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Equipamento de Proteção Respiratória. OBJETIVOS Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar os quatro principais riscos respiratórios e à saúde observados em ocorrências de incêndio; Calcular o tempo de autonomia do aparelho autônomo de proteção respiratória;
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OBJETIVOS • Ao final da aula o aluno será capaz de: • Identificar os quatro principais riscos respiratórios e à saúde observados em ocorrências de incêndio; • Calcular o tempo de autonomia do aparelho autônomo de proteção respiratória; • Inspecionar e Identificar se uma máscara autônoma está em condições de uso; e • Utilizar com eficiência o equipamento de proteção respiratória.
Referências bibliográficas: • Manual de Fundamentos – Cap. 13 Proteção Respiratória; • Manual Técnico de Bombeiro - MTB 17 Equipamentos de proteção individual e respiratória; • Manual do fabricante.
É regra fundamental que ninguém, no combate a incêndio, entre em uma edificação saturada de fumaça, temperaturas elevadas e gases, sem estar com equipamento de proteção respiratória.
Atmosferas irrespiráveis • O fato de que uma atmosfera não pode ser respirável com segurança dependerá de duas causas principais: • deficiência de oxigênio; • presença de substâncias venenosas ou irritantes.
Os bombeiros geralmente trabalham em ambientes com deficiência de oxigênio ou presença de substâncias tóxicas. Para sobreviver em tais condições é necessária a utilização de equipamentos que forneçam a adequada proteção em termos de suprimento de ar ou oxigênio suficientes para os prováveis trabalhos a serem realizados.
Aparelhos de Proteção Respiratória São aparelhos que buscam anular a agressividade do ambiente sobre o sistema respiratório.
Classificação dos equipamentos de Proteção respiratória
• Dependentes: aqueles cuja utilização depende do ambiente onde o bombeiro irá trabalhar. Podem ser subdivididos em; a. máscara facial com filtro b. máscara semifacial com filtro • Independentes: aqueles cuja utilização não depende das condições ambientais Os equipamentos independentes podem ser subdivididos em: a. aparelho autônomo de ar respirável; b. equipamento de respiração com mangueira com ar aspirado (linha de ar); c. Aparelho de circuito fechado.
Equipamentos Dependentes
Máscara Contra Gases (Equipamento Filtrante) • Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto, contendo um filtro que elimina os agentes nocivos à respiração. • Os filtros são próprios para cada classe de agente, tais como: • filtro químico para absorção de gases e vapores; • filtro mecânico para retenção de partículas sólidas em suspensão no ar; • filtro combinado para gases e vapores (químico) e partículas em suspensão (mecânico); • filtro específico para monóxido de carbono que possui um catalisador que transforma o CO em CO2.
Máscara Contra Gases (Equipamento Filtrante) Os filtros devem ser próprios para o agente nocivo à respiração. Necessitam de controle rígido da validade e do tempo em uso, que varia, inclusive, conforme a concentração do agente no ambiente. Não devem ser utilizados em ambientes com pequena porcentagem de O2, pois podem causar a morte do bombeiro. Estas graves restrições desaconselham sua utilização nas operações de combate a incêndio e salvamento.
Equipamentos Independentes
Aparelho de Respiração com Linha de Ar Aparelho composto de uma mascara facial que recebe o ar fresco de fora do ambiente comprometido por meio de uma mangueira. O ar entra no interior da mascara facial, pelo esforço pulmonar, por meio de maquinário ou reservatório de ar pressurizado. Permite ao bombeiro permanecer por tempo indeterminado no ambiente, embora reduza a liberdade de movimentos, por causa dos limites que a mangueira impõe. Tal equipamento é ideal para resgate de vítimas em poço e galerias e para penetração em passagens estreitas e confinadas, tais como por exemplo, uma boca de acesso a tanques. Possuem sistema de segurança que consiste num cilindro auxiliar para fuga com reserva de ar para 07 a 10 minutos.
Aparelho de circuito fechado • No aparelho de circuito fechado, o ar expirado é reaproveitado, não sendo lançado para o ambiente. Trata-se de equipamento composto de uma máscara de borracha adaptável ao rosto, um reservatório contendo oxigênio e um filtro alcalino para a retenção do ar resultante da respiração. Embora o equipamento dê maior autonomia ao bombeiro, apresenta os seguintes inconvenientes: • necessita de pessoal altamente especializado para a manutenção; • é de alto custo; • exige maior esforço para respirar; • o ar a ser inspirado é isento de umidade, o que dá ao bombeiro uma sensação muito desagradável, que provoca salivação abundante e, muitas vezes, acessos de tosse.
Aparelho Autônomo de Proteção Respiratória (Máscara Autônoma) É composto, basicamente, de uma máscara facial, de um suporte e de um cilindro de ar comprimido. Este equipamento é usado nos serviços do Corpo de Bombeiros. Ele dá proteção respiratória e proteção ao rosto do usuário, mas é limitado pela quantidade de ar existente no cilindro.
O cilindro é preso ao suporte e contém ar respirável altamente comprimido. Abrindo-se o registro do cilindro, o ar comprimido passa pelo redutor de pressão, onde se expande a uma pressão intermediária de 6 bar (6 kgf cm2). O ar chega até a válvula de demanda, que, automaticamente, libera a quantidade de ar necessária para os pulmões. O ar expirado vai para o exterior através de uma válvula de exalação existente na máscara facial.
Aparelho Autônomo de Proteção Respiratória (Máscara Autônoma)
Máscara facial: • tirantes; • visor panorâmico; • vedação labial; • válvula de exalação; e • válvula de demanda. • A máscara facial tipo “panorama” é construída em neoprene ou Silicone. • O visor é de policarbonato, mas pode ser adquirido também em acrílico ou vidro laminado.
Suporte: • válvula redutora de pressão; • mangueiras de ar comprimido; • manômetro; • alarme; • tirantes (alças e cinto).
Cilindro: • aço ou composite; • registro; • manômetro.
Utilização da máscara autônoma
Tempo de Autonomia O tempo de autonomia da máscara autônoma de ar comprimido é condicionado à pressão do ar, ao volume do cilindro e à atividade (consumo de ar).
Cálculo de Consumo • t (min) = Pressão (P) x Volume (V) Consumo (C) • Observações: • na fórmula, P deverá estar sempre em BAR . • consumo = 50 L/ min (para efeito de cálculo o bombeiro em atividade consome 50 l/min). • o alarme tocará com 50 BAR ou 750 PSI.
Conversões e Equivalências • 1,0 Atm = 1,0 BAR = 14,7 PSI= 10,33 MCA = • 1,0 Kgf / cm2 = 760 mm Hg = 101,32 Kpa • Observação: • Nos cálculos de consumo, utilizaremos 1 BAR = 15 PSI.
Colocação do equipamento
Inspeção e Cuidados
Os bombeiros devem inspecionar a máscara autônoma diariamente e limpá-la após o uso.
Inspeção Diária • O bombeiro deve se equipar com o aparelho, observando: • Conexão do cilindro à válvula redutora de pressão; • Cinta que liga o cilindro ao suporte; • Alças de transporte e cinto; • Placa de suporte; • Mangueiras e conexões; • Tirantes e peça facial; • Pressão do cilindro; • Vedação a alta pressão; • Volante do cilindro; e • Alarme.
Limpeza e Higienização Lavar a peça facial com detergente neutro e água, pondo-a para secar em local fresco e ventilado e à sombra. Solventes, tais como acetona, álcool e gasolina, não devem ser usados na higienização, pois atacam o visor de acrílico. A higienização do restante do equipamento é feita com um pano limpo e úmido. O uso de um mesmo EPR sem a devida higienização, possibilita o risco de contaminação por moléstias transmissíveis. Após o uso, uma peça facial poderá conter sudorese, sangue, saliva e secreções, portanto a desinfecção é essencial para eliminação de microorganismos como vírus, bactérias e fungos.
OBJETIVOS • Ao final da aula o aluno será capaz de: • Identificar os quatro principais riscos respiratórios e à saúde observados em ocorrências de incêndio; • Calcular o tempo de autonomia do aparelho autônomo de proteção respiratória; • Inspecionar e Identificar se uma máscara autônoma está em condições de uso; e • Utilizar com eficiência o equipamento de proteção respiratória.