570 likes | 731 Views
Cruz Alta. Nossa Velha - Nova. Parte 30. 1925 - SOCIETÁ ITALICA RECREATIVA. A SOCIETÁ FRATELLANZA ED UNIONE ITALICA, CLUBE DE CULTURA ITALIANA, FOI FUNDADA POR IMIGRANTES EM 06/10/1895. SOCIETÁ ITALICA RECREATIVA. FOTO DOS FUNDADORES.
E N D
Cruz Alta Nossa Velha - Nova Parte 30
1925 - SOCIETÁ ITALICA RECREATIVA A SOCIETÁ FRATELLANZA ED UNIONE ITALICA, CLUBE DE CULTURA ITALIANA, FOI FUNDADA POR IMIGRANTES EM 06/10/1895
SOCIETÁ ITALICA RECREATIVA FOTO DOS FUNDADORES EM 1938 PASSOU A CHAMAR-SE APENAS DE SOCIEDADE FRATELLANZA
SOCIETÁ ITALICA RECREATIVA COM O ATRITO BRASIL- ITÁLIA DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, EM 12/03/1942 PASSOU A CHAMAR-SE CLUBE CRUZALTENSE
CLUBE CRUZALTENSE EM 1956 A ANTIGA SEDE FOI TOTALMENTE RECONSTRUÍDA, PARA DAR LUGAR AO PRÉDIO NOS MOLDES ATUAIS
AVENIDA GENERAL OSÓRIO DÉCADA DE 1980
DÉCADA DE 1980 AVENIDA VENÂNCIO AIRES ESQUINA RUA ANDRADE NEVES
2008 EDIFÍCIO ESPLANADA EM REMODELAÇÃO
ANTIGO HOTEL DE VIAJANTES AVENIDA GENERAL CÂMARA, PRÓXIMO À VIAÇÃO FÉRREA
HOJE AINDA HOTEL PARA VIAJANTES - QUE SAUDADES DO PRÉDIO ANTIGO !
CHURRASCARIA FLOR DA SERRA HOTEL ROSMER TRADICIONAL E ANTIGO RESTAURANTE DA CIDADE AVENIDA PRESIDENTE VARGAS
2008 PROCESSO DE DEMOLIÇÃO E RECONSTRUÇÃO
HOJE UMA TÍPICA MUDANÇA PARA MELHOR
SOBRADO DOS VERISSIMO CASA DO AVÔ DE ERICO VERISSIMO, FRANKLIN VERISSIMO - CONSTRUÍDA POR ELE EM 1899 -
HOJE BANCO SICREDI
1949 - SOBRADO DOS VERISSIMO APÓS A MORTE DE FRANKLIN, MOROU NELA O SEU GENRO, DR. CATHARINO AZAMBUJA
HOJE AVENIDA GENERAL CÂMARA
1952 - SOBRADO DOS VERISSIMO JÁ FUNCIONOU NELE, AINDA NA ÉPOCA DO SR. FRANKLIN VERISSIMO, QUE ERA MÉDICO AUTO-DIDATA, PEQUENA ENFERMARIA
HOJE O PRÉDIO FOI DEMOLIDO NA DÉCADA DE 1990, APÓS O BOATO DE POSSÍVEL TOMBAMENTO
SOBRADO DOS VERISSIMO HOTEL ROSMER O PORTÃO ORIGINAL AINDA EXISTE E É PRESERVADO POR SEU BISNETO LUIS CARLOS VERISSIMO
SOBRADO DOS VERISSIMO ERA TAMBÉM CHAMADO DE SOLAR DOS VERISSIMO OU SIMPLESMENTE CASARÃO ESCADARIA DE ACESSO AO PÁTIO NELE ABRIGARAM-SE TAMBÉM A ESCOLA ANNES DIAS EM 1949 (PROJETO 05) E O GRUPO ESCOLAR CIDADE DE CRUZ ALTA EM 1966
CASA DA FAMÍLIA SCHULTZ A SETA INDICA UMA JANELA DE REFERÊNCIA PARA A PRÓXIMA FOTO
HOJE - RUA BARÃO DO RIO BRANCO DEMOLIDA POR QUESTÃO DE SEGURANÇA E À ESPERA DE MODERNA CONSTRUÇÃO...
CASA DAS VARANDAS CONSTRUÍDA NO INÍCIO DO SÉCULO 20, SUPÕE-SE FOSSE UMA CHÁCARA - NA DÉCADA DE 1940 ABRIGOU ESCOLA PARTICULAR -
HOJE - RUA GENERAL PORTINHO APÓS SEU ABANDONO, FOI DEMOLIDA POR QUESTÃO DE SEGURANÇA À ESPERA DE MODERNA EDIFICAÇÃO ...
A MAIS BONITA Para finalizar, relembraremos aquela que é considerada por muitos a mais bela casa que já existiu em Cruz Alta: A “MANSÃO DOS COSTA” Por volta de 1918, um cidadão de nome Edvaldo Carpes, enriquecido pelo ramo da construção de casas populares, construiu uma magnífica casa na esquina das Ruas João Manoel e Avenida General Câmara Além da beleza arquitetônica, foi contratado famoso artista de Pelotas para pintar belíssimos painéis em vários pontos da casa Porém o alto custo da obra desequilibrou suas finanças e ele acabou falindo O prédio foi adquirido pelo Sr.Marcos Costa, então gerente do Banco Pelotense. Ao morrer, deixou a casa à seus dois filhos solteiros, Astrogildo e Teócrito, Estes, antes de suas mortes, destinaram o prédio para a fundação de uma instituição de caridade, a “Casa Dona Emília”, nome da mãe dos irmãos Isso não aconteceu e a casa foi a leilão, sendo arrematado pelo Sr. Amantino Quinzani, cujo objetivo era restaurá-la. Por motivos técnicos, pessoais e pela ameaça de tombamento, o prédio acabou sendo desmanchado em 1994, dando lugar à uma nova edificação, destinada ao ramo bancário
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA RUA JOÃO MANOEL ESQUINA AVENIDA GENERAL CÂMARA
HOJE BANCO ITAÚ
CASARÃO DA FAMÍLIA COSTA A SUA BELEZA CHAMAVA A ATENÇÃO DE QUEM PASSAVA
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA NA ÉPOCA, UMA DAS CASAS MAIS BELAS DO ESTADO
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA QUEM TEVE A OPORTUNIDADE DE CONHECÊ-LA PESSOALMENTE, JAMAIS ESQUECEU SUA BELEZA
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA EDIFÍCIO FACCIN VISÃO APARTIR DA RUA JOÃO MANOEL
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA AS DÉCADAS DE ABANDONO FORAM FATAIS PARA SUA DEGRADAÇÃO
HOJE QUE SAUDADES DO CASARÃO !
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA VISÃO APARTIR DA AVENIDA GENERAL CÂMARA
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA COMO ACONTECE COM MUITAS CASAS ABANDONADAS, MUITA GENTE ACHAVA QUE ELA ERA MAL-ASSOMBRADA
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA DETALHES IMPRESSIONANTES - UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA TAMBÉM CONHECIDA COMO SOLAR DOS COSTA
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA A ESCADARIA TAMBÉM ERA MUITO BONITA
MANSÃO DA FAMÍLIA COSTA A FOTO DA DIREITA É UMA REPRODUÇÃO DA FACHADA ORIGINAL, ENTALHADA EM MADEIRA, DO ARTISTA PLÁSTICO CRUZALTENSE MILTON
FOTO HISTÓRICA EM 1934, DURANTE A REVOLUÇÃO DE 1932, O SR. MARCOS COSTA RECEBEU O ENTÃO INTERVENTOR FEDERAL NO RS, CHEFE REPUBLICANO E CANDIDATO À CONSTITUINTE O SR. BORGES DE MEDEIROS, QUE DISCURSOU DAS SACADAS DO PRÉDIO
“ O CASARÃO DOS COSTA ” Era enorme aquele casarão mas cabia dentro de mim, mesmo à distância. Minha coragem era tamanha que ficava, de longe, observando o silêncio de suas paredes e o envelhecimento de sua idade. Era como um palácio surpreso na inquietação do tempo, um ilha de reboco sustentando um sonho de grandeza, uma imagem que ocupava o delírio de fantasmas que caminhavam de cabeça para baixo e de tesouros que se enfiavam debaixo das escadas. Quando o vi pela primeira vez não consegui compreender porque permanecia impávido naquela esquina rodeado de muros e de casas diminutas que tiravam seu poder. Me parecia, fora do tempo certo. As varandas se projetavam pela rua e, soberanas, não queriam ser incomodadas. Eram inalcançáveis e guarnecidas pelo desenho que lembrava uma gaiola que não prendia nenhum pássaro, mas escondia muitos segredos. Debaixo delas, pequenas janelas não mostravam o que existia lá dentro. Eram vazios concretos da imaginação mais aguda de meus amigos de infância. Um dia, decidido pela minha dúvida e pela maioridade de meus escritos, dei um passo e outro e abri o portão enferrujado. A escadaria mostrava seus degraus encardidos mas me impunha subir diante do que não conhecia. Até então, conduzia um repertório de idéias vagas, relatos de paixões fugazes, traições trágicas, riquezas afundadas na mesa de jogo, inquietações e loucuras que passaram de pais para filhos. Eram vinganças e invejas erráticas mas contundentes, lendas fogosas que se criavam nos botecos e nos saraus, labaredas de conversas que queriam desvendar mistérios que o tempo fragiliza e oculta para sempre. Queria escutar as vozes que as pessoas registravam em suas histórias de medo ou fanfarrice. Queria ver o velho fantasma acenar para o meu presente. Queria redescobrir o lugar do tesouro que tinham encontrado num lugar que não era mais secreto. SEGUE TEXTO ESCRITO PELO COLABORADOR SILVIO LUZARDO
“ O CASARÃO DOS COSTA ” Alcancei a grande varanda pisando em folhas mortas, em limos esquecidos, em fragmentos do passado sutilmente vivos sob meus pés. Olhei para os quadros a óleo que ainda persistiam a manter os traços presentes, encravados nas paredes enfraquecidas. A porta estava destruída e inerte. E a sala tão vazia que me deu um arrepio e um desalento. Estava dentro do casarão e o que sentia era pena de mim mesmo, dó de minha inutilidade. Não sentia nada do que a exuberância imprimira na minha memória. Nada adiantara. Nem as contundentes reportagens do jornal, nem os reclames do Prudêncio, nem o movimento dos conterrâneos preocupados com a História, nem minhas crônicas foram suficientes. Era um túmulo que estava preparado para ser enterrado, destruído. A insensibilidade, o desinteresse, a inconsistência de um desamor pelo passado, pelos caminhos cruzados, estavam ali na minha frente. Eu era um pequeno cronista ignorante, incapaz de compreender a importância do progresso, das novas oportunidades de negócios e da evolução dos tempos. E ali estava para encontrar o palácio que fatalmente estaria entregue às caçambas e ao relento de nossas memórias. Fui um tolo, em acreditar nas histórias. Fui um testemunho de que a grandeza de um passado pode ser remetida para a sarjeta e é irrelevante que o futuro perceba que isso, um dia, existiu. Florianópolis, setembro de 2010. SILVIO LUZARDO É ESCRITOR, PROFESSOR E CRUZ-ALTENSE FORA DO NINHO (MORA EM FLORIANÓPOLIS)
REVELAÇÃO ESPÍRITA Conta-se, de fonte testemunhal idônea e segura, que em torno de 1964, período em que a casa já estava sem destino definido e encaminhada ao abandono, que o espírito de Emília Costa, esposa falecida do Sr. Marcos Costa, se manifestou em uma sessão mediúnica de uma casa espírita da cidade, dizendo que a casa fôra construída às custas de muitas lágrimas e que dela não sobraria pedra sobre pedra Verdade ou não, o fato é que, cerca de 30 anos depois, mesmo após vários comentários de tombamento e restauração, a casa foi totalmente destruída, não sobrando, literalmente, pedra sobre pedra ... Acredite se quiser !