1 / 39

Aplicação do Espiritismo

Aplicação do Espiritismo. Encontro 13. As virtudes a serem cultivadas (V). Paciência, Mansuetude

tawana
Download Presentation

Aplicação do Espiritismo

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Aplicação do Espiritismo Encontro 13 As virtudes a serem cultivadas (V)

  2. Paciência, Mansuetude “Sede pacientes. A paciência é também caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porem, muito mais penosa e, como decorrência, muito mais meritória: a de perdoar aos que Deus situou em nosso caminho, para serem instrumentos do nosso sofrimento e para nos experimentarem a paciência”. ESE. Cap. IX. Bem aventurados os Brandos e Pacíficos. Item 7. A Paciência)

  3. Num mundo de pressa e correrias o que nos induziria a sermos pacientes? Os compromissos com horários, os múltiplos encargos a saldar, as providencias a tomar simultaneamente, os recebimentos a coletar, as compras a fazer, o transito a vencer, o relógio sempre a nos atormentar, nos deixam em clima de neurose e tensão.

  4. A angustia de vivermos sempre atrasados em nossos afazeres cria atualmente uma onda envolvente, que nos transforma em autômatos, sem sentimento nem ponderação. É um dos graves tormentos do homem moderno, pressionado pelas metas empresariais e particulares a cumprir, os objetivos lucrativos estabelecidos. Como nos comportar com paciência e mansuetude dentro dessa total turbulência?

  5. A irritação, a exasperação, o tormento, o desequilíbrio emocional nunca foram tão acentuados como nos dias atuais. Discutimos, perdemos a calma, criamos inimizades, nos incompatibilizamos pela menor razão: no trabalho, em casa, nas associações, nos agrupamentos cristãos só vemos hoje brigas e desavenças. Estamos vivendo uma fase muito critica. Nunca estivemos precisando tanto de paciência e calma como agora.

  6. Até parece que todos os nossos valores íntimos estão sendo rigorosamente testados. É hora de definições cíclicas e toda a nossa resistência está sendo colocada em prova. Observemos tudo isso com muita seriedade e extremo cuidado, pois estamos sujeitos a entrar de roldão e sermos arrastados por essa onda planetária.

  7. A paciência serena, pacifica, sem reações violentas, calma, branda, tolerante, a aceitação tranquila, a vigilância ponderada são todas as reações do nosso comportamento que poderão mudar essa atmosfera turbulenta do nosso orbe, na medida em que nos conscientizarmos da necessidade das mudanças e por elas trabalharmos deliberadamente.

  8. Cada um de nós poderá identificar, nos momentos diários, as ocasiões em que deverá aplicar a paciência e a mansuetude. No entanto, indicamos a seguir algumas delas: a) Bendizendo tranquilamente a dor que nos foi enviada, transformando as aflições em calmarias, na certeza profunda de que Deus, através delas, realiza em nós as melhores transformações;

  9. b) Aceitando com amor aqueles colocados como instrumentos do nosso sofrimento, convictos de que a eles males maiores provocamos no passado; c) Fazendo das dificuldades da vida os obstáculos a contornar suavemente, como exemplificam os rios, que, circundando rochedos, atingem os vales que fertilizam;

  10. d) Fortalecendo a fé na bondade e na misericórdia do Pai Celeste, entendendo que a duração de quaisquer conflitos será sempre menor do que as consequencias criadas pela maldade dos homens; e) Reagindo de todos os modos possíveis às induções constantes de desentendimentos, discussões e irritações, silenciando a todo custo os impulsos inconformados de revides, defesas ou justificativas, que possam nos desequilibrar emocionalmente;

  11. f) Evitando no transito ou nas ruas as reclamações dos nossos direitos transgredidos pelos outros: uma atitude serena de renuncia desperta muito mais quem, distraído, não percebeu a infração cometida; g) Suportando sem esgotamentos nervosos os climas tensos dentro de casa, recorrendo à prece a à leitura tranquilizante, para conseguir, o necessário reabastecimento das energias renovadoras.

  12. “A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil coisas mínimas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece menos pesado quando se olha para o alto do que quando se curva a fronte para a terra”.

  13. Vigilância “Todo pensamento impuro pode se originar de duas fontes: a própria imperfeição da alma ou uma funesta influencia que sobre ela se exerça. Neste ultimo caso, há sempre indicio de uma fraqueza, que nos torna aptos a receber essa influencia, demonstrando que somo almas imperfeitas. Dessa forma, aquele que falir não poderá alegar como desculpa a influencia de um Espírito estranho, desde que esse Espírito não o teria induzido ao mal se o tivesse encontrado inacessível à sedução”. ESE. Cap. XXVIII. Coletânea de Preces Espíritas. Para Resistir a uma tentação)

  14. A condição interior de atenção para com as próprias emoções, desejos, impulsos, pensamentos, gestos, olhares, atitudes e respostas verbalizadas consiste na preocupação em pautar nossas reações dentro de padrões condizentes com o conhecimento evangélico. A observação de nós mesmos deverá ser aplicada de modo permanente, e não apenas quando já ocorreu a transgressão. Entendemos claramente que vigilância define um trabalho preventivo e não corretivo.

  15. A vigilância tem, assim, sua atuação como meio de combate aos defeitos, de algum modo já conhecidos ou identificados, para que, com a devida antecedência e precaução, evitemos as ocorrências dos mesmos. O trabalho preventivo, a exemplo do que se desenvolve na especializada área da Segurança do Trabalho, procura relacionar numa atividade os riscos de acidentes e seus graus. As causas de acidentes são muito bem estudas e todas as campanhas de prevenção visam à conscientização do homem que executa um trabalho produtivo, para que o desempenha dentro de certas normas de segurança, especificas a cada tipo de atividade.

  16. Há dispositivos de proteção nas máquinas, há cores e sinalizações, há meios de prevenção contra incêndios e há também os equipamentos de proteção individual para uso do trabalhador. Estes são alguns dos meios para evitar acidentes. Muito análogos ao que queremos aqui relacionar com a nossa vigilância interior são, em Segurança do Trabalho, os chamados “atos inseguros”. Sabe o operário que, ao executar um “ato inseguro”, poderá lhe ocorrer um acidente, como por exemplo: trabalhar na construção de edifício sobre andaimes sem guarda-corpo; subir em postes sem o cinto de segurança; operar máquinas de desbaste sem óculos de proteção; remover peças com as mãos sem luvas em prensas de moldagem, etc.

  17. Então, o que poderá também acontecer àquele que, conhecendo as suas fraquezas ou inseguranças, se arrisca a determinadas situações de perigo? Estará se expondo a sofre um deslize moral, a lhe ocorrer um acidente de graves consequências. O que precisamos conhecer bem são as nossas próprias situações de risco, para não cometermos erros, caindo em tentações, e depois amargurar os arrependimentos das nossas falhas.

  18. As tentações são os nossos riscos; estamos a elas sujeitos, e a nossa própria insegurança é resultado das imperfeições que ainda temos. Contamos sempre com os meios de proteção e de segurança individuais nos Espíritos Protetores, que, ate certo ponto, afastam-nos das influencias perigosas. Cabe-nos, no entanto, agir com firmeza, resistindo às tentações conhecidas. Podemos muito bem, evitar os “atos inseguros”, escapando das situações de perigo, ou nos munindo dos meios de proteção para enfrentá-las.

  19. Como formas de proteção, além do auxilio espiritual, contamos com a prece, a vontade, o esclarecimento, o esforço próprio. Ninguém melhor do que nós mesmos para precavermo-nos das situações que representam riscos às nossas próprias inseguranças morais. Relacionemos algumas delas, talvez as mais comuns:

  20. a) Diante dos convites de companhias que nos estimulam ao fumo, ao jogo, ao álcool, ao tóxico; b) Nas discussões de assuntos polêmicos, que nos levam a intrigas, agressões, contendas; c) Nas elaborações de pensamentos eróticos, que nos predispõem aos condicionamentos do sexo; d) Na direção dos olhares maliciosos, que nos conduzam à cobiça;

  21. e) Nas economias exageradas dos gastos, que se resumem em avareza; f) Nas absorções de ressentimentos ou amarguras, que se cristalizam em intolerâncias, incompreensões; g) Nos comentários desavisados, que nos conduzem à maledicência; h) Nos afloramentos das emoções fortes, que nos fazem manifestar orgulho, presunção;

  22. i) Nos ímpetos de defesa das nossas idéias, que refletem o personalismo; j) Nas inquietações por algo desejado, que definem a impaciência; k) Nos esquecimentos de obrigações assumidas, que caracterizam a negligencia; l) Nos descansos prolongados, que indicam ociosidade.

  23. “Reconhece-se que um pensamento é mau quando ele se distancia da caridade – base de toda moral verdadeira; quando tem por principio o orgulho, a vaidade e o egoísmo; quando sua concretização pode prejudicar alguém; quando, enfim, nos induza a coisas diferentes das que quereríamos que os outros nos fizessem”.

  24. Abnegação “A piedade, quando bem sentida, é amor; o amor é devotamento; devotamento é esquecimento, esquecimento de si mesmo, e este esquecimento é a abnegação em favor da criatura menos feliz, é a virtude por excelência, praticada pelo Divino Mestre e ensinada em sua doutrina tão santa e sublime; quando essa doutrina for restabelecida em sua pureza primitiva, quando for admitida por todos os povos, fará a Terra feliz, fazendo reinar em sua face a concórdia, a paz e o amor”. ESE. Cap. XIII. Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita. Item 17. A Piedade)

  25. A abnegação é indicativa daquilo que fazemos em favor de alguém, ou de alguma causa, sem interesse próprio, com esquecimento de nós mesmos, ou até com sacrifício do que possa nos pertencer. Há alguns exemplos na Historia das Civilizações de criaturas abnegadas, que se dedicaram ao bem estar do próximo, trabalhando de alguma forma para deixar aos homens uma contribuição marcante nas áreas do conhecimento, das descobertas cientificas, das investigações, das religiões, dos direitos humanos, da moral, da caridade, etc. Por esse espírito de sacrifício próprio deixaram seus nomes aureolados de respeito e admiração.

  26. Na própria Historia do Brasil rendemos homenagens aos personagens cívicos que colocaram o interesse da nação brasileira acima dos seus e dos das elites da época. É o que muito nos falta hoje: pureza de intenções, abnegação, sacrifício de interesses, renuncia a proveitos pessoais, amor às causas nobres, dedicação às criaturas na miséria, desprendimento dos valores materiais.

  27. Devemos reconhecer, também, que há inúmeros corações vivendo em silencio dando extraordinários exemplos de abnegação, sem fazer qualquer menção ao que realizam, ou sem serem identificados publicamente. Todos temos, no entanto, possibilidades de praticar a abnegação, se não integralmente dedicados a uma obra mas, em nosso tempo disponível, procurando algo realizar sem remuneração, com desprendimento, dedicados a certas benemerências ao próximo, de qualquer natureza.

  28. A pratica da abnegação concretiza o exercício da caridade, dever humano que não podemos dispensar de nossas obrigações. O beneficio desinteressado é o único agradável a Deus. Quem presta sua ajuda aos pequeninos que nada tem, sabe de antemão que não receberá deles agradecimentos ou retribuições. Por essa razão os serviços dedicados aos mais carentes devem caracterizar a caridade autentica.

  29. Admitimos que também podemos treinar a abnegação nas pequenas coisas, todas as vezes que voluntariamente renunciamos a algo nosso em favor do próximo. A abnegação é o oposto do egoísmo. Praticando-a, o combatemos naturalmente. Vejamos, em nossas atividades corriqueiras, algumas das muitas oportunidades que temos de praticar a abnegação:

  30. a) Dedicando algumas horas do nosso lazer numa atividade assistencial; b) Ministrando esclarecimentos evangélicos às criaturas em aprendizagem; c) Oferecendo graciosamente os próprios serviços profissionais, onde possam ser mais úteis, aos que não os possam pagar; d) Ensinando, sem interesse financeiro, os conhecimentos que detemos em quaisquer áreas; e) Trabalhando no próprio lar, em algumas horas livres, na confecção de roupas e agasalhos para famílias carentes;

  31. f) Contribuindo, com trabalho pessoal, no plantão vigilante a familiares ou amigos em convalescença; g) Procurando conduzir o que realizarmos na esfera política ou social em beneficio da maioria desprivilegiada, mesmo sacrificando interesses próprios; h) Indagando sempre, em nossas deliberações administrativas se estamos atendendo aos princípios de justiça, tolerância e bondade para com o próximo; i) Pautando tudo que fizermos nas produções diárias dentro do ideal de perfeição, aprimorando sempre para o melhor ao nosso alcance.

  32. “A beneficência é bem compreendida, quando se limita ao circulo de pessoas da mesma opinião, da mesma crença ou do mesmo partido? – Não, é imperioso sobretudo abolir o espírito de seita e de partido, pois todos os homens são irmãos. O verdadeiro cristão vê irmãos em todos os seus semelhantes, e para socorrer o necessitado não busca saber a sua crença, a sua opinião, seja ela qual for”.

  33. Dedicação, devotamento “Meus irmãos, amais aos órfãos! Se soubésseis quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo quando em tenra idade! Deus permite que existam órfãos para nos levar a lhes servirmos de pais. Que divina caridade amparar uma pobre criancinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vicio! Torna-se agradável a Deus quem estende a mao a uma criança abandonada, porque demonstra compreender e praticar a sua lei”. ESE. Cap. XIII. Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita. Os Órfãos)

  34. Dedicar-se com desprendido amor a um trabalho em favor do próximo é devotamento. Assumindo uma tarefa, a valorizamos quando realizamos com dedicação, sem medir esforços ou sacrifícios, o que precisamos verificar em nossos compromisso de quaisquer espécies. Seremos reconhecidos como verdadeiros cristãos, discípulos de Jesus, pelas boas obras que realizarmos, e, por mais insignificantes que elas possam ser aos olhos dos homens, revestem-se de maior valor espiritual pelo devotamento com que as produzirmos, isto é, com zelo, com sacrifício, com amor, com incansável dedicação.

  35. Admitimos que seja condição indispensável, quando nos dispusermos a fazer algo na gleba do Senhor, indagarmos se estamos revestidos do carinho, que caracteriza o devotamento. Compreendemos que os primeiros passos na caridade, de inicio dados com certa relutância e até má vontade, com o transcorrer do tempo as nossas disposições de sentimentos vão refinando-se e progressivamente vão elevando-se, até chegarem nas desejadas expressões de devotamento. Vale mencionar que iremos necessitar de um pouco de paciência para assim atingir a condição ideal na pratica da caridade.

  36. Mas, o devotamento, de um modo geral, deve envolver tudo o que fizermos, e não apenas os serviços que dedicamos ao próximo. Será o apanágio das atividades dos homens no terceiro milênio. E por sinal, não entendemos por que hoje deve ser diferente. Qualquer atividade executada a contragosto é um verdadeiro martírio, e por isso mesmo é que ainda verificamos tanta gente produzindo pouco, atendendo com má vontade, respondendo aborrecidamente às ordens recebidas, desperdiçando o tempo em conversas particulares, justificando enganosamente as obrigações não cumpridas em tempo hábil, ocupando espaços do dia em serviços alheios ao seu trabalho, etc.

  37. Podemos enumerar algumas situações comuns em que somos reclamados, pela nossa própria consciência, por faltar com o devotamento: a) Nas indiferenças pelo que fazemos em nossas obrigações de trabalho; b) No cansaço desgastante quando, disponíveis no serviço, nos omitimos em iniciativas de aumentar o próprio rendimento; c) No desinteresse em aprender mais para produzir com mais eficiência; d) No desleixo com objetos e utensílios dos quais nos servimos;

  38. e) No descuido com deveres escolares que nos dizem respeito; f) Na pressa ao atender criaturas às quais devemos nossa melhor atenção; g) Nas omissões aos cuidados caseiros, desde as retificações de costumes junto aos filhos, aos aconselhamentos construtivos entre irmãos, cônjuges, pais; h) No esquecimento da parcela de contribuição carinhosa aos irmãos menores; i) Na falta de tempo para as atividades beneméritas que já assumimos.

  39. “Daí delicadamente, juntai ao beneficio que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de um carinho, de um sorriso amistoso. Evitai esse aspecto de protetor, que equivale a revolver a lamina no coração que sangra, e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós e para os outros”.

More Related