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Nasceu em Lisboa (na freguesia dos Mártires), em Maio de 1514 e entrou para a ordem dominicana com 14 anos apenas. Foi feito arcebispo de Braga em 1559. Efetuou, de modo sistemático e muito eficiente, visitas pastorais às paróquias da Arquidiocese, mesmo às mais distantes e inóspitas. Fomentou a Evangelização do povo, para o qual preparou um catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais.
Preocupou-se com a santidade e cultura do clero e redigiu muitas e valiosas obras doutrinárias, entre as quais se salientam o notável tratado «Estímulo dos Pastores» e o «Compêndio de Doutrina Espiritual». Participou no período final do Concílio de Trento (1561-1563), merecendo o elogio do Papa e o aplauso dos seus pares, que o chamaram Luminar do Concílio.
Em vista da execução das reformas tridentinas, efetuou um Sínodo Diocesano (1564) e um Concílio Provincial dois anos mais tarde (1566), e promoveu a fundação do Seminário, dito “conciliar” (1572), para conveniente formação dos sacerdotes.
Fiel à norma apostólica, "entrega-se assiduamente à oração e ao serviço da palavra" (cf. Act 6, 4), arrastando consigo o clero: promove a sua formação permanente, ao seu alcance põe meios para pregar ao povo.
O Seminário era apenas uma das medidas da reforma preconizada pelo Concílio de Trento, a cuja realização o Beato Arcebispo se consagrou de alma e coração, não sem obstáculos, alguns com ressonância em Roma.
O Papa Pio IV falando de Dom Frei Bartolomeu: "Tal satisfação nos deu, no tempo que participou no Concílio, com a sua bondade, religião e devoção, que o ficamos tendo em grande conta, com tamanho conceito da sua honra e virtude que não poderão alterá-lo queixumes de ninguém" (Carta ao rei de Portugal, Cardeal Dom Henrique).
Eis um excerto do discurso de João Paulo II no dia da sua beatificação: “O Beato Bartolomeu dos Mártires, dominicano por vocação e ideal de vida, ardia de zelo pela causa de Deus, que é a salvação dos homens, iluminando-lhes o caminho com o Evangelho”.
“Saúdo a Igreja de Lisboa, que lhe deu o berço, e a de Viana do Castelo, que o acolheu nos seus últimos anos e conserva a relíquia venerável do seu corpo;
saúdo a Arquidiocese bracarense na sua extensão de então e Portugal inteiro, que ele serviu e amou, sobretudo na pessoa dos pobres."
Aceito pelo Papa a sua renúncia do Arcebispado, recolheu em 1582 ao convento de Santa Cruz de Viana , construído por sua iniciativa, onde prosseguiu a vida austera de simples religioso, todo voltado para a oração, caridade e estudo. Aí faleceu em 16 de Julho de 1590.
Texto- - Internet – Música – Imagens – Google – Formatação – Altair e Graziela 18/07/2011