E N D
1. Curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional Faculdade Internacional de Curitiba
Telessala de Vacaria / RS
2.
O LÚDICO COMO FACILITADOR NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA CRIANÇA.
VERA LÚCIA GUERRA DE LIMA
3. QUESTIONAMENTOS - Qual a importância da ludicidade como instrumento para a aprendizagem das crianças nas séries iniciais?
- Pelas atividades lúdicas os educandos se relacionam melhor com o mundo que o cerca e desenvolvem as habilidades cognitivas, motoras e lingüísticas?
- Por que os educadores deixam de lado esta preciosa ferramenta?
4. OBJETIVO GERAL - A análise da importância das atividades
lúdicas como facilitadoras da aprendizagem,
melhora da auto-estima e da qualidade de
vida dos alunos das séries iniciais do ensino
fundamental.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) verificar a importância do lúdico nas séries
iniciais;
b) identificar quais são os recursos pedagógicos
que os professores utilizam em suas atividades
docentes;
c) observar se atividades de ludicidade são
incorporadas na prática dos professores nas
séries iniciais;
d) comparar o rendimento das crianças
estimuladas e não estimuladas através da
ludicidade a partir de pesquisa de campo.
6. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA APRENDIZAGEM
Atualmente é impossível contestarmos a importância da ludicidade para o desenvolvimento
e a aprendizagem das crianças.
Podemos considerar como atividades lúdicas
os jogos, as brincadeiras, as músicas, a expressão artística e corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.
7. IMPORTÂNCIA DE ESPAÇO PARA O LÚDICO É importante destacar que o movimento, ainda na vida intra-uterina onde o corpo inicia sua estruturação, é a primeira manifestação de vida do indivíduo.
Através do movimento o ser humano expressa o que sente, seus pensamentos
e suas atitudes que em muitos casos estão armazenadas em seu inconsciente.
8. IMPORTÂNCIA DE ESPAÇO PARA O LÚDICO Cobra (2000, p. 133), enfatiza que a vida é movimento. E é esse movimento
o responsável por beneficiar seu corpo e enriquecer seu cérebro. É muito difícil uma pessoa que faz movimento ficar deprimida – não dá para sentir-se triste com tantos hormônios de altíssima qualidade que são fabricados graças ao trabalho com o corpo.
9. A LUDICIDADE COMO FERRAMENTA TRANSFORMADORA Para a criança o brincar é muito importante, por isso não pode ser considerado como uma atividade fútil, com o intuito de apenas distrair, como passatempo ou apenas para que se desenvolva durante o recreio.
Deve ser visto pelos educadores como uma ferramenta, uma alavanca que possibilita a estruturação do indivíduo e um recurso importante em todas as suas atividades educativas.
10.
Freire (1999, p.13) afirma que corpo
e mente devem ser entendidos como componentes que integram um único organismo; ambos devem ter assento na escola, não um (a mente) para aprender e outro (o corpo) para transportar, mas ambos para se emanciparem.
11. LUDICIDADE NA CONCEPÇÃO DE TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO Vygotsky, Piaget e Wallon trouxeram grandes contribuições sobre o desenvolvimento da criança. Em suas teorias apresentam divergências em seus conceitos, mas consideram a constituição social do indivíduo baseada em uma cultura concreta, enfatizam a imitação como origem de toda representação mental e a base para o surgimento do jogo infantil.
12. VYGOTSKY Para ele o contexto social e o momento histórico geram condições que possibilitam
que ocorra a aprendizagem específica de um determinado meio e que em um momento de interação o indivíduo venha construir seu processo de desenvolvimento.
“Não existe brinquedo sem regras. A situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras de comportamento, embora possa não ser um jogo com regras formais estabelecidas a priori”. (VYGOTSKY, 1991, p. 108).
13. PIAGET Segundo Piaget, a criança passa por estágios de amadurecimento mental, iniciando pela fase intuitiva, onde deve predominar atividades com materiais concretos. Após o amadurecimento da criança surge a capacidade de exploração do ambiente, iniciando-se o desenvolvimento de trabalhos abstratos.
14. WALLON Wallon procurou trabalhar com a criança vista em seu meio ambiente concreto e não como ela deve ser, idealizada, pois não existe um único modelo de criança que deva ser seguido, que se encaixe em todos os tipos de criança.
Para Wallon, fatores biológicos são os responsáveis por dar seqüência e pela regularidade dos estágios percorridos pela criança, mas o tempo de duração da cada um deles é determinado por fatores sociais, portanto é fundamental a interação com outros indivíduos.
15. ESCOLAS PESQUISADAS - ESCOLA PARTICULAR GUSTAVO VIEIRA DE BRITO
- ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL PEDRO ÁLVARES CABRAL
- ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL BERNARDINA RODRIGUES PADILHA
16. ANÁLISE DE DADOS
No que se refere se consideram importantes à prática de jogos e brincadeiras na sala de aula, foram unânimes ao afirmar que sim, justificando que os jogos e as brincadeiras motivam os alunos para a aprendizagem, pois é um método prazeroso de ensino, onde a criança aprende brincando e desenvolve o raciocínio.
17. ANÁLISE DOS DADOS
18. ANÁLISE DOS DADOS Em relação qual a principal função das atividades lúdicas na sala de aula mencionam o desenvolvimento do interesse dos alunos pelos conteúdos desenvolvidos por ser uma atividade prazerosa e dinâmica que transforma os contextos e os grupos; o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, sociais e emocionais; da criatividade; da auto-estima e da autonomia
19. ANÁLISE DOS DADOS
20. ANÁLISE DOS DADOS Os professores apontam como principais dificuldades na realização das atividades lúdicas
a falta de materiais didáticos, a dificuldade de concentração dos alunos, pouco tempo para o planejamento de atividades, falta de motivação
no trabalho, a falta de criatividade, muitos alunos em uma única sala.
A professora que não utiliza o lúdico em sua prática educativa, mencionou como principais dificuldades às brigas entre os alunos, a quantidade de alunos na sala, a falta de materiais (papéis e canetões) para confecção de jogos e outras atividades.
21. ANÁLISE DOS DADOS
22. ANÁLISE DOS DADOS Na percepção dos professores entrevistados está evidente que cabe ao educador possibilitar a criança espaço para brincar, proporcionando interações que venham de encontro com a sua realidade, compreendendo-a e respeitando-a para que haja o desenvolvimento físico, mental e social de cada educando.
23. CONSIDERAÇÕES FINAIS É muito importante enfatizar que no fator social das brincadeiras as crianças experimentam papéis, evidenciam sua realidade, demonstram seus sentimentos e situações imaginárias que foram adquiridas através da interação e da comunicação com o mundo exterior, ou seja, como agem em suas brincadeiras é conseqüência da observação do que vivenciou a sua volta e acabam desenvolvendo características importantes para a vida adulta.
24. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atividades que desenvolvam o raciocínio lógico, a aceitação de regras, a socialização, o desenvolvimento da linguagem entre as crianças são algumas importantes habilidades desenvolvidas durantes as brincadeiras.
Atividades que possibilitam o envolvimento da criança nas brincadeiras, principalmente as que venham promover a criação de situações imaginárias tem fundamental função pedagógica, sendo necessário que a escola utilize essa ferramenta em atividades que promovam o desenvolvimento da criança.
25. CONSIDERAÇÕES FINAIS É através do lúdico que a criança encontra o equilíbrio entre o real o imaginário e tem a oportunidade de se desenvolver de maneira prazerosa, pois o brincar é um ato criador e percebemos isto ao verificarmos seus comportamentos e ao escutarmos os seus raciocínios.
O educador deverá perceber a ludicidade como eixo norteador das suas atividades didático-pedagógicas, permitindo que o lúdico esteja presente e encontre significado entre a criança e o seu mundo.
Nós educadores desta nova geração precisamos estar com os olhos abertos para o futuro e através da ludicidade, propiciar o ser humano que desvende, resgate e vivencie o seu corpo.
26. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para Cobra (2000, p. 146), o movimento não é uma coisa de desejo. É como alimentação, algo que tem de ser feito. Por isso é uma importante ferramenta no desenvolvimento do corpo emocional. Porque obriga a realizar não o que se gosta, mas o que se deve fazer. É claro que depois se fica apaixonado pelos progressos, mas há que se impor no início. A dopamina vai habituá-la a realizar essa magnífica oportunidade de levar a vida a um grau muito acima do sedentarismo e ainda ter prazer.