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A Vida da Graça. Aula 2 A Justificação. A Justificação. Noção : "A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar , isto é, de nos lavar dos nossos pecados e de nos comunicar «a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo» e pelo Baptismo" ( CIC 1987 ).
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A Vida da Graça Aula 2A Justificação
A Justificação Noção:"A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar, isto é, de nos lavar dos nossos pecados e de nos comunicar «a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo» e pelo Baptismo" (CIC 1987) • Na Sagrada Escritura, a palavra "justiça" (dela deriva "justificação") aparece muitas vezes, e na sua significação mais profunda tem uma estreita relação com santidade, salvação. • A justificação é uma acção salvadorade Deus: uma mudança que Deus realiza no homem, que começa com o perdão dos pecados e culmina com a santificação ou comunicação da justiça de Deus.
A Justificação Natureza do pecado: O pecado é um abandono de Deus motivado pela pre- ferência desordenada de algo criado (aversio a Deo et conversio ad creaturas). • É sempre faltar aoamor verdadeiro para com Deus • "É uma falta contra a razão, a verdade, a recta consciência" (CIC 1849) • O pecado destrói a semelhança com Deus naquilo que o mistério tem de mais elevado (intimidade com as três Pessoas divinas), e obscurece a imagem de Deus no homem.
A Justificação • O consentimento deliberado, com advertência plena, num acto cuja matéria seja grave: • é pecado mortal, se se verificarem estas três condições; • é pecado venial, se faltar alguma. CIC 1861: “O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como consequência a perda da cari- dade e a privação da graça santificante.”
A Justificação CIC 1963: O pecado venial não destrói o estado de graça, mas “enfraquece a caridade, traduz um afecto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem moral; e merece penas temporais. O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal”
A Justificação O Autor da Justificação A justificação é obra da Santíssima Trindade (cfr. CIC 1994): • É a obra mais excelente do Amor de Deus; • manifestada em Jesus Cristo; • e concedida pelo Espírito Santo.
A Justificação O itinerário da Justificação • O itinerário da justificação começa quando o homem, sob a moção da graça, se volta para Deus e se desvia do pecado. • A justificação comporta a remissão dos pecados. • CIC 1989: O itinerário da justificação conclui-se com "a santificação e a renovação do homem interior”
A Justificação A necessidade prévia da graça • "Eu sou a cepa, vós as varas. Aquele que permanece em Mim e em quem Eu permaneço é que dá muito fruto, porque, sem Mim, nada podeis fazer." (Jo 15, 5) • "Não que sejamos capazes, por nós de pensar alguma coisa, como vinda de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus" (2 Cor 3, 5)
A Justificação A necessidade prévia da graça • "Se alguém disser que, sem a inspiração vinda anteriormente do Espírito e sem ajuda, o homem pode crer, esperar e amar ou arrepender-se como convém para que se lhe confira a graça da justi- ficação, seja anátema" (Concílio de Trento, Decr. sobre a justificação)
A Justificação Alguns erros doutrinais sobre a graça I • Pelágio (séc. V) • A natureza humana não tinha ficado afectada pelo pecado original (este consistia somente no mau exemplo de Adão e Eva). • O homem conservava intactas as suas forças morais, e podia, só com elas, tanto fazer o bem, como evitar o mal, converter-se e salvar-se. • Consequências do pelagianismo: • Enfraquecimento (e a perda) do sentido do pecado; • Obscurecimento da fé e do sentido de Deus. • Condenações pelo Magistério da Igreja: DS 1551-1553, 227
A Justificação Alguns erros doutrinais sobre a graça II • Semipelagianismo • Afirma a necessidade da graça, mas acha que o homem pode dar o primeiro passo para a conversão sem o auxílio prévio da graça. • Esta doutrina foi condenada no Concílio de Orange (529) • Lutero (séc. XVI) • A natureza humana estava corrompidadesde o primeiro pecado, motivo pelo qual todas as suas acções eram más. A justificação é só uma decisão divina de consi- derar justo ao que era, e continua a ser, pecador. • Nega a possibilidade de uma graça sobrenatural que levasse o homem a praticar o bem.
A Justificação A justificação é todaobra de Deus, mas o homem é totalmente responsável pela sua justificação. • Deus atrai o homem pela sua inteligência e vontade livre. • Sem a graça o homem não consegue vencer o pecado. • CIC 1993: "A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Por parte do homem expressa-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que o convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda"
A Justificação Só Deus pode perdoar o pecado. Ele é o primeiro ofendido. • O perdão de Deusdestrói e apaga verdadeiramente o pecado. Lutero afirmava que a única coisa que acontecia era que Deus não o tomava em consideração; cobria-o com o manto dos méritos de Cristo, que escondiam a condição pecadora inalterada. Esta tese foi reprovada pelo Magistério. • Para aqueles que são membros da Igreja, a contrição perfeita, fruto do amor a Deus sobre todas as coisas, inclui o propósito de confessar os pecados no sacramento da Penitência, e obtém o perdão, inclusivamente dos pecados mortais.
A Justificação A santificação e a renovação do homem interior vai unida ao perdão dos pecados. • A santificação supõe uma mudança no sujeito; recebe algo que antes não tinha. • O homem justificado participa na vida de Deus. • Recebemos os dons do Espírito Santo e outras graças (graças sacramentais, graças de estado e carismas). • CIC 1991: "Com a justificação, são difundidas nos nossos corações a fé, a esperança e a caridade, e é-nos dada a obediência à vontade divina”
A Justificação No dom da Justificação podemos distinguir com clareza dois modos de Deus actuar nas almas: as graças actuais e a graça santificante. • Às intervenções amorosas de Deus, que estão na origem da conversão e no decurso da obra de santificação chamam-se graças actuais • À participação estável da vida divina chama-se graça santificante ou graça habitual. “A graça santificante é um dom habitual, uma disposição estável e sobrenatural, que aperfeiçoa a alma, mesmo para a tornar capaz de viver com Deus e de agir por seu amor” (CIC 2000)
Ficha técnica • Bibliografia • Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) • Slides • Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com