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FICÇÃO CONTEMPORÂNEA I

FICÇÃO CONTEMPORÂNEA I. (1945 – 1970). FICÇÃO CONTEMPORÂNEA I. A FICÇÃO DE TEMÁTICA RURAL. ARIANO SUASSUNA (1927). ARIANO SUASSUNA (1927).

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FICÇÃO CONTEMPORÂNEA I

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Presentation Transcript


  1. FICÇÃO CONTEMPORÂNEA I (1945 – 1970)

  2. FICÇÃO CONTEMPORÂNEA I A FICÇÃO DE TEMÁTICA RURAL

  3. ARIANO SUASSUNA (1927)

  4. ARIANO SUASSUNA (1927) • Principais obras: Romance:Romance d`a pedra do reino (1971) – Teatro:Auto da Compadecida (1959); A farsa da boa preguiça (1960); O santo e a porca (1964).

  5. A pedra do reino • Monumento literário que se vincula à cultura sertaneja nordestina, muito marcada pelas tradições do mundo ibérico (Portugal e Espanha), trazidas pelos primeiros colonizadores europeus e transformadas ao longo dos séculos. • Apresenta, em linhas gerais, o memorial – em 1ª pessoa – de D. Dinis Ferreira - Quaderna que, preso em Taperoá, ...

  6. A pedra do reino • ... faz sua própria defesa perante o corregedor e, para tanto, conta a história de sua família, bem como as desavenças, lutas e controvérsias políticas, literárias e filosóficas em que se vira envolvido. • Na obra de Ariano podem ser percebidas “duas distintas tradições a informarem a concepção de mundo do herói: a tradição mítico-sertaneja e a tradição erudita”.

  7. João Ubaldo Ribeiro (1941)

  8. João Ubaldo Ribeiro (1941) • Principais obras: Sargento Getúlio (1971); Vila Real (1979); Viva o povo brasileiro (1984); O sorriso do lagarto (1989); A casa dos Budas ditosos (1999).

  9. Sargento Getúlio • É uma narrativa de estrutura complexa construída como um longo monólogo (interrompido por alguns diálogos) de um sargento da Polícia Militar de Sergipe, Getúlio Santos Bezerra. Sua linguagem é a “variante caboclo-sertaneja”, da qual já se valera Guimarães Rosa, mas acrescida de inúmeros vocábulos da norma culta do idioma, não raro modificados pelo protagonista-narrador.

  10. Sargento Getúlio • Getúlio é jagunço (“cabo eleitoral”) de um importante chefe político de Aracaju, AcrísioAntunes, para quem já fizera “vinte trabalhos” (mortes). Quando cogita se aposentar, recebe sua última incumbência: prender um adversário político de Acrísio, no interior de Sergipe, e levá-lo para Aracaju. Getúlio narra então – não se sabe exatamente a quem – as peripécias da viagem, sua vida e até sua morte (através de longos fluxos de consciência).

  11. Outros Autores • José Cândido de Carvalho (1914-1989) = principal obra: O coronel e o lobisomen (1964) • Mário Palmério (1916-1996) = principal obra: Chapadão do Bugre (1965). • Benito Barreto (1929) = principal obra = Os Guaianãs (1962-1970).

  12. FICCÇÃO CONTEMPORÂNEA I A FICÇÃO DE TEMÁTICA URBANA

  13. FERNANDO SABINO (1923)

  14. FERNANDO SABINO (1923) • Principais obras: Novelas e romances:A vida real (1952); O encontro marcado (1956); O grande mentecapto (1979); O menino no espelho (1982); Martini seco (2000) Crônicas:A cidade vazia (1950); O homem nu (1960); A mulher do vizinho (1962); Companheira de viagem (1965); A inglesa deslumbrada (1967).

  15. FERNANDO SABINO (1923) • Consagrado como um cronistas de ótima qualidade (O homem nu), também revelou-se como um ótimo romancista (O encontro marcado). • O encontro marcado = romance de formação = desenvolvimento espiritual + desabrochar sentimental + aprendizagem humana = o conhecimento de si mesmo = dilaceramentos íntimos = “a náusea de Sartre”.

  16. Lygia Fagundes Telles (1923)

  17. Lygia Fagundes Telles (1923) • Principais obras: Contos: História do desencontro (1968); Antes do baile verde (1970); Seminário dos ratos (1977); Venha ver o pôr do sol (1987); Invenção e memória (2000). Romances: Ciranda de pedra (1954); Verão no aquário (1963); As meninas (1973); As horas nuas (1989).

  18. Lygia Fagundes Telles (1923) • Herdeira de Clarice Lispector, como adepta da ficção introspectiva, Lygia revela, em sua obra, o gosto pela análise psicológica e pela criação de personagens femininas, normalmente apresentadas em narrativas em primeira pessoa. Com originalidade a autora realiza uma síntese entre uma arguta visão da interioridade feminina e a convincente construção de um mundo objetivo.

  19. Lygia Fagundes Telles (1923) • Exímia contista, Lygia trabalha tanto com o conto de atmosfera quanto com o conto anedótico, de desfecho inesperado. Sua matéria-prima são crianças em situação de angústia existencial, pais e filhos em conflito e uma infinita galeria de mulheres de todas as idades vivendo situações de tensão amorosa, solidão e sofrimento. Geralmente, a escritora focaliza um momento particular da vida...

  20. Lygia Fagundes Telles (1923) • ... desses personagens, quando uma dramática percepção da realidade ou densas revelações subjetivas se impõe bruscamente à consciência, arrastando-os à dor e à lucidez. • As meninas é o seu melhor romance = refinada análise psicológica + desintegração do romance tradicional realista + painel de época (Ditadura de 60) + monólogos interiores = “jogo de espelhos que retoma e repete a realidade vivida”.

  21. Carlos Heitor Cony (1926)

  22. Carlos Heitor Cony (1926) • Principais obras: Romances:O ventre (1958); A verdade de cada dia (1959); Informação ao crucificado (1961); Matéria de memória (1962); Antes, o verão (1964); Balé branco (1965); Pessach: a travessia (1967); Pilatos (1973); Quase memória (1995); A casa do poeta trágico (1997). Contos e crônicas:O ato e o fato (1964); Sobre todas as coisas (1968).

  23. Carlos Heitor Cony (1926) • A ficção de Cony, pelo menos em seus primeiros títulos, filia-se à tradição narrativa carioca, expressa, entre outros, pelos romances de Manuel Antônio de Almeida, Lima Barreto e Marques Rebelo. De fato, o gosto pelo registro dos costumes do Rio de Janeiro, o realismo de superfície e a prosa simples e coloquial, que caracterizam seus primeiros relatos (1950), parecem confirmar essa ascendência ilustre.

  24. Carlos Heitor Cony (1926) • No entanto, há também nesses romances algo que transcende à mera fixação de costumes. É visível neles uma tendência à problematização da existência e ao aprofundamento psicológico. Portanto, mais do que expressão de um neo-realismo tardio, essas obras apresentam personagens em situações de angústia, solidão e tédio, criando uma atmosfera que lembra alguns romances de Sartre e Camus.

  25. Dalton Trevisan (1925)

  26. Dalton Trevisan (1925) • Principais obras: Contos: Novelas nada exemplares (1959); Cemitério de elefantes (1964); O vampiro de Curitiba (1965); Desastres do amor (1968); A guerra conjugal (1969); O rei da terra (1972); A faca no coração (1975); Crimes de paixão (1978); Virgem louca, loucos beijos (1979); Essas malditas mulheres (1982). Romance: A polaquinha (1985).

  27. Dalton Trevisan (1925) • Dalton Trevisan é um grande mestre do conto. Por seu humor sutil e corrosivo, pelo despojamento da linguagem e pela visão desencantada sobre a natureza humana, ele vem sendo comparado a Machado de Assis. Outros lembram a semelhança com Gabriel García Márquez porque, assim como o escritor colombiano transformou a inexpressiva Macondo em uma cidade mágica, também...

  28. Dalton Trevisan (1925) • ... Dalton fixou artisticamente a então desinteressante Curitiba, dando-lhe tal sopro de vida e imaginação que ela acabou entrando para o mapa literário mundial. • Os contos de Dalton giram em torno de um assunto quase único: os conflitos de amor. O próprio autor definiu seus relatos como uma “Ilíada conjugal” = Guerra entre homens e mulheres = crueldade e mansidão de ambos os sexos.

  29. MURILO RUBIÃO (1916-1991)

  30. MURILO RUBIÃO (1916-1991) • Principais obras:O ex-mágico (1947); O pirotécnico Zacarias (1974); O convidado (1974).

  31. MURILO RUBIÃO (1916-1991) • Quando Murilo estreou com O ex-mágico, um crítico apontou a semelhança dos contos que compunham o livro com certas obras de Franz Kafka, especialmente A metamorfose. Embora o autor mineiro não conhecesse, na ocasião, o escritor tcheco, há de fato em suas obras alguns traços comuns que permitiriam incluí-los em uma mesma família estética, a da literatura fantástica.

  32. MURILO RUBIÃO (1916-1991) • Literatura fantástica (ou realismo fantástico) é a obra de ficção em que ocorrem fatos inconcebíveis, inexplicáveis ou sobrenaturais que produzem uma grande sensação de estranhamento no leitor. Normalmente, essa atmosfera de irrealidade tem uma dimensão alegórica, isto é, faz alusão, por meio do absurdo e do inverossímil, à realidade concreta da existência, cabendo ao leitor escolher um sentido realista para os eventos absurdos ou inexplicáveis.

  33. MURILO RUBIÃO (1916-1991) • Todos os contos de Murilo contêm essa perspectiva, que invalida a lógica e a racionalidade. Todavia, o absurdo das situações é apenas um artifício do autor para questionar a realidade. Alguns de seus contos mais conhecidos apresentam – sob a forma de fantasias surrealistas – uma visão desencantada do homem. O absurdo de suas histórias é apenas uma metáfora do absurdo da condição humana.

  34. JOSÉ J. VEIGA (1915-1999)

  35. JOSÉ J. VEIGA (1915-1999) • Principais obras: Contos:Os cavalinhos do Platiplanto (1959); A máquina extraviada (1968); A casca da serpente (1989). Novelas: A hora dos ruminantes (1966); Sombra de reis barbudos (1972); Os pecados da tribo (1976).

  36. JOSÉ J. VEIGA (1915-1999) • A obra de José J. Veiga – desde sua estréia com Os cavalinhos do Platiplanto – incorporou à ficção brasileira um mundo relativamente estranho e espacialmente descontextualizado. A ação da maioria de suas novelas, e mesmo de alguns contos, se passa em pequenas cidades do interior, pequenos vilarejos caracterizados pelo marasmo e nos quais reina a tranqüilidade, até que, subtamente, forasteiros se instalam nas imediações e uma série de acontecimentos extraordinários...

  37. JOSÉ J. VEIGA (1915-1999) • ... passa a ocorrer, destruindo a paz e a harmonia. Assim, as principais obras do autor se enquadram nos parâmetros da chamada literatura fantástica, cujo iniciador no Brasil foi Murilo Rubião. Durante o último período autoritário (1964-1984), houve uma tendência que considerou a obra do autor como uma crítica velada ao arbítrio e ao poder implacável do regime ditatorial.

  38. JOSÉ J. VEIGA (1915-1999) • Dessa forma, o desfecho semelhante de suas novelas (a volta dos lugarejos à normalidade) traduzia a expectativa dos setores democráticos do país em relação ao colapso da ditadura. Assim, o próprio autor afirmou que a opressão vivida pelos moradores daquelas pequenas cidades tinha um sentido universal, simbolizando as inúmeras formas de opressão que degradam a existência dos indivíduos no mundo contemporâneo.

  39. ANTONIO CALLADO (1917-1997)

  40. ANTONIO CALLADO (1917-1997) • Principais obras: Assunção de Salviano (1954); A Madona de cedro (1957); Quarup (1967); Bar Don Juan (1971); Reflexos do baile (1976); Sempreviva (1981); A expedição de Montaigne (1982).

  41. ANTONIO CALLADO (1917-1997) • Atuando sempre como jornalista e ficcionista, Callado procurou sempre, em suas obras mais importantes, aproveitar o material de sua vasta experiência como repórter. No clima da época (polarização política, enfrentamento entre setores da sociedade civil e o regime autoritário) a publicação de Quarup (1967) garantiu à obra do autor extraordinária ressonância.

  42. OUTROS AUTORES • Lúcio Cardoso (1913-1968) = principal obra = Crônica da casa assassinada (1959). • Hermilo Borba Filho (1917-1976). • Adonias Filho (1915-1990). • Bernardo Élis (1915-1997). • Campos de Carvalho (1910-1998). • Autran Dourado (1926).

  43. FICCÇÃO CONTEMPORÂNEA II (1970 aos dias atuais)

  44. RUBEM FONSECA (1925)

  45. RUBEM FONSECA (1925) • Principais obras: Contos:Os prisioneiros (1963); A coleira do cão (1965); Lúcia McCartney (1970); Feliz ano novo (1975); O cobrador (1980); Buraco na parede (1993); A confraria dos espadas (1998); Secreções, excreções e desatinos (2001); Pequenas criaturas (2002). Romances: O caso Morel (1973); A grande arte (1983); Buffo e Spalanzanni (1985); Vastas emoções e pensamentos imperfeitos (1988); Agosto (1990); Diário de um fescenino (2003).Novela:Do meio do mundo prostituto, só amores guardei ao meu charuto (1997).

  46. RUBEM FONSECA (1925) • Desde sua estréia, produziu narrativas despojadas, ásperas, na linha da ficção norte-americana contemporânea, representada especialmente por Hemingway, Raymond Chandler e Dashiel Hammet. Como nenhum outro ficcionista brasileiro das últimas décadas do séc. XX, Rubem consegue registrar a vida urbana moderna naquilo que ela tem de inesperado, pungente (doloroso) e assustador.

  47. RUBEM FONSECA (1925) • Rubem é capaz de escrever, com a mesma verossimilhança, sobre halterofilistas e executivos, marginais e financistas, delegados de polícia e assassinos profissionais, garotas de programa e pobres-diabos que vagam sem destino pelas ruas do Rio de Janeiro. Tem, pois, como matéria-prima os dois extremos da nação: os que vivem à margem e os que constituem o núcleo privilegiado do sistema.

  48. RUBEM FONSECA (1925) • Várias de suas histórias (em especial, os romances) possuem a estrutura de uma narrativa policial. Há um crime ou um mistério a ser desvendado. Por isso, muitos dos personagens principais em sua obra são delegados, inspetores, detetives particulares ou, ainda, advogados criminalistas. Para o autor, mais do que deslindar o ato criminoso, interessa registrar o cotidiano terrível das grandes cidades e pôr a nu os dramas humanos desencadeados pelas ações que rompem a lei e a ordem.

  49. MOACYR SCLIAR (1937)

  50. MOACYR SCLIAR (1937) • Principais obras: Contos:O carnaval dos animais (1968); A balada do falso Messias (1976); O anão no televisor (1979); O olho enigmático (1986); A orelha de Van Gogh (1988); Novelas e romances: A guerra no Bom Fim (1972); O exército de um homem só (1973); Os deuses de Raquel (1975); Os voluntários (1979); O centauro no jardim (1980); Max e os felinos (1981); A estranha nação de Rafael Mendes (1983); Sonhos tropicais (1992); A Majestade do Xingu (1997); A mulher que escreveu a Bíblia (1999).

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