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O CAMPO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO BRASIL. SITUAÇÃO, DESAFIOS, POSSIBILIDADES. Sebastião C. Velasco e Cruz Filipe Mendonça. INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS – UFPE 2013.2 – 01/11/2013. INTRODUÇÃO. Introdução A formação do campo das relações internacionais no Brasil
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O CAMPO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO BRASIL. SITUAÇÃO, DESAFIOS, POSSIBILIDADES.Sebastião C. Velasco e CruzFilipe Mendonça INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS – UFPE 2013.2 – 01/11/2013
INTRODUÇÃO • Introdução • A formação do campo das relações internacionais no Brasil • Reflexões sobre o campo das Relações Internacionais no Brasil e seus desafios • O princípio da autonomia
INTRODUÇÃO • Âmbito doméstico x internacional. • Escopo das Relações Internacionais: identidade própria. • Associação com a Ciência Política • Relações Internacionais no Brasil como campo distinto • Campos • Domínios distintos que canalizam a atividade de seus participantes para a consecução de fins comuns. • Proximidade e assimetria entre campos. Autonomia. • Auto-observação, autodescrição e autorreflexão.
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Primórdios • Campo das Relações Internacionais (quase?) constituído
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Primórdios 1985: Revista Contexto Internacional José Maria da Silva Paranhos Júnior (Barão do Rio Branco) Instituto Brasileiro de Relações Internacionais 1954 Lei nº 5.717: Fundação Alexandre Gusmão 1971 Graduação RI UNB 1974 IRI PUC-Rio 1979 BRB 1973 CPDOC 1978 Conselho Brasileiro de RI 1981 GRIPE - ANPOCS 1958 Revista Brasileira de Política Internacional Império 1945 Instituto Rio Branco Mais antigo periódico especializado em circulação no país. José Bonifácio de Andrada e Silva Grupo permanente de trabalho – Grupo de Estudos sobre Relações Internacionais e Política Externa
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • O campo das Relações Internacionais (quase?) constituído • Crescimento dos estudos na área e processo de consolidação do campo. • Abertura econômica da década de 1990 e globalização. • Aumento da demanda de profissionais qualificados para trabalhar em agências do governo, no setor privado e no terceiro setor.
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • O campo das Relações Internacionais (quase?) constituído • Disputa por vagas nos cursos de graduação em RI • Lei de Diretrizes e Bases (LDB)/1996: flexibilização das normas para criação de novos cursos. • Característica interdisciplinar do curso de RI.
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • O campo das Relações Internacionais (quase?) constituído. Fonte: Elaboração própria com base em dados extraídos do Portal SiedSup do INEP
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • O campo das Relações Internacionais (quase?) constituído
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • O campo das Relações Internacionais (quase?) constituído
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Programas de pós-graduação em RI: • 1984 - Primeiro programa de mestrado em RI no Brasil: UNB. • 2001 – Primeiro programa de doutorado em RI no Brasil: PUC-Rio. • 8 de 12 programas estão na região sudeste.
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Programas de pós-graduação em RI: • Assimetria no grau de amadurecimento dos programas. • Programa San Tiago Dantas de Apoio ao Ensino de Relações Internacionais: MEC +MRE – fomento à pesquisa e estímulo à criação de novos programas de pós-graduação em RI.
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Edital Pró-Defesa nº 1/2005: Ministério da Defesa + Capes – fomentar redes de cooperação acadêmica na área de Defesa Nacional. • 2006: Programa Renato Archer de Fomento à Pesquisa em Relações Internacionais.
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Secretarias de RI em governos subnacionais • Coordenadoria de Relações Internacionais (Secretaria de Gestão Estratégica e Comunicação Social). • Missão:Coordenar os processos de relações internacionais, na busca de intercâmbios, irmanamentos, investimentos e participação nas redes internacionais de cidades que ampliem o desenvolvimento turístico, cultural, social e econômico do Recife. Fonte: http://www.recife.pe.gov.br/pr/secestrategica/relacoes_int.php
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Unidades internacionais de entidades de classe. Ex: Secretaria de Relações Internacionais da Força Sindical. • Campo partidário. Ex: Secretaria Internacional do Partido dos Trabalhadores. • Grupos voltados à reflexão sobre a política internacional. Ex: Centro Brasileiro de Relações Internacionais (1998).
A FORMAÇÃO DO CAMPO DAS RI NO BRASIL • Mercado editorial de livros de RI • Traduções • Obras de especialistas brasileiros • Passo importante na internalização do ciclo de reprodução dos recursos humanos na área.
REFLEXÕES SOBRE O CAMPO DAS RI NO BRASIL E SEUS DESAFIOS • Como caracterizar o campo das Relações Internacionais? • Definição de Whitney: os campos científicos “constituem um tipo distinto de organização de trabalho e controle na qual a pesquisa é orientada para metas e propósitos coletivos, através da busca de reputação pública entre grupos de colegas-competidores”
REFLEXÕES SOBRE O CAMPO DAS RI NO BRASIL E SEUS DESAFIOS • Campos precisam assegurar o prestígio social, controlar o acesso a recompensas socialmente valoradas, estabelecer padrões de qualificação e excelência e dotar a si mesmo de um sistema de comunicação próprio. • Relações estreitas entre o poder econômico e o campo das RI. • Intercâmbio e importação de ideias • Endógeno: tentativa de lidar com problemas selecionados pelo próprio campo. • Exógeno: resultado do movimento expansivo de campos mais poderosos.
REFLEXÕES SOBRE O CAMPO DAS RI NO BRASIL E SEUS DESAFIOS • Campos científicos existem no tempo e no espaço. • Existência de hierarquias no campo das RI. • Hegemonia global dos Estados Unidos no campo das RI. • Hoffman: RI é uma “disciplina americana”. • Wæver: RI “not so international”.
REFLEXÕES SOBRE O CAMPO DAS RI NO BRASIL E SEUS DESAFIOS • Consolidação do campo no Brasil: fortalecê-lo, quantitativa e qualitativamente, para engajar-se em um processo de globalização da disciplina. • Rumo e configuração dos campos resultam dos impulsos originados no contexto em que estão inseridos – principalmente RI, fortemente afetada pelos campos da economia e da política externa.
O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA • Indicações: • Deflacionar a importância dada aos debates teóricos. Análise crítica. • Explorar os pontos fortes do campo das RI no Brasil e as vantagens relativas (estudos sobre a região). • Diversificar fontes de suprimento. • Explorar sistematicamente o significado teórico dos fenômenos estudados.
O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA • Refuta-se a relação entre um domínio científico e sua localização espacial. • Principal atributo das teorias é a objetividade. • Resultados podem ser reproduzidos, testados e comprovados por qualquer um. • RI e o conjunto das Ciências Humanas estão muito longe desse ideal. • Amartya Sen: objetividade posicionada. • Diversificação da agenda e dos atores internacionais.