Radiações ionizantes

1. Radiações ionizantes • Raios X,  (eletromagnéticos) • Raios ,  (partículas) Todos os seres estão expostos naturalmente: • C-14, K-40, Raios cósmicos Exposição artificial: • fontes criadas pelo homem Ocupacional: radiologia, radioterapia, gamagrafia, ciclo do combustível nuclear, uso militar

2. Mecanismo de ação das radiações ionizantes • Fenômeno físico – radiação e os orbitais eletrônicos - tempo de 10-12 segundos • Fenômeno químico –rupturas de ligações de moléculas com formação de radicais livres - tempo de 10-9 segundos. • Fenômeno bioquímicos e fisiológicos – as interações acima poderão ou não provocar lesões observáveis.

3. Tipos de ação • Direto: dano direto ao DNA - raro e pouco importante na prática • Indireto: radiólise da água com formação de radicais livres • H2O  H2O + e- • H2O+ OH. + H+ • e- + H2O  H . + OH- • OH. + OH. H2O2

4. Características gerais dos efeitos biológicos da radiações • Especificidade - não há • Tempo de latência - varia conforme a dose e o tipo de efeito de minutos a décadas • Reversibilidade - dependendo da dose e do tipo de dano há reparo da célula • Transmisibilidade - não há, exceto quanto às mutações (não confundir com o radiocontaminado) • Radiosensibilidade - Lei de Bergonie e Tribondeau • Limiar - com dose limar e sem dose limiar

5. Tipos de efeitos • Determinísticos (não estocásticos) - com limiar de dose (dose dependente) - dano diretos aos tecidos. Tecidos com  mitose/meiose sofrem mais: enterrogia, diarréia, vômitos, depressão medular, dermatites, oligoespermia. De horas a semanas após uma exposição elevada • Estocásticos (probabilísticos) - sem dose limiar (efeito tudo ou nada e a probabilidade de efeito é dose dependente) - Nas células somáticas os efeitos estocásticos são representados pelos diversos tipos de canceres - Nas células germinativas os efeitos são as mutações que podem ser transmitidos às gerações seguintes

8. Efeitos somáticos conseqüentes à exposição a radiação Síndrome Aguda da Radiação (determinísticos) • manifestações múltiplas, especialmente na mucosa gastrointestinal, medula óssea, sistema nervoso central e cardiovascular • Fase inicial ou prodrômica – náuseas, vômitos, diarréia, fadiga e anorexia. • Fase de latência – estado de aparente boa saúde. • Fase crítica – aparecem os efeitos dos sistemas mais afetados dependendo da dose e da localização da radiação • Fase de recuperação ou morte –

9. Síndrome cerebral • doses muito elevadas (> 5.000 REM) • QC - agitação psicomotora que evolui rapidamente para apatia, salivação, vômitos, diarréia, convulsões, coma e morte por colapso cardio-respiratório de origem central • TTO - não há. Evitar sofrimento Obs. Há dano intenso a tecidos radiosensíveis, mas a morte ocorre antes das manifestações destes

10. Síndrome do trato gasto intestinal (TGI) • Doses > 800 REM • perda da mucosa do TGI com má-absorção aguda e grave • QC - náuseas, vômitos, anorexia, diarréia sanguinolenta, levando na seqüência a desidratação intensa e anemia aguda. A morte ocorre por choque hipovolêmico • TTO - reequilíbrio hidroeletrolítico

11. Síndrome medular • > 200 REM - lesam as “stem-cells” • QC - hipoplasia ou aplasia de medula • pode ser reversível ou não (depende da dose) • TTO - transfusões de sangue, antibióticoterapia, medicamentos para estímulo da medula, e eventualmente transplante de medula

13. Efeitos cutâneos • 2 a 3 semanas após a irradiação. • Eritemas, de leves a graves com cicatrizes atróficas • doses de 400 a 700 rem - quedas de cabelo e pêlos temporárias • doses > 700 REM - perda definitiva Efeitos nas gônadas por exposição aguda • 25 REM - oligospermia por até 1 ano • 150 REM - azospermia por até 3 anos • 400 REM - esterilidade definitiva. Em ovário - 150- 300 REM  anovulação e amenorréia por 3 anos - > 300  esterilidade definitiva

14. Efeitos tardios • Determinísticos - catarata • Estocásticos - Ca (leucemias, linfomas, pele, pulmão, osso, etc.) e mutações Tipos de paciente • Irradiado • Radiocontaminado