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A República Velha. (1889 – 1930). A Proclamação da República. (1889). (Jornal carioca Correio do Povo , 15 de Novembro de 1889). (Alegoria da proclamação da república, 1889). (Bandeira provisória da República do Brasil). (Bandeira provisória do Brasil). (Bandeira da República do Brasil).
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A República Velha (1889 – 1930)
A Proclamação da República (1889)
(Bandeira provisória do Brasil) (Bandeira da República do Brasil) (Bandeira do império do Brasil)
Constituição brasileira de 1891 Art 1º - A Nação brasileira adota como forma de Governo, sob o regime representativo, a República Federativa, proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitui-se, por união perpétua e indissolúvel das suas antigas Províncias, em Estados Unidos do Brasil. Art 5º - Incumbe a cada Estado prover, a expensas próprias, as necessidades de seu Governo e administração; (...) Art 63 - Cada Estado reger-se-á pela Constituição e pelas leis que adotar respeitados os princípios constitucionais da União.
Art 70 - São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei. § 1º - Não podem alistar-se eleitores para as eleições federais ou para as dos Estados: 1º) os mendigos; 2º) os analfabetos;
3º) os praças de pré, excetuados os alunos das escolas militares de ensino superior; 4º) os religiosos de ordens monásticas, companhias, congregações ou comunidades de qualquer denominação, sujeitas a voto de obediência, regra ou estatuto que importe a renúncia da liberdade Individual.
A República Oligárquica (1894 – 1930)
Estrutura política Política Regional (Coronéis) Política Estadual (Oligarquias estaduais) Política Nacional
(O voto de cabresto. OswaldoStorni, Revista Careta Rio de Janeiro, 1927)
Política dos governadores União (Presidente) (Governabilidade) (Apoio) Estados (Oligarquias)
(Política do café com leite. Oswaldo Storni, Revista Careta Rio de Janeiro)
(Angelo Agostini, Antônio Conselheiro rechaça a República, in Revista Ilustrada, 1896.)
“E durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado diante daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes piores e mais grossas do que serpentes miravam por toda parte, ameaçando rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e abalando tudo. (...) E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.” (O cortiço, Aluizio de Azevedo)
Mestre sala dos mares (João Bosco Baden Powell) Inundando o coração do pessoal do porãoQue, a exemplo do feiticeiro, gritava então Glória aos piratasÀs mulatas, às sereias Glória à farofaà cachaça, às baleias Glória a todas as lutas inglóriasQue através da nossa história não esquecemos jamais Salve o navegante negroQue tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas salveSalve o navegante negroQue tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas faz muito tempo Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão do mar reapareceuNa figura de um bravo feiticeiroA quem a história não esqueceuConhecido como o navegante negroTinha a dignidade de um mestre-salaE ao acenar pelo mar na alegria das regatasFoi saudado no porto pelas mocinhas francesasJovens polacas e por batalhões de mulatas Rubras cascatasJorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
A greve de 1917 (Trabalhadores grevistas, bairro do Braz, 1917)
Os Sapos (Manuel Bandeira) Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos. O meu verso é bom Frumento sem joio. Faço rimas com Consoantes de apoio. Vai por cinquüenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A fôrmas a forma. Clame a saparia Em críticas céticas:Não há mais poesia, Mas há artes poéticas..." Os Sapos Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado.
Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas, - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa; Lá, fugido ao mundo, Sem glória, sem fé, No perau profundo E solitário, é Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio... Urra o sapo-boi: - "Meu pai foi rei!"- "Foi!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - A grande arte é como Lavor de joalheiro. Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo".
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Sio incitavam a falar exclamava: If — Ai! que preguiça!. . . e não dizia mais nada."] Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. (...) A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os da bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagüi-açu que o carregara pro alto do tapiri tamanho em que dormira. . . Quê mundo de bichos! quê despropósito de papões roncando, mauaris juruparis sacis e boitatás nos atalhos nas socavas nas cordas dos morros furados por grotões donde gentama saía muito branquinha branquíssima, de certo a filharada da mandioca!... Á inteligência do herói estava muito perturbada. As cunhas rindo tinham ensinado pra ele que o sagüi-açu não era sagüim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas. Os tamanduás os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em vez eram caminhões bondes autobondes anúncios-luminosos relógios faróis rádios motocicletas telefones gorjetas postes chaminés. . . Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina! (Mario de Andrade, Macunaíma, 1928)
Candido Portinari, Criança Morta, 1944) (Tarsila do Amaral, Operários, 1933)