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REVOLUÇÃO FRANCESA 1789-1799

REVOLUÇÃO FRANCESA 1789-1799. “O rei não era mais Luís, pela Graça de Deus, Rei de França e Navarra, mas Luís, pela Graça de Deus e do direito constitucional do Estado, Rei dos Franceses. A fonte de toda a soberania, dizia a Declaração, reside essencialmente na nação.” ( Hobsbawm , 2000).

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REVOLUÇÃO FRANCESA 1789-1799

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  1. REVOLUÇÃO FRANCESA 1789-1799 “O rei não era mais Luís, pela Graça de Deus, Rei de França e Navarra, mas Luís, pela Graça de Deus e do direito constitucional do Estado, Rei dos Franceses. A fonte de toda a soberania, dizia a Declaração, reside essencialmente na nação.” (Hobsbawm, 2000)

  2. CONTEXTO HISTÓRICO • Revolução burguesa inspirada no Iluminismo • Antecedentes/causas: • Maior população da Europa Ocidental (25 milhões). • 80% rural. • Absolutismo parasitário • Luís XVI • Festas, banquetes, pensões, guerras inúteis, tratados desvantajosos. • Povo: sofre constantes crises de fome. • Economia inflacionária

  3. A sociedade francesa do Antigo Regime • Restrições mercantilistas: taxações, proibições, monopólios. • Sociedade estamental (extrema desigualdade): Terras, cargos prestígio, privilégios, e isenção fiscal 1º ESTADO: CLERO 1% 2º ESTADO: NOBREZA 2% 3º ESTADO: BURGUESIA + CAMPONESES + SANS CULOTES: obrigações e impostos. 97%

  4. Crise econômica do absolutismo • Crise econômica: concorrência inglesa, excesso de gastos, altos impostos, inundações, secas... • Difusão de ideais iluministas. • Revolta dos Notáveis (1787): nobres inconformados com proposta de cobrança de impostos, exigem convocação dos Estados Gerais.

  5. AFINAL DE CONTAS POR QUE OCORREM REVOLUÇÕES?

  6. OS ESTADOS GERAIS E O PRELÚDIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA • Os Estados Gerais (1789): • Reunião (consultiva) de membros dos 3 Estados. • Objetivo básico: tributação. • Divergência de votação (por deputado ou por Estado)

  7. A eclosão: o 14 de julho • 3º Estado separa-se e autoproclama-se em Assembleia Nacional Constituinte (juramento na sala da Péla). • Criação da Guarda Nacional (milícia burguesa) para resistir ao rei. • 14/07/1789: QUEDA DA BASTILHA (início oficial da Revolução Francesa)

  8. JOGO DA PÉLA • O jogo da pélaé um jogo muito praticado antigamente, que consistia em atirar uma bola (a péla) de um lado para o outro, com a mão ou com o auxílio de um instrumento (raquete, bastão, pandeiro, etc.), em local aparelhado para esse fim. • O milenar jogo da péla é considerado um dos ancestrais do tênis. Desde o século XIII era praticado em salas fechadas.

  9. Assembleia Nacional Constituinte • A Assembleia Nacional (1789 – 1792): • Grande Medo (AGO): camponeses rebelam-se contra autoridade dos senhores feudais. • Abolição de privilégios feudais. • DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO – igualdade jurídica, direito à propriedade e resistência à opressão. • Desigualdade econômica no lugar da sociedade estamental. • Constituição civil do clero (1790). • Igreja subordinada ao Estado. • Juramentados X Refratários.

  10. Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão • a ASSEMBLEIA NACIONAL reconhece e declara, na presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos do Homem e do Cidadão: • Artigo 1º- Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum. • Artigo 2º- O fim de toda a associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses Direitos são a liberdade. a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

  11. Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão • Artigo 3º- O princípio de toda a soberania reside essencialmente em a Nação. Nenhuma • corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que aquela não emane expressamente. • Artigo 4º- A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudique outrem: • Artigo 11º- A livre comunicação dos pensamentos e das opiniões é um dos mais • preciosos direitos do Homem; todo o cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir • livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na Lei.

  12. Período Constitucional • 1ª Constituição francesa (1791): monarquia constitucional, divisão de poderes, voto censitário, manutenção da escravidão nas colônias. • Proibição de greves e associações de trabalhadores (Le Chepelier). • Divisões entre os parlamentares: • GIRONDINOS – alta burguesia, conservadores, sentados na direita do parlamento. • JACOBINOS – pequena e média burguesia, apoiados por sans-culotes, favoráveis a mudanças mais radicais, sentados na esquerda do parlamento. Apelidados de “montanheses”.

  13. Reações conservadoras • Nobres começam a abandonar a França (emigrados). • Rei tenta fugir e é preso (1791). • França é invadida por países absolutistas (Áustria e Prússia). • Exército popular (COMUNA INSURRECIONAL DE PARIS), liderado por jacobinos, é formado para conter inimigos. • Rei = traidor • Monarquia é abolida (1792) • O Rei Luís XVI é guilhotinado em praça pública.

  14. A Convenção Nacional • A Convenção Nacional (1792 – 1795): • Girondinos X Jacobinos • Set/1792 – Jun/1793: Girondinos no poder. • Jan/1793 – Luís XVI é guilhotinado. • 1ª coligação contra a FRA (AUS + PRUS + ESP + HOL + ING). • Revolta de camponeses de Vendéia (contra a Revolução). • Crise econômica. • Jun/1793 – Jul/1794: Jacobinos no poder. • Radicalismo para conter as revoltas.

  15. O PODER DOS JACOBINOS • 1793: Constituição do Ano I – sufrágio universal, fim da escravidão nas colônias. • Comitê de Salvação Pública (administração e defesa externa). • Comitê de Salvação Nacional (segurança interna). • Tribunais Revolucionários (julgamento de opositores). • Calendário Revolucionário. • Lei do Preço Máximo. • Ensino público e gratuito. • Confisco e venda (a preços populares) de bens da Igreja e nobreza.

  16. CALENDÁRIO REVOLUCIONÁRIO

  17. O GRANDE TERROR • Fim da supremacia católica. • Assassinato de Marat • Divergências entre jacobinos. • Danton X Robespierre • Terror: abuso da guilhotina: Traidores, corruptos e nobres. • Desgaste do governo. MARAT ROBESPIERRE DANTON

  18. Foi o médicofrancêsJoseph-IgnaceGuillotin (1738-1814) que sugeriu o uso deste aparelho na aplicação da pena de morte. Guillotin considerava este método de execução mais humano do que oenforcamento ou a decapitação com um machado. Mas não foi ele o inventor desse aparelho de cortar cabeças, usado muitos séculos antes. Guillotin, na verdade, apenas sugeriu sua volta na Revolução Francesa como eficiente método de execução humana. O aparelho serviu para decapitar 2794 "inimigos da Revolução" .

  19. TERMIDOR E O DIRETÓRIO • Golpe do 9 Termidor (Reação Termidoriana): Robespierre é guilhotinado e Girondinos retomam o poder. • Convenção Termidoriana (1794 – 1795): • Anulação das leis dos jacobinos. • Perseguições a populares (Terror Branco). • O Diretório (1795 – 1799): • 1795: Nova Constituição – 5 diretores (poder executivo), voto censitário. • 1795 e 1797 – golpes realistas (frustrados)

  20. NAPOLEÃO ENTRA EM CENA • 1796: Conspiração ou Conjura dos Iguais (Graco Babeuf) – rebelião popular fracassada. • Segunda Coligação contra a França (PRUS + ESP + HOL + ITA) – derrotada. • Crise econômica, corrupção, impopularidade. • Napoleão Bonapartedestaca-se na defesa dos franceses. • Golpe do 18 Brumário (1799): Napoleão Bonaparte toma o poder. • Fim da Revolução Francesa. GRACO BABEUF NAPOLEÃO BONAPARTE

  21. Consequências: • Importância do movimento: • Fim do Antigo Regime na Europa Ocidental. • Ascensão da burguesiacomo classe dominante. • Início da concepção de ESQUERDA X DIREITA • Desenvolvimento do capitalismo na França. • Grande inspiração para outros movimentos revolucionários no mundo inteiro, principalmente, no século XIX. • DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO: documento base da Carta de Criação da ONU e dos direitos humanos.

  22. “A Liberdade guiando o povo” Artista EugèneDelacroixAno 1830Tipo óleo sobre telaLocalização Museu do Louvre, Paris

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