Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Aula VI

1. Gestão Ambiental e Responsabilidade SocialAula VI As vertentes socioambientalistas compartilham um entendimento profundo que viabiliza a seus atores sociais serem cooperativos apesar de suas diversidades. O Ambientalismo busca um tratamento solidário da realidade, com base no respeito às multiplicidades culturais, sociais e individuais. Lidar com a diversidade é fácil? Profª Patrícia K. S. Paris

2. IDEOLOGIAS, PARADIGMAS E ÉTICA AMBIENTAIS NO DESENVOLVIMENTO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS

3. Alguns conceitos e idéias... • As ciências sociais têm caráter ideológico. Uma ideologiaé, por exemplo, uma justificativa de nossas posições políticas, nossos interesses pessoais, ou seja, uma justificativa de posicionamentos. Através da linguagem científica, ela desfruta da confiabilidade que nossa sociedade tem na Ciência. • Paradigmas são pressupostos subjacentes às teorias sociais, que norteiam as teorias, com base em uma filosofia da ciência e uma teoria da sociedade. Ex.: o homem nasce ‘bom’ e o ambiente o corrompe x o homem nasce como um ‘papel em branco’ e suas experiências moldam seu caráter x o homem é ‘naturalmente ruim’ devendo portanto ser vigiado e punido. O que pensam sobre isso? • Éticaé uma disciplina teórica que tem os fenômenos morais como objeto de estudo. E as normas morais expressam valores, que afetam tomadas de posição diante de questões polêmicas que envolvem as condutas das pessoas. Basicamente, reflete o que se supõe ser ‘certo’ ou ‘errado’. Isso varia ou existe uma moral universal?

4. A SERVIÇO DE QUEM ESTÁ A ADMINISTRAÇÃO? Discurso / imagem como estratégia x prática - Lealdade aos stakeholders, investidores em geral, ou à humanidade e à vida como um todo? Quem são os stakeholders afinal? “Responsabilidade Social consiste no somatório de atitudes assumidas por agentes sociais – cidadãos, organizações públicas, privadas com ou sem fins lucrativos – estreitamente vinculadas a ciência do dever humano (ética) e voltadas para o desenvolvimento sustentado da sociedade.” Fernandes (2000, p. 06)

5. Complexidade ambiental x (In)sustentabilidade social=URGÊNCIAO que realmente quer dizer o tão falado “pensar globalmente e agir localmente”?Inversão da lógica atual: ao invés de discutir padrões internacionais para práticas locais, que se atente para as práticas locais, e com as tecnologias de comunicação troque-se experiências e busque-se valores globais a posteriori. (idéiade que se perde muito tempo discutindo possíveis padrões de atuação e não agindo e que as questões ambientais carecem de urgência).

6. PENSAR GLOBAL + AGIR LOCALOs problemas são muitos, e são complexos. O que EU (somente eu) fizer não fará muita diferença mais...?!?!?!Se todos pensarem assim, ninguém começa a mudar as coisas. Se cada um tomar a decisão de fazer sua parte, independente de esperar outros o fazerem, começa-se sim a mudar a realidade. Esse ‘somente’ é irreal; você sabe o que pensam e fazem todas as pessoas no mundo?Às vezes pode ser difícil, mas é uma forma de se encarar positivamente as questões socioambientais, para tomarmos nossas decisões. O que vocês pensam sobre isso?

7. Do homem parentético vocês se lembram? Aula do dia 21/02, sobre a Evolução dos conceitos de HOMEM, ORGANIZAÇÕES E MEIO AMBIENTE? Allllguééémmmm... Isso! Pois bem, o UTILITARISMO (visão em que tudo é considerado como recurso) tem sido discutido na Administração. Ex.: Recursos Humanos??? Ou Gestão de Pessoas, ou Gestão com Pessoas? Em ‘forma’ pouco importa, mas em essência vale diferenciar! Isso porque passamos a entender o homem como cidadão, consumidor, profissional, investidor, estudioso, ativista... Enfim, diversos papéis ao mesmo tempo. E as organizações são compostas por eles (nós), e para eles (nós)! Enfim, a serviço de quem está mesmo a Administração? Utilitarismo x O homem parentético

8. Então, qual o grade dilema dos Administradores? Bom, se somos vistos como gestores de recursos, mediadores de conflitos e tomadores de decisão, é evidente que nossa prática profissional cotidiana se envolte de diferentes pontos de vista, interesses, opções que podem ora beneficiar a + ou a – pessoas, assim como requerem atitudes que nos cobram refletir sobre valores básicos como ‘certo’ e ‘errado’, ‘bem x mal’! Responsabilidade socioambiental, portanto, tem muito a ver com moral, uma vez que prega o atendimento ao interesse do maior número de pessoas (sociedade), incluindo o equilíbrio da natureza como um todo. Muito ‘lindo’ tudo isso né... Mas, então, por que é mais complicado do que parece? ...

9. ... porque podemos compartilhar de muitas idéias inovadoras, termos interesse em gerir projetos socioambientais, querer promover uma maior distribuição de riquezas e melhorar a qualidade de vida de todos ... Entretanto, costumamos ter hierárquicos superiores, os donos da empresa, ou mesmo sócios... a quem respondemos diretamente sobre nossa gestão e quem nos cobra resultados! Eis um desafio! E mais, o que seria uma organização socioambientalmente‘correta’? Algumas vezes penso que o símbolo do Administrador deveria ser o mesmo desenho da Justiça com a Balança, dos estudiosos do Direito. Ou quem sabe, o de um equilibrista, sob uma corda bamba. De toda forma, o estudo, somado às experiências passadas e futuras, às nossas crenças e valores pessoais, bem como as exigências cada vez maiores da sociedade como um todo, aos poucos moldarão as práticas administrativas rumo à SUSTENTABILIDADE.

10. CONCLUINDO... • O papel/desafio do Administrador face às problemáticas sociais e ambientais, como agente de mudanças nas organizações das mais diversas (públicas, não-governamentais, privadas, de Ensino, em atividades diversas na sociedade) é grande! • O Código de Ética da profissão rege a responsabilidade socioambiental como base para atuação do Administrador.