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MINISTÉRIO DA SAÚDE - BRASIL Secretaria de Vigilância em Saúde Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada ao SUS EPI_SUS. EPI_SUS. Surto de Malária Autóctone por Plasmodium vivax Distrito Federal – Brasil, Maio/2005.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE - BRASIL Secretaria de Vigilância em Saúde Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada ao SUS EPI_SUS EPI_SUS Surto de Malária Autóctone por Plasmodium vivax Distrito Federal – Brasil, Maio/2005 G. S. Dimech1,3, B. Kitagawa1, T. Lanzieri1, A.C.F. Santelli1,3 M.A.B. de Almeida1, L.R. de Alencar Jr.1, R.M. Dusi2, L.M.P. Silva2, D.L.Hatch1,5 1EPISUS/SVS/MS 2SES/DF 3CGPNCM/SVS/MS4CGLAB/SVS/MS 5CDC Outubro - 2005
Introdução • Características da Malária • Doença infecciosa aguda : febre,calafrios e sudorese padrão cíclico (parasitemia) • Agente etiológico: Plasmodium Brasil:P. vivax, P. falciparum, P. malariae • Incubação: 13-17 dias • Forma latente: 2 anos (recaídas – Hipnozoítos no Fígado) • Reservatório: homem (principal) • Transmissão:Vetor, transfusão de sangue, seringas Fonte: Ministério da Saúde
Introdução • Características da Malária • Vetor (Brasil) • Família: Culicidae • Gênero: Anopheles • Espécies : • A.darlingi, A. aquasalis, A. albitarsis, A. cruzii A. bellator • Transmissão: • Fêmea hematófaga - repasto • Hábitos alimentares 18h às 6h • Capacidade de vôo: ~2km • Água limpa e parada / sombra Larva de Anopheles sp. Fonte: UFGRS Anopheles sp. - Fonte: London School of Hygiene and Tropical Medicine Fonte: Ministério da Saúde / David Pereira Neves Parasitologia Humana
Introdução Áreas de transmissão Áreas de Transmissão de Málaria no Mundo, 1999 Cuba Brazil Fonte: Mundo: Doentes: 300 Milhões/ano Óbitos: 1 milhão/ano – 90% África
Introdução Áreas de Transmissão de Málaria no Brasil, 2003 - 2005 500 mil casos/ano DistritoFederal (DF) 03 mil casos/ano Fonte: CGPNCM/SVS/MS * Todas as UF tiveram casos notificados
Introdução • Histórico no Distrito Federal (DF) • 1992: • 04 casos de malária autóctone identificados • 2004: • 68 casos importados • 52 P.vivax (80%) • 2005: • 02/05: Notificação do 1°de caso de malária autóctone • 27/05: Notificação do 2°caso • 07/06: Inicio da investigação
Objetivos da Investigação • Descrever surto por pessoa, tempo e lugar • Avaliar autoctonia • Determinar magnitude do problema • Determinar áreas sob risco de transmissão • Propor medidas de prevenção e controle
ESTUDO DESCRITIVO
Metodologia • Definição de Malária Autóctone • Indivíduo que, a partir de fevereiro de 2005, esteve na área de provável de transmissão (APT) de malária no DF e apresentou resultado confirmado de malária para P. vivaxsem deslocamento para área endêmica de malária (AE) até dois anos anteriores à data dos primeiros sintomas
Metodologia • Estudo: Descritivo • População Alvo: Casos notificados de malária autóctone no DF • Instrumento: Questionário padronizado • Dados: Demográficos, clínicos e epidemiológicos
Resultados Dados Demográficos, Clínicos e Epidemiológicos - Autóctones *Lamina de verificação de cura
Resultados Caso 02 ● 10km ● Caso 01 Fonte: Google Earth Escala: 1:50.000
Resultados Local de residência do caso 02. Itapoã-DF Vista aérea do Itapoã - Fonte: Google Earth
Resultados ● PONTO COMUM RELATADO Local de Residência do Caso 01 Zona Rural – Paranoá / DF Sítio “A” Rio S. Bartolomeu
Resultados Local de Residência do Caso 01 Zona Rural – Paranoá / DF Ponto comum de contato: (Pescaria: 17- 21h) ● Sítio “A” Rio S. Bartolomeu
Metodologia • Definições de Caso de Malária • Suspeito: indivíduo que, a partir de fevereiro de 2005, esteve na área provável de transmissão (APT) de malária da região administrativa do Paranoá-DF e apresentou febre • Confirmado :indivíduo suspeito, que teve diagnóstico laboratorial de malária confirmado por gota espessa
Metodologia • Estudo: Corte Transversal • População Alvo: pessoas que tiveram contato com a área de provável risco de transmissão (APT) • Definição de APT: Raio de 2km a partir do local provável de infecção (LPI) - Georreferenciamento • Instrumento: Questionário padronizado • Software: Epi_info versão 6.04d
Sobradinho dos Melos Rio Paranoá Capão da Onça Taboquinha Metodologia Descrição da APT Rio São Bartolomeu 2 km Escala: 1:25.000
Metodologia • Variáveis analisadas: • Sexo • Idade • Tempo de moradia na APT • Contato com coleções hídricas • História de malária* • Contato com região endêmica* • Febre** * Desde fevereiro de 2003 ** Desde fevereiro de 2005
Metodologia Esquizonte - P. vivax • Investigação Laboratorial • Relato de febre a partir de fevereiro de 2005 • Gota espessa: visualização do parasita por microscopia ótica - Coloração: método de Giemsa • Esfregaço: identificação das espécies de plasmódios • Coloração: método de Giemsa
Metodologia • Levantamento Entomológico – APT • Secretaria de Estado da Saúde do DF: • Departamento de Vigilância Ambiental • Ministério da Saúde: • Programa Nacional de Controle da Malária • Vigilância Ambiental • Coordenação Geral de Vetores e Antropozoonozes
Resultados • 102 propriedades: • 92 (90%) visitadas • Media de 5 moradores por propriedade • Perfil dos moradores da APT: (n=424) Característica Idade, mediana 25 anos (Intervalo) (01 mês – 84 anos) Tempo de moradia, mediana 04 anos (Intervalo) (07 dias – 36 anos)
Resultados Perfil dos Moradores da APT
Resultados Resultado Busca Ativa APT – Investigação Laboratorial • Levantamento Entomológico – APT: • Larvas de anofelinos
Metodologia Busca Ativa - Dados Secundários: SINAN / LACEN • Casos confirmados de malária por P. vivax notificados em 2005: • Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN • Laboratório Central de Saúde Publica – LACEN-DF • Contato domiciliar ou telefônico: 04 tentativas
Resultados Resultado Busca Ativa Dados Secundários 2005 SINAN / LACEN n=23 Característica SINAN LACEN P. vivax 17 6 Contato com APT 0 0
Conclusões • Ocorreram dois casos autóctones de malária por P. vivax no DF • O local provável de infecção foi identificado (Sitío “A”) • Não foram observados outros casos na APT • Transmissão provavelmente foi restrita aos casos confirmados • O diagnóstico, tratamento e notificação dos casos não foram oportunos
Limitações • Viés de informação: memória e proxi • Visitantes anônimos na APT • Migração intra-regional • Ausência de condições ideais de para realização de levantamento entomológico (baixas temperatura – média 16°) • Não disponibilidade método diagnóstico para indivíduos infectados mas sem parasitemia (parasitemia transitória – hipnozoítos)
Recomendações • Atualizar profissionais de saúde: diagnóstico, tratamento e notificação de Malária • Realizar levantamento entomológico anual (Carta Anofélica do DF) para identificar de áreas com risco de transmissão • Intensificar ações de vigilância da malária • Promover ações de educação em saúde nas áreas de risco do DF (uso de roupa protetora, repelente e evitar horário de maior infestação)
OBRIGADO!!! george.dimech@saude.gov.br