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Dom Casmurro

Dom Casmurro. Machado de Assis. Cientificismo do século XIX. 1848 - Marx e Engels: Socialismo > o homem faz o mundo 1859 - Darwin: Evolucionismo > os mais fortes sobrevivem 1860 - Comte: Positivismo > eliminar o negativo: ordem. 1865 - Bernard: Experimentalismo

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Presentation Transcript


  1. Dom Casmurro Machado de Assis

  2. Cientificismo do século XIX 1848 - Marx e Engels: Socialismo > o homem faz o mundo 1859 - Darwin: Evolucionismo > os mais fortes sobrevivem 1860 - Comte: Positivismo > eliminar o negativo: ordem 1865 - Bernard: Experimentalismo > a lei natural dos instinstos Tayne: Determinismo > o homem é fruto do meio 1868 - Renan: Historicismo > o passado mostra o futuro

  3. Machado * Rio de Janeiro, 1839 + Rio de Janeiro, 1908 A mão e a luva, 1874 Memórias póstumas de Brás Cubas, 1881 Quincas Borba, 1891 Dom Casmurro, 1900

  4. Rua de Matacavalos

  5. Aprendiz de Tipógrafo Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um Sargento de Milícias, foi chefe e mentor de Machado na Tipografia Nacional

  6. Rio de Janeiro, séc. XIXMachado na Rua Senador Dantas

  7. Rio de Janeiro, séc. XXAtual Academia Brasileira de Letras

  8. A Carolina Querida! Ao pé do leito derradeiro, em que descansas desta longa vida, aqui venho e virei, pobre querida, trazer-te o coração de companheiro. Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro que, a despeito de toda a humana lida, fez a nossa existência apetecida e num recanto pôs um mundo inteiro...

  9. A Carolina Trago-te flores - restos arrancados da terra que nos viu passar unidos e ora mortos nos deixa e separados; que eu, se tenho, nos olhos mal feridos, pensamentos de vida formulados, são pensamentos idos e vividos.

  10. Dom CasmurroO narrador-personagem escreve suas memórias, em tom de desabafo

  11. Cenário:O Rio de Janeiro do século XIX

  12. A Central do Brasil

  13. A Central do Brasil

  14. O nome Casmurro Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou-me da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus.

  15. O nome Casmurro Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso. (...) No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios e terminou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou.

  16. A infância: rua de Matacavalos

  17. A infância: personagens Em casa: D. Glória: a mãe, viúva, católica, prometeu o filho para o sacerdócio. José Dias: agregado, sempre elegantíssimo e fora de moda, bajulador, tentava agradar a todos na casa. Tio Cosme: irmão de D.Glória, advogado medíocre. Prima Justina: parente pobre, vivia de favor.

  18. A infância: personagens Na casa vizinha: Capitu: Capitolina, menina travessa e curiosa, de personalidade forte e cativante. João Pádua: o pai, funcionário público medíocre, que vive ocioso a cuidar de pássaros. D. Fortunata: a mãe, dona de casa inexpressiva, que vê com bons olhos a aproximação de Bentinho e Capitu, como forma de melhorar seu nível social..

  19. Antes de iniciar a narrar sobre Capitu

  20. Antes de iniciar a narrar sobre Capitu Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade, mas porque a minha vida se casa à definição. Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quattuor...

  21. Focos principais de Machado Discurso social: crítica à Classe Ociosa (burguesia) > Bento quis as leis para fugir do seminário > José Dias mentiu para entrar no ócio dos ricos Discurso determinista: crítica ao sentimentalismo romântico > Bento imitava Junqueira Freire

  22. Capitu: olhos de cigana oblíqua e dissimulada... como a ressaca do mar a nos tragar para dentro

  23. Capitu: marcado no muro... prometidos um ao outro

  24. O seminário? José Dias muda de idéia

  25. O seminário... hipocrisia religiosa Prometo rezar mil padre-nossos e mil ave-marias, se José Dias arranjar que eu não vá para o seminário. (...) Cogitei muito no modo de resgatar a dívida espiritual. (...) Mandar rezar cem missas, ou subir de joelhos a ladeira da Glória para ouvir uma, ir à Terra Santa (...) Era muito duro subir uma escada de joelhos... A Terra Santa era muito longe...

  26. Novo e único amigo: Escobar

  27. Escobar = Capitu Eis aqui outro seminarista. Chamava-se Ezequiel de Souza Escobar. Era um rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos, como os pés, como a fala, como tudo. Quem não estivesse acostumado com ele podia acaso sentir-se mal, não sabendo por onde lhe pegasse. Não fitava de rosto, não falava claro nem seguido (...)

  28. Escobar = Capitu

  29. Crítica aos românticos: a poesia que não sai Depois de não recordar-se do Panegírico de Santa Mônica... Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura! ... Ganha-se a vida, perde-se a batalha

  30. José Dias traz notícias: Capitu está bem

  31. Casam-se e vão morar na Glória

  32. Casam-se e vão morar na Glória

  33. Traços do RealismoTaine • Discurso social: • Moral de conveniências de D. Glória e José Dias • condição de José Dias e da prima Justina Discurso determinista : • Capitu saiu ao pai • Dissimulada desde criança Discurso experimentalista: • relações de proximidade entre Capitu e Escobar

  34. Momentos felizes: uns braços

  35. Momentos felizes: uns braços A crítica social da classe ociosa: o outro não existe em si, mas apenas em relação ao que possa interferir na minha vida A ausência do próximo, ou do bem coletivo.

  36. O pequeno Ezequiel: Capitu + Escobar? Com o crescimento de Ezequiel, Capitu começa a fugir gradativamente do alcance de Bentinho.

  37. Tudo agora é motivo... A invisibilidade do outro: como pôde ela esquecer-se de nossa música (da qual eu fingi me lembrar).

  38. Uma digressão A leitora, que é minha amiga e abriu este livro com o fim de descansar da cavatina de ontem para a valsa de hoje, quer fechá-lo às pressas, ao ver que beiramos um abismo. Não faça isso, querida; eu mudo de rumo.

  39. A catástrofe... Quando o problema deixa em tese de existir, é justamente quando se acentua. O mundo está apenas dentro de mim.

  40. A catástrofe... Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.

  41. A catástrofe... As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa.

  42. O sacrifício de Príamo Era o discurso. Queriam o discurso. Tinham jus ao discurso anunciado. Maquinalmente meti a mão no bolso, saquei o papel e li-o (...)

  43. De novo Otelo O último ato mostrou-me que não eu, mas Capitu devia morrer (...)

  44. A xícara de café Chamem-me embora assassino; (...) o meu segundo impulso foi criminoso. Inclinei-me e perguntei a Ezequiel se já tomara café.

  45. Não, não , eu não sou teu pai! -- O quê? -- perguntou ela como se ouvira mal. -- Que não é meu filho. Grande foi a estupefação de Capitu e não menor a indignação que sucedeu.

  46. A fotografia Capitu e eu, involuntariamente, olhamos para a fotografia de Escobar, e depois um para o outro. Desta vez a confusão dela fez-se confissão pura.

  47. Enfim, só! Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demolissem a casa, e, mais tarde (...) vim para o Engenho Novo...

  48. E bem, e o resto? E bem, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos, e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve! Vamos à História dos Subúrbios.

  49. FIM

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