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• A r elação entre a concentração superficial e a emissão superficial de CO 2 à jusante da Barragem de Balbina também foi significativa. • A relação entre a concentração superficial CH 4 e suas emissões superficiais à jusante da Barragem de Balbina, no Rio Uatumã, foi significativa.
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• A relação entre a concentração superficial e a emissão superficial de CO2 à jusante da Barragem de Balbina também foi significativa. • A relação entre a concentração superficial CH4 e suas emissões superficiais à jusante da Barragem de Balbina, no Rio Uatumã, foi significativa. Estimativa da Emissão de Gases de Efeito Estufa(Gás Metano e Carbônico) pelas Turbinas da Barragem de Balbina e, a jusante,pelo Rio Uatumã, Amazônia Central. Alexandre Kemenes, Bruce Rider Forsberg & John Melack • As relações entre o fluxo de água que passa pelas turbinas e o total de gases (CH4 e CO2) emitidos pelas turbinas e o Rio Uatumã foram significativas. INTRODUÇÃO • Através dos estudos realizados em terra firme, foi estimado que cada hectare amazônico representaria algumas toneladas de carbono retirado da atmostera terrestre. Estudos recentes modelando as emissões de gases em ambientes alagados amazônicos indicaram que o saldo entre a emissão e a absorção de gases de efeito estufa pela Amazônia pode ser próximo a zero (Melack et al., 2004; Richey et al., 2002). Entretanto, o volume total de material metabolizado nesse ecossistema gigantesco faz com que os poucos trabalhos efetuados em campo tornem a Amazônia uma grande incógnita nessa questão. Ela apenas começa a ser desvendada. Necessitando assim, de muitos novos esforços de coletas e de contabilização total e real dos fluxos do ciclo amazônico de carbono. • Atualmente, a represa com a maior área alagada e o maior potencial para a geração de gases de efeito estufa na Amazônia é a da Hidrelétrica de Balbina no Município de Presidente Figueiredo, Amazonas. A represa de Balbina tem um área que chega a 3000 km2, ela é abastecida pelo Rio Uatumã, um importante tributário da margem esquerda do Rio Amazonas. O gás metano é abundantemente produzido nesse local. De acordo com os dados do IPCC esse gás possui um potencial de aquecimento de cerca de 21 vezes mais do que o CO2 e portanto essas emissões são de extrema importância para o processo de aquecimento global. • As relações entre o fluxo de água que passa pelas turbinas e o volume de gases (CH4 e CO2) emitidos pelas turbinas também foram significativas. • Já existiam algumas medidas da emissão de CH4 da superfície do reservatório a montante da Barragem de Balbina (Tundisi, 1986). Entretanto, as emissões a jusante da barragem podem ser significativamente maiores. A alta pressão hidrostática e a intensa atividade de bactérias anaeróbicas presentes no fundo do reservatório podem gerar altas concentrações de metano e CO2 na mesma profundidade das turbinas. Quando esta água passa pelas turbinas a rápida queda da pressão hidrostática pode resultar numa emissão instantânea de gases por ebulição. O gás que sobra na água após a passagem pelas turbinas é emitido por difusão no turbulento canal a jusante da barragem. Necessitamos de medidas precisas dessas emissões para avialiar a contribuição específica da Bacia do Rio Uatumã junto as emissões de gases de efeito estufa. # O objetivo do presente trabalho foi de estimar, apartir de medidas mensais precisas, a emissão anual de CH4 e CO2 pela Barragem de Balbina e a jusante, pelo Rio Uatumã. • Montante da barragem RESULTADOS E DISCUSSÃO • Foram constatadas relações significativas entre o volume de água que passa pelas turbinas e a emissão instantânea de gases pela barragem. MATERIAIS E MÉTODOS • A emissão de gases por ebulição pelas turbinas foi estimada pelo produto entre a vazão da barragem e a diferença entre as concentrações no fundo do Lago de Balbina e logo a jusante da barragem (entrada e saída das turbinas). Acima da barragem foram realizadas coletas de água num perfil vertical em uma garrafa Ruttner, até a profundidade relativa a cota 20, local onde ocorre à tomada de água pelas turbinas. A jusante da barragem foram realizadas coletas na superfície da saída das turbinas a 70 Km da barragem, em ambos os casos os gases foram extraídos pelo método “headspace”, uma câmara estática flutuante foi utilizada ao longo do Rio Uatumã a até 70 kilômetros da Barragem de Balbina. • Somente os gases emitidos pelas turbinas da Hidrelétrica de Balbina resultou em 0,033 TgC.ano-1 e 0,042 TgC.ano-1 , respectivamente CH4 e CO2. Já o total emitido pelas cinco turbinas da Barragem de Balbina somando ao emitido supeficialmente por difusão do Rio Uatumã foi de 0,064 TgC.ano-1 e de 0,088 TgC.ano-1 , respectivamente CH4 e CO2. Para o metano isso representa cerca de 5% do total estimado por Melack et al., 2004 para toda a Várzea Amazônica., demonstrando a importância desta fonte de gás para atmosfera regional. Já o CO2 encontrado representa apenas 0,03% do total estimado por Richey et al., 2002, para a Amazônia Central. • Jusante da barragem A taxa de ebulição instantânea de ambos os gases aumentaram linearmente com a vazão das turbinas (veja Figs.) e estas relações foram utilizadas para estimar os fluxos diários. • Em média, 54 e 66 % dos gases metano e gás carbônico, respectivamente, que passavam pelas turbinas foram ebulidos instantaneoamente e o restante emitido por difusão ao longo do Rio Uatumã, a jusante da barragem. O comprimento do trecho do rio onde ocorreu essas emissões variou dependendo do tipo de gas e da época do ano. Câmara Estática • O efeito da distância da barragem sobre a concentração superficial de gases no Rio Uatumã foram significativos, a jusante da Barragem de Balbina. • As emissões de gás metano em relação à distância da barragem foram significativamente maiores do que as emissões de gás carbônico, ou seja, o gás carbônico se estabilizou em valores de concentração próximos aos dos igarapés tributários ao Rio Uatumã já a cerca de quinze kilômetros da barragem, enquanto que o metano persistiu a concentrações superiores aos igarapés tributários a mais de trinta kilômetros da barragem. • Rio Uatumã Agradecimentos: INPA (CPEC-BADPI), CNPq, LBA/NASA, University of California. • A trinta kilômetros da barragem • A setenta kilômetros da barragem.