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FUNDAMENTOS 12 h. DIODOS. DIODO IDEAL. LIMITAÇÃO DA TENSÃO DIRETA E CORRENTE REVERSA. RETIFICADOR. EXEMPLO 3.1. Considere o circuito a seguir, onde a tensão da bateria é de 12 V e a tensão de pico da senóide é de 24 V.
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FUNDAMENTOS 12 h DIODOS
EXEMPLO 3.1 Considere o circuito a seguir, onde a tensão da bateria é de 12 V e a tensão de pico da senóide é de 24 V. Determine a fração de tempo de cada ciclo em que o diodo conduz, e também o valor de pico da corrente no diodo e a tensão de polarização reversa máxima sobre o diodo.
EXEMPLO 3.1 O diodo conduz quando vs>12, ou seja 24sin()=12 que tem como solução 1=30° e 2=150° ou seja, conduz durante =2-1=120°, o que representa 1/3 do período. A corrente de pico vale Id=(24-12)/100=0,12 A A tensão reversa máxima é igual a: Vd=12-(-24)=36 V
EXEMPLO 3.2 Determine V e I no circuito com diodos a seguir. Na primeira figura, supondo ambos os diodos conduzindo, temos que: VB=0, V=0, ID2=1 mA e portanto I=1 mA. Na segunda figura, supondo ambos os diodos conduzindo, temos que: VB=0, V=0, ID2=2 mA e I=-1 mA, o que indica que D1 está cortado, e portanto I=0.
EXEMPLO 3.2 Além disso, ID2=20/15k=1,33 mA V=VB=-10+10k1,33m=3,3 V o que confirma o corte de D1.
CARACTERÍSTICA ELÉTRICA DE DIODOS REAIS Existem 3 regiões distintas: Polarização direta se v>0. Polarização reversa se v<0 Região de ruptura se v<-VZK
REGIÃO DE POLARIZAÇÃO DIRETA Na região de polarização direta: i=IS{exp[v/(nVT)]-1} onde IS é denominada corrente de saturação (da ordem de 10-15 A para pequenos diodos), VT é denominada tensão térmica e 1n2 é uma constante de fabricação do diodo.
REGIÃO DE POLARIZAÇÃO DIRETA A tensão térmica é dada por: VT=kT/q onde k=1,3810-23 J/K, T é a temperatura em K e q=1,610-19 C é a carga de um elétron, que à temperatura ambiente vale: VT25 mV. No sentido direto para i>>IS i=ISexp[v/(nVT)] ou v=nVTln(i/IS)
REGIÃO DE POLARIZAÇÃO DIRETA Para v<0,5 V a corrente é desprezível. Assim, v=0,5 V é denominada tensão de corte. Por outro lado, a queda de tensão de um diodo em condução é v0,7 V. Como IS e VT variam com a temperatura, dada uma corrente constante, a tensão diminui 2 mV para cada °C de aumento da temperatura.
REGIÃO DE POLARIZAÇÃO REVERSA Neste caso, v<0 e portanto a exponencial torna-se desprezível perante a unidade, e assim: I -IS Na verdade a corrente reversa é muito maior que a corrente de saturação, podendo alcançar 1 nA, e isto se deve a efeitos de fuga.
REGIÃO DE RUPTURA Ela ocorre quando a tensão reversa for maior que a tensão de ruptura. Neste caso, a corrente aumenta rapidamente para um aumento pequeno na tensão. Se não houver um resistor que limite a corrente, o diodo se destruirá. Observe que nesta região, um diodo pode funcionar como uma fonte de tensão.
ANÁLISE DE CIRCUITO COM DIODOS Podemos escrever duas equações: ID=ISexp(VD/nVT) e ID=(VDD-VD)/R Supondo que IS e n sejam conhecidos, a solução deste sistema não-linear de equações não apresenta forma fechada. Solução: cálculo numérico ou análise gráfica.
MODELO DE SEGMENTOS LINEARES Neste caso: iD=0 para vDVD0 ID=(vD-VD0)/rD para vDVD0 onde para o exemplo anterior VD0=0,65 V e rD=20 O modelo de segmentos lineares pode ser modelado pelo circuito a seguir.
EXEMPLO 3.5 Obtenha a corrente e a tensão no diodo para o circuito com diodo e resistor mostrado anteriormente utilizando o modelo de segmentos lineares com VD0=0,65 V rD=20 R=1 k
EXEMPLO 3.5 Neste caso, podemos escrever para a corrente no diodo: ID=(VDD-VD0)/(R+rD) ID=(5-0,65)/(1000+20)=4,3 mA A tensão no diodo é dada por: VD=VD0+rDID VD=0,65+204,310-3=0,735 V
MODELO DE QUEDA DE TENSÃO CONSTANTE Neste caso, podemos escrever que: ID=(VDD-VD0)/R onde tipicamente VD0=0,7 V. Para o exemplo anterior: ID=(5-0,7)/1000=4,3 mA
MODELO PARA PEQUENOS SINAIS Considere um diodo polarizado para operar com um sinal em torno do ponto quiescente. A tensão total no diodo é dada por: vD(t)=VD+vd(t) A corrente instantânea pode ser escrita como: iD(t)=ISexp[(VD+vd)/nVT] iD(t)=ISexp(VD/nVT)exp(vd/nVT) iD(t)=IDexp(vd/nVT)
MODELO PARA PEQUENOS SINAIS Supondo que vd/nVT<<1, podemos aproximar a exponencial pelos dois primeiros termos de sua série de Taylor: iD(t)=ID(1+vd/nVT) iD(t)=ID+(ID/nVT)vd iD(t)=ID+id onde id=vd/rd
MODELO PARA PEQUENOS SINAIS E portanto, rd=nVT/ID Ou seja a resistência dinâmica é inversamente proporcional à corrente. E portanto, vD(t)=VD+rdid De onde, tiramos o modelo circuital a seguir.
EXEMPLO 3.6 Considere o circuito a seguir, no qual a fonte de tensão V+ tem um valor DC de 10 V, sobreposto a uma ondulação senoidal de 60 Hz de 1 V de pico. Calcule a amplitude do sinal senoidal sobre o diodo. Suponha que VD=0,7 V, R=10 k e n=2.
EXEMPLO 3.6 Do ponto de vista DC, ID=(10-0,7)/10=0,93 mA A resistência dinâmica é dada por: rd=nVT/ID=225/0,93=53,8 A tensão senoidal sobre o diodo vale: vd=v+rd/(rd+R)=5,4 mV e que por ser pequeno (<< 10 mV) justifica a aplicação do modelo de pequenos sinais.
MODELO PARA O DIODO ZENER Um diodo zener na região de ruptura pode ser modelado por: VZ=VZ0+rzIZ para IZIZK onde VZ0 é o ponto em que a curva do zener intercepta o eixo de tensão, e rz representa a inclinação daquela curva.
EXEMPLO 3.8 Seja o circuito da figura a seguir, onde um diodo zener é utilizado. A tensão de zener VZ=6,8 V é obtida para uma corrente de zener IZ=5 mA, com rz=20 e IZK=0,2 mA. A fonte de alimentação V+=101 V. Determine VO sem carga usando V+ nominal. Calcule a variação de VO resultante da variação de 1 V em V+.
EXEMPLO 3.8 Calcule a variação em VO resultante da conexão de uma carga de RL=2 k. Calcule a variação em VO quando RL=0,5 k. Qual o valor mínimo de RL para o diodo continuar a operar na região de ruptura.
EXEMPLO 3.8 Podemos determinar inicialmente, VZ0=VZ-rzIZ=6,8-20510-3=6,7 V Sem carga, temos que IZ=(V+-VZ0)/(R+rz)=(10-6,7)/520=6,3 mA Portanto, VO=VZ0+IZrz=6,7+6,310-320=6,83 V Para uma variação V+=1 V, temos que VO=V+rz/(rz+R)=120/520=38,5 mV
EXEMPLO 3.8 Uma carga de 2 k vai drenar aproximadamente 3,4 mA, portanto VO=rzIZ=-203,410-3=-68 mV Uma carga de 500 vai drenar aproximadamente 13,6 mA, o que não é possível, pois a corrente pelo resistor é de apenas 6,4 mA. Neste caso o zener estará cortado e a tensão de saída será dada por VO=V+RL/(R+RL)=10/2=5 V o que confirma o corte do zener.
EXEMPLO 3.8 Para o zener operar com corrente IZK=0,2 mA, temos que VZ=VZKVZ0=6,7 V. Neste caso, a corrente de pior caso que passa por R é (9-6,7)/0,5=4,6 mA, e portanto a corrente que sobra na carga é 4,6-0,2=4,4 mA. Portanto, RL=6,7/4,4=1,5 k.
PROJETO DE REGULADOR ZENER Considere o regulador com zener a seguir. O regulador é alimentado com uma tensão que possui uma grande ondulação. A função do regulador é fornecer uma tensão de saída que seja a mais constante possível, independente de: Tensão de Entrada Variações da carga. Ondulação da tensão de entrada.