1 / 19

Eu leio textos , imagens , cidades , rostos , gestos e cenas . (Roland Barthes)

Eu leio textos , imagens , cidades , rostos , gestos e cenas . (Roland Barthes). Escravo no Pelourinho sendo açoitado. Gravura de Debret, 1835. O uso de imagens em provas de vestibulares.

zihna
Download Presentation

Eu leio textos , imagens , cidades , rostos , gestos e cenas . (Roland Barthes)

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Euleiotextos, imagens, cidades, rostos, gestos e cenas. (Roland Barthes) • Escravo no Pelourinho sendo açoitado. Gravura de Debret, 1835.

  2. O uso de imagensemprovasde vestibulares • As imagensdeixam de ser simples ilustrações e passam a ser categorias de fonte histórica, linguagem, e indícios de revelação de realidades. • Como documento, as imagens revelam desejos, anseios, valores, sentimentos, e representações que os homens fazem de si, do outro e do mundo; • O conhecimentohistórico e o conhecimentoartísticonãosomentepodembeneficiar-se mutuamente, comosãomutuamenteinterdependentes (ArturFreitas); • Observar o público ao qual a obra se destinou e perceber os silêncios, ausências, vazios e lacunas deixados pelo produtor, dado que a imagem não é uma realidade total, embora traga porções, traços, aspectos, símbolos, representações e códigos registrados.

  3. História e imagemartística: porumaabordagemtríplice – ArturFreitas • -Proposta de ArturFreitas: As fontesvisuais e as artísticasdevemser vistas emfunção de trêsdimensões: • a)Perspectivaformal: abrange a estecidade do visual; • b)Perspectivasemântica:interconexão com as demaisrepresentaçõesculturais de um certoperíodo; • c)Perspectivasocial: releitura de suascondições de produção e a genealogia de suasrecepções: é a história.

  4. Propostaparaanalise de imagens (ekfrasis) • Começar com exercício de descrição da imagem; • “Isolarmetodologicamente” • Escrever a partir do que se vê; • A)aspecto formal; • B)Conceitos; • C)Referências (objetos); • D)Pessoas; • E)Contextopolítico e social;

  5. 1) Procedência: Por quem foi elaborado? Onde? Quando? Como foi sua conservação? Existe alguma inscrição em seu corpo? • 2) Finalidade: Qual seu objetivo? Por que e/ou para quem foi feito? Qual sua importância para a sociedade que o fez? Em que contexto foi feito? Com quais finalidades? Onde se encontra o objeto atualmente? • 3) Tema: Possui título? Existem pessoas retratadas? Quem são? Como se vestem? Como se portam? Percebe-se hierarquia na representação? Que objetos são retratados? Como aparecem? Que tipo de paisagem aparece? • Qual é o tempo retratado? Há indícios de tempo histórico na representação? É possível identificar práticas sociais no objeto iconográfico retratado? Percebe-se relação/aproximação com a realidade da sociedade ou período retratados?

  6. Vamos praticar?

  7. Cartaz militar inglês da I Guerra. Legenda: Mulheres da Inglaterra, digam: “vá!” Cartaz militar estadunidense da II Guerra. Legenda: Nós podemos fazer!

  8. UFG (2011/1): Na primeira metade do século XX, durante as duas guerras mundiais, os cartazes foram importantes ferramentas para a mobilização de pessoas, orientando suas ações e seus sentimentos em relação aos conflitos. Com base na comparação entre os cartazes acima, • a) descreva como a atitude da figura feminina é representada em cada um deles; • Resposta esperada: No primeiro cartaz, a mulher é representada de maneira passiva, restrita ao ambiente doméstico e às funções tradicionalmente relegadas à condição feminina, como, por exemplo, o cuidado dos filhos. Neste sentido, o cartaz incita as mulheres a apoiarem moralmente os homens engajados militarmente. Já, no segundo cartaz, a representação da passividade feminina é substituída por uma imagem ativa, que associa a mulher à força, à capacidade e à confiança no cumprimento de seu dever. Desse modo, o cartaz incita a participação das mulheres no esforço de guerra norte-americano

  9. b) explique a utilização da força de trabalho das mulheres no período de cada uma das guerras; Resposta esperada: Desde a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as mulheres contribuíam com sua força de trabalho para a indústria, muito embora essa participação fosse reduzida. Além disso, essa participação tinha pouca visibilidade, pois era considerada antinatural à condição feminina. Já na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a força de trabalho feminina adquire maior visibilidade, principalmente na indústria bélica, com o objetivo de substituir a mão de obra masculina, garantindo assim o incremento da produtividade deste setor.

  10. UFG 2012/1...

  11. As duas imagens datam do século XV e integram estudos sobre o corpo humano. A primeira ilustra um manuscrito anônimo do início do século, enquanto a segunda retrata o “Homem vitruviano”, esboçado por Leonardo da Vinci em 1492. Elas expressam o convívio entre representações distintas do corpo humano. Tendo em vista essas informações e comparando as duas imagens, A) relacionea mudança na representação do corpo humano ao desenvolvimento científico no período; B) identifique um elemento pictórico, explicando de que forma ele exemplifica essa mudança

  12. Resposta esperada pela UFG... • a) Comparando as imagens, a relação entre a representação do corpo e o desenvolvimento científico encontra-se no fato de que o conhecimento matemático passava a orientar o olhar dirigido ao corpo e à sua representação. Dessa maneira, a representação do corpo humano, com o estudo de Da Vinci (figura 2), passava a comportar elementos tais como a simetria, o cálculo matemático, o conhecimento da musculatura e de novas técnicas de desenho.A representação anterior à de Da Vinci (figura 1) incorpora elementos de simetria e proporcionalidade, porém, esses elementos não se assentavam em cálculos matemáticos. Cabe anotar, ainda, que o desenvolvimento científico foi devedor, dentre outros, do aprofundamento dos estudos no campo da Medicina (Anatomia), impulsionados pelo Renascimento.

  13. b) A seguir, identificam-se os elementos pictóricos, explicando de que forma eles exemplificam a mudança da imagem 01 para a imagem 02 (o candidato deve identificar e explicar apenas um elemento): • uma região abdominal mais definida, na qual se observa o aperfeiçoamento na representação da musculatura. Esse elemento pictórico se associa ao conhecimento anatômico; • uma melhor simetria e proporcionalidade no desenho dos membros do corpo humano (o uso de formas geométricas no desenho de Da Vinci). Esses elementos estão relacionados ao aprofundamento dos estudos matemáticos; • a exposição da região pubiana, que antes aparecia encoberta. Esses elementos relacionam-se à distinção entre os dogmas morais impostos pela religião e os interesses científicos

  14. UFG 2010/2 AMOÊDO, Rodolpho. “O último Tamoio”, 1883.Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro ECKHOUT, Albert. “Mulher Tapuia”, 1641. Museu Nacional de Copenhague

  15. Questão: • As pinturas expressam olhares distintos sobre os nativos, da Colônia ao Império. Enquanto a primeira pintura, datada de 1641, foi feita pelo holandês Albert Eckhout, integrante da comitiva de artistas e cientistas trazidos para o Brasil por Maurício de Nassau, a segunda foi elaborada, em 1883, por Rodolpho Amoêdo, pertencente à geração de pintores românticos. Considerando estas informações e a análise dos elementos compositivos das pinturas, explique a mudança ocorrida na representação do indígena.

  16. Resposta esperada: Na pintura de Albert Eckhout, a mulher tapuia é representada como uma selvagem, o canibalismo está explícito nas imagens do pé na cesta e da mão decepada que a índia segura. A nudez corrobora a ideia do afastamento da civilização. Cabe notar que, no século XVII, os elementos que compõem a pintura explicitam uma visão europeia sobre o mundo americano. Já, na pintura romântica de Amoêdo, retrata-se um índio ferido, amparado pelo religioso, o que indica a aproximação do índio com o mundo do branco; no lugar da selvageria, a civilização. Assim, comparando as pinturas, a principal mudança alude a um índio que, por meio da religião, é incorporado à nação, construção fundamental patrocinada pelo Império, após 1840. Desde então, a representação romântica se aproxima de um ideal nacional, sendo mais do que a expressão do olhar europeu sobre o nativo; nesse contexto, embora a Europa ainda seja o modelo, tratava-se de incorporar o índio a uma nação independente

  17. Critério de correção: • Atendeu plenamente ao que foi solicitado a resposta do candidato que: • 1) no caso da pintura de Albert Eckout, identificou a representação da selvageria (oposta à civilização) e/ou do canibalismo e associou tal identificação aos elementos que compõem o quadro (a nudez, o pé na cesta, a mão que a mulher tapuia segura); • 2) no caso da pintura de Amoêdo, identificou a religiosidade como elemento de civilização e associou tais elementos (religião e civilização) aos que compõem o quadro (o índio ferido e o padre como “amparo”); • 3) expressou que as representações pictóricas são fruto, no primeiro caso, do olhar europeu sob o nativo americano e, no segundo caso, de um desejo de incorporar o índio à nação, sendo esse último tomado como elemento passível de civilização.

  18. Professora Nathália de Freitas

  19. Bibliografia: • BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:Cortez Editora, 2005. • FREITAS, Artur.História e imagemartística: porumaabordagemtríplice.In: EstudosHistóricos, Rio de Janeiro, n 34, julho-dezembro de 2004, p.3-21. • MENESES, Ulpiano T. Bezerra. Fontes visuais, cultura visual, História visual: balanço provisório, propostas cautelares. V. 23, nº 45, pp. 11-36, 2003. Disponível em<http://www.scielo.br/pdf/rbh/v23n45/16519.pdf> • SILVA, Nádia Moreira Terra. Grafite: arte do imaginário urbano: Goiânia, 2006.

More Related