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Cisto de Colédoco. Relato de Caso Clínico. ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAUDE/SES/DF Alunos: André Caldas e Gustavo Cinagava Coordenador: Dr. Paulo R. Margotto. Cisto de Colédoco. LKVL, feminino, 2 meses, procedente de Planaltina-GO;
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Cisto de Colédoco Relato de Caso Clínico ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAUDE/SES/DF Alunos: André Caldas e Gustavo Cinagava Coordenador: Dr. Paulo R. Margotto
Cisto de Colédoco • LKVL, feminino, 2 meses, procedente de Planaltina-GO; • Apresenta icterícia há 11 dias, associada a febre não aferida, acolia fecal e colúria após vacinação (DPT + Hib). Relata ainda sangramento em pequena quantidade no local da aplicação da vacina por mais de 12 horas; • Mãe relata icterícia flutuante desde o nascimento, associada com distensão abdominal.
Cisto de Colédoco • Antecedentes Pessoais: • Parto natural, a termo, em ambiente hospitalar; • Nasceu com 46cm e 2860kg; • Mãe G2/P2/A0; • Amamentação exclusiva.
Cisto de Colédoco • Antecedentes Patológicos: • Não refere doenças, internações e traumas anteriores; • Nega alergias; • Cartão vacinal em dia; • Antecedentes Familiares: • Pai tem asma; • Irmão tem rinite alérgica; • Nega icterícia na família.
Cisto de Colédoco • Exame Físico: • REG, ictérica (+++/4+), eupnéica, normocorada, hidratada, afebril, acianótica, ativa e reativa. • FR: 34 irpm FC: 114 bpm • Pele: Ictérica, sem lesões no local da vacina;
Cisto de Colédoco • Aparelho Pulmonar: • Tórax sem abaulamentos e retrações; • Expansibilidade torácica simétrica, som claro-pulmonar, MVF presente. • Aparelho Cardíaco: • Ictus não visível, palpável entre o 4º espaço intercostal e a linha hemiclavicular D 1 polpa digital; • Ritmo regular em 2T, bulhas normofonéticas, sopro pansistólico (+++/6+), mais intenso em foco tricúspide, com irradiação para todo o precórdio.
Cisto de Colédoco • Abdome: • Globoso, distendido, sem circulação colateral; • RHA presentes; • Som maciço a 4cm do rebordo costal D, Traube livre; • Hepatomegalia a 4cm do rebordo costal D; • Baço não palpável.
Cisto de Colédoco • Conceito: Aumento cístico do colédoco • Incidência: 1 em 13.000 a 1 em 2 milhões de nascimentos vivos • 2/3 dos casos são encontrados no Japão • Sexo: mais comum meninas (4:1) • 50% icterícia, massa hipocôndrio D e dor abdominal
Cisto de Colédoco • Etiologia: desconhecida • Teoria: 1a. Incapacidade da canalização da árvore biliar primordial durante desenvolvimento fetal, resultando em obstrução e dilatação do colédoco. • 2a. Alteração mural focal, compressão extrínseca ou dobra anatômica do colédoco,provocando drenagem anormal de enzimas e o aparecimento de cisto
Cisto de Colédoco • 3a. Estenose papilífera associada a descoordenação neuromuscular do colédoco pode causar obstrução • 4a. Origem infecciosa
Cisto de Colédoco • Classificação (Alonzo-Lej): • 1- Dilatação fusiforme do hepático comum e colédoco, com o canal cístico penetrando o cisto (colédoco distal poderá estar estenosado) • 2- Dilatação cística sacular lateral • 3- Coledocele representada por um cisto intra-duodenal • 4- Dilatação ductal –extra e –intra hepática • 5- Dilatação cística intra-hepática
Cisto de Colédoco Diagnóstico: ECO pré-natal: diagnóstico com 20 semanas (IG) US: mostra cisto coledociano e canais intra-hepático dilatados DISIDA-Tc: anatomia e funcionamento da árvore biliar
Cisto de Colédoco Diagnóstico: - Colangiografia trans-hepática percutânea pré-operatória, TC e colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) demonstram cisto e sistema biliar; - Colangiopancreatografia por RM: não-invasivo e indicado em cistos com pancreatite ativa (CPER está contra-indicada)
Cisto de Colédoco • Tratamento: cirúrgico • Cisto tipo 1 e 2: ressecção completa e hepatojejunostomia em Y de Roux, realizada com pontos separados de fio absorvível. • Parede do cisto é dissecada da superfície anterior da veia porta, identificando-se a inserção do canal pancreático para evitar sua lesão • Extremidade distal do canal biliar é suturada ao duodeno
Cisto de Colédoco • Nos casos de inflamação significativa: ressecção do cisto, deixando uma camada posterior externa da parede no local sobre a veia porta, para diminuir o risco de hemorragia excessiva
Cisto de Colédoco • Cisto tipo 3: controverso • Excisão com esfincteroplastia • Cisto tipo 4: excisão total ou hepatectomia parcial • Excisão do cisto extra-hepático isoladamente, com acompanhamento a longo prazo
Cisto de Colédoco • Novidade: endoscopia dos cistos intra-operatório (cistoscópio pediátrico ou endoscopio delgado de fibra óptica) – permite examinar os canais intra-hepático proximais, identificando os pontos de estenose e a presença de restos celulares;
Cisto de Colédoco • Complicações pós-operatórias são poucas e a mortalidade operatória tem sido desprezível • Riscos de colangite, estenose anastomótica, doença hepática progressiva e carcinoma são reduzidos pela ressecção do colédoco • É importante o acompanhamento a longo prazo