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Vamos Pensar!. Caso Clínico Um viajante. Masc. 45 anos. HIV + e Diabete diagnosticados em maio de 2005 Emagrecimento de 15 kg em 1 ano. Febre intermitente (38º C), inapetência e dor epigástrica há 4 meses. Refere tratamento anterior para malária (1989) e Leismaniose (1991)
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Caso ClínicoUm viajante • Masc. 45 anos. • HIV + e Diabete diagnosticados em maio de 2005 • Emagrecimento de 15 kg em 1 ano. • Febre intermitente (38º C), inapetência e dor epigástrica há 4 meses. • Refere tratamento anterior para malária (1989) e Leismaniose (1991) • Ao exame: Hepato-esplenomegalia volumosa • Exames: • Evolução:
Leishmaniose • Referências: • Chin J, et all. El Control de las Enfermedades Transmisibles. 17.ª ed. - Washington, DC: OPS, 2000. • Cimerman S, et all. Condutas em Infectologia. São Paulo; Atheneu, 2004. • Mandell L G, et all. Principles and Practice of Infectious Diseases. Fifth ed. - USA: Churchill Livingstone, 2005. • Markell EK, et all. Medical Parasitology. 7 th ed. – USA: W.B. Saunders Company, 1992. • Tavares W, et all. Rotinas de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infecciosas e Parasitárias. São Paulo; Atheneu, 2005. • Veronesi R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. São Paulo; Atheneu, 2005.
Leishmaniose • Aspectos Gerais • História • Etiologia • Transmissão • Formas Clínicas • Tratamento
Leishmaniose • Agente etiológico descrito por Borovsky em 1898. • Leishman e Donovan (1903) descreveram o parasita, independentemente, em um caso de Kala- azar • Ross batizou o parasita em 1903 como Leishmania donovani,
LeishmaniaParasita intra celular • Polimórfico: Promastigota • Paramastigota • Promastigota metacíclico • Amastigota • Reprodução por divisão binária Inseto Hospedeiro mamífero Ninho de amastigotas
Leishmaniose • Doença infecciosa pleomórfica, podendo acometer a pele, mucosas e o SRE. • Considerada uma Zoonose. • Espectro de evolução varia entre formas benignas a mortais, aguda ou crônica.
Leishmaniose Reservatório: • Raposa, gamba e cão Vetor: • Flebotomínios (mosquito palha, tatuquira, birigui) • Lutzomyia longipalpis • Lutzomyia cruzi Transmissão: Picada do mosquito fêmea infectado pelo L. (L.) chagasi.
LeishmanioseVetor (hospedeiro intermediário): Mosquito palha, pólvora ou biriguí Lutzomiya longipalpis, L. wellcomei 2 a 3 mm Um flebotomíneo, vetor da leishmaniose Fonte: OMS LEISH 96/40
Ecologia dos Phlebotomíneos: Desenvolvimento e comportamento • As fêmeas necessitam de sangue de vertebrados para maturação dos ovos • Adultos são ativos no crepúsculo ou a noite, durante o dia permanecem em lugares tranquilos: tocas, arvores ocas, currais, moradias • Não sobrevivem em ambientes que não tenham pelo menos um mês com T acima de 20°C
Leishmaniose Formas promastigotas metacíclicas regurgitadas por mosquitos são depositadas na dermis,onde são fagocitados por macrófagos
Promastigotas dentro do fagolisossomo se transformam em amastigotas, que se multiplicam no macrófago, rompendo acélula. M
M Leishmaniose Macrófagos infectados são ingeridos por Lutzomiya
Leishmaniose Após ingestão, amastigotas se transformam em promastigotas e se multiplicam dentro de uma membrana formada pelo vetor Trato digestivo Membrana peritrófica
Leishmaniose (Leishmanias que ocorrem no Brasil) A expressão genética provavelmente causa as diferenças nas patologias observadas
LTA LVA Número de casos de leishmaniose Brasil - 1980 a 1999 Número de casos Anos Anos
LeishmanioseFormas clínicas: • Tegumentaria: • a) Cutânea: • - Infecção confinada na derme, com epidermis ulcerada • - Velho mundo, L. tropica, L. major e L. aethiopica • - Novo mundo, leishmanias do complexo mexicana e braziliensis • - noBrasil: L. braziliense, L. guyanensis • L. chagasi, L. lainsoni
b)Muco-cutânea: - Infecção na derme (úlceras), invasão de mucosa e destruição da cartilagem - No novo mundo: L. braziliensis, L. guyanensis, L. mexicana (“espundia”), no Sudão/Etiópia L. major, L. tropica
1985 1999 Leishmaniose cutânea Não registrado Baixo < 3 Médio 3 < 11 Alto 11 <71 Muito alto >71 Casos autóctones de LTA/100.000 habitantes Fonte:FUNASA / MS, 2000 (**) Dados parciais
LeishmanioseFormas clínicas: • Visceral ou Calazar (L. donovani, L. infantum, no Brasil • causada por L. chagasi ): • - Enfermidade crônica • - Caracterizada por: • febre irregular e de longa duração • hepato-esplenomegalia, linfoadenopatia • Anemia com leucopenia, hipergamaglobulinemia • Edema, Emagrecimento • Caquexia e morte se não for tratado, dentro de 2 anos
LeishmanioseFormas clínicas: Calazar - Formas clínicas: assintomática, oligossintomática, aguda e crônica Distribuição
Doença Notificada Sem notificação Distribuição de LV no Brasil A maior incidência encontra-se no Nordeste, com 92% do total das notificações. Fonte: Vieira, JBF & Coelho, GE, Rer Soc. Bras. Med. Trop., 1998
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL
Taxa de incidência de leishmaniose visceral* por ano, segundo região. Brasil, 1990 a 2005 * por 100 mil habitantes Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e base populacional do IBGE. Notas: Dados sujeitos a revisão (atualizado em setembro/2006).
Diagnóstico Leishmaniose Tegumentaria • Laboratorial • - Exame direto de esfregaços corados (Romanowsky, Giemsa ouLeishman) • - Exame histológico • - Cultura • - Inóculo em animais • - PCR (reação em cadeia da polimerase, permite a identificação da espécie infectante)
Leishmaniose Diagnóstico: As Leishmanias são vistas nas formas amastigotas
Diagnóstico Leishmaniose Tegumentaria • Imunológicos • - Teste de Montenegro (teste da resposta contra formas promastigostas mortas do parasita, resposta celular) • - Reação de imunofluorescência indireta (RIFI) (resposta humoral) • - Hemaglutinação indireta
Diagnóstico Leishmaniose visceral (Calazar) • 1. Exames Parasitológicos • a) Demonstração direta do parasita Esfregaços corados com Giemsa ou Leishman de: - Material obtido por punção de medula óssea, fígado ou baço • Biópsia (menos eficiente ~ 50%) • - Fase aguda 80-90% de positividade • - Fase sub-clínica 10% • - Co-infectados com HIV recomendado exame de medula óssea • - Aspirado esplênico 100 %, sangue periférica 30%
Tratamento LeishmanioseTegumentaria • 1. Quimioterapia • Antimoniais • Glucantime (antimoniato de N-metil-glucamina) • antimonial pentavalente • Pentostan (estibogluconato de sodio) • - antimonial pentavalente • - inibe glicolise e síntese • - administração intramuscular ou • intravenosa absorçãorápida
Tratamento LeishmanioseTegumentaria • Pentamidina • - liga ao DNA, inibindo a replicação • - Inibe a dihidrofolate reductase, interfere com o metabolismo de poliaminas • - Administracão IM ou EV • - Excretado lentamente, é sequestrado nos tecidos (tem uso profilático contra tripanossomiase) • - Produz hipo- ou hiperglicemia
Tratamento LeishmanioseTegumentaria • Anfotericina B • - Lipofílico • - Liga a esterois (ergosterol) da membrana formando poros. Funciona como um ionóforo • - 2-5% excretado na urina • - 90% ligado a proteínas do plasma • - Tempo de vida média 18 horas
Leishmaniose Medidas de prevenção: • Uso de repelentes, telas de proteção • Borrifação frequente de ambientes • Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regiões com alta incidência de flebotomíneos • Tratamento/exterminação de animais domesticos infectados