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I – GOV: O FUTURO É INOVAÇÃO. Roberto Meizi Agune - José Antônio Carlos. FUNDAP - Fundação para o Desenvolvimento Administrativo. EMPLASA CICLO DE EVENTOS SOBRE GESTÃO DO CONHECIMENTO novembro de 2006. Dados sobre São Paulo Introdução Quadro Preocupante Rumo ao I–Gov
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I – GOV: O FUTURO É INOVAÇÃO Roberto Meizi Agune - José Antônio Carlos FUNDAP - Fundação para o Desenvolvimento Administrativo EMPLASA CICLO DE EVENTOS SOBRE GESTÃO DO CONHECIMENTO novembro de 2006
Dados sobre São Paulo Introdução Quadro Preocupante Rumo ao I–Gov Recomendações e Conclusões
Dados sobre São Paulo Introdução Quadro Preocupante Rumo ao I–Gov Recomendações e Conclusões
População de 40 milhões de habitantes Território com 248.000 km² (Brasil 8.514.215,3 km2) 645 municípios (Brasil - 5.561) PIB de 279,2 US$ bilhões Orçamento anual de R$ 81 bilhões Orçamento anual de TI é de R$ 500 milhões 700.000 servidores públicos 20.000 unidades administrativas O Estado de São Paulo em números...
Dados sobre São Paulo Introdução Quadro Preocupante Rumo ao I–Gov Recomendações e Conclusões
Após mais de 10 anos de investimentos, os resultados do E-Gov ficaram abaixo das expectativas. • Em outras palavras, a população não dispõe, hoje, de um elenco de serviços on-line, compatível com os gastos feitos. Prometeu-se mais do que realmente foi entregue. • Esse quadro evidencia que o simples aumento continuado dos gastos em tecnologia, é apenas uma parte da solução. • Na era do conhecimento, o maior desafio para modernização dos governos está nas dimensões não tecnológicas. Somente cuidando dela, construiremos o Governo da Inovação – I-Gov.
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Um alentado estudo, recém concluído, coordenado pelo Professor Norberto Torres, Chefe do Depto. de Informática da Fundação Getúlio Vargas – São Paulo, sobre o Grau de Desenvolvimento do Governo Eletrônico Municipal no Brasil, mostra resultados bastante impactantes.
Grau médio de E-Gov (por meio de websites) é muito baixo. • Os municípios do Sul e Sudeste são os melhores em governo eletrônico. • Nem tamanho do município, nem seu nível de atividade econômica, determinam o nível de E-Gov promovido. • Grau muito baixo de oferta de serviços mais abrangentes e integrados. • Pouco se atingiu em termos de transações on-line e é insignificante o avanço da integração aberta com a sociedade. (E-Democracia). Fonte: Análise do Desenvolvimento do Governo Electrônico Municipal no Brasil - Professor Norberto Torres Chefe do Depto. de Informática da Fundação Getúlio Vargas – São Paulo e Diretor do TecGov, 2006
Outro importante trabalho sobre a efetividade do Governo Eletrônico, este no âmbito do administração federal, foi realizado pelo Tribunal de Contas da União – TCU .
O governo não tem conseguido usar a internet para evitar filas e melhorar o atendimento a mais de 30 milhões de usuários com acesso à rede mundial. • A maioria das páginas destinadas a serviços públicos apresentam problemas de navegação, penalizando o usuário que tenta buscar atendimento. Além disso, a maioria dos serviços eletrônicos oferecidos não permite que os mesmos sejam totalmente executados pela rede. • Muitos dos recursos originalmente dedicados ao Governo Eletrônico, programa essencialmente transversal, são desviados para suprir demandas específicas dos ministérios. • Os progressos ocorridos são, em grande parte fruto de esforços isolados de alguns gestores e não reflexo de uma política pública mais compreensiva sobre o tema. Não há, ademais, campanhas consistentes de estímulo ao uso da internet para realização de serviços. • Os programas vinculados ao Governo Eletrônico não possuem caráter continuado sendo desativados ou superpostos, ao sabor de interesses políticos. Fonte: Relatório de Auditoria da Natureza Operacional voltada para as atividades desenvolvidas no Programa de Governo Eletrônico, relatado pelo Ministro Valmir Campelo, acórdão 1386/2006 – Plenário, processo 015.001/2005-5
Estudo correlato realizado em 686 municípios distribuídos entre Argentina, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, Espanha, México, Portugal e Venezuela, , comandado pelo Professor José Esteves, diretor da cátedra software AG Alianza Sumaq em Governo Eletrônico, mostra números não menos eloqüentes.
Grau desenvolvimento muito baixo! • Pouquíssimas cidades atingem um nivel de excelência em E-Gov. municipal. • Poucas cidades oferecem todos os E-Serviços considerados básicos. • Poucas cidades oferecem E-Serviços de participação cidadã. • Muitas cidades oferecem operações on-line mas a maioria não podem ser realizadas completamente on-line. • Quase todas as cidades tem E-mail, mas isto não significa que o cidadão obtenha respostas aos seus E-mails… • Falta de uma estratégia nacional para governo eletrônico municipal, como ocorre, por exemplo, na Inglaterra. Fonte: “Análise do Desenvolvimento do Governo Electrónico Municipal”. Professor José Esteves, Director da cátedra software AG Alianza Sumaq en e-government
Pouca atenção aos aspectos extra-tecnológicos envolvidos. É importante frisar que não se muda o governo sem tecnologia. Só com tecnologia, também não. Por que não tem dado certo? • A modernização governamental não pode ficar circunscrita a um único setor ou saber. Ela é intrinsicamente intersetorial e multidisciplinar. • Os sistemas e aplicativos do mundo pré-web tendo sido simplesmente transplantados para o ambiente pós-web, sem os redesenhos necessários. É preciso, antes, entender melhor os desafios de uma sociedade pós-industrial, a sociedade do conhecimento. • O governo só ingressará na era do conhecimento e da inovação (I-Gov) quanto a questão for tratada de forma estratégica. Isto significa colocar o problema na agenda política. Uma infra-estrutura de banda larga é tão ou mais importante do que uma estrada, por exemplo, mas poucos têm plena consciência disso, fora do escalão técnico.
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ondas do músculo ondas do intelecto Organização Burocrática Organização em Rede ? algumas décadas 300 anos 10 mil anos Fonte dos Elementos Básicos: Angeloni, Maria Teresa. 6ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional. Florianópolis, maio 2005. Músculo X Intelecto
3% 1994 Principais itens desta pauta: Software, Patentes, Royalties, Serviços de Consultoria, Bens Culturais. Fonte: Institute for the Future 17% 1999 25% 2002 O Valor do Conhecimento A evolução recente da receita externa norte-americana de bens intangíveis evidencia a crescente importância monetária do “produto” conhecimento. Vejamos os números:
2002 Esta pauta inclui, em adição à anterior, bens tais como: aviões, computadores, robôs, entre outros. Fonte: Institute for the Future 25% 70% O Valor do Conhecimento Os valores de 2002 são ainda mais expressivos se ampliarmos o conceito anterior e adicionarmos bens tangíveis, que têm, no entanto, o seu custo formado pelo conhecimento neles embutidos. Observemos as cifras:
Sociedade Tecnologia • Globalização • Sofisticação • Competição • Mudança Cultural • Microprocessadores • Software • Informática de Consumo • Internet MARCAS DA NOVA ERA
EM BAIXA • Trabalho sem qualificação • Organizações grandes e lentas • Produção padronizada • Profusão de níveis hierárquicos
EM ALTA • Visão compreensiva, criatividade, agilidade • Organizações enxutas e inovadoras • Produção flexível • Organização em rede
Alguma novidade? Nada. Aquela monotonia de sempre. O FUTURO NA SOCIEDADE INDUSTRIAL Extrapolação do Passado Repetição
Força todo mundo, senão o barco vira! O FUTURO NA SOCIEDADE CONHECIMENTO Ruptura com o passado Mudança
O Governo, como qualquer organização, ou percebe essa transformação, ou perde a corrida.
O que significa para o governo perder a corrida? Como o governo não pode ir a falência, ficar à margem das mudanças significa perder legitimidade e autoridade, sintomas que se expressam por: • Aumento da insatisfação com excessos burocráticos, anacronismo da legislação, morosidade da justiça, só para lembrar alguns; • Crescimento dos espaços dominados por máfias, gangues, narcotraficantes, entre outros grupos.
Idéia + Implementação + Resultados O que é I-Gov? Nova visão de setor público que prioriza a produção e o uso do conhecimento, com vistas a promover melhoria dos processos de governo e valorizar a inovação como prática de trabalho.
ESTRUT. ORGANIZAC. PESSOAS GESTÃO DA INFORMAÇÃO TIC PROCESSOS PRINCÍPIOS Visão Tecnocentrada (a ser descartada)
ESTRUT. ORGANIZAC. TIC PESSOAS O SETOR PÚBLICO NA ERA DO CONHECIMENTO PRINCÍPIOS PROCESSOS O SETOR PÚBLICO NA ERA DO CONHECIMENTO Visão Integrada
PRINCÍPIOS • Ética • Transparência • Foco na cidadania • Orientação para a qualidade • Universalização GOVERNO PADRÃO POUPATEMPO
ESTRUT. ORGANIZAC. Cidadão Governo Parceiro Universidade SOCIEDADE Fonte dos Elementos Básicos: Adaptado de Filipe M. Cassapo em apresentação feita na Fundap em 11/07/2006
PESSOAS • Estímulo à reflexão e ao espírito crítico • Menos chefia e mais liderança • Preparado para a solução de problemas complexos • Preparado para a aprendizagem continuada
PROCESSOS Mais idéias Menos burocracia Máquina de Serviços Públicos
TIC • Internet • TV Digital • Telefonia Celular • Comunicação "Wireless" • Computadores Populares CONVERGÊNCIA DIGITAL
Dados sobre São Paulo Introdução Quadro Preocupante Rumo ao I–Gov Recomendações e Conclusões
Recomendações • Fomentar a profissionalização do serviço público, ampliando o espaço dos cargos de carreira, preenchidos mediante concurso. • Promover profunda revisão legal que facilite o ingresso do setor público na era do conhecimento. • Estabelecer novas formas de remuneração vinculadas a produtividade. • Estimular o trabalho em equipe, transdisciplinar e intersetorial. • Criar, dentro de cada órgão, fábricas de inovação no serviço público, utilizando a gestão do conhecimento como modelo conceitual. • Utilizar de forma crescente as novas tecnologias para azeitar a máquina pública e agilizar e aprimorar a entrega de serviços à população.
Conclusões • A formação de habilidades para a produção em massa de conhecimento é o principal agente de transformação de uma sociedade e não a aparência de novo trazida pelas TICs. • As organizações públicas e privadas devem transformar-se em “ espaços compartilhados de criação de conhecimento”. • Os governos deverão reinventar-se, tendo com foco a geração de valor para a sociedade e a regulação de mercados com vistas à competitividade. • Na área de criação e utilização do conhecimento, cabe ao governo formular políticas públicas e construir orçamentos compatíveis com a era do conhecimento produzido em massa. Fonte: Understanding Knowledge Societies – In twenty questions and answers with the Index of Knowledge Societies, Department of Economic and Social Affairs, United Nations, New York, 2005.
Conclusões • Os políticos e a elite empresarial, mídia incluída, deverão ser estimulados a entender o alcance das mudanças. Deles depende o ritmo do avanço. • À cidadania caberá demandar mudanças. Sem sinais claros e fortes dos cidadãos, os segmentos acima oporão maior resistência às transformações. • A universidade terá importante papel na mudança de paradigmas, que poderá ser estimulado por uma sólida e criativa produção acadêmica sobre os novos tempos. Fonte: Understanding Knowledge Societies – In twenty questions and answers with the Index of Knowledge Societies, Department of Economic and Social Affairs, United Nations, New York, 2005.
A melhor maneira de prever o futuro, é inventá-lo. Alan Kay Muito Obrigado a Todos! Roberto Agune - E-mail: ragune@sp.gov.br