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Completação de Poços. 1 - Introdução 2 - Tipos de Completação 3 - Etapas da completação 4 - Principais Componentes da Coluna de Produção 5 - Intervenções em Poços 5.1 - Avaliação 5.2 - Recompletação 5.3 - Restauração 5.4 - Limpeza
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Completação de Poços 1 - Introdução 2 - Tipos de Completação 3 - Etapas da completação 4 - Principais Componentes da Coluna de Produção 5 - Intervenções em Poços 5.1 - Avaliação 5.2 - Recompletação 5.3 - Restauração 5.4 - Limpeza 5.5 - Mudança de Método de Elevação 5.6 - Estimulação 5.7 - Abandono 6 - Operações com Cimento na Completação 6.1 - Compressão de Cimento (squeeze) 6.2 - Recimentação 7 - Amortecimento de Poços
1 - Introdução Ao terminar a perfuração de um poço de petróleo, é necessário deixá-lo em condições de operar, de forma segura e econômica, durante toda a sua vida produtiva. O conjunto de operações destinadas a colocar o poço para produzir óleo ou gás (ou ainda injetar fluidos nos reservatórios) denomina-se completação.
Aspectos Técnicos e Operacionais Quanto aos aspectos técnico e operacional, deve-se buscar a otimização da vazão de produção (ou de injeção) e tornar a completação a mais permanente possível, ou seja, aquela que minimize a necessidade de intervenções futuras para a manutenção do poço (as chamadas operações de workover). A completação tem reflexos em toda a vida produtiva do poço e envolve altos custos, faz-se necessário um planejamento criterioso das operações e uma análise econômica cuidadosa.
Fatores Relevantes Investimento necessário; • Localização do poço (mar ou terra); • Tipo de poço (pioneiro, extensão, desenvolvimento); • Finalidade (produção, injeção); • Fluidos produzidos (gás seco, óleo, óleo e gás, óleo e água) • Volumes e vazões de produção esperados; • Número de zonas produtoras atravessadas pelo poço; • Possível mecanismo de produção do reservatório; • Necessidade de estimulação (aumento da produtividade); • Controle ou execução da produção de areia; • Possibilidade de restauração futura do poço; • Tipo de elevação dos fluidos (natural ou artificial); • Necessidade de recuperação suplementar
2 - Tipos de Completação 2.1 - Quanto ao posicionamento da cabeça do poço • Árvore de Natal Convencional (ANC) • Árvore de Natal Molhada (ANM) 2.2 - Quanto ao revestimento de produção • A poço aberto • Com liner rasgado ou canhoneado • Com revestimento canhoneado 2.3 - Quanto ao número de zonas explotadas • Simples • Múltipla (Seletiva e Dupla)
2.2 - Quanto ao Revestimento de Produção a poço aberto com liner rasgado ou canhoneado com revestimento canhoneado
• Vantagens: maior área aberta ao fluxo e redução dos custos do revestimento e do canhoneio. • Desvantagem: falta de seletividade, que impede futuras correções quando há produção de fluidos indesejáveis, como, por exemplo, excessiva produção de gás ou água.
com liner rasgado •O liner pode ser descido previamente rasgado, posicionando os tubos rasgados em frente às zonas produtoras, ou então cimentado e posteriormente canhoneado nas zonas de interesse. Embora em desuso nos poços convencionais, encontra uma boa aplicação em poços horizontais. • Vantagens: maior área aberta ao fluxo (rasgado), redução dos custos com revestimento e do canhoneio e sustenta as paredes do poço em frente à zona produtora. • Desvantagem: falta de seletividade (rasgado), custo adicional (em relação a poço aberto) e mudança de diâmetros dentro do poço, gerando dificuldades para passagem de equipamentos. com liner canhoneado
• É o tipo de completação mais utilizado atualmente. O poço é perfurado até a profundidade final e, em seguida, é descido o revestimento de produção até o fundo do poço, sendo posteriormente cimentado o espaço anular entre os tubos de revestimento e a parede do poço. Finalmente, o revestimento é canhoneado defronte dos intervalos de interesse, mediante a utilização de cargas explosivas (jatos), colocando assim o reservatório produtor em comunicação com o interior do poço. • Vantagens: seletividade da produção (ou injeção de fluidos) em diversos intervalos de interesse e na maior facilidade das operações de restauração ou estimulação. O diâmetro único do revestimento em todo o poço também evita alguns problemas operacionais. • Desvantagem: custos adicionais do revestimento e do Canhoneio. revestimento canhoneado
2.3 - Quanto ao nº de Zonas Produtoras • Simples: apenas uma coluna de produção é descida no poço, possibilitando produzir de modo controlado e independente somente uma zona de interesse. • Múltipla: produzir duas ou mais zonas ou reservatórios diferentes, através de uma ou mais colunas de produção descidas no poço. • Completações múltiplas são mais econômicas: menor número de poços com diversas zonas drenadas sem maior prejuízo para o controle dos reservatórios, possibilidade de se colocar em produção reservatórios marginais, cuja produção isolada não seria economicamente viável.
3 - Etapas da Completação Pequenas diferenças existem para as etapas de completação de um poço terrestre ou no mar. 3.1 - Instalação dos equipamentos de superfície 3.2 - Condicionamento do poço 3.3 - Avaliação da qualidade da cimentação 3.4 - Canhoneio 3.5 - Instalação da coluna de produção 3.6 - Colocação do poço em produção
Fluido de Completação • O fluido de completação geralmente é uma solução salina, cuja composição deve ser compatível com o reservatório e com os fluidos nele contidos, para evitar causar dano à formação, ou seja, originar obstruções que possam restringir a vazão do poço.
3.4 - Canhoneio Para comunicar o interior do poço com a formação produtora, perfura-se o revestimento utilizando-se cargas explosivas, especialmente moldadas para esta finalidade. A explosão dessas cargas gera jatos de alta energia que atravessam o revestimento, o cimento e ainda podem penetrar até cerca de um metro na formação, criando os canais de fluxo da formação para o poço (ou vice-versa). A velocidade do jato é de 30.000 pés/s (32.925 Km/h), o que acarreta uma pressão de impacto de 4.000.000 psi (281.690 Kg/cm2).
O projeto de uma coluna de produção é função de uma série de fatores, tais como: • localização do poço (terra ou mar); • sistema de elevação (surgente ou com elevação artificial); • características corrosivas ou abrasivas do fluido a ser produzido • necessidade de contenção da produção de areia; • vazão de produção; • número de zonas produtoras (completação simples, dupla ou Uma composição ótima de coluna deve levar em conta os aspectos de segurança, técnico/operacional e econômico.
4 - Principais Componentes da Coluna de Produção • Tubos de produção • Shear-out • Hydro-trip • Nipples de assentamento • Camisa deslizante (sliding sleeve) • Check valve • Packer de produção • Unidade selante • Junta telescópica (TSR) • Mandril de gas-lift • Válvula de segurança de subsuperfície (DHSV)
5 - Intervenções em Poços Ao longo da vida produtiva dos poços, geralmente são necessárias outras intervenções posteriores à completação, designadas genericamente de workover, com o objetivo de manter a produção ou eventualmente melhorar a produtividade.
5.1 - Avaliação Atividade executada visando definir os parâmetros da formação, identificar e amostrar o fluido da formação, verificar a procedência dos fluidos produzidos e o índice de produtividade (IP) ou injetividade (lI) dos poços.
5.2 - Recompletação Quando cessa o interesse em se produzir (ou injetar) em determinada zona, esta é abandonada e o poço é recompletado para produzir (ou injetar) em outro intervalo. 5.3 - Restauração A restauração é um conjunto de atividades que visam restabelecer as condições normais de fluxo do reservatório para o poço.
5.4 - Limpeza A limpeza é um conjunto de atividades executadas no interior do revestimento de produção visando limpar o fundo do poço ou substituir os equipamentos de subsuperfície, objetivando um maior rendimento. 5.6 - Estimulação A estimulação é um conjunto de atividades que objetiva aumentar o índice de produtividade ou injetividade do poço. Os métodos mais utilizados são o fraturamento hidráulico e a acidificação, embora este último possa ser considerado como atividade de restauração.
6.7 - Abandono Quando um poço é retirado de operação, ele deve ser tamponado, de acordo com normas rigorosas que visam a minimizar riscos de acidentes e danos ao meio ambiente. Se houver a previsão de retorno ao poço, no futuro, efetua-se o abandono temporário. Tanto os abandonos temporários como os definitivos são realizados através de tampões de cimento ou mediante o assentamento de tampões mecânicos. A diferença básica é que no abandono definitivo todo o equipamento de superfície é retirado, enquanto que no abandono temporário o poço permanece em condição de aceitar futuras intervenções.
7 - Operações com Cimento na Completação 7.1 - Compressão de Cimento (squeeze) A Compressão de cimento (squeeze) de pasta de cimento é uma operação muito freqüente, normalmente empregada com os seguintes objetivos: 7.2 - Recimentação A recimentação é indicada para os casos de correção de cimentação em que há fortes indícios de se obter sucesso na circulação da pasta, pois neste tipo de operação, o cimento não é comprimido, e sim, circulado por detrás do revestimento, de maneira análoga a cimentação primária do revestimento.
8 - Amortecimento de Poços Entende-se por amortecimento de poço toda operação de manuseio de fluido de completação para dentro do poço que resulte, interno ao mesmo, uma coluna de fluido cuja pressão hidrostática (PH), em frente aos canhoneados abertos, seja superior à pressão estática da formação (PE). Esta barreira hidráulica criada dentro do poço, decorrente da sobrepressão imposta (overbalance, PH - PE), impede a produção de qualquer fluido da formação.