1 / 32

POESIA MODERNA

POESIA MODERNA. A poesia de 30. A poesia de 30. Uma poesia de questionamento: Da existência humana Do sentimento de “estar-no-mundo” Das inquietações sociais, religiosas, filosóficas, amorosas Do confronto do homem com a realidade. Carlos Drummond de Andrade - 1902-1987.

tameka
Download Presentation

POESIA MODERNA

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. POESIA MODERNA A poesia de 30

  2. A poesia de 30 • Uma poesia de questionamento: • Da existência humana • Do sentimento de “estar-no-mundo” • Das inquietações sociais, religiosas, filosóficas, amorosas • Do confronto do homem com a realidade

  3. Carlos Drummond de Andrade - 1902-1987 • A multiplicidade de temas: • A realidade pessoal (subjetiva) • A realidade social e a do cotidiano • O passado familiar e histórico • As grandes interrogações filosóficas a respeito do sentido da vida, do tempo, da morte, etc. • Temas densos que unem a emoção e o pensamento, o eu e o mundo.

  4. “Quando nasci, um anjo torto (...)” • Uma complexa visão de mundo: • “A realidade tem várias faces” • Faces descontínuas, irregulares, opositivas • A essência humana e suas ambivalências e ângulos contraditórios • O fluxo desordenado da vida não permite certezas.

  5. “Não serei o poeta de um mundo caduco.” • A linguagem de grande inventividade e capacidade sugestiva: • tradição clássica - experiências radicais dos vanguardistas do séc. XX - riqueza polissêmica -múltiplos sentidos das palavras - grande esforço de síntese - versos duros e ásperos

  6. “No meio do caminho tinha uma pedra” • O HUMOR: • Humor sutil e sempre corrosivo • Olhar enviesado (torto) sobre a realidade • Humor que oculta uma profunda reflexão a respeito do sentido das coisas • Gosto pela paródia, a visão anárquica e debochada

  7. A OBRA DE DRUMMOND • A FASE GAUCHE: CONSCIÊNCIA E ISOLAMENTO • OBRAS: • “Alguma poesia” (1930) • “Brejo das almas” (1934) • Alguns recursos da 1ª geração modernista: ironia - humor - poema-piada - síntese - linguagem coloquial

  8. O poema-pílula- vanguarda modernista • Cota zero • “ Stop. • A vida parou • ou foi o automóvel?”

  9. O GAUCHE [GÔCHE] • O gauche (esquerdo, em francês) é o anti-herói, o desajeitado, o errado, o torto, o estranho, o sujeito em desacerto com o mundo, que não consegue estabelecer uma comunicação com a realidade e assume uma postura de negação crítica do mundo.

  10. A fase gauche • Pessimismo - individualismo - o isolamento - a reflexão existencial - a ironia - a metalinguagem • Ao gauche não há saídas: nem o amor, nem a morte, nem mesmo o isolamento. Desesperado, ele busca comunicar-se com o mundo por meio do canto, ...

  11. “ um canto torto e gauche: ” • “A poesia é incomunicável. • Fique torto no seu canto. • Não ame.”

  12. “O homem atrás do bigode” • Embora o gauche afirme que “a poesia é incomunicável”, é ela que estabelece a mediação entre o EU e o MUNDO, e talvez a saída, a única esperança, para ele, seja cantar o próprio canto ou cantar o silêncio, isto é, cantar o canto que não existe:

  13. “A poesia é incomunicável” • “ Gastei uma hora pensando um verso • que a pena não quer escrever. • No entanto ele está cá dentro • inquieto, vivo. • Ele está cá dentro • e não quer sair. • Mas a poesia deste momento • inunda minha vida inteira”

  14. “Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.” • A FASE SOCIAL OU A COMUNICAÇÃO VIÁVEL: • A partir de “Sentimento do mundo” (1940), “ José “ (1942) e “ Rosa do povo” (1945), Dummond começa a enfatizar os problemas sócio-históricos do país e do mundo.

  15. A FASE SOCIAL • CONTEXTO HISTÓRICO (1935 - 1945): • ASCENSÃO DO NAZI-FASCISMO • A GUERRA CIVIL ESPANHOLA • A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL • INTENTONA COMUNISTA • DITADURA DE VARGAS

  16. “Este é tempo de partido, tempo de homens partidos.” • Drummond assume a consciência da debilidade do mundo e da necessidade de transformá-lo. Sua angústia subjetiva transforma-se em engajamento e compromisso com a humanidade e sua poesia é posta a serviço da causa socialista:

  17. Percepções do poeta face ao fenômeno social: • A culpa e a responsabilidade moral diante das mazelas do mundo • A contestação da ordem política injusta • A passagem da náusea individual à perspectiva de uma nova sociedade. • A celebração do socialismo

  18. “A Rosa do povo” • A culpa e a responsabilidade moral: • “Carrego comigo/há dezenas de anos/há centenas de anos/o pequeno embrulho.(...)/Não ouso entreabri-lo./Que coisa contém,/ ou se algo contém,/nunca saberei.” (embrulho = peso da consciência moral do poeta)

  19. “A Rosa do povo” • O registro da ordem política injusta (a opressão e o medo): • O medo • “Em verdade temos medo./Nascemos escuro./As existências são poucas:/ Carteiro, ditador, soldado./ Nosso destino, incompleto.”

  20. “A Rosa do povo” • A passagem da náusea à perspectiva de uma nova sociedade: • O sentimento de culpa é substituído pela noção de náusea (existencialista) que mais do que uma sensação física de enjôo, é uma situação de absoluta liberdade de quem a vivencia.

  21. “A Rosa do Povo” • Liberdade no sentido de destruição de todos os valores tradicionais, da morte de todas as crenças. O homem, despojado de suas antigas certezas, vaga no universo de destroços, porém, ao mesmo tempo que o tédio e o desespero o ameaçam, ...

  22. “A Rosa do povo” • ... este mesmo homem pode, na grande solidão em que se converteu sua vida, encontrar uma alternativa válida de existência individual e coletiva.

  23. “A flor e a náusea” • “ Uma flor nasceu na rua! • Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. • Uma flor ainda desbotada • ilude a polícia, rompe o asfalto” • Flor = emergência de algo novo, algo que surge para romper com a coisificação e a náusea, anunciando o amanhã.

  24. O signo do não • A partir de “ Claro enigma ” (1951), Drummond começou a seguir duas orientações: de uma lado, a poesia reflexiva, filosófica e metafísica - em que, com freqüência, aparecem os temas da morte e do tempo - ; de outro, a poesia nominal, com tendências ao Concretismo, em que ressalta a preocupação com recursos fônicos, visuais e gráficos do texto.

  25. A poesia filosófica • Os poemas de reflexão filosófica mostram ter sido escritos sob o signo do NÃO, tal é o pessimismo que expressam. Além de “ Claro enigma ” , também fazem parte dessa orientação os livros “ Fazendeiro do ar “ (1955) e “Vida passada a limpo” (1959).

  26. A poesia filosófica • São textos que refletem sobre temas universais de caráter existencial, como vida, morte, tempo, velhice, amor, além dos temas habituais: a família, a infância e a própria poesia (Poesia sobre poesia = discute a construção do texto e o âmago da linguagem lírica).

  27. A poesia filosófica • O pessimismo com que esses temas são abordados chega a ser ainda maior que o da fase gauche. Trata-se de um pessimismo corrosivo, uma vez que a esperança de solução no social já se frustou. A saída é cantar o próprio impasse da poesia contemporânea:

  28. A poesia filosófica • Uma poesia sem leitores ou de leitores desinteressados • “A madureza, essa terrível prenda/que alguém nos dá, raptando-nos, com ela, todo sabor gratuito de oferenda/sob a glacialidade de uma estela (túmulo)” • Tempo e envelhecimento.

  29. A poesia nominal • A poesia nominal evidencia-se em “ Lição de coisas ” (1962): a linguagem, o verso e a palavra são violentados, desintegrados, com o emprego constante de neologismos, aliterações, sugestões visuais e rupturas sintáticas.

  30. A poesia nominal • “ O árvore a mar • o doce de pássaro • a passa de pêsame • o cio da poesia • a força do destino • a pátria a saciedade” • (...)

  31. A fase final: tempo de memória • A produção poética de Drummond das décadas de 1970 e 1980 dá amplo destaque ao universo da memória. Nela, ao lado de temas universais, são retomados e aprofundados certos temas que nortearam toda a obra do escritor, tais como a infância, Itabira, o pai...

  32. Tempo de memória • ... a família, a piada, o humor cotidiano, a auto-ironia, a síntese, o pessimismo, o existencialismo: • Hipótese • “ E se Deus é canhoto/e criou com a mão esquerda?/Isso explica, talvez, as coisas deste mundo. ”

More Related