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Correlação entre o Perfil Epidemiológico e Fatores de Risco na Depressão Pós-Parto

Correlação entre o Perfil Epidemiológico e Fatores de Risco na Depressão Pós-Parto. Guilherme Debiazi Cordini (PUIC)Medicina Tubarão, Joana Sacheti Freitas (Ar.170) Medicina Tubarão, Silvia Rosane Parcias Prof. Dra. Neurociências Unisul.

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  1. Correlação entre o Perfil Epidemiológico e Fatores de Risco na Depressão Pós-Parto Guilherme Debiazi Cordini (PUIC)Medicina Tubarão, Joana Sacheti Freitas (Ar.170) Medicina Tubarão, Silvia Rosane Parcias Prof. Dra. Neurociências Unisul Sobre relação foram avaliados seis quesitos: conjugal, amigos, filhos, irmãos, pais e outros. Foram encontrados resultados significantes em relação à disposição (82% se sentiam cansada, 9% mais ou menos e 9% cheio de energia), preparação para o parto (55% consideraram muito preparadas, 9% pouco, 18% nada e 18% S.I.) e preparação para ser mãe (73% consideraram muito preparadas, 9% muito pouco e 18% nada). A vida sexual depois do parto piorou (46%) e o sono depois do parto era considerado ruim (64%). Tentaram realizar suicídio durante a DPP, 27% das pacientes e apenas uma paciente sofreu abuso sexual. A família, em 82% dos casos, aceitou a gravidez, e 18% não. Dentre os que mais rejeitaram da gravidez, foram o pai, o esposo e os filhos. Dentre as mulheres, 55% disseram que passaram por algum evento negativo durante a gestação ou logo após o parto, como brigas com o marido. Esse mesmo percentual foi constatado nas mulheres que afirmaram não sofrer algum problema pessoal ou emocional relacionado diretamente com a gestação. Porém, 64% afirmaram que enfrentaram algum problema pessoal ou emocional nas primeiras semanas logo depois do parto. Sobre aborto, 64% das mulheres já sofreram aborto e todos foram espontâneos. Apenas uma afirmou tentar realizar aborto na gestação em que ocorreu a DPP. Conclusões As pacientes com depressão pós-parto do nosso estudo se caraterizam por apresentar: - Baixo nível sócio econômico; - Número de filhos igual ou maior de três; - Má relação conjugal; - Falta de apoio emocional por parte de familiares e amigos; - Sofreram aborto espontâneo; - Tiveram depressão durante a gestação; - Passaram por algum problema emocional durante a gestação e/ou após o parto; Estudos epidemiológicos são importantes na depressão pós-parto, pois a caracterização do perfil dessa população pode propiciar a criação de medidas de intervenção preventiva no pré-natal e de apoio, mostrando assim a necessidade de um seguimento deste estudo com uma amostra maior, com dados coletados em outros locais (clínicas, hospitais...) na cidade de Tubarão. Podendo permitir assim, uma comparação quanto aos fatores de riscos nessa patologia, nas diferentes regiões. Bibliografia FURTADO, E. F. Abordagem clínica e terapêutica da depressão puerperal: conceitos atuais (Mesa Redonda: Atualização no tratamento da depressão: depressão na mulher), 2000.  GUEDES-SILVA, D.; SOUZA, M. R.; MOREIRA, V. P. Depressão pós-parto: prevenção e conseqüências. Revista Mal-estar e Subjetividade. Fortaleza, v.III, n.2, p. 439-450, set 2003.  KAPLAN, H. I.; SADOCK, B. J. Tratado de Psiquiatria. 6º ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.  LÓPEZ, J. R. R. A.; PEDALINI, R. Depressão pós-parto: revisão epidemiológica, diagnóstica e terapêutica. Informe Psiquiátrico. v. 18, n. 4, p. 115-118, 1999. MORAES, I. G. S.; PINHEIRO, R. T.; SILVA, R. A.; HORTA, B. L.; SOUSA, P. L. R.; FARIA, A. D. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Rev Saúde Pública. Rio Grande do Sul, v. 40, n. 1, p. 65-70, 2006.  RIBEIRO, C. S. Depressão pós-parto. Última revisão em 2001. ROCHA, F. L.Depressão puerperal: revisão e atualização.Jornal Brasileiro de Psiquiatria. Belo Horizonte, v. 48, n. 3, p. 105-114, mar 1999. SCHWENGBER, D. D. S.; PICCININI, C. A. O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Estud. Psicol. Natal, vol.8, n.3, p. 403-411, 2003. ZANOTTI, D. V.; SAITO, K.C.; RODRIGUES, M.D.; OTANI, M.A.P. Identificação e intervenção no transtorno psiquiátrico e intervenção no transtorno, associadas ao puerpério: A colaboração do enfermeiro psiquiatra. Revista Nursing. v. 61, n. 6, p. 36-42, 2003. Apoio Financeiro: Unisul • Introdução • ADPP vem se tornando uma das principais incógnitas para profissionais da saúde mental, pois envolve tanto a saúde de mãe quanto de seu filho que nesse período é totalmente dependente dela. • As taxas de prevalência das síndromes psiquiátricas puerperais corroboram a importância de se conhecer e diagnosticar precocemente tais transtornos na assistência à saúde da mulher. • A incidência de DPP nas mulheres brasileiras varia de 7% a 15%,acompanhando a media mundial de 10%. Mas em alguns grupos, o número chega a 16% e, entre as adolescentes, atinge patamares de 25% a 26%. • Existem fatores de risco associados à depressão pós-parto como por exemplo: gravidez não desejada, baixo peso do bebê, pouca idade da mãe, mãe solteira, parceiro desempregado, morte de pessoas próximas, separação do casal durante a gravidez, antecedentes psiquiátricos anteriores ou durante a gravidez, entre outros. • Com uma crescente valorização na prevenção, através da identificação dos principais fatores desencadeadores dessa patologia, estas pacientes passam, concomitantemente, a receber um pronto atendimento e tratamento que permita uma recuperação mais rápida e com isso uma mais rápida reinserção social e profissional, proporcionando a melhora das condições de vida. • Assim, torna-se fundamental identificar e descrever a distribuição dos fatores biopsicosociais e demográficos (sexo, idade, naturalidade, local em que reside, escolaridade, estado civil, número de filhos, atividade profissional e renda mensal, entre outras) das pacientes com depressão pós-parto e estudar de que modo estes fatores podem influenciar neste distúrbio. • Este estudo permitiu dispor da identificação dos fatores que predispõem a DPP e sua relação com estilo de vida destas pacientes, no município de Tubarão e região. Finalmente a realização deste projeto pode servir como orientação de estratégias de prevenção, no período pré-natal, que poderá minimizar os efeitos negativos dessa doença na qualidade de vida destas pacientes • Objetivos • 2.1 Objetivo Geral • Identificar o Perfil Epidemiológico e os Fatores de Risco na Depressão Pós-Parto. • 2.2 Objetivos Específicos • Verificar as características psicossociais e demográficas (idade, naturalidade, local em que reside, escolaridade, estado civil, n° de filhos, atividade profissional e renda mensal, entre outras). • Investigar a relação entre a depressão pós-parto e os fatores psicossocias e demográficos na amostra estudada. • Verificar os principais fatores desencadeantes da depressão pós-parto com a função de uma futura intervenção preventiva pré-natal. • Metodologia • Foi enviada uma carta para Ambulatório Materno Infantil de Tubarão, informando sobre os objetivos da pesquisa e, por conseguinte, solicitando autorização para o levantamento de dados da Instituição. • A amostra foi selecionada através da documentação médica existente no Ambulatório Materno Infantil de Tubarão. O estudo contou com a participação de 11 pacientes das 21 selecionadas. Contato telefônico e convite às pacientes selecionadas para a exposição dos objetivos e explicação mais detalhada do nosso estudo. • A todas as participantes foi entregue o oficio explicando os procedimentos utilizados no qual assinaram no final do consentimento informado. • A obtenção das informações sobre as características biopsicossocias, demográficas e clínicas foi através da aplicação do questionário,composto de 59 questões, destinado a cada sujeito da amostra. Aplicado de forma individual no domicílio da paciente, em uma única sessão com média de 40 minutos de duração, sendo que o questionário foi aplicado pelo avaliador (bolsista). • Resultados • A idade média foi de 36,6 anos.

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