320 likes | 559 Views
A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA. (1946-64). História. A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA (1946 – 1964):. Eurico Dutra – PSD (1946 – 1951): Eleito com o apoio do PTB e de Getúlio Vargas: “Ele disse: para presidente vote Dutra” . Constituição de 1946: liberal e redemocratizante Promulgada;
E N D
A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA (1946-64)
História A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA (1946 – 1964): • Eurico Dutra – PSD (1946 – 1951): • Eleito com o apoio do PTB e de Getúlio Vargas: “Ele disse: para presidente vote Dutra”. • Constituição de 1946: liberal e redemocratizante • Promulgada; • República Federativa; • Presidencialismo (mandato presidencial de cinco anos); • Independência entre os Três Poderes; • Autonomia estadual e municipal; • Votação (em separado) para Presidente e Vice-Presidente; • Voto universal e obrigatório para alfabetizados c/ + de 18 anos
História A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA • Eurico Dutra: • Alinhamento do Brasil aos EUA no contexto da Guerra Fria (Imperialismo Cultural); • Rompimento das relações diplomáticas com a URSS; • Ilegalidade do PCB; • Os políticos do PCB são cassados; • Aumento das importações e Déficit Comercial; • Aumento do custo de vida; • Proibição de greves e intervenção em sindicatos; • Plano Salte (saúde, alimentação, transporte e energia); • Pavimentação da Rio - São Paulo (Via Dutra). • Proibição do jogo do bicho e fechamento dos cassinos; “Queima de reserva”
História A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA • Getúlio Vargas – PTB (1951 – 1954): • Política econômica nacionalista e intervencionista. • Plano Lafer (Horácio Lafer): estímulo a indústria de base (Plano Qüinqüenal); • Criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico); • Campanha “O petróleo é nosso”, com o apoio de Monteiro Lobato, que culminou em 1953 com a criação da Petrobrás; criação da Eletrobrás; • Aumento de 100% do salário mínimo, concedido pelo Ministro do Trabalho João Goulart; • Empresários nacionais, associados ao capitais internacionais, financiaram a oposição ao governo através da UDN e do seu líder e governador da Guanabara Carlos Lacerda (dono da Tribuna da Imprensa). ARTICULAÇÃO GOLPISTA Campanha de desestabilização
História Getúlio Vargas – PTB (1951 – 1954): crise institucional • Atentado a Carlos Lacerda (da rua Toneleros) → “República do Galeão” • Suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954). Carta Testamento: “...saio da vida para entrar na História” - ADIA O GOLPE! • Carlos Lacerda foge para Portugal; os militares recolhem-se aos quartéis; • Assumem Café Filho – Carlos Luz – Nereu Ramos. 1954
Carta Testamento Getúlio Vargas Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. (...) E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História. (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)
História • Tentativa de golpe dos udenistas (com o apoio de Carlos Luz), que queriam impedir a posse de JK e Jango,por não terem conseguido a maioria absoluta de votos. Tiveram o apoio de oficiais da Aeronáutica sediados em Santarém (PA). A tentativa de golpe foi desarticulada pelo general Henrique Teixeira Lott (Ministro da Guerra). • Juscelino Kubitschek – PSD (1955 – 1961): • JK - o presidente “Bossa Nova”; • Tentativa de pacificação política do país: anistia aos envolvidos na tentativa de golpe; • Plano de Metas: “50 anos de desenvolvimento em 5 de governo”; • Interiorização do desenvolvimentoEmpréstimos e investimentos estrangeiros • O Plano de Metas previa investimentos em energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. • Política econômica modernizadora e desnacionalizadora; 36%
História A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA: • Juscelino Kubitschek – JK: • Instalação de indústrias de bens duráveis, principalmente multinacionais automobilísticas, concentradas em SP, RJ e MG; • Criação da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste); • Início do processo de sucateamento das ferrovias brasileiras, com a priorização pelo governo federal das rodovias, satisfazendo os interesses das multinacionais automobilísticas; • O aumento da inflação, do custo de vida e da dívida externa, levou o governo a romper com o FMI e a decretar moratória, medidas sem nenhuma consequência mais imediata. • Brasília (arquitetos: Oscar Niemeyer e Lúcio Costa), construída pelos candangos;
História A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA: • Jânio Quadros – PTN (1961) • Eleito com o apoio da UDN: “Jânio Quadros é a UDN de porre!”; • Teve como símbolo de campanha a “vassoura”, que varreria a corrupção do país; • Medidas de caráter liberal: adoção do câmbio flutuante, acordos com o FMI, controle de gastos do governo • Manteve uma política externa independente: reatou relações diplomáticas com a URSS e China Popular. • Condecorou o ministro cubano e líder revolucionário de esquerda, Ernesto “Che” Guevara, com a comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul. • A UDN rompe com o Governo e Carlos Lacerda, em rede de TV, acusa Jânio de abrir as portas do Brasil ao “comunismo internacional”; • Sem apoio, Jânio Quadros tenta uma última cartada: a renúncia (26 de Agosto de 1961): “... forças terríveis levantaram-se contra mim e me intrigam ou infamam... A mim não falta a coragem da renúncia.” Contraditório
História A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA: O Movimento da Legalidade • Com a renúncia de Jânio, deveria assumir o vice-presidente: Jango, que estava em visita oficial a China Popular e era considerado pelos grupos reacionários um simpatizante do comunismo. • Setores ligados ao grande capital nacional e internacional, com o apoio de parte das Forças Armadas, tentaram impedir a posse de Goulart; • Foi quando eclodiu em Porto Alegre, depois se espalhando pelo RS e Brasil, o Movimento da Legalidade, liderado pelo governador Leonel Brizola (que costurou o apoio do III Exército) e que exigia o cumprimento da constituição e a posse de João Goulart.
História A REPÚBLICA LIBERAL POPULISTA: • João Goulart – PTB (1961 - 1964): • Adoção do sistema Parlamentarista, que deveria ser referendado por um plebiscito em 1965; teve como Primeiro-Ministro Tancredo Neves; • Realização do plebiscito antecipado (1963): de 12 milhões de votos, quase 10 milhões de cidadãos votaram contra o parlamentarismo; • Governo nacionalista e política externa independente; • Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social: • Buscar melhor distribuição das riquezas, atacando • os latifúndios improdutivos; • Encampar as refinarias particulares de petróleo; • Reduzir a dívida externa brasileira; • Diminuir a inflação mantendo o crescimento econômico; Não se concretizou!
História A radicalização política: • Comício da Central do Brasil no Rio de Janeiro (com a presença de 300 mil pessoas). Jango anuncia um conjunto de medidas denominadas de Reformas de Base “por bem ou por mal”: • Reforma Agrária; • Reforma Urbana; • Reforma Educacional; • Reforma Eleitoral; • Reforma Tributária. • Lei de remessas de lucros para o exterior. • Os trabalhadores começaram greves para pressionar os deputados e senadores a aprovarem as reformas, as classes dominantes, em oposição, organizavam ,em várias cidades, as Marchas com Deus pela Liberdade, em São Paulo a Marcha teve como uma de suas líderes a socialite Hebe Camargo. • Em 31 de março de 1964 começou o Golpe Militar em MG (gal Olímpio Mourão Filho, apoiado pelo governador Magalhães Pinto), que recebeu a adesão de unidades no RS, SP e GB. Em 1 de abril Jango deixou Brasília e rumou para Porto Alegre, onde Brizola, com o apoio da BM, tentou convencê-lo inutilmente a resistir, ambos fugiram para o Uruguai. Quando Jango chegou a Porto Alegre, Leonel Brizola, de fuzil na mão, já organizava a resistência, forçando o governador do RS, Ildo Meneghetti, a fugir para Passo Fundo, para onde transferiu a capital do estado e instaurou o seu governo. O Golpe Militar no Brasil contou com o apoio dos EUA (Operação Brother Sam)
13 de março: Comício da Central do Brasil 19 de março: Marcha da Família com Deus pela Liberdade