520 likes | 778 Views
O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO GREGA Sem Grécia e Roma nós não seríamos o que somos”. Michael Grant. O EXPLENDOR DA CIVILIZAÇÃO GREGA. De onde surgem os Gregos? 1º Jônios ou Arqueus (vindos do norte), século XVIII a.C. 2º Dórios: século XII a.C.
E N D
O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO GREGASem Grécia e Roma nós não seríamos o que somos”.Michael Grant
O EXPLENDOR DA CIVILIZAÇÃO GREGA. • De onde surgem os Gregos? • 1º Jônios ou Arqueus (vindos do norte), século XVIII a.C. • 2º Dórios: século XII a.C. • No século IX, período de Homero, a Grécia estava sob o domínio de uma monarquia patriarcal. • No século VII a.C, se dá a formação das cidades Gregas. • Os Gregos substituem os fenícios no comércio do Mediterrâneo Oriental. • Intensificação da agricultura.
Mapa do "velho mundo": Europa, Ásia e África - Europa, Ásia e África, continentes conhecidos desde a Antigüidade, estão praticamente unidas em um gigantesco bloco. O Mar Mediterrâneo (M), estrategicamente localizado entre os três, é a principal via de comunicação. O b assinala a península balcânica, onde os povos gregos se instalaram por volta de -2000.
Períodos da história grega 1550 a 1100 a.C. Período Micênico 1100 a 750 a.C. Idade das Trevas 750 a 480 a.C. Período Arcaico 480 a 320 a.C. Período Clássico 320 a 30 a.C. Período Helenístico 30 a.C. a 529 d.C. Período Greco-Romano
Grécia - Períodos importantes • Idade das trevas (Grécia antiga) século XIII, 1200 a.C. • Não há escrita, desaparece a vida econômica e política. • Tempos Homéricos (séc. XII ao séc. VII a.C.) • Homero: narra a Guerra entre Agamedon, rei de Micenas, contra os habitantes de Ilion (tróia), obra Ilíada, ver também a Odisséia (narra as viagens de Ulisses). • Tempo caracterizado pelo poder da aristocracia guerreira.
3. Crença nos mitos (os deuses interferem nas ações e nas leis humanas = politeístas antropomórfica). Os homens gregos acreditavam que as divindades interferiam nos acontecimentos diários de suas vidas e de tudo que acontecia. Os oráculos cumpriam funções importantes na sociedade grega na medida em que os deuses eram consultados por seus intermédios.
Período Arcaico (séc. VII ao séc. VI a.C.). • Civilização clássica – aparecimento da pólis (cidade-estado) o milagre grego; • Passagem do mundo rural, da aristocracia (donos da terra), para o mundo urbano; • Surgimento da escrita, da moeda, das leis escritas, que culminam no aparecimento da filosofia (racionalidade), desligada do mito (tutela divina); • Atenas é a principal cidade-estado da Grécia: aparecem os conceitos de cidadania e democracia (embora podendo participar apenas os homens livres), com apogeu no séc. V desde a época de Péricles até Alexandre, o Grande;
A bacia mediterrânea. Na parte oriental, situam-se a península balcânica e o Mar Egeu. O Mar Mediterrâneo interligava a península balcânica, o Oriente Médio, o norte da África e as terras a oeste da península itálica. Antes de -2000, navegava-se quase que só no Mediterrâneo Oriental; de -1000 em diante, no entanto, com o aumento dos contatos comerciais, o Mediterrâneo inteiro fervilhava...
A GRÉCIA E A POLÍTICA • Pólis do Grego = cidade, cidadão, cidadania; • TA POLÍTIKA = negócios públicos dirigidos pelo cidadão; costume, leis erário público; organização da defesa e da guerra; administração dos serviços públicos (ruas, estradas, portos, construção de templos e fortificações, obras de irrigação). • POLIS (grego) • CIVITAS (latim) = ESTADO (moderno) • TA POLÍTIKA (grego) = RES PUBLICA(latim)
IMPORTÂNCIA DOS GREGOS "O Século XX com todos os seus progressos técnico-científicos deve curvar-se com humildade ante o esplender da civilização da Grécia Antiga. Esta não conheceu a estonteante velocidade da era dos aviões a jato e dos satélites artificiais. Não conheceu o segredo da constituição e da desintegração do átomo. Mas seus pensadores alcançaram vôos intelectuais que foram muito além das regiões atingidas pelas naves espaciais e penetraram mais fundo que a natureza constituitiva da matéria. Ultrapassaram os limites físicos do Universo e atingiram o mundo só acessível ao raciocínio puro onde se encontra a resposta sobre a razão última de ser de todas as coisas” Mário Curtis Giordani/1972
OS GREGOS: • Foram os precursores da poesia épica, da história, do drama, da filosofia (da metafísica até a economia), da medicina e da política: o que os antecede não é política (em oposição a teocracia e o despotismo oriental). A política é entendida como “vida boa” (como racional feliz e justo próprio dos homens livres). • Formas de governo: Oligarquia, Plutocracia, Democracia e Tirania.
O Mediterrâneo Oriental. [ desenho do autor / author's sketch ]informações diversas. A história da Grécia Antiga desenrolou-se, durante a Antigüidade, notadamente nas terras banhadas pelo Mar Egeu e pelo Mar Iônio.
O Mediterrâneo oriental visto do céu. SeaWiFS Project, NASA/Goddard Space Flight Center, and ORBIMAGE. Data: 08/07/2000.
Quem era o cidadão? • Era o homem, o oligarca, nascido na Grécia; • Apenas 10% da população; • Detinha o poder racional; • Participava da Academia; • Isonomia: Igualdade perante a lei; • Isegoria: direito de expor e discutir em público o que a cidade deve ou não realizar;
O cidadão • O homem participava das decisões políticas (do interesse da polis), negócios públicos (costumes leis, erários públicos, organização da defesa e da guerra, etc), administração dos serviços públicos (abertura de estradas e portos, construções de templos e fortificações, obras de irrigação), atividades econômicas das cidades (moeda, impostos e tributos, tratados comerciais, etc); • Os homens também tinham acesso direto com a literatura, a política, a educação (Paidéia), a ciência, a filosofia, a dança, os cantos, o teatro na acrópole (tragédia e comédia), jogos olímpicos, a música, a poesia, a arquitetura, a escultura (essencialmente no período arcaico e clássico);
O HOMEM - CIDADÃO “A elite sempre comandou, e na Grécia não foi diferente. Onde as diferenças de classe eram uma realidade a elite dominou todas as atividades políticas, culturais, militares e atléticas”. (FINLEY)
OS EXCLUÍDOS • Mulher: Instrumentalizada, servia para a procriação, não tomava parte nos assuntos da polis, era equiparada aos escravos, dedicada a função corporal. • Filho: O filho homem era educado para se tornar cidadão, a filha mulher seguiria os passos da mãe. • Escravo: Sustentava e mantinha os cidadãos; Não possuía direito civil ou político; Era maioria. • Bárbaro (estrangeiros): Não tinham acesso ao culto, os deuses não os protegiam, nem mesmo podiam invoca-los; O túmulo do estrangeiro não era sagrado; Não era considerado humano.
A POPULAÇÃO • A polis ideal para Aristóteles era a pequena proporção tanto de território como de população • A população ateniense, segundo Finley (1981, p.20), durante a guerra do Peloponeso em 431, era da ordem de 250 mil a 257 mil habitantes, contando com homens livres, escravos, mulheres, crianças; • Atenas tinha de 30 a 40 cidadãos para 80 a 100 escravos (Perry Anderson); • 250 mil pessoas em 2600 km2 (Kitto); • 500 mil pessoas entre cidadãos livres + metecos (estrangeiros) + escravos: 300 mil escravos e 50 mil estrangeiros, 150 mil cidadãos (Aranha e Martins); • 20% cidadãos – 80% escravos (Aquino); • 80 mil escravos, 40 mil cidadãos (Barquer).
PRINCIPAIS CIDADES-ESTADOS: • Atenas • Esparta • Siracusa • Corcira • Agragas (Agrimento) na Cecília • Atica, Argos, Tebas, Mileto e Corinto.
A Grécia Continental. No mapa estão identificadas somente as regiões e ilhasmais importantes ao longo da história grega. A "Grécia Continental" é constituída pelas terras da península balcânica ao sul do Monte Olimpo. Ao norte, ficavam a Trácia e a Macedônia, países relativamente primitivos, no entendimento dos gregos. A Macedônia, no entanto, iria dominar as póleis gregas na segunda metade do século -IV
PARTHENONSímbolo do poder ateniense no fim do século V.O parthenon, um dos templos da acrópole de Atenas. Ictinos e Calícrates (arquitetos); Fídias (diretor da obra). Data: -447/-433.
LEGISLADORES, GOVERNANTES E ESTADISTAS: • Drácon: em Atenas, estabeleceu o código penal; • Sólon: completou o código penal de Drácon, criando o civil e político. Organizaram a coletividade grega. Quando a aristocracia assume a hegemonia política, a teocracia deixa de ter influência. • Clístenes: Foi fundador da democracia ateniense. Introduz a execução dos condenados à morte com ingestão de cicuta, veneno mortal do qual Sócrates foi vítima. E a pena do Ostracismo: envio do cidadão para o exílio, por dez anos (cassação dos direitos políticos daqueles que ameaçassem a democracia). No seu governo Atenas torna-se a maior potência da Grécia entre os anos de 490 a 470 a.C.
LEGISLADORES, GOVERNANTES E ESTADISTAS: Pisístrato: foi um tirano. Péricles: Principal representante da democracia grega. Governou por trinta anos, dirigente de Atenas no ano de 432 a.C. DRAMATURGOS: Ésquilo foi um dos mais importantes poetas gregos. Mestre supremo da exposição trágica. O destino do homem foi o principal tema de sua tragédia. Sófocles: Eurípides: Aristófanes: Meneandro:
OS GREGOS ANTIGOS: COMO SER UM CIDADÃO • A política para os gregos era uma maneira de pensar, sentir e relacionar-se com os outros; • Os gregos obedeciam às leis da sua polis. A própria identidade dos gregos estava ligada a polis. Sendo que o pior castigo para o cidadão grego era o ostracismo; • Os gregos, criadores da literatura e da política, não consideravam o despotismo oriental como política; • As leis e políticas das cidades provinha das discussões entre os cidadãos (os iguais) na agora (praça pública = arena para debates políticos). • Os cidadãos eram iguais = isonomia • Debates públicos = isegoria • Igualdade política = isocracia.
SOFISTAS • Sábios itinerantes • Mestres do saber • Ensinavam os filhos dos cidadãos táticas • Uso da RETÓRICA (persuasão) • Oratória: discurso político/persuasão cujo ensinamento provinha dos sofistas – mestres do saber. • Muitos cargos provinham de sorteio; os mais importantes provinham das famílias ricas.
Surgem com o triunfo político da democracia; • São os mestres da eloqüência (professores itinerantes) e da retórica; • Ensinavam por um alto preço aos homens ávidos de poder político a conquistar o mesmo; • O ensino era encarado como meio para fins práticos e empíricos (não para si mesmo); • Protágoras foi o mais famoso sofista; • Para os sofistas é verdadeiro e faz sentido apenas o que satisfaz os sentidos, ao impulso e paixão de cada um em dado momento; • Eram relativistas destituídos de moral.
Pregavam o sensualismo (hedonismo) e o utilitarismo ético (o único bem é o prazer, a única regra de conduta é o interesse pessoal); • Ensinavam apenas seus discípulos a vencerem seus oponentes; • Eram convencionistas. • Propunham-se ensinar os jovens em toda sorte de disciplinas e ensinar-lhes a eloqüência, p.43.
OS FILÓSOFOS • Buscavam conceitos universais; • Arché (origem, essência, ser) princípio fundamental; • Críticos dos costumes de seu tempo; • Contribuíram para o pensamento político; • Ser filósofo é ser cidadão por excelência; • Os filósofos eram adversários da democracia, pois segundos estes, o saber não era prioridade, imperando a incompetência e a falsidade da maioria. • Pré-socráticos - Sócrates - Platão.
PRÉ-SOCRÁTICOS: • Preocupações de ordem cosmológicas, muitos foram chefes políticos e legisladores de suas cidades; • TALES DE MILETO: água; • ANAXIMANES: ar; • ANAXIMANDRO: APEIRON (Matéria); • PITÁGORAS: o número (matemática), geometria aritmética; • HERÁCLITO: Devir = vir-a-ser; • PERMÊNIDES: “o ser é e o não ser não é”; • DEMÓCRITO: os átomos.
Representação gráfica do célebre teorema de Pitágoras: ac2 = ab2 + bc2
PLATÃO • A civilização grega encontra-se em declínio; • Fundou uma academia (Escola filosófica); • Na Alegoria da caverna: faz a oposição entre o real e o ideal; • Obras sobre política: A República, O Político, As Leis. • FORMAS DE GOVERNO: Ideais/boas Ruíns/corrompidas Monarquia; Tirania Aristocracia; Oligarrquia Democracia. Timocracia (desejo de honrarias).
PLATÃO • HIERARQUIA DO ESTADO PARA PLATÃO: • Quem comandaria o Estado? Magistrados (Reis filósofos); Guerreiros; Lavradores. • O Estado absorve o indivíduo; • Contrário a propriedade privada; • Foi idealista/utopista; • Teoria das idéias inatas.
ARISTÓTELES • Foi mais realista do que Platão: “este é o mundo ideal”; • Principal obra política: A Política, dividido em oito livros: • 1º: trata da origem do Estado; • 2º: critica as teorias anteriores, em especial Platão; • 3º e 4º: dedicados à descrição das formas de governo; • 5º: trata das mudanças das constituições; • 6º: estuda as várias formas de democracia e de oligarquia; • 7º e 8º: tratam das melhores formas de constituição.
O homem é um animal social, portanto necessita viver em comunidade; • Logos: Razão, Linguagem; • Sociedade: associação; • família (fim próprio) • aldeia (fim próprio), • cidade-estado (fim comum); • O Estado é a sociedade política organizada; • O cidadão (todo homem livre) é definido pela faculdade de participar em lugares públicos, onde acontece o debate sobre a polis; • O cidadão participa do poder deliberativo e judicial.
Na sua obra A Política, o autor, que é o criador do holismo, procura justificar a propriedade privada, a família e a escravidão. • Também é em sua obra A Política que Aristóteles anuncia que o homem é um animal social, zoon politikon • Formas de governo: Boas / ideais Ruins/degenerações 1 Monarquia 4 Tirania 2 Aristocracia 5 Oligarquia 3 República/Politéia 6 Democracia
CONSIDERAÇÕES SOBRE A POLÍTICA DE ARISTÓTELES • O critério é o interesse comum e o interesse pessoal; • A vida política não se separa da vida ética = vida comunitária; • O objetivo da política é a vida = viver bem (euzen); • A vida superior só existe na cidade justa, é preciso buscar a melhor política para a cidade; • Aristóteles justifica a escravidão; • O Estado realiza os ideais éticos, morais e políticos do cidadão;
ARISTÓTELES • O Estado prepara o cidadão para a virtude; • O cidadão será o homem corajoso, moderado, liberal, magnânimo, praticando a justiça, observando a eqüidade, comportando-se como perfeito amigo,em suma, o homem do “bom e belo”. • A favor da propriedade privada; • O Estado é o conjunto dos cidadãos, o governo é o conjunto de pessoas que ordenam e regulam a vida do Estado e excedem o poder.