de que a informação contida no texto vale a pena ser lida.
O design é o meio de levar as ideias da página para a mente do leitor, silenciosamente, claramente, memoravelmente. O texto sozinho não consegue isso. O design em si, por sua vez, não faz os leitores comprarem a revista ou voltarem a lê-la. É o produto integrado de voz e imagem que faz o leitor ver, sentir e ficar satisfeito.
Para conseguir transmitir e expressar as expressar as ideias do conteúdo, é preciso manipular e equilibrar todos os componentes: mensagem, linguagem, imagens, tipografia, espaço, cor, sequência, contrastes, ordem e tudo o mais para orquestrá-los em um todo visualmente unificado e intelectualmente consistente.
Não tem muito a ver com arte. Mas tem tudo a ver com comunicação. Para isso, a cooperação e a fusão das habilidades do jornalista e do artista gráfico são essenciais. A apresentação eficaz é o resultado de um trabalho em equipe – dos editores e redatores e dos responsáveis pelo design. Mas há ainda nas redações uma cultura de separação entre as equipes de arte e de texto. Esses desacordos são uma ameaça para o editorial.
Para os jornalistas interessam as palavras. Editores costumam trabalhar com a pressão de última hora, sem planejamento. Normalmente ignoram o diretor de arte durante a confecção da matéria e ele simplesmente recebe o texto pronto, com um prazo, em geral, apertado.
Ao contrário, o diretor de arte deve ser trazido para dentro do processo criativo logo no início, quando a ideia é discutida pela primeira vez, para pensar com antecedência nas fotos, cores, ilustrações e fazer um bom trabalho.
Melhor ainda se os editores pensarem visualmente para haver unificação de linguagem. Ao mesmo tempo, aqueles que vêm de uma formação gráfica precisam considerar que o design de revistas não é uma forma de artes plásticas.
Diretores de arte de revistas precisam ler o texto da matéria e não simplesmente ver o tamanho e o título, sem se dar ao trabalho de estabelecer uma ligação entre o assunto e imagens. Pior: há diretores de arte que não trabalham para a revista, mas para seu portfólio.