1 / 25

Curso de formação de conselheiros: dimensão social

Curso de formação de conselheiros: dimensão social. Campo Grande, 31 de julho de 2012 . Fernando Ferreira Calazans. Objetivo geral.

nicole
Download Presentation

Curso de formação de conselheiros: dimensão social

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Curso de formação de conselheiros: dimensão social Campo Grande, 31 de julho de 2012. Fernando Ferreira Calazans

  2. Objetivo geral Discutir a “dimensão social” da gestão de RPPSs, segundo a problemática apontada pela literatura relativa aos conselhos gestores de políticas públicas no Brasil.

  3. Sumário • Contexto e justificativa do debate • Origens da participação social na gestão das políticas públicas • Como garantir a participação social na gestão das políticas • Virtuosidades e desafios no funcionamento dos conselhos gestores • O papel da sociedade civil nos conselhos gestores de políticas

  4. “Contexto” da Previdência no Brasil 1) Previdência = RGPS + RPPSs: 48 milhões de contribuintes: 52% PEA ocupada (2009) 2) 1.906 RPPSs: 9,2 milhões de vidas seguradas 3) Gastos com aposentadoria e pensão (2009): 8,2% PIB - RGPS: R$ 160 bilhões / 21 milhões beneficiários: R$ 586 - RPPSs: R$ 63 bilhões / 3 milhões beneficiários: R$ 1.615 4) Patrimônio dos RPPSs cresceu 100% (2006-2010): R$ 50 bi

  5. “Justificativa” para o debate • EC 20/98: movimento nacional de modelagem dos RPPSs • Devido aos déficits dos RPPSs, buscou-se: • Preservar o equilíbrio financeiro e atuarial • Garantir a participação dos servidores na gestão dos RPPSs • 1999/2009: construção do marco regulatório • Voltado para ajuste fiscal e equilíbrio das contas públicas • Regulação sobre participação social não sofreu significativos avanços • Quase sempre questões financeiras, contábeis e atuariais; • Tema pouco tratado pelo MPS (5 Portarias de um total de 37 e 4 Orientações Normativas de um total de 10) • Quando o fez, limitou-se à prescrever a necessidade de garantir a representação dos segurados nas instâncias paritárias;

  6. Origens da participação social na gestão das políticas • Busca de democratização no período pós-ditadura militar • Descentralização de atividades estatais: em virtude da crise econômica e da ineficiência do Estado na prestação de serviços públicos • Ambiente político desfavorável (à época e atualmente existente), repleto de níveis expressivos de desigualdade e exclusão social Levaram à realização de reformas estruturais distintas...

  7. Origens da participação social na gestão das políticas • Experiências distintas dos países: (CLAD, 2000) • Enxugamentos da máquina para reduzir gasto público • Descentralização da execução das políticas e flexibilização da Administração (criação de regimes de trabalho diversos) • Modificação da execução das políticas públicas: inserção da sociedade no processo decisório.

  8. Origens da participação social na gestão das políticas Ferramentas de responsabilização estatal: (CLAD, 2000) 1)controles procedimentais clássicos (eleições, Controladoria, Poder Judiciário e Tribunal de Contas) 2) controle parlamentar: ratificação de nomeações do Poder Executivo, Comissões 3) aquele segundo a lógica de resultados: busca da eficácia 4) concorrência supervisionada: Estado como coordenador da ação coletiva 5) participação social: accountability vertical

  9. Origens da participação social na gestão das políticas Participação social (accountability vertical) • Peça fundamental para amadurecimento da governabilidade • Instrumento capaz de aproximar o governo da sociedade e de remodelar e ampliar o espaço público. Visão voltada para: • construção de redes de cooperação e canais de participação dos cidadãos; • transparência das informações, onde o Estado se torna (ou se deveria tornar) mais permeável às demandas da sociedade.

  10. Participação Social na gestão das políticas públicas:Tensão entre Projetos:Democrático versus Neoliberal

  11. “Confluência perversa” entre osProjetos Democrático e Neoliberal • “Confluência”: os dois projetos requerem uma sociedade civil propositiva na consecução das políticas públicas • “Perversa”: o projeto democrático-participativo pretende alargar a democracia e o neoliberal, reduzir a máquina pública, transferindo a execução das políticas à sociedade. Fonte: Dagnino (2004)

  12. “Como” garantir a participação social na gestão das políticas públicas? Segundo Avritzer (2008), há três grandes formas: 1) Orçamentos participativos: Forma irrestrita de participação de atores sociais (participação em massa) 2) Conselhos gestores de políticas públicas: Partilha de poder entre governo e sociedade com capacidade restrita de participação dos integrantes da sociedade. 3) Planos Diretores municipais: Desenhos de ratificação pública das decisões de governo.

  13. “O que é” conselho? Conceito: Espaços de decisão colegiada, de partilha de poder. Natureza: Pública ou privada. Atribuição: Consultiva, deliberativa ou fiscalizatória.

  14. “O que é” conselho gestor de política pública? “são canais de participação política, de controle público sobre a ação governamental, de deliberação legalmente institucionalizada e de publicização das ações do governo. [...] constituem espaços de argumentação sobre (e de redefinição de) valores, normas e procedimentos, de formação de consensos, de transformação de preferências e de construção de identidades sociais.” (CARNEIRO, 2006, p. 151)

  15. Virtuosidades no funcionamento dos conselhos A participação da sociedade no controle, debate e deliberação das políticas provocaria tensionamento nas agências, tornando-as mais transparentes, responsivas e suscetíveis ao controle da sociedade (TATAGIBA, 2002).

  16. Desafios no funcionamento dos conselhos Considerável parte da literatura questiona a capacidade de funcionamento efetivo dos conselhos como espaços públicos deliberativos, constituidores de novos atores sociais e de partilha de poder. Fonte: (DRAIBE, 1998; CLAD, 2000; GRAU, 2000; CARNEIRO e COSTA, 2001; TATAGIBA, 2002; BRASIL, 2005; SILVA, JACCOUD e BEGHIN, 2005; CARNEIRO, 2006; DÍAZ, PARES e POMEROY, 2007)

  17. Desafios • Alcance do poder decisório do conselho • Baixo grau de cultura política da sociedade • Heterogeneidade de interesses entre os representantes da própria sociedade • Assimetria informacional entre conselheiros do governo e da sociedade • Controle do governo sobre a agenda temática das reuniões • Vontade política e o comprometimento do Estado

  18. O papel da sociedade civil nos conselhos gestores • Anos 30 e 60:caráter meramente consultivo • Anos 80:os canais de participação social se alargaram: ONGs, associações de defesa de direitos humanos, meio ambiente etc. • Anos 90:defesa da participação social ampliou-se tanto no controle quanto na formulação e execução das políticas.

  19. O papel da sociedade civil nos conselhos gestores Duas correntes: 1)a que se preocupa com a questão do controle, da capacidade de accountability da sociedade e da fiscalização dos conselhos. 2)A outra, mais recente, que tem se preocupado com a questão da efetividade do funcionamento dos conselhos gestores como verdadeiros espaços públicos deliberativos, onde a sociedade civil assume o papel de co-gestora, formulando, deliberando e executando, além da função de fiscal das ações públicas.

  20. O papel da sociedade civil nos conselhos gestores 1ª Corrente – conselhos como mecanismos de controle: Devem possuir mecanismos capazes de habilitar o cidadão para o exercício do direito de controle social. Necessidade de instituição de marco regulatório composto de mecanismos de incentivos, constrangimentos e sanções capazes de exigir a execução da política e a divulgação das informações. A sociedade exerceria um papel mais efetivo de fiscalização e controle, estando mais próxima do Estado.

  21. O papel da sociedade civil nos conselhos gestores 2ª Corrente – conselhos como espaços de partilha de poder: A participação da sociedade passa a ser valorizada não apenas como mecanismo de controle do Estado, mas também no processo de decisão, execução e avaliação das políticas públicas. Problema... Crítica ao novo papel da sociedade: co-gestora das políticas Assume papel de formulação, deliberação, execução e controle.

  22. O papel da sociedade civil nos conselhos gestores Tensão entre co-gestão e controle (GRAU, 2000)... Eficácia do controle depende da independência dos atores em relação ao Estado, que, por sua vez, financia os conselhos, o que enfraquece a autonomia desses espaços deliberativos e seu consequente papel fiscalizatório.

  23. O papel da sociedade civil nos conselhos gestores Diante da transmudação de seu papel, surgem indagações... Como a sociedade fiscalizará a ação por ela própria executada? A sociedade não deveria se afastar da função de consecução da política como forma de ter condições de fiscalizar e controlar as ações governamentais? Conselhos deveriam assumir papel de co-gestores de políticas?

  24. O papel da sociedade civil nos conselhos gestores Qual seria a melhor alternativa? A alternativa ideal é a que melhor se adequa aos interesses e às limitações institucional-operacionais de cada RPPS. F I M

  25. Obrigado! Contato:fernandocalazans@adv.oabmg.org.br

More Related