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VIDA RURAL. O Semeador O trigo e o joio O grão de mostarda A figueira estéril Obreiros da vinha Lavradores Maus A Ovelha Desgarrada A figueira que secou A Semente que brota. Mateus 13:01-23 Mateus 13:24-30 Mateus 13:31-32 Mateus 20:01-16 Mateus 21:33-41 Mateus 21:18-22.
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VIDA RURAL O Semeador O trigo e o joio O grão de mostarda A figueira estéril Obreiros da vinha Lavradores Maus A Ovelha Desgarrada A figueira que secou A Semente que brota Mateus 13:01-23 Mateus 13:24-30 Mateus 13:31-32 Mateus 20:01-16 Mateus 21:33-41 Mateus 21:18-22 Marcos 04:01-20 Marcos 12:01-12 Marcos 11:12-14 Marcos 04:26-29 Lucas 08:04-15 Lucas 13:06-09 Lucas 15:03-07
A semente é a palavra de Deus, a lei do amor que abrange a Religião e a Ciência, a Filosofia e a Moral. A terra que recebe as sementes, representa o estado intelectual e moral de cada um: “beira do caminho, pedregal, espinhal e terra boa”. Os “beira do caminho” são aqueles onde passam as ideais grandiosas como gentes nas estradas, sem gravarem nenhuma delas. Os “pedras” são impenetráveis às novas idéias, aos conhecimentos liberais. Os “espinhos” são os que sufocam o crescimento de todas as verdades, como essas plantas espinhosas que estiolam e matam os vegetais que tentam crescer nas suas proximidades. Há aqueles, porém, que ouvem a palavra de Deus põe-na por obra, e dessa semente bendita resulta tão grande produção que se pode contar a “cento por uma”.
Trigo Joio
O joio está para o trigo, assim como o juízo humano está para as manifestações superiores. Uma doutrina, por mais clara e pura que seja, no mesmo momento em que é concedida ao homem, suscita inimigos que a trucidam, interesseiros e interessados em manter a ignorância que a desvirtuam, revestindo-a de falsas interpretações e desnaturando completamente sua essência puríssima! São como o joio, que amesquinha, transforma, envenena e até mata o trigo! A Doutrina do Cristo seria misturada com outras “religiões” que não estavam totalmente afinizadas com a mensagem do Mestre, não sendo possível fazer a separação entre o “joio” e o “trigo”, mas o momento da “ceifa” (o fim dos tempos) já se faz presente e todos devem apresentar o produto da sua palavra e os resultados das religiões “sacerdotais”, para que os ceifeiros ficassem encarregados de queimar o “joio” e recolher o “trigo”.
O grão de mostarda serviu duas vezes para as comparações de Jesus: uma vez comparou-o ao Reino dos Céus; outra, à fé. O grão de mostarda tem substancia e uma semente faz efeito repulsivo. Essa mesma substancia se transforma em árvore; dá, depois, muitas sementes e muitas árvores e até suas folhas servem de alimento. Mas é necessária a fertilidade da terra, para que trabalhe a germinação, haja transformação, crescimento e frutificação do que foi semente; e é necessário, a seu turno, o trabalho da semente e da planta no aproveitamento desse elemento que lhe foi dado. Assim acontece com o Reino dos Céus na alma humana; sem o trabalho dessa semente, sem o concurso da boa vontade, que é a maior fertilidade que lhe podemos proporcionar; sem o esforço da pesquisa, do estudo, não se nos pode aumentar e engrandecer-se em nós, assim como a mostarda não se transforma em hortaliça sem o emprego dos requisitos imperiosos para essa modificação. A fé é a mesma coisa: parece-se com um grão de mostarda quando já é capaz de “transportar montanhas”, mas a sua tendência é sempre para o crescimento, a fim de operar mudança para campo mais largo, mais aberto, de mais dilatados horizontes. A fé verdadeira estuda, examina, pesquisa, sem espírito preconcebido, e cresce sempre no conhecimento e na vivencia do Evangelho de Jesus.
A figueira não dava fruto porque sua organização celular era insuficiente ou deficiente, e Jesus, conhecendo esse mal, quis dar uma lição, não só para termos fé, mas também para nos fazer ver que os homens e as instituições infrutíferas, como aquela árvore, sofreriam as mesmas conseqüências. A Parábola realça a necessidade indispensável da prática das boas obras, não só pelas instituições, como pelos homens. O que precisamos da árvore são os frutos. O que precisamos da religião são as boas obras. A Religião do Cristo não é a religião das “Folhas” mas, sim, a dos “Frutos”! A Religião do Cristo é a da caridade, é a do Espírito, é a da verdade. Aquele que tiver essa fé, aquele que souber adquiri-la, tudo o que pedir em suas orações, sem dúvida receberá, porque limitará seus pedidos àquilo que lhe for de utilidade espiritual. A figueira sem frutos é uma praga no reino vegetal, assim como os egoístas e avarentos são pragas na Humanidade, e as religiões humanas são pragas prejudiciais à seara do Senhor. Não dão frutos; só contém folhas.
As condições essenciais para os trabalhadores são: a Constancia, o desinteresse, a boa vontade e o esforço que fazem no trabalho que assumiram. Os bons trabalhadores se distinguem por estes característicos. Não importa a quantidade do trabalho, mas sim da qualidade, e ainda mais, da permanência do obreiro até o fim. Os que chegaram por último, se tivessem sido chamados à hora terceira, teriam feito, sem dúvida o quádruplo do que fizeram aqueles que a essa hora foram para o serviço. Daí a lembrança do proprietário da vinha de pagar primeiramente os que fizeram aparecer melhor o serviço e mais desinteressadamente se prestaram ao trabalho para o qual foram chamados. Finalmente, a parábola conclui com a lição sobre os olhos maus: os invejosos que cuidam mais de si próprios que da coletividade; os personalistas, os egoístas que vêem sempre mal as graças de Deus em seus semelhantes, e a querem todas para si.
A Seara é a Humanidade. O proprietário é Deus. A Vinha que ele plantou é a Religião. O largar são os meios de purificação espiritual que ele concede. A casa que edificou é o mundo. Os lavradores que arrendaram a lavoura são os sacerdotes de todos os tempos. Os primeiros servos são os profetas da antiguidade (Elias, Eliseu, Daniel, Moisés, João Batista, e muito outros) O Filho do proprietário é Jesus Cristo. Nas condições em que se acha a seara, poderá o senhor deixar a sua vinha entregue a essa gente, a esses rendeiros inescrupulosos e maus? Estamos certos de que se cumprirá brevemente a última previsão da parábola: “O senhor tomará a vinha desses malvados e a arrendará a outros, que lhe darão os frutos no tempo próprio”.
As almas transviadas não ficarão perdidas no labirinto das paixões, nem nas furnas onde medram os abrolhos. Como a ovelha desgarrada, elas serão procuradas, ainda mesmo que seja preciso deixar de cuidar daquelas que atingiram já uma altura considerável, ainda mesmo que as noventa e nove ovelhas fiquem estacionadas num local do monte, os encarregados do rebanho sairão ao campo à procura da que se perdeu. O Pai não quer a morte do ímpio; não quer a condenação do mau, do ingrato, do injusto, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade. Ainda que seja preciso, para a regeneração do Espírito, nascer ele na Terra sem mão ou pé, entrar na vida manco ou aleijado; ainda que lhe seja preciso nascer no mundo sem os olhos, por causa dos “tropeços”, por causa dos “escândalos”, a sua salvação é tão certa como a da ovelha que se havia perdido e lembrada na parábola, porque todos esses pobres que arrastam o peso da dor, os seus guias e protetores os assistem para conduzi-los ao porto seguro da eterna bonança.
Jesus tomado por ponto de comparação uma figueira, deixou bem claro que a lei de Deus, estendendo-se a toda a criação e sendo eterna, irrevogável, tanto têm ação sobre as árvores, os animais, como sobre as criaturas humanas. Essa lei, que rege na figueira a produção dos frutos, é a mesma que rege nos homens a produção das boas obras. Uma árvore sem frutos é uma árvore inútil, estéril, que não trabalha. Uma alma também sem virtudes é semelhante à figueira, na qual Jesus não encontra frutos. A figueira, por não ter frutos, secou, embora bem enraizada, de tronco bem formado, de galhos bem ramificados, de copa bem enfolhada. Assim também o Espírito, o homem, a mulher, e até as crianças sem bons sentimentos, sem virtudes divinas, sem ações caritativas, generosas, celestiais, estejam embora vestidos de seda, recamados de brilhantes, reluzentes em ouro, hão de forçosamente sofrer as mesmas conseqüências ocorridas às figueiras que, por não dar frutos, secou ao império da palavra de Jesus.
A força secreta que produz todas as transformações orgânicas, também produz as transformações psíquicas. E de onde vem essa força, esse poder? De Deus! E embora os homens descurem seus deveres, assim como a semente se transforma em árvore, a semente do Reino de Deus se transforma em Reino de Deus pela força do progresso incoercível que domina todas as coisas! Partindo do “germe” , a palavra de Jesus ampliou-se, desenvolveu-se, e por sua ação, fez desenvolver em seu seio, uma genealogia inteira de entes que, diferentes na forma e grandeza, vão constituindo e anunciando a todos o Reino de Deus! A Revelação é um influxo divino que ergue e movimenta todos os seres, que os eleva aos cimos da espiritualidade. O Reino de Deus, substituído até há pouco pelo Reino do Mundo, já esta dando frutos de amor e de verdade, que permanecerão para sempre e transformarão o nosso planeta de um inferno em estância feliz, onde as almas encontrarão os elementos de progresso para a sua ascensão à felicidade eterna.
Bibliografia: O Redentor - Cap. 34 – Edgard Armond – Ed. Aliança Parábolas Evangélicas à Luz do Espiritismo - Rodolfo Calligaris – FEB O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 17, 19 e 20 - Allan Kardec - FEB Sabedoria das Parábolas - Huberto Rohden - Ed. Alvorada O Evangelho dos Humildes - Eliseu Rigonatti - Ed. Pensamento Curso de Aprendizes do Evangelho - Cap. 1 a 5 - 2o. Ano - FEESP Parábolas e Ensinos de Jesus - Caírbar Schutel - O Clarim As Maravilhosas Parábolas de Jesus - Paulo Alves Godoy - FEESP