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Mesmo sendo uma droga tão forte, causando tantas auterações na percepção e apresentando risco de dependência considerável, até hoje a morfina é a droga mais eficiente para se combater dores intensas sem causar danos permanentes no paciente. A morfina possui tal eficiência justamente pelo fato de, apesar de causar alterações na percepção, manter o paciente acordado e com certa conciência, o que um cedativo qualquer não faria, apesar de acabar com a dor. O único problema da morfina é o fato de ela oferecer o risco da crise de abstinência, em que o paciente se torna dependente de seu consumo. Todavia, poucos casos desta crise em pacientes são relatados, o que reconfirma a hipótese de a morfina ser uma boa solução para dores em nível crítico. Porém, para pacientes com dores freqüentes, a melhor solução seria utilizar drogas que não causam dependência, o que é o caso de analgésicos mais fracos mas que não causam vício. O problema é que, muitas vezes, as dores intensas (causadas por algum tipo de câncer, por exemplo) não são tão reduzidas com analgésicos mais fracos, o que, infelizmente, faz com que a morfina seja a única opção viável apesar de causar dependência neste tipo de paciente.
Deve-se ressaltar que a morfina possivelmente será substituída por toxinas mais eficientes. O instituto Butantã vem desenvolvendo a crotalfina, uma substância derivada de veneno de uma espécie de caracol aquático, que possui 600 vezes mais eficiência que a morfina na redução de dores, sem causar mais alteração de percepção que a primeira e, ainda por cima, sem trazer o que a morfina traz de pior: a dependência. Estudos estão sendo feitos em cima desta nova droga e há grandes chances de que esta comece a ser utilizada em um futuro breve, substituindo a morfina.