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Humaniza
E N D
1. Práticas baseadas em evidências científicas no parto e nascimento: experiência na Maternidade Risoleta Tolentino Neves Patrícia Pereira Rodrigues Magalhães
Médica Obstetra
2. Humanização do Parto Expressa uma mudança na compreensão do parto: o que fazer diante do sofrimento da gestante com dor
Obstetrícia Médica: Uma preocupação humanitária de resolver o problema da parturição sem dor, revogando assim a sentença do Paraíso, iníqua e inverídica, com que há longos séculos a tradição vem atribulando a hora bendita da maternidade (Magalhães, 1916)
Respeito à fisiologia do parto, com uma redefinição das relações humanas na assistência, como revisão do projeto de cuidado, e mesmo da compreensão da condição humana e de direitos humanos.
3. Humanização do parto Origem do termo “humanização”:
Início do século: parto sob sedação total, “sono crepuscular”
Uso de morfina e amnésicos
Pacientes contidas no leito
Formas mais seguras de anestesias: estações de parto (pré-parto, parto e pós-parto)
Hospitalização do parto (metade da década de 20): pacientes imobilizadas, em litotomia, em jejum, nuas, sem acompanhantes
Cascatas de procedimentos: enteroclisma, tricotomia, episiotomia de rotina
4. Humanização do Parto Movimento de humanização: Início há cerca de 30 anos
Visa priorizar a tecnologia apropriada, a qualidade da interação entre parturiente e seus cuidadores, e a
desincorporação de tecnologia danosa
“Nada de politicamente útil acontece até que as pessoas comecem a dizer coisas nunca ditas antes, permitindo assim que visualizemos práticas novas, ao invés de apenas analisar as velhas (Rorty, 1993)”
5. Humanização do parto Humanização no Brasil:
Processo que vem ocorrendo muito lentamente, e com enorme resistência
Recriam-se novas abordagens baseadas em evidências científicas e em direitos humanos
6. Humanização do Parto no Brasil
Carta de REHUNA(1993) denuncia as circunstâncias de violência e constrangimento em que se dá a assistência, especialmente as condições pouco humanas a que são submetidas mulheres e crianças no momento do nascimento...., no parto vaginal a violência da imposição de rotinas, da posição de parto e das interferências obstétricas desnecessárias perturbam e inibem o desencadeamento natural dos mecanismos fisiológicos do parto, que passa a ser sinônimo de patologia e de intervenção médica, transformando-se em uma experiência de terror, impotência, alienação e dor. Desta forma, não surpreende que as mulheres introjetem a cesárea como melhor forma de dar à luz, sem medo, sem risco e sem dor...
7. Experiência em 1 ano de exercício
8. Modelo de assistência HOSPITALAR
Humanização como a legitimidade científica da medicina, ou da assistência baseada na evidência científica > considerada “ padrão-ouro”.
Prática orientada através de revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados
Implantação X transição.
9. Equipe multidisciplinar:
Médico Obstetra
Enfermeira obstetriz
Residente de GOB
Acadêmico de medicina
Anestesiologista
Neonatologista
Doulas
10. Equipe multidisciplinar
Todas as paciente são avaliadas pelo obstetra na admissão e internação
Médicos e enfermeiras acompanham conjuntamente todo o trabalho de parto e parto das gestantes, dividindo responsabilidades e tarefas, discutindo as condutas
Abolição dos procedimentos de rotina, como enteroclisma e tricotomia
11. Equipe Multidisciplinar
Assistência Multidisciplinar: indicação criteriosa de aceleração do trabalho de parto a partir do partograma (ocitocina e amniotomia)
monitorização fetal com ausculta intermitente, monitorização contínua do parto, quando necessário (CTG)
Utilização seletiva da episiotomia
12. Assistência ao RN
Presença obrigatória de neonatologista em todo os nascimentos
clampeamento do cordão umbilical após 30 segundos, exceto nas indicações clássicas de clampeamento precoce;
contato pele a pele imediato efetivo da mãe com o recém-nascido e amamentação na primeira hora de vida;
evita-se o uso de práticas desnecessárias para o recém-nascido normal na primeira meia hora de vida, como aspiração de VAS, pesagem, antropometria, credê e vitamina K neste período
13. HRTN
14. Participação da parturiente nas decisões sobre sua saúde:
a posição central da mulher no processo de nascimento
a dignidade das mulheres está na sua autonomia e seu controle sobre a situação
15. Participação da parturiente nas decisões sobre sua saúde
Melhora da relação médico-paciente
Acompanhantes no parto (próximo a 100%)
Doulas
Opção de escolha: posição, deambulação, ingestão de líquidos (livre deambulação e posicionamento durante o trabalho de parto e parto, incentivo e prática do parto em posição não litotômica
16. HRTN
17. HRTN Acompanhantes no parto:
(...) a presença de acompanhante contribui para a melhoria dos indicadores de saúde e do bem-estar da mãe e do recém-nascido. A presença do acompanhante aumenta a satisfação da mulher e reduz significativamente o percentual das cesáreas, a duração do trabalho de parto (Hotimsky apud Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, 2002).
18. HRTN
19. Alívio da Dor
Analgesias
recursos não farmacológicos para alívio da dor: banho, massagem, bola do nascimento, escada de Ling, banco
Salas PPP
20. HRTN
21. HRTN
22. HRTN
23. Salas PPP
24. ESTATÍSTICA 01 ANO DE MATERNIDADEAGO/07 A JUL/08
25. HRTN – Estatística Ago/07 – jul/08
2975 nascimentos
2241 (75,33%) – partos normais
1376 (61,4%) assistidos por médicos obstetras
865 (38,6%) assistidos por enfermeira obstetriz
734 (24,67% - parto cesáreos
26. HRTN - Estatística Taxa de episiotomia: 25-30%
Analgesia: 15-20%
27. Obrigada !