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TRAUMATOLOGIA FORENSE. OFENSAS À INTEGRIDADE FÍSICA OU À SAÚDE PRODUZIDAS POR AGENTES: MECÂNICOS FÍSICOS QUÍMICOS BIODINÂMICOS. TRAUMATOLOGIA FORENSE. A Traumatologia Forense estuda os aspectos médico-jurídicos das lesões causadas pelos agentes lesivos
E N D
1. TRAUMATOLOGIA FORENSE OFENSAS INTEGRIDADE FSICA OU SADE PRODUZIDAS POR AGENTES:
MECNICOS
FSICOS
QUMICOS
BIODINMICOS
2. TRAUMATOLOGIA FORENSE
A Traumatologia Forense estuda os aspectos mdico-jurdicos das leses causadas pelos agentes lesivos
Trauma o resultado da ao vulnerante que possui energia capaz de produzir a leso
3. AGENTES MECNICOS
So agentes que atuam pela energia mecnica
Essa energia modifica o estado inercial (repouso ou movimento) de um corpo em agente agressor e produzindo leses em todo ou em parte do outro corpo
4. AGENTES MECNICOS Ao/atuao: agem por contato e diretamente sobre a superfcie atingida, atuando por:
Somente Presso
Presso e Deslizamento
Choque, acompanhado ou no de deslizamento
Da os trs tipos de leso simples:
Punctria ?
Incisa
Contusa ?
5. FORMAS DE AO
6. OUTRAS FORMAS DE AO
Quando estes modos de ao se associam, a leso passa a ser chamada de mista:
Prfurocortante (faca, canivete, espada, punhal, estilete, peixeira)
Cortocontundente (machado, guilhotina, enxada, faco, foice, dentes)
Prfurocontundente (projtil de arma de fogo, ponta de grade de ferro, ponteira de guarda-chuva)
Lcerocondundente (acidentes com trem ou automvel)
7. AGENTES PERFURANTES(feridas punctrias)
Instrumentos ou agentes finos, alongados, pontiagudos (punctrios) de dimetro transversal (seco) extremamente reduzido em relao ao seu comprimento, produzindo leses punctrias ou punctiformes
Atuam por presso sobre um determinado ponto e penetram a superfcie, geralmente afastando as fibras dos tecidos atingidos
Exemplos: prego, espinho, agulha, estilete, garfo, espeto (de churrasco), seta, florete, furador de gelo e outros
8. AGENTES PERFURANTES - CARACTERSTICAS Orifcio de entrada:
diminuto, circular ou fusiforme
de pouco sangramento externo
recoberto por uma crostcula sero-hemtica
mas a leso pode ocasionar importantes leses internas
perfuraes de rgos, vsceras ou hemorragias
seguem a elasticidade e contratilidade da pele (Leis de Filhs e Langer)
9. LEIS DE FILHS E LANGER As feridas punctrias ou puntiformes sofrem ao das linhas de trao da pele, podendo tomar a forma de botoeira, em ponta de seta e pode ter forma bizarra de acordo com a confluncia de linhas de trao
10. AGENTES PERFURANTES - CARACTERSTICAS Trajetria:
retilnea
predomina a profundidade (comprimento) sobre o dimetro
termina em fundo cego (fundo de saco leso penetrante
pode ser transfixante com orifcio de sada semelhante ao de entrada
11. AGENTES PERFURANTES
12. AGENTES PERFURANTES
13. AGENTES CORTANTES Atuam por presso e deslizamento (presso e deslocamento), com gume afiado, atingindo a superfcie em ngulos variados, produzindo feridas incisas ou ferimentos incisos
Exemplos: navalha, gilete, cutelo, bisturi, lminas metlicas afiadas, papel, guilhotina, estilhaos de vidros, capim-navalha e outros
14. AGENTES CORTANTES - CARACTERSTICAS
Regularidade e nitidez de suas margens e bordas
Hemorragia quase sempre abundante
Predomnio do comprimento sobre a profundidade
Afastamento das bordas da ferida (mais acentuada nas leses post-mortem)
15. AGENTE CORTANTE FERIDA INCISA
16. AGENTES CORTANTES: FERIDAS ESPECIAIS Na parte anterior do pescoo: esgorjamento
Na parte posterior do pescoo: seco quase total do pescoo denomina-se: degolamento
Quando h a separao total da cabea do restante do corpo denomina-se: decapitao
Eviscerao (haraquiri) extirpao das vsceras abdominais ou torcicas
Leses de defesa
17. ESGORJAMENTO
18. DECAPITAO
19. EVISCERAO
20. AGENTES CONTUNDENTES O choque de superfcies pode se dar de forma
ativa (quando o instrumento projetado contra a vtima) ou
passiva (quando a vtima vai ao encontro do objeto, p.ex., em uma queda) ou
Mista (ambos em movimentao)
Devido elasticidade da pele, esta se conserva ntegra e a leso se produz em nvel profundo. So vrias:
Escoriao: quando o atrito do deslizamento lesa a superfcie da pele
Equimose: quando h rompimento de vasos e derrame sangneo infiltrando os tecidos
Bossas e hematomas: quando o derrame sangneo no encontra condies de se difundir e forma colees localizadas
21. FERIDAS CONTUSAS - ESCORIAES O atrito (deslizamento) provoca o arrancamento da epiderme e desnudamento da derme
comum nas quedas (leses nos joelhos, cotovelos etc)
Ocorre formao de crosta que pode ser serosa (predomnio de linfa) ou hemtica (predomnio sangneo)
A recuperao se d em prazo curto
Interesse Jurdico: arrastamento, atropelamento, leses de defesa (unhadas) etc
22. ESCORIAES
23. FERIDAS CONTUSAS - EQUIMOSES Contuso mais freqente e mais importante na prtica
O tecido externo apresenta-se ntegro
Ocorre derrame sangneo interno e, com isto, ocorre produo de mancha de variado tamanho, conforme a extenso da rea que sofreu o choque
O material extravasado vai ser reabsorvido e isto provoca uma variao cromtica que vai do incio ao pleno reparo da leso
o chamado espectro equimtico que serve para
avaliar a data da leso ou
se ocorreram vrias leses em dias diferentes
24. ESPECTRO EQUIMTICO
25. EQUIMOSE
26. BOSSAS As bossas podem ser sangneas quando o lquido, no podendo se espalhar, forma uma coleo (especialmente sob o couro cabeludo galo ) ou linftica, quando seu contedo for linfa
O instrumento contundente age sobre a superfcie corporal em que h tecido sseo abaixo e com musculatura muito tnue
Rompendo-se o vaso, forma-se a bossa sangnea
27. BOSSA SANGNEA (com elevao da rea)
28. FERIDA CONTUSA - HEMATOMA
semelhante equimose, porm, trata-se de um rompimento de um vaso maior, portanto, o sangramento mais violento a ponto de descolar a pele, formando uma verdadeira bolsa de sangue
Ocorre em locais de tecido frouxo, mole
Com o passar do tempo o organismo absorve o sangue, havendo ali, as mesmas variaes de cores da equimose, s que processo ser mais demorado
29. HEMATOMA DE PLPEBRAS(sem elevao da rea)
30. OUTRAS LESES CONTUSAS
LUXAO: o afastamento repentino e duradouro de uma das extremidades
FRATURA: a soluo de continuidade, parcial ou total dos ossos submetidos ao de instrumentos contundentes (as fraturas cranianas so geralmente radiadas)
ROMPIMENTO DE RGOS: decorrente de fratura
31. LESES MISTAS
32. LESES PRFURO-INCISAS Provocadas por instrumentos de ponta e gume que atuam pela perfurao e cortam pelas suas bordas afiadas os planos atingidos
Agem por presso e seco
Tem gravidade varivel, de acordo com o agente e com os planos atingidos
Caractersticas:
Leso em botoeira (casa de boto)
Leses biconvexas (punhal)
Na forma do agente
33. FERIDAS: CASA DE BOTO/BICONVEXA
34. INSTRUMENTOS PRFUROCORTANTES
EXEMPLOS
de um s gume: faca, canivete, espada, baioneta, hastes da tesoura
de dois gumes: punhal, faca vazada
de trs ou mais gumes: triangulares, lima
35. LESES CORTOCONTUSAS So provocadas por instrumentos que, mesmo com gumes, tm a sua principal ao pela contuso, pela presso devido ao seu prprio peso
Sua gravidade depende do ngulo de incidncia, da superfcie atingida e pela fora de impacto
So leses sempre profundas, com bordas e formas irregulares, com destruio de tecidos, inclusive com fraturas
Exemplos: foice, faco, machado, enxada, rodas de trem etc
36. GUILHOTINA INSTRUMENTO CORTOCONTUNDENTE
37. LESES CORTOCONTUSAS
38. LESO PRFUROCONTUSA (por arma de fogo) O projtil o mais tpico agente prfurocontundente
composto de chumbo e revestido ou no por outros metais
Possuem formas variveis: cilndricas ou ogivais
As munies podem ter carga simples ou nica (revlver) ou mltiplas (cartucheiras)
39. CRITRIO DE ESTUDO DA LESO So consideradas:
pela distncia de disparo do alvo
pelas caractersticas de seus orifcios:
de entrada
de sada
pela sua trajetria (ou trajetos)
40. LESES PRFUROCONTUSAS
Leses que causam
perfurao e
ruptura dos tecidos
Caractersticas do ferimento
bordas irregulares
predomnio da profundidade
carter penetrante ou transfixante
41. LESES PRFUROCONTUSAS
Ao atingir o corpo, o projtil provoca
rompimento na pele, formando um orifcio em forma tubular no qual se enxuga de seus detritos (orla de enxugo)
arrancamento da epiderme (orla de contuso)
Ao se formar o tnel de entrada
pequenos vasos se rompem formando equimoses em torno do ferimento (orla equimtica)
42. ORIFCIO DE ENTRADA ORLAS(SEMPRE PRESENTES)
ORLA DE CONTUSO: a pele se invagina e se rompe devido diferena de elasticidade de derme e epiderme
ORLA EQUIMTICA: zona da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos
ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que se adaptou s faces do projtil, limpando-os dos resduos da plvora
43. ORIFCIO DE ENTRADA - ZONAS ZONA DE TATUAGEM: resultante da impregnao de partculas de plvora incombusta que alcanam o corpo
ZONA DE ESFUMAAMENTO: produzida pelo depsito de fuligem da plvora ao redor do orifcio de entrada
ZONA DE CHAMUSCAMENTO: tem como responsvel a ao superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo
44. ORLAS E ZONAS DE CONTORNO
46. ORIFCIOS DE ENTRADA
Podem ser
circulares (90)
ovais ou arredondados (ngulo diverso de 90) ou
tangencial, de acordo com o ngulo de incidncia
47. TIRO ENCOSTADO
48. ORIFCIOS DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO
forma irregular (estrelado) pela dilacerao dos tecidos pelos gases explosivos (mina de Hoffmann)
sem zona de tatuagem ou de esfumaamento
dimetro do ferimento maior que o projtil (exploso dos gases)
halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi)
impresso (presso) do cano da arma (sinal de Werkgaertner)
quando transfixante: trajeto com orifcio de entrada e sada
53. ORIFCIO DE ENTRADA TIRO A CURTA DISTNCIA cone de disperso do tiro
forma arredondada ou circular
orla de escoriao ou contuso
orla equimtica
orla de enxugo
zona de tatuagem
zona de esfumaamento (removvel)
zona de queimadura (chamuscamento)
54. Zona de Esfumaamento
55. Chamuscamento e Esfumaamento
56. Zona de Tatuagem
57. ORIFCIO DE ENTRADA TIRO DISTNCIA
forma arredondada
dimetro menor que o do projtil
com orla de escoriao
com orla equimtica
58. ORIFCIO DE ENTRADA TIRO DISTNCIA
59. ORIFCIO DE SADA de forma irregular ou dilacerado
maior que orifcio de entrada
maior sangramento
ausncia de orlas, zonas e halos
bordos evertidos
60. Leses PrfurocontusasOrifcio de Entrada x Orifcio de Sada Excees podem ocorrer:
tiro encostado
ricochete, o projtil perde sua propulso (bala perdida)
dois ou mais projteis sucessivos atingem o mesmo ponto na pele
61. TRAJETO/TRAJETRIA Trajeto: o caminho percorrido pelo projtil dentro do corpo da vtima
pode ser
transfixante
no transfixante (projtil retido)
Trajetria: o caminho percorrido pelo projtil fora do corpo (da arma at a superfcie atingida)
por ser
trajeto simples: resultante de projtil nico
trajeto mltiplo: resultante de projteis mltiplos
62. FERIMENTOS POR PROJTEIS MLTIPLOS
63. Agentes de Ordem Fsica e seus efeitos
64. CALOR Modalidade
contato direto
efeitos: queimaduras
irradiao solar
efeitos: insolao desidratao e choque
Queimaduras: so leses produzidas geralmente por agentes fsicos de temperatura elevada com aes:
da chama
do calor irradiante
dos gases superaquecidos
dos lquidos escaldantes
dos slidos quentes e
dos raios solares
65. Contato direto - Queimaduras 1 grau ERITEMA
apenas a epiderme afetada
vermelho vivo, devido a simples congesto da pele
a coagulao fixa o eritema aps a morte
2 grau FLICTENA
caracterizado pela formao de vesculas, que suspendem a epiderme
so constitudas do lquido amarelo-claro, transparente
no cadver em seus lugar se vem placas apergaminhadas
66. Contato direto - Queimaduras 3 grau ESCARAS:
formam manchas de cor castanha, ou cinza-amarelada, indicativas da morte da derme
deixam cicatrizes proeminentes
no cadver, apergaminham-se
4 grau CARBONIZAO:
se particularizam pela carbonizao do plano sseo
pode ser total ou parcial
ocorre reduo do volume do cadver
(a gravidade das queimaduras, em relao sobrevivncia da vtima, avaliada em funo de sua extenso e intensidade)
67. IRRADIAO SOLAR INSOLAO:
ao da temperatura do calor ambiental em locais abertos (raramente em espaos confinados)
INTERMAO:
decorre do excesso de calor ambiental
lugares mal-arejados, quase sempre confinados ou pouco abertos e sem a necessria ventilao, surgindo, geralmente, de forma acidental
Alguns fatores contribuintes:
Alcoolismo
falta de ambientao climtica
vestes inadequadas
68. FRIO Modalidade:
contato direto
efeitos: necroses perifricas imediatas ou tardias (infartos)
ambiental
efeitos: baixa da resistncia, choque circulatrio
Graus das geladuras
1 eritema
2 flictenas
3 necrose ou gangrena
69. Frio contato direto acidente com refrigerador domstico
70. PRESSO Os principais fenmenos resultantes das alteraes de presso so denominados BAROPATIAS:
Diminuio da presso mal das montanhas ou dos aviadores (rarefao do ar em grandes altitudes)
Aumento da presso
mal dos mergulhadores com embolia gasosa (pela rpida subida superfcie)
71. ELETRICIDADE A eletricidade natural:
agindo letalmente sobre o homem: FULMINAO
quando apenas provoca leses corporais: FULGURAO
leses com aspecto arboriforme: Sinal de Lichtemberg
A eletricidade artificial ou industrial:
Proposital: para execuo de um condenado - ELETROCUSSO
Acidental: ELETROPLESSO
a leso mais simples chamada marca eltrica de Jellineck
os efeitos deletrios da corrente eltrica se devem intensidade da corrente (amperagem)
Morte pela ELETRICIDADE (natural ou artificial)
Morte cardaca fibrilao produzida pela corrente tenso abaixo de 120 V
Morte pulmonar ou por asfixia (tetanizao dos msculos): tenso entre 120 e 1.200V
Morte cerebral hemorragia das meninges e demais estruturas cerebrais acima de 1.200V
72. Eletricidade artificial Eletroplessomarca eltrica de Jellineck
73. VENENO toda substncia que lesa a integridade corporal ou a sade do indivduo ou lhe produz a morte, mesmo em quantidades relativamente pequenas.
Uma substncia pode ser concomitantemente medicamento e veneno, dependendo da quantidade que administrada
O CONCEITO DE VENENO EST INTIMAMENTE VINCULADO DOSE
74. VENENO Os Venenos podem ser:
Medicamentos: depressores e estimulantes do SNC Sistema Nervoso Central;
Produtos Qumicos Diversos:
raticidas e formicidas a base de arsnico
cianetos e
fsforo
Plantas Txicas:
mandioca brava
espada de So Jorge e
mamona
Animais: serpentes, aranhas, vespas, abelhas
75. Ciclo toxicolgico seguido pelo veneno 1 - Absoro ou Via de Administrao - Depende da substncia, oral, pele, mucosa, hipodrmica, endovenosa Assim, o veneno de cobra, via oral, incuo
2 - Distribuio - O veneno circulado pelo sangue e passa aos tecidos
3 - Fixao - O veneno, especificamente, fixa-se no rgo onde vai agir (tropismo). Ex: Os metlicos no fgado, os estupefacientes no sistema nervoso etc
4 - Transformao - O organismo defende-se dos venenos transformando-os em derivados menos txicos e substncias mais solveis e,
5 - Eliminao - As substncias so eliminadas pela urina, fezes, saliva etc
76. Caractersticas Gerais dos Venenos Cada veneno tem a sua dose txica e mortal;
A pureza e a frescura da substncia influi na toxidez;
A via de penetrao importante, v,g., injeo ao invs de ingesto;
A tolerncia fundamental na dose mortal, pode ocorrer que uma grande dose seja incua;
Idiossincrasia: (inverso da tolerncia - sensibilidade anormal ao veneno
Para que se caracterize, com certeza uma morte por envenenamento, alm da identificao de uma substncia qumica txica no corpo da vtima, necessrio que se verifique a concentrao da referida substncia.
77. Caractersticas Gerais dos Venenos O cadver exala odor de amndoas amargas, quando houve ingesto de Cianureto de Potssio ou cido Ciandrico
O cadver daquele que ingeriu Cianureto de Potssio, alm dos sinais gerais da asfixia e do odor de amndoas, apresenta-se com livores violceos na pele e rigidez precoce e intensa
Saturnismo o nome que se d ao envenenamento por Chumbo (Riso sardnico: expresso facial tetnico)
Hidrargirismo ou Mercurialismo o nome da intoxicao provocada pelo Mercrio
fundamental para tipificao da morte por envenenamento que seja detecta no s a presena de uma substncia qumica potencialmente venenosa como tambm, os nveis de concentrao
78. Diagnstico de envenenamento
critrio clnico: sintomas caractersticos de cada substncia
critrio anatomopatolgico: exames laboratoriais
exame macroscpico: anlise do corpo observando leses na boca, odores caractersticos, colorao da pele etc.
exame necroscpico: coleta de vsceras para exames laboratoriais
79. Intoxicaes Alimentares So danos devidos ao uso de alimentos por si s inofensivos, mas que se tornam nocivos pelas toxinas ou micrbios
Podem ser provocadas:
pelas embalagens dos alimentos, em especial, latarias
pela existncia de substncias conservantes em grande dose
pela carne crua de animais doentes, em especial, o portador de carbnculo
por alimentos txicos, tais como peixes, crustceos e cogumelos, ou ainda,
por alimentos deteriorados, como, por exemplo palmito em conserva (botulismo).
80. LESES CORPORAIS LUZ DO ART. 129 CP Leso Corporal: Ofender a integridade corporal ou a sade de outrem.
Ofensa integridade corporal: ocorrncia de dano anatmico como:
escoriao equimose ferida incisa luxao fratura cicatriz mutilao amputao
b) Ofensa sade: ocorrncia de perturbaes funcionais:
- motricidade = articulaes
- funes vegetativas = digesto, respirao, circulao
- atividade sexual
- psiquismo
81. CLASSIFICAO Leses Leves (pena de at 1 ano)
Leses Graves (pena de at 5 anos)
Leses Gravssimas (pena de at 8 anos)
Leses Seguidas de Morte (pena de at 12 anos)
82. Do CPB, Ttulo 1 Dos Crimes Contra a PessoaCaptulo II Das Leses Corporais
83. LESO LEVE No implica em grandes conseqncias para a vtima
O conceito de leso corporal de natureza leve estabelecido por excluso, uma vez que as tipificaes de agravantes da leso esto contidas nos pargrafos 1, 2 e 3 do Art. 129 do CPP
Danos superficiais aos tecidos ex: ferimentos em tecidos moles, escoriaes, hematomas, equimoses, contuses, edemas, luxaes, fraturas dentrias de pequena extenso, entre outros
Leses de menor monta que no comprometam as funes de carter permanente e que no acarretem maiores riscos ou recuperao demorada
84. LESO GRAVE Incapacidade (fsica ou psquica) para ocupao habitual por mais de 30 dias
no exige incapacidade absoluta
em 30 dias dever ser reavaliada a necessidade de um perodo maior, para o retorno da vtima s suas ocupaes habituais
atividade profissional ou social (passeio, escola: no somente o trabalho - conceito funcional e no econmico )
Perigo de vida
Deve ser atestado mediante sintomas, como perda de conscincia, desaparecimento do reflexo
As leses com maior probabilidade de colocar em risco a vida da vtima so: feridas penetrantes do abdmen e do trax, hemorragias abundantes, estados de choque, queimaduras generalizadas, fraturas do crnio e da coluna vertebral, traumatismo crnioenceflico, infeces
85. LESO GRAVE Debilidade permanente (definitiva frente ao tratamento habitual) de membro, sentido ou funo
Membro: anquilose (debilidade da mobilidade articular), paralisia muscular
Sentido: tato, viso, audio, paladar e olfato
(reduo ou diminuio da capacidade sensorial)
Funo: rins, corao, mastigao
- perda de dente = funo mastigatria
- perda de testculo = funo reprodutiva
Acelerao do Parto
Compreende traumas de toda ordem (fsica ou psquica) que pode antecipar o parto, no ocorrendo a morte do feto
86. LESO GRAVSSIMA
Incapacidade permanente para o trabalho
Dificilmente curada ou reparada. Ex.: um motorista de nibus perdeu a viso: (impossibilidade de trabalhar)
Enfermidade incurvel
Estado patolgico que tende a evoluir para a morte ou que permanea indefinidamente estacionrio sem possibilidade de cura: lepra, tuberculose, epilepsia
Perda ou inutilizao de membro, sentido ou funo
Ex.: perda da fala pela amputao da lngua, perda da audio, da viso, de uma mo, de um p
87. LESO GRAVSSIMA
Deformidade permanente
Dano esttico irreversvel, visvel e permanente (de vulto)
(Visibilidade, permanncia e extensibilidade da leso)
Aborto
Morte fetal ou sua expulso e morte conseqente como resultado do dano (agresso integridade fsica ou sade da me)
88. LESO CORPORAL MORTALLeso corporal seguida de morte O agente, sem a inteno de matar, produz uma leso corporal dolosa e, esta, determina a morte da vtima
a morte da vtima agrava a pena, pois se trata de uma ao dolosa com resultado culposo
89. Quesitos para Exame de Corpo de DelitoLeses Corporais Houve leso?
Qual instrumento ou meio a produziu?
H quanto tempo foi produzida?
Resultou debilidade de membro, sentido ou funo?
Resultou perda ou inutilizao de membro, sentido ou funo?
Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel?
Resultou perigo de vida?
Impediu as atividades habituais por mais de trinta dias?
Resultou deformidade permanente, enfermidade incurvel, acelerao de parto ou aborto?