290 likes | 445 Views
M A S T I N O S. As verdades da criação atual. (Clique com o mouse sobre o slide para avançar). Prefácio. Mais uma vez lamento as dimensões continentais de nosso sofrido, envergonhado e muito amado Brasil.
E N D
M A S T I N O S As verdades da criação atual (Clique com o mouse sobre o slide para avançar)
Prefácio • Mais uma vez lamento as dimensões continentais de nosso sofrido, envergonhado e muito amado Brasil. • Este lamento solitário é apenas pelo fato de não poder desfrutar da companhia de uma pessoa tão querida como o Sr e sua família. • Sua TESE, DISSERTAÇÃO, PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA é sem dúvida um dos grandes trabalhos feitos pela raça em todos os tempos, em todo o mundo. • Difere dos livros já publicados no momento que não quer contar a história da raça, seus desbravadores e contemporâneos. Não que os livros tenham menor importância, absolutamente, mas seu trabalho expõe de maneira clara e com linguajar fácil, porém profundo, as vísceras, já um tanto putrificadas, de nossa tão amada raça. • Faço aqui um "mea culpa" de ter sido um dos que, dolosamente, calou-se. Não sei se já cansado das intermináveis discussões, mas na tentativa de manter-me no rol dos Mastinaros, tinha a obrigação de não recolher as armas. • Aproveito para lhe parabenizar pelo grande trabalho e ombrear-me orgulhosamente ao Sr. nesta batalha que acredito ter se iniciado com sua "Explosão ética" em prol do Mastino. Marco Motta
Este trabalho pretende relatar uma visão que só consegui observar claramente a partir do segundo semestre de 2006 e início do primeiro semestre de 2007. Há 8-9 anos, no início de minha criação, acreditava que os maus criadores da raça eram representados por uma pequena minoria que aos poucos seria expurgada do meio cinófilo, por total falta de ambiente para realizar suas falcatruas. Os anos foram passando e fui progressivamente percebendo que a verdade não era esta. A pequena minoria é representada na verdade por aqueles que realmente amam a raça, são éticos e não participam de atitudes imorais. Infelizmente, hoje eu sei que esta pequena minoria decente pode ser contada nos dedos de apenas uma das mãos. Gostaria de citar os nomes destes poucos, mas não o farei para não ser injusto com algum outro que eu possa ter feito juízo incorreto. O que eu acho pior é que os bons criadores, em nome de uma falsa amizade interesseira, se recusam a falar claramente sobre as indescritíveis sacanagens realizadas pelos maus; quando falam é sempre em “off” para não criar inimizades ou para não reduzir ainda mais o número de “criadores” da raça.
Sei que muitos vão dizer que sou invejoso, que não entendo nada da raça, que sou apenas um iniciante na criação, que meus conhecimentos são nulos, que deveria produzir mais mastinos e falar menos, que estou sonhando quando falo em “movimentação felina ou leonina dos mastinos”(já me disseram isto numa palestra – e foi dito por alguém com muito mais tempo no manuseio de mastinos que eu). Esta afirmação só pode me levar a uma das 3 conclusões seguintes: - Tal pessoa nunca leu sobre movimentação de mastinos em nenhum livro (nem mesmo o do Graziano que é em português), nenhuma revista, nenhum jornal, nunca participou de nenhuma palestra, etc... - ou nunca observou a movimentação de seus “mastinos” e/ou de outro plantel, para saber o tipo de andadura que o cão está usando naquele momento e qual a semelhança de cada um de seus movimentos (passo, ambio, trote, galope) com outros animais. - ou, finalmente, nunca “criou” verdadeiros mastinos para poder observar seus movimentos e suas semelhanças com outros animais.
Agora eu pergunto: como vou aprender, debater, trocar idéias, aprimorar conhecimentos com um “criador” deste nível ? Um criador ético não deveria ficar calado, sem emitir opinião sobre um assunto que ele desconhece? Evitar formar opiniões erradas? Procurar saber o correto para depois, em outra oportunidade, emitir sua opinião correta evitando formação de conceitos distorcidos? • Novamente eu pergunto: e eu, o que deveria fazer no momento? Para não aparentar ser dono da verdade, presunçoso, chato, me calei !!! Somente minutos após me lembrei que ficar calado é consentir, concordar, ser cúmplice.Só então fui raciocinar que eu havia colaborado na formação de um falso conceito!!! • De outra vez, estava observando o plantel de outro criador mais antigo, conversando sobre as qualidades de cada um dos cães, procurando aprender coisas novas com um criador mais experiente. De repente, divergimos nossas opiniões sobre determinado assunto; o debate foi crescendo e em determinando momento apoiei minha opinião num dos parâmetros do Padrão do Mastino (CBKC-FCI). Então ele me afirmou com todas as letras: “Quer saber de uma coisa? Eu nunca li o Padrão”, usando uma entonação que fazia parecer ser uma grande vantagem...
Dei o aprendizado por encerrado e me calei (desta vez éramos apenas 2, logo meu silêncio não foi uma conivência com formação de conceitos distorcidos). Também é evidente que nunca mais procurei aprimorar conhecimentos com este criador... • Tomei então a resolução de não emitir opinião sobre assuntos da raça, passando a não participar do fórum da Soman e nem de pequenas reuniões de grupo. Apenas uns poucos que ainda considero verdadeiros “mastinaros” (amantes da raça, éticos e que desejam aprimorar cada vez mais os conhecimentos) têm recebido de minha pessoa, em “off”, uma ou outra opinião sem maiores pretensões. • Entretanto, o marketing e as informações estão atualmente com distorções de tal monta que não consigo mais me calar ou ficar sem relatar o que estou vendo claramente. Sei que muitos vão me odiar pelo que direi, mas isto não importa, pois sei que a verdade sempre incomoda e desperta a ira de quem é desmascarado...
Estou envergonhado, triste, arrasado, enojado com o que estão fazendo com compradores que desconhecem as boas características da raça, desconhecem os sinais de doenças, e também com criadores iniciantes ou não (que ainda conhecem pouco ou estão se fazendo de bobos para não ofender os brios dos larápios). É um verdadeiro atentado à honestidade, verdade, honradez, brio e sentimentos humanos. • Talvez a culpa não seja apenas dos maus criadores que estão somente seguindo o exemplo universal dos políticos e do povo brasileiro que hoje acredita sem a menor sombra de dúvida na “Lei da Vantagem do Gerson”: não importa o tamanho da imoralidade que se esteja cometendo, desde que se leve vantagem. • Admito que eu mesmo, em nome de algum relacionamento que nem mais sei se tinha alguma reciprocidade, algumas vezes me fiz de bobo, me omiti e me calei, com a consciência gritando envergonhada pela minha cumplicidade. Sei de alguns poucos “mastinaros” (este adjetivo, acredito hoje, só deve ser dado aos que são éticos e amam verdadeiramente a raça) que conhecem esta verdade, mas na tentativa da preservação de falsos relacionamentos também se omitem e já não se manifestam sobre absolutamente nada.
Será que estão certos? Será que também não estão compactuando? Será que também não estão sendo responsáveis pela deterioração cada vez maior da tipicidade e da saúde da raça? • Eu, particularmente, por muito tempo também fiquei surdo-cego-mudo, fazendo apenas comentários em “off”. Agora, minha revolta explodiu de vez. Não suporto mais os gritos da consciência e me recuso a continuar participando deste imenso teatro de ilusionismo. • Continuarei minha criação com poucos animais, procurando me relacionar apenas com aqueles que ainda suponho verdadeiros mastinaros, buscando fixar uma linha de sangue de razoável tipicidade, masessencialmente sadia. Acredito que se conseguir eliminar as doenças mutilantes e degenerativas de meu canil, conseguirei recuperar a longevidade de outrora (10-12 anos), bem como a monta natural, a libido, a fertilidade e, principalmente, o temperamento e a saúde da raça.
O trabalho e a avaliação que tenho desenvolvido para tentar criar uma linha de sangue sadia e com tipicidade razoável dentro do padrão correto me mostrou claramente o(s) motivo(s) porque criadores atuais fogem da fixação (homozigose) saudávelde sua linha de sangue. Entre as causas que dificultam o uso da fixação sadia pelos criadores cito as abaixo relacionadas: • - A fixação sadia é totalmente anticomercial; • - A fixação sadia exige a quebra de mitos e tabus sobre cruzamentos fechados; • - A fixação sadia não é usada por comodidade; • - A fixação sadia não é usada por desconhecimento dos procedimentos; • - A fixação sem os conhecimentos necessários leva a muitos defeitos e poucas qualidades.
A fixação sadia é totalmente anticomercial: • A primeira delas, atualmente, é a maior responsável pelo longo caminho de deterioração dos mastinosque a criação nacional está percorrendo. Por isto, é a única causaque necessita maiores esclarecimentos na sua participação destruidora das características milenares da raça; as demais são de menor importância. Vejamos então a primeira: • Não é minha intenção defender ou condenar a prática do inbreeding seqüencial (cruzamentos seqüenciais mais fechados), mas sim colocar em pratos limpos o que se pode obter com esta prática e também dirimir algumas noções errôneas muito comuns. • Por que a prática do inbreeding seqüencial é tão raro entre os criadores de mastinos?
A pouca utilização do inbreeding nos cães se deve a interesses comerciais!!! • Na criação de animais domésticos, como em poucas raças de cães, como na pecuária, como nas aves, como no cultivo das plantas, o inbreeding é considerado como a mais poderosa e valiosa ferramenta para fixar e purificar as boas qualidades de uma espécie; as experiências cientificas aí estão para comprovar este fato. • Combinando-se o inbreeding com a seleção dos descendentes mais próximos do ideal na aparência e temperamento, pode-se obter muito mais rapidamente a almejada fixação saudável daquela espécie. Por que esta informação não é repassada aos criadores e também aos compradores que têm verdadeiro pavor de adquirir produtos de inbreeding? • Isto nos leva a levantar outra questão: por que o inbreeding não teve uma aceitação mais generalizada entre criadores de cães, como acontece na quase totalidade da criação rural e da agricultura?
Na defesa destes interesses comerciais foram criados e espalhados mitos e tabus que levam o criador de cães a ter um verdadeiro pavor dos cruzamentos fechados (inbreedings). Apenas para exemplificar, disseminou-se uma crença geral de que o inbreeding sempre provoca o aparecimento de monstruosidades e defeitos. • Provas bastante seguras demonstram que o inbreeding por si mesmo não apresenta uma conexão específica com a produção de monstruosidades. O inbreeding parece tão somente trazer à tona características genéticas já existentes no plantel original. • Contudo, ninguém propaga entre os criadores que estas mesmas características genéticas de monstruosidades também podem ser trazidas à tona pelos cruzamentos totalmente abertos; esta informação não é repassada porque é totalmente contrária aos interesses comerciais!!! • A grande maioria de criadores recusa a fixação saudável porque o fundamento desta é a seleção de filhotes com as qualidades desejadas (para uma futura reprodução nossa ou do comprador) e descarte dos demais. Não se trata de sacrificar os filhotes descartáveis, mas sim de fazer sua “castração” seguida de “doação”
(sem pedigree) ou, em poucos casos, castração seguida de “venda” (sem pedigree), desde que o filhote não apresente nenhuma morbidade mutilante e/ou degenerativa (serviria para guarda/companhia). • Só com uma rigorosa seleção de filhotes pode-se iniciar a fixação (homozigose) através dos cruzamentos fechados sucessivos, com margem de segurança igual ou até mesmo maior que a dos cruzamentos totalmente abertos. • Esta seleção de bons filhotes combinada com o descartedos ruins onera bastante o custo de produção de uma ninhada. Vamos imaginar um cruzamento que originou 6 filhotes, dos quais apenas 2 foram selecionados. Vamos supor que você resolve vender um dos selecionados: o seu preço de venda deverá ser acrescido do custo de produção dos 4 que foram descartados (para doação por exemplo); é evidente que o preço do filhote a ser vendido aumenta de 4/5 o seu valor real, dificultando bastante a sua venda. Você acredita que algum criador desonesto vai fazer este descarte ? É claro que não!!!
Outro fator limitante do descarte é uma doença grave chamada hipotireoidismo, que leva à geração de exemplares do tipo hipermastino. Na verdade, hoje sei que o mastino quanto mais doente pelo hipermastinarismo (intenso hipotireoidismo), tanto mais é procurado e adquirido por novos amantes da raça. • Os novos compradores sempre buscam excesso de altura da cernelha, excesso de diâmetro dos ossos, excesso de pele, excesso de rugas, excesso abertura de peito, excesso de arqueamento de costelas, etc... Tudo isto é encontrado fartamente no hipotireoidismo. Contudo, estes compradores não sabem e nunca são informados que estes “excessos” sempre se acompanham de “morbidades orgânicas do hipotireoidismo” e também de “deformidades estruturais terríveis” que são descritas como “excepcionais qualidades” pelo vendedor. • Acreditam que estão adquirindo um cão “top de linha”, com qualidades de um verdadeiro campeão mundial, quando na verdade estão comprando pequena longevidade (4-6 anos), pequena libido, pequena fertilidade, pequena ninhada, grande natimortalidade, grande mortalidade após o nascimento, lábio leporino, fenda palatina, prognatismo acentuado, enognatismo, deformidades
dentárias, deformidades palpebrais e oculares, deformidades estruturais dos anteriores e posteriores que levam à uma diminuição do equilíbrio estável, encurvamento da viga vertebral pela distonia de seus músculos e frouxidão de seus ligamentos (cifose, lordose, escoliose, etc...), perda da qualidade da movimentação, perda da tonicidade e explosão muscular, perda do temperamento, perda da expressão, perda da capacidade de vigilância e atenção, perda parcial da imunidade com aumento das doenças infecto-contagiosas e tumorais, ganho de apatia, ganho de doenças de pele em geral, ganho de cardiopatias, de hipotensão, de hipotermia, alteração das atividades de praticamente todos órgãos internos e sistema endócrino-hormonal; tudo isto sem falar no terrível mau cheiro exalado pelo cão, coisa que o amigo Graziano sempre menciona. • Você acredita que algum criador desonesto vai fazer este descarte ? É claro que não!!! • O criador-vendedor destas monstruosidades se esquece que a baixa imunidade destes exemplares pode levá-los à infecções gravíssimas. Uma destas infecções poderá ocasionar a morte do cão, bem como a morte de quem entra em contato com ele: o responsável pela alimentação-higiene, o criador, familiares, visitantes!!!
Com a baixa imunidade do animal, pode haver resposta imunitária inadequada e as vacinas podem deixar de imunizar. Já pensaram nas conseqüências de um destes monstros sendo contaminado pela hidrofobia (raiva animal), que se transmite ao ser humano até mesmo pela saliva e que não tem cura, sendo 100% letal? • E a “Leishimaniose Visceral ou Difusa” que é facilitada pela baixa imunidade e já está ocorrendo em mastinos do nordeste? Não tenho dados para informar se já é endêmica. Para o homem adoecer basta ser picado pelo mosquito já contaminado pelo cão. Geralmente é letal para ambos ... Já pensaram nisto? Será que preciso dizer mais? Será necessário ocorrer uma fatalidade com um ou mais criadores, para que o grupo deixe de ser cego-surdo-mudo? Espero que não!!! • Pior ainda é quando este grupo de criadores sem ética, para não dizer safado, promove pela mídia a venda de animais hiper-doentes, vendidos ao preço de ouro, detonando ainda mais a raça ao permitir que o novo proprietário os reproduza.
Há uma verdadeira distorção nas informações sobre a raça e o horripilante-gigante-doente de um canil passa a ser o cão da moda e/ou maravilhoso reprodutor. Pasmem, pois existem casos em que tudo indica que este cão é infértil, mas é vendido a peso de ouro e passa a figurar em novos pedigrees... • Posso resumir dizendo que quanto mais “hipermastino” é o exemplar, tanto mais se aproxima de um “doente terminal”, que pode transmitir morbidades letais ao homem. Não estou sonhando e nem falando de suposições quando faço esta afirmação. • Estou me apoiando em pesquisas científicas de vários e vários anos feitas pela criadora, pesquisadora e veterinária, Dra. Sherilyn Allen, que realizou dosagens sucessivas de hormônios da tireóide e observou todo o desenvolvimento morfológico, estrutural, fisiológico e fisiopatológico de grande número de mastinos de sua propriedade.
Também os cruzamentos realizados sem nenhum critério de seleção dos pais, limitam a seleção e fixação sadia dos filhotes. Pegam uma cadela que nada tem de mastino e a cruzam com um campeão italiano e/ou da Soman. Este campeão é um ótimo exemplar, mas não é mágico, não é santo milagreiro e nem é raçador;logo, se a matriz não presta, é certo que a maioria dos filhotes, senão todos, também serão uma porcaria!!! Você ainda acredita que algum criador desonesto vai fazer o descarte de toda a ninhada? É claro que não!!! • Iniciam uma campanha de venda desta ninhada com o marketing apoiado no pedigree do pai e também dos outros ancestrais. A simples observação dos exemplares à venda mostra que suas qualidades estão a anos-luz das qualidades de seus ancestrais, mostrando uma total atipicidade. Neste caso o novo comprador cai no engodo, pois não sabe que pedigree é apenas um papel que pode ser falso; além disso, o papel não sabe ejacular sêmem para gerar bons filhotes. Quem produz bons filhotes é o criador sério, ético, que faz cruzamentos criteriosos, que seleciona os bons filhotes saudáveis (para reprodução e/ou para venda) e castra e descarta os demais.
O criador desonesto não seleciona filhotes para futuros cruzamentos e também não tem nenhum critério de seleção dos pais para cruzamento de adultos. Desde que a matriz e o padreador sejam de altura exagerada, com grossura exagerada dos ossos e com exagero de pele, eles são cruzados sem nenhum peso na consciência do malfeitor. Não importa que os cães tenham doenças infecciosas, doenças orgânicas e/ou deformidades estruturais terríveis, o que importa é obter filhotes com características de hipermastinos. • Quando a ninhada nasce toda deformada, com verdadeiras aberrações, o criador diz na maior cara de pau:o pai (ou a mãe ou ambos) da ninhada tinha o pedigree com um inbreeding (cruzamento fechado) que foi responsável pela origem destas monstruosidades. • Mais uma vez a verdade é distorcida: a culpa é da desonestidade e da falta de critérios de seleção do fabricante de filhotes, mas ele a transfere imediatamente para o inbreeding que as vezes nem existiu. Assim o mito que o inbreeding só cria monstruosidades vai se alastrando cada vez mais !!!
A comercialização atual através de marketing na internet (sites, fotologs, mercado livre, e-mail, etc...) também está beirando os limites do inacreditável. Estão formando pequenos grupos de criadores que se apóiam uns nos outros, através da internet, para que possam realizar vendas aéticas e desonestas. Os mais desonestos - não acredito que seja por desconhecimento - estão se reunindo em pequenos grupos de 2-3 ou 4 produtores de filhotes (não estou me referindo aos compradores, proprietários e criadores iniciantes) que através da internet se inter-elogiam ou inter-elogiam seus cães que não têm a menor condição de receber elogios. Um deles mostra um verdadeiro “weimaraner” na internet, enquanto o outro lhe envia mensagens de efusivos parabéns e elogios, como se o exemplar tivesse potencial para ser “campeão mundial”, quando na verdade é portador de uma “atipia total”. • Muitas vezes, pela convergência e comprimento do focinho, não dá para saber se é “weimaraner” ou “tamanduá”. Outras vezes, seu corpo é tão dolicomorfo e desestruturado, que não dá para saber se é “weimaraner” ou o pernalta “sloughi” africano. Nestes casos, o discurso do vendedor é sempre o mesmo: o exemplar está na sua pior fase de desenvolvimento (fase de desmanche)...
Quando o cão atinge a idade adulta e o comprador percebe que não existe nada da raça e que foi enganado, o vendedor alega: são coisas imprevisíveis do mastino. • Também costuma dizer: é a beleza da raça; são todos diferentes entre si, afinal não são japoneses... • Se o comprador continua não percebendo que foi enganado e continua acreditando que seu exemplar é um “top”, ele inicia a reprodução e a venda dos filhotes. Isto deteriora ainda mais a raça e deforma totalmente a “visão de um bom mastino” dos novos compradores... • Na ânsia de comercializar seus “weimaraner” (tamanduá? sloughi?) por qualquer valor e com qualquer prazo, estes verdadeiros “fabricantes de filhotes” aviltam os preços ao comercializar toda a ninhada sem realizar nenhum descarte. Ao mesmo tempo, aos olhos do novo comprador, o criador sério passa a ser o ladrão (pelos preços bem mais altos), ou seja: cria-se uma nova inversão de valores, com o honesto passando a ser desonesto e vice-versa!!!
Como foi dito anteriormente, o plantel nacional encontra-se muito doente, acometido pelo hipotireoidismo que origina o hipermastinarismo: deformidades da construção estrutural e morbidades orgânicas, tumorais e infecciosas generalizadas que podem contaminar o homem e até mesmo levá-lo à morte!!! • Ao invés do criador fornecer DNA (prova de paternidade) e fornecer Microchip (prova de propriedade), que estão na moda, melhor seria que fornecesse certificado de normalidade da dosagem sanguínea de T4 chancelado por laboratório pet idôneo (laboratórios humanos apresentam resultados diferentes devido ao kit utilizado). • O laboratório irá insistir que o diagnóstico mais completo precisará também das dosagens de T3, T4 e TSH para determinar a causa do hipotireoidismo: eixo hipotalâmico? Hipófise? Tireóide? Idiosincrásica? Idiopática?
Esta causa do hipotireoidismo não interessa ao pretenso comprador, pois a existência do hipotireoidismo evidenciada por T4 é o bastante para cancelar a compra do cão. Por outro lado, existe também o fator econômico: A dosagem de T4 tem custo aproximado de R$80,00 enquanto T4, T3 e TSH têm custo aproximado de R$240,00. • Outro fato que desejo chamar a atenção é que se o comprador pretende adquirir um filhote, a dosagem de T4 deve ser feita no sangue de ambos os pais, uma vez que o filhote não tem parâmetros definidos. Ao buscar adquirir um verdadeiro mastino sempre observe sua tipicidade e exija que o criador lhe forneça um certificado de normalidade de T4, chancelado por um laboratório pet idôneo.
Para finalizar, um outro grupo de criadores, felizmente bem menor, seleciona todos os filhotes de interesse comercial para sua própria reprodução. Os demais filhotes – bons ou ruins, sadios ou doentes – são todos vendidos ou então repassados de alguma forma para outros amantes da raça. Nesta transferência de propriedade nem se preocupam em verificar se o novo proprietário sabe e/ou vai corrigir os defeitos do cão, se vai ou não utilizá-lo na reprodução com conseqüente degeneração da raça; nada importa saber, pois o que interessa é levar grande vantagem comercial (Lei do Gerson)!!! Aconselho ao novo comprador que busque conhecer bem a raça: primeiro através de seu padrão FCI-CBKC e depois através da observação de vários cães de diferentes canis. Somente depois disto, sabendo o que está comprando, deve então adquirir seu primeiro exemplar. Exija seu certificado de normalidade de T4. Se o novo comprador deseja adquirir é um filhote de até 2 a 5 meses, encontrará uma ótima orientação na revista Cães & Cia de nº 336, de maio de 2007, página 42.Exija o certificado de normalidade de T4 dos pais.
OBSERVAÇÃO: É evidente que a dosagem de T4 só é necessária se o exemplar a ser adquirido tem tipicidade (ossatura grossa, muita pele, etc); nos exemplares sem tipicidade (ossatura fina, pele escassa, SRD) é perda de tempo e de dinheiro!!! Roosevelt de Oliveira Canil Piazza Mastino