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CURSO DE TEOLOGIA PASTORAL I

CURSO DE TEOLOGIA PASTORAL I. AULA Nº O4 O O MINISTRO E SUA VIDA DE ORAÇÃO; A ESPOSA DO MINISTRO. CONTEÚDO. I – O MINISTRO E SUA VIDA DE ORAÇÃO 1 – ELEMENTOS IMPORTANTES NAS GRANDES ORAÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO. 2 – JESUS E A ORAÇÃO 3 – O ENSINAMENTO DE PAULO SOBRE A ORAÇÃO

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CURSO DE TEOLOGIA PASTORAL I

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  1. CURSO DE TEOLOGIA PASTORAL I AULA Nº O4 O O MINISTRO E SUA VIDA DE ORAÇÃO; A ESPOSA DO MINISTRO

  2. CONTEÚDO • I – O MINISTRO E SUA VIDA DE ORAÇÃO • 1 – ELEMENTOS IMPORTANTES NAS GRANDES ORAÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO. • 2 – JESUS E A ORAÇÃO • 3 – O ENSINAMENTO DE PAULO SOBRE A ORAÇÃO • 4 – FRASES ATRIBUÍDAS A SERVOS DE DEUS QUE ORAVAM • II – A ESPOSA DO OBREIRO • 1 – VISÃO HISTÓRICA DA MULHER NA ANTIGUIDADE • 2 – A VISÃO DE CRISTO SOBRE O PAPEL DAS MULHERES NAQUELE PERÍODO DA HISTÓRIA • 3 – A ATITUDE DA IGREJA A RESPEITO DAS MULHERES • 4 – O SONHO QUE O OBREIRO TEM DA MULHER IDEAL • 5 – A ESPOSA DO PASTOR NO NOVO CONTEXTO SOCIAL • 6 – CONSELHOS PRÁTICOS PARA A VIDA MINISTERIAL A DOIS

  3. O MINISTRO E SUA VIDA DE ORAÇÃO • A oração é um dos temas mais empolgantes da Bíblia e uma disciplina fundamental para o sucesso ministerial do obreiro, porém, apesar dessa importância, é a área mais negligenciada na vida pastoral. • O obreiro gosta de estudar e de pregar, mas nem sempre gosta de orar. Neste estudo o aluno estudará sobre algumas orações importantes do Antigo Testamento e aprenderá o tema à luz do ensinamento de Jesus e dos Apóstolos.

  4. O Ministro E A Oração

  5. O ministro e sua vida de oração II • Apesar de não haver no Antigo Testamento admoestações ou ensinamentos sobre a importância da oração, em suas páginas estão as mais lindas e efetivas orações de todos os tempos. • As vezes depara-se com pequenas orações em forma de suspiro, que foram respondidas por Deus, como a de Neemias, que exclamou: “Lembra-te de mim para meu bem, ó meu Deus, e de tudo quanto fiz a este povo.” • Outras são orações grandes, como a de Moisés, que arriscou a própria vida intercedendo diante de Deus a favor do povo de Israel(Ex 32.11-13).

  6. Grandes orações • Orações de Davi em ações de graça (I Cr 17.16-27); Sua oração de confissão de pecados (Sl 51); A oração de Salomãona inauguração do templo (I Rs 8.22-53); A oração de intercessão de Daniel (Dn 9); E a de Neemias (Ne 9). Registradas palavra por palavra.

  7. 1. Elementos importantes nas grandes orações do A.T. • Ao estudar as orações feitas pelos servos de Deus no período do Antigo Testamento, depara-se com alguns elementos chaves que servem de aprendizado e ensinam como se pode orar; • Tome-se por base para o estudo cinco grandes orações do A.T. que são: • As orações de Salomão (1 Rs 8), Josafá (2 Cr 20), Daniel (Dn 9), Esdras (Ed 9) e Neemias (Ne 9). • Em todas pode-se encontrar elementos didáticos para nortear a vida de oração de obreiro.

  8. 1.1. ADORAÇÃO • Na maioria das orações, pode-se observar que esses homens de Deus, quando oravam, adoravam a Deus, reconhecendo a soberania e o governo do Eterno sobre todas as coisas. • Observe algumas expressões de adoração: • “ Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem embaixo na terra, que guardas a aliança e a misericórdia a teus servos que de todo o coração andam diante de ti” (I Rs 8.23); • “Ah! Senhor, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos Céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão, está a força e o poder, e não há quem te possa resistir” (2 Cr 20.6).

  9. ADORAÇÃO 10

  10. Cont. 1.1. Adoração • Na adoração o crente adquire um senso da soberania, como aconteceu com o rei da Babilônia que exclamou: • “Quão grande são os seus sinais, as suas maravilhas ! O seu reino é reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração (...) e eu bendisse o altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. (4.3, 34 e ss) • Na adoração adquire-se também um senso de que Deus não muda, isto é, que é imutável. Pode-se comprovar essa característica de Deus nas palavras ditas a Moisés no Sinai:”EU SOU O QUE SOU”(Ex 3.13-14)

  11. 1.2. Apelando Em Oração Às Promessas De Deus • Outro elemento importante é que nas orações esses servos de Deus apelam e reivindicam as promessas que Deus fez no passado aos patriarcas. Era como se Deus precisasse ser lembrado do que prometera aos pais no passado. • Salomão apelou às promessas de Deus feitas a Davi: • “...que cumpriste para com teu servo Davi, meu pai, o que lhe prometeste;... Agora também, ó Deus de Israel, cumpra-se a tua palavra que disseste a teu servo Davi, Meu pai” (1.Re 8.24-26) • Ezequias invocou a aliança que Deus fez a Abraão (II Cr • 20.7-9)“Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu de Israel e não a deste para sempre à posteridade de Abraão, teu amigo?

  12. Cont. 1.2. Apelando em oração às promessas de Deus • Neemias também apelou para as promessas divinas: • “Tu és Senhor, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos Caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. Achaste o seu coração fiel perante ti e com ele fizeste aliança, para dares à sua descendência a terra dos cananeus;... e cumpriste as tuas promessas, porquanto és justo” (Ne 9.7) • Daniel apelou para a aliança divina: • “Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos.”(Dn 9.4)

  13. 1.3. Apelando Ao Caráter Misericordioso De Deus • Moisés queria tanto ver a glória de Deus, que suplicou: “Rogo-te que me mostre a tua glória”, mas Deus lhe respondeu: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer”(Ex 33.18,19). • Outros homens de Deus também apelaram para o caráter de justiça e de misericórdia de Deus. A oração de Salomão em 1 Reis 8 está impregnada de apelos à misericórdia de divina. • Esdras orou: “Ah! Senhor, Deus de Israel, justo és...” (Ed 9.5)

  14. 1.3. Apelando ao caráter misericordioso de Deus II • E Daniel concluiu sua oração assim: “...porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias “ (Dn 9.18). • Davi percebendo que havia pecado e que o juízo de Deus era iminente sobre ele, falou ao profeta Gade:... “Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias, mas nas mãos dos homens não caia eu” (1 Cr 21.13)

  15. 1.4. A Intercessão E Confissão De Pecados • Por último, a intercessão e a confissão de pecados fazem parte destas orações, não apenas a favor de quem está intercedendo a Deus, mas também a favor da nação de Israel; • Quando o obreiro dedica tempo para falar com Deus pode suplicar-lhe que perdoe os seus pecados, os pecados de seus familiares, da igreja e de seus amigos; • O intercessor é alguém que se põe entre o povo e Deus, suplicando o favor divino e desviando a ira de Deus.

  16. 1.4. Intercessão e confissão de pecados II • O texto de Ezequiel 22.30 expressa a importância de um intercessor para aplacar a ira divina; “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei;” • Abraão, quando Deus lhe avisa que irá destruir as cidades de Sodoma e Gomorra, coloca-se diante de Deus, intercedendo a favor dos justos...e apela para o caráter de justiça de Deus:“Destruirás o justo com o ímpio ?,... Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; Longe de ti. Não fará justiça o juiz de toda a terra?”(Gn 18.23´25)

  17. 1.4. A intercessão e confissão de pecados III • Moisés percebeu que Deus se irou e que estava disposto a destruir a nação, e por isso prostrou-se diante do Altíssimo, suplicando: • “Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste (Ex 32.31-32). A intercessão de Moisés salvou a nação. • Quando Salomão orou a Deus na inauguração do templo, este lhe respondeu assim: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).

  18. INTERCESSÃO DE MOISÉS

  19. 2. Jesus E A Oração • Os quatro livros dos evangelhos registram que a oração fazia parte da vida diária de Jesus. Nesses, há menção de Jesus em seus momentos de intercessão e de intimidade com o pai. Quando se sentia pressionado pela multidão, “se retirava para lugares solitários e orava”.(Lc 5.16) • Às vezes retirava-se a noite toda:”Naqueles dias, retirou-se para o monte, afim de orar, e passou a noite toda orando a Deus” (Lc 6.12) • E esta vida de oração o acompanhou até a hora de sua morte.” E, estando em agonia, orava mais intensamente. E levantando-se da oração, foi ter com os discípulos, e os achou dormindo de tristeza,e disse-lhes: Porque estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação” (Lc 22.41-46)

  20. Cont. 2. Jesus e a oração • Os apóstolos que escreveram as epístolas conheceram Jesus na intimidade, e um deles ao escrever a epístola aos Hebreus, afirma que Jesus, quando orava, fazia suas orações com súplicas e gemidos. • “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte...”(Hb 5.7) • Ora, se Jesus, que viera do céu necessitava reservar tempo para ficar em oração a sós com o pai, que se espera do obreiro do Senhor?

  21. 2.1. Jesus Ensinou Os Discípulos A Orar • Jesus ensinou seus discípulos que a oração é algo muito particular na vida de cada pessoa. • Jesus alertou: ”Quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas; Eles gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos outros”(Mt 6.5 NTLH) • “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu pai, que está em secreto; e teu pai, que vê em secreto, te recompensará; E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios ; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos” ( Mt 6.6);

  22. Cont. 2.1. Jesus ensinou os discípulos a orar • Ele deixou um modelo de como se deve orar. • “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém” (Mt 6.6-13).

  23. 2.2 Jesus incentivou os discípulos a pedirem ao pai em oração • “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mt 6.13). • 2.3. Jesus ensinou os discípulos a orar para serem guardados do mal. • O mal, ou o maligno é visto por Pedro como um leão que ruge ao derredor buscando alguém para tragar (1Pe 5.8). Paulo conhecia muito bem a ação do mal, e afirmou: ”O Senhor me livrará também de toda a obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial” (2 Tm 4.18).

  24. 3. O Ensino De Paulo Sobre A Oração 3.1. A ORAÇÃO É UMA BATALHA Paulo via a oração como uma batalha. “Rogo, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor”(Rm 15-30). A palavra “lutar” aqui é “sunagonizomai” agonizar, como numa luta mesmo. A palavra é usada em Lucas 13.24 para “esforçai-vos”; e a “lutar nos jogos” (1Co 9.26).

  25. Batalha em Oração

  26. Cont. 3.1. A oração é uma batalha • Orar, é entrar em uma batalha! (Cl 4.2.12); Paulo fala de Epafras “O qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações...” • Paulo afirma : ”Porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26), o que indica que o Espírito Santo participa do esforço feito na oração; • Foi o que teria acontecido com Jesus diante do desespero de Maria: “Ele agitou-se no espírito e comoveu-se” (João 11.33).

  27. 3.3. A oração é uma fortaleza para a vida do obreiro • O obreiro quando mantém uma vida de oração, vive sob constante proteção de Deus. “Embraçando sempre o escudo da fé”, afirma Paulo, “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito”(Ef 6.16-8). E o leva a viver constantemente nas regiões espirituais” . Ele aprende a “orar no Espírito “ (Ef 6.18). • Ele consegue viver entre o natural e o espiritual ou transcendental com a maior naturalidade, “Orarei com o espírito, mas também com a mente” (1 Co 14.15),”orando no Espírito Santo” (Jd 20). • O obreiro que ora, apesar de lutar em intercessão, aprende a depender de Deus e a descansar nele.

  28. FORTALEZA

  29. 3.4. A oração é um rio em que os sermões são banhados com a graça de Deus É na oração que o obreiro recebe inspiração, reflete os temas teológicos e aprende a aplicar o sermão às necessidades das pessoas. Cada mensagem que prepara deve ser regada com as lágrimas da oração. Deve aprender a refletir o que irá pregar em oração. O Espírito Santo é o inspirador de suas mensagens, mas é necessário que se detenha para refletir sobre o que vai falar em oração diante de Deus. Os maiores sermões surgiram quando os joelhos estavam dobrados diante do Senhor.

  30. A oração é um rio que banha os sermões com a graça de Deus

  31. 4. Frases atribuídas a servos de Deus que oravam • Em seu livro, “Seu destino é o trono”, Paulo Billheimer cita várias frases de homens de Deus cuja vida de oração marcaram a história da igreja. • Ele fala que se atribui ao pregador João Wesley a famosa frase: “Deus nada fará senão em resposta à oração.” • S.S. Gordon afirmou: A coisa mais importante que alguém pode fazer para Deus e para os homens é orar; Orar é desferir o golpe vencedor... O culto é a colheita dos resultados. • E.M.Bounds conhecido por sua profundidade da vida de oração declarou: Deus molda o mundo pela oração.

  32. Questão para reflexão • Como posso manter o equilíbrio entre a vida de estudo e a vida de oração? Se os dois temas são importantes, qual deles tem maior peso em meu ministério? • CENTRALIDADE DA REFLEXÃO • Devo reconhecer que sem uma vida de oração meu ministério será infrutífero, pois a oração é a mola mestra que impulsiona o poder de Deus em minha vida.

  33. - HORA DO CHÁ COM BOLACHA (10 MINUTOS)

  34. A ESPOSA DO MINISTRO • Neste capítulo o aluno estudará sobre o papel da esposa do obreiro no dia-a-dia da vida ministerial á luz das escrituras e da cultura de cada povo. Esse tema, embora seja interessante e importante para homens e mulheres, raramente é estudado em escolas bíblicas. • Via de regra, é a esposa que mais sofre com o despreparo e com as demandas do serviço na igreja; • Devido a tal problemática, este capítulo tratará de alguns problemas e soluções possíveis para que o ministro tenha uma esposa à altura de seu ministério.

  35. A esposa do ministro

  36. O tema será desenvolvido comparando a maneira como as mulheres eram tratadas na antiguidade até a aquisição dos direitos sociais nos dias de hoje, com exemplos extraídos da Bíblia e das páginas da história; • O estudante da Bíblia precisa entender que muito do que é apresentado nas Escrituras deve ser entendido à luz da cultura da época, isto é, da cultura oriental, tanto em relação ao homem como à mulher. Até hoje, em cada país a mulher é tratada na sociedade de maneiras diferentes, conforme a (raça) e a cultura; • Levando em conta este aspecto, há de se dar uma vista d’olhos primeiramente na questão histórica.

  37. 1. Visão Histórica Da Mulher Na Antiguidade • No tempo de Cristo e dos primeiros séculos da igreja, as mulheres não tinham direitos sociais: • Eram discriminadas socialmente, não eram incluídas no censo da população, não tinham nome próprio e eram consideradas intelectualmente inferiores; • Esta condição social permaneceu até o século XX na maioria dos países do ocidente, e ainda permanece em grande parte de países orientais.

  38. 1.1. As mulheres eram socialmente discriminadas • Ela era tratada muitas vezes como um objeto, sem voz ativa nas decisões e sem direito a herança... Nem mesmo na lei de Moisés. • A questão da herança só sofreu alteração quando Moisés, antes de entrar em Canaã, esse levando em consideração as reclamações das filhas de Zelofeade, estabeleceu uma lei dando direitos às mulheres, mesmo assim, só teriam este direito caso não houvesse herdeiros homens na família (Nm 26.33 e 27.1-11.)

  39. 1.1. As mulheres eram socialmente discriminadas II • Na antiguidade a mulher era responsável por buscar água na fonte, um costume preservado em Israel desde os tempos de Rebeca, esposa de Isaque, e no novo testamento representado muito bem pela mulher de Samaria que Jesus encontrou junto a fonte (Gn 24.15 e Jo 4.6-30) • Além de ser a responsável por manter a casa abastecida com água, ela cuidava das crianças, trabalhava na moenda dos grãos, preparava a alimentação da família e, muitas vezes, ajudava no pastoreio do rebanho – nada diferente dos dias atuais.

  40. O trabalho das mulheres

  41. 1.2. As mulheres não eram levadas em conta no censo da população • Nos registros bíblicos dos censos feitos em Israel, somente os homens eram contados, acima de vinte anos de idade, e nem mesmo se contavam os que tinham menos de vinte anos; • (Os da tribo de Levi eram contados a partir de um mês de idade (Nm 3.4. ss) • O fato dos escritores do Novo Testamento mencionarem que na multiplicação dos pães “ Os que comeram foram cerca de cinco mil homens além de mulheres e crianças” (Mt 14.21), indica que as mulheres não eram levadas em conta na cultura da época

  42. 1.3. AS MULHERES E SEUS NOMES • No passado, muitas vezes, as mulheres nem nome possuíam, sendo chamadas pelo nome do pai ou do marido. As mulheres romanas não tinham nome próprio, apenas uma designação feminina do nome do pai. Assim, a filha de Júlio receberia o nome de Júlia; de João, Joana; • No caso de haver mais de uma filha, a segunda receberia o nome de segunda, e a terceira de tertia, e assim por diante. Ainda poderiam serem chamadas de “Maior” e “Menor”,isto é, a mais velha e a mais nova.

  43. 1.3. As mulheres e seus nomes II • Raramente os escritores dos evangelhos mencionam o nome das mulheres; Por exemplo, a mulher que sofria de hemorragia havia doze anos não tem nome citado por Mateus e Marcos. É apenas “mulher” ((Mt 9.20-22; Mc 5.25-34); • A mulher Cananéia que implorou a Jesus pela cura de sua filha é citada apenas como “mulher”; • Nem a esposa de Pilatos tem o seu nome mencionado no Novo Testamento, isto que era a esposa de um governador ! (Mt 27.19); • O fato de muitas mulheres não serem mencionadas mostram como eram tratadas na sociedade.

  44. 1.4. As mulheres eram intelectualmente inferiorizadas • Os Gregos achavam que as mulheres eram intelectualmente inferiores aos homens, por isso eram deixadas de fora de todas as funções sociais, e tidas apenas como objetos de apelo sexual. E os homens romanos tinham a mesma opinião sobre as mulheres; • Apesar de tudo, quando comparadas às mulheres da época de Cristo na Judéia, as mulheres romanas usufruíam muito mais liberdade que as mulheres do século XIX e XX. E é sob esse ângulo que se entende como Priscila tem tanto destaque na igreja do Novo Testamento, pois residira em Roma durante anos.

  45. 1.4. As mulheres eram intelectualmente inferiorizadas - II • As mulheres romanas à época de Cristo ficavam sob a guarda dos pais até o dia em que eram dadas em casamento. E é neste contexto que se entende as recomendações de Pauloa respeito das virgens e de como os pais deviam proceder com elas em 1Co 7.25-40. • Elas eram mantidas em casa até o casamento, e usadas como negócios na família. Era um trunfo financeiro para se obter dinheiro. Pode-se entender um pouco mais na declaração de Cícero: “Nossos ancestrais decretaram que as mulheres por serem intelectualmente mais pobres, deveriam ter guardiãs que as protegessem” (Pro murema:12.27) • Plínio disse: Ela não me ama por causa de minha idade ou aparência que vagarosamente mudará, mas por minha fama.

  46. 2. A visão de Cristo sobre o papel das mulheres naquele período da história • Cristo, contrariamente aos costumes de sua época, resgatou a mulher à sua verdadeira posição no reino de Deus, dando-lhe oportunidades nunca antes oferecidas, e mudando o conceito de julgamentos sobre elas; • A lei afirmava em Levítico 20.10 que homem e mulher pegos em adultério deveriam ser mortos, mas a segregação social daqueles dias levou os fariseus a quererem apedrejar apenas a mulher; • Os acusadores, por outro lado, tiveram de serem lembrados de que também eram pecadores. E Jesus absolveu a mulher com uma sentença: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.

  47. 2.1. As mulheres trabalhavam com Jesus • Ele incluiu as mulheres em sua equipe de trabalho dando-lhes oportunidade de serviço. O texto de Lucas 8.1-3 é uma demonstração de que as mulheres seguiam a Jesus por todas as cidades e o serviam com os seus bens: “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens; • No dia da ressurreição quase todos os discípulos se esconderam com medo dos Judeus, as mulheres, no entanto, descobriram que Jesus havia ressuscitado e foram as primeiras a anunciar sua ressurreição (Lc 23.49,55); • Em meio a uma sociedade predominantemente masculina , em que as mulheres não tinham direitos algum, Jesus as resgatou à verdadeira condição de filhas de Deus, servindo a Jesus.

  48. As mulheres que trabalhavam com Jesus

  49. 3. A atitude da igreja a respeito das mulheres • O evangelho restaurou dignidade à mulher, o que pode ser observado pela atividade delas no Novo Testamento. Um dos exemplos mais claros do Novo Testamento está em Priscila, mulher a quem o apóstolo Paulo sempre referia como obreira e companheira de Áquila; • Quando se estuda a vida de Priscila e de Áquila, nota-se neles um casal que trabalhava em harmonia na obra de Deus (At 18.2-4). Ela e Áquila percebem que Apolo,um judeu alexandrino, e eloqüente expositor bíblico necessitava de um maior conhecimento de Jesus; O casal , então,chama-o à parte e expõe-lhe melhor o caminho de Deus.

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