Karl Marx e as modos de produção social

1. Karl Marx e as modos de produção social

2. Karl Marx (1818-1883) • A sociedade determina o indivíduo por meio das condições materiais de existência, ou seja, a relação entre o indivíduo e sociedade não pode ser pensada separadamente das condições materiais em que estão apoiadas. • As condições materiais são determinantes: são elas que condicionam os indivíduos e seus grupos a determinadas relações sociais.

3. - Para Marx, o critério de análise da sociedade é o econômico. Assim, ele é conhecido como determinista econômico em sua forma de responder à principal questão sociológica: a relação indivíduo e sociedade.

4. Conceitos básicos da contribuição de Marx para sociologia • Materialismo histórico. • A compreensão das relações materiais entre os homens e a sua forma de relacionamento no mundo; • Marx: a forma como vivemos materialmente, no contexto das relações de produção, dirá muito do que somos e o que nós somos será reflexo da produção e de suas relações sociais presentes na sociedade;

5. - Materialismo: o que somos encontra-se em estreita relação de dependência com as condições materiais de nossa existência.

6. 2. O capital • Resultado das sociedades modernas que são organizadas a partir da produção industrial e científica. • É um fator de produção que representa o potencial de produção, ou seja a capacidade de alguma coisa ser transformada em um bem ou serviço. • Marx: o capital existe dentro de um processo de troca econômica que cresce no processo de circulação de bens, constituindo se a base do sistema econômico do capitalismo.

7. Nesta forma de emprego do capital, a desigualdade social é um dos elementos principais do modo capitalista. • A desigualdade é inerente ao sistema sócioeconômico capitalista, gerado pelo próprio sistema, concentra a riqueza e a força de produção nas mãos de poucos grupos para que possa explorar a força de trabalho da maioria.

8. 3. Materialismo histórico e Classes sociais • Em Marx, a história do homem é a história da luta de classes; • A luta de classes: fruto das relações de poder entre os diversos grupos sociais pelos recursos, modos de produção e bens materiais existentes na sociedade. • A contradição e as relações antagônicas e conflitivas fazem parte do processo histórico e constitutivo da história das sociedades humanas.

9. O materialismo histórico reafirma/mantém o processo de permanência de lutas de classes. • Para Marx: duas concepções de classes sociais. • Burguesia: resultado da classes de terras e a classe proprietária do capital. • Proletariado: classe proprietária da força de trabalho. • As duas classes: se apresentam em constante conflito de interesses e opostas. • Não há harmonia entre o capital (burguesia) e o trabalho (proletariado). A desigualdade é uma característica/consequência/produto da sociedade do capital.

10. - A força motriz da mudança de toda e qualquer sociedade está na estreita relação com a contradição, com o conflito presente entre as classes sociais na sociedade capitalista (Produção x trabalho)

11. 4. Mercadoria e Fetiche • Mercadoria (manifatura): resultado da relação de produção com a força de trabalho, ganha um valor de venda determinado pela quantidade de trabalho materializado no artigo. • Fetiche: quando esta valoração de venda é irreal e infundada, não como fruto do trabalho humano. De fato se apresenta como não pudesse ser mensurado. • O obeto material perde sua relação com o trabalho, ganha sua própria vida e inclui/exclui os sujeitos dos grupos existentes socialmente

12. Exemplo: Bolsas, perfumes, carros e outros materiais que ganham o seu status pelo valor e não pela sua relação de produção ou de praticidade.

13. 5. Alienação - Livro: A ideologia Alemã de 1845 • É um fenômeno histórico decorrente da forma como produzimos os bens que necessitamos. É a consciência da realidade pelo o que dizem que ela é (ideologia) e não pelo o que ela realmente seja. Ex: O preço de uma casa em determinado local ou outros objetos. - Auxilia no processo de naturalização das relações sociais e as desigualdades presentes na sociedade, criando uma espécie de natureza humana.

14. A alienação está intimamente ligada a prática humana do trabalho. • O homem como ‘homo faber’ produz coisas que não lhe pertence, pois pertence aos donos dos meios de produção. Assim, a alienação se produz pois o desconecta da realidade, fazendo com que ele não se preocupe mais com o todo do social trabalho e apenas com a parte que lhe é imputada. • Para Marx: o trabalho é a forma de desenvolvimento de nossas melhores dimensões, porém no contexto capitalista, ele se apresenta como a possibilidade de tormento humano.

15. O trabalho: passa a ser sacrificial e submete as suas relações sociais. • Desta forma, os sujeitos sociais se transformam em mercadoria do sistema, sendo de caráter coercitivo e opressor aos interesses das classes que dominam os meios de produção.

16. Enfim, • Em Marx, as relações sociais e o processo de produção social são constituintes de sociedades; • A sociologia de Marx para História: contribui para pensar as produções das relações humanas expressas no materialismo histórico e dialético que faz com que os sujeito imprima sua presença na realidade temporal. • Os elementos da teoria de Marx: produzem um campo fértil de compreensão da realidade e de como os grupos se organizam no tempo-espaço para buscar seus interesses e responder suas demandas sociais.