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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: CASO DE ISRAEL Hebraico: o mais ambicioso e mais bem sucedido projeto na história das PLs. Sobre a Língua hebraica. Hebraico: localização dentre cerca de 240 línguas semíticas c/ 285 milhões de falantes.
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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: CASO DE ISRAELHebraico: o mais ambicioso e mais bem sucedido projeto na história das PLs
Sobre a Língua hebraica • Hebraico: localização dentre cerca de 240 línguas semíticas c/285 milhões de falantes. Língua pertencente à família das línguas afro-asiáticas, espalhadas pelo Norte e Leste da África (a chamada ”África branca”).
Sobre o Hebraico < língua da Bíblia original • Hebraico "clássico” ou litúrgico: assim era redigida a Torá, texto central do Judaísmo (HamishaHumsheiTorah:nome completo dos 5 primeiros livros do Tanakh). • Judeus ortodoxos consideram ter sido escrita a Torá na época de Moisés (Egito, 1250 a.C., ou aproximadamente há 3.200 anos).
Périplo judeu: alguns pontos • Expulsos de Israel pelos romanos em 70 d.C. • Eles não regressaram à sua terra senão a partir de 1948, quando se instituiu o Estado de Israel (a República Democrática Parlamentar, fundada em 14/05/1948) ― a base territorial do povo judeu. • Longa cronologia de fatos marcantes antecede e prepara o retorno desse povo à sua Terra Prometida...
Alguns ecos do mundo em favor do retorno dos judeus • 1838: fomento à emigração dos judeus para a Terra Prometida por uma organização judaica secreta, destinada a esse fim, em Viena (Áustria), “A Unidade”. • 1840: pedido de intercessão junto ao sultão turco, pelo retorno dos judeus à "Palestina“, pelo ministro do exterior britânico, LordPalmerston. • 1844: sugestão de endereçamento de elevadas somas de recursos para uma nova colonização da Terra Santa feita pelo pastor britânico Bradshaw. • 1849: apelo a investimento na reconstrução da nação judaica, pelo coronel britânico e sionista cristão George Gawler (1796–1869), ao acompanhar o filantropo judeu, Sir MosesMontefiore, em uma viagem à Terra Santa.
Mais alguns ecos da longa cronologia... • 1860: Uma conferência judaica é feita na cidade prussiana de Thorn. Discutida a possibilidade de refundar a nação judaica na região da "Palestina". • 1864: Pedido de apoio ao retorno dos judeus à Terra Santa feito a Napoleão III e a outros Chefes de Estado pelo cristão e sionista suiço Henri Dunant (fundador da Cruz Vermelha). • 1865: Após duas visitas à Terra Santa, o luterano e sionista alemão C. F. Zimpel publica um "Chamamento a toda a Cristandade e aos Judeus em prol da Libertação de Jerusalém". • Pouco tempo mais tarde, Zimpel escreve profeticamente: "No final, a emigração para a Palestina será a única salvação para os judeus...”
Ainda ecos dos anos 70 do séc.XIX • 1874: John Cox Gawler (filho do cristão sionista George Gawler) dá continuidade à obra de seu pai e torna público um detalhado e prático projeto para a povoação da Terra de Israel pelos judeus. • 1875: Sociedades outras vão-se formando, com vistas a apoiar e facilitar o retorno dos judeus a Israel (ex.: em Londres, a "Palestine Colonization Society“). • 1878: O homem de negócios e missionário americano William Blackstone publica seu livreto Jesus Vem, no qual conclama a uma retomada da vida nacional judaica em Sião.
Ecos dos anos 80 do séc.XIX • 1881: Movimento religioso-sionista "Hibbat Zion" ("Amor por Sião"). • 1882: Judeu alemão Leo Pinsker, Auto-Emancipação. • 1882-1904: primeira "aliá", emigração de mais de 25.000 judeus do leste europeu. • 1897: Theodor Herzl (líder do movimento sionista), escreveu Estado Judeu, guia para a fundação do novo Estado de Israel. • 1901: Herzl (jornalista, advogado, literato) tenta negociar com o governo otomano, sem sucesso.
Ecos do séc.XX • 1903: Os britânicos oferecem Uganda. • 1914: Nova emigração de judeus (desde 1882). • 1919: Primeira onda de emigração de judeus alemães para a "Palestina". • 1922: Churchill restringe a emigração. • 1945: Suicídio de Hitler. Capitulação incondicional da Alemanha. Fim da Segunda Guerra Mundial. • 1948: Fundação do movimento sionista mundial, em favor da criação de um Estado Judaico (Sion Jerusalém). Fundação do Estado de Israel, em 14/05/1948, com a Declaração de Independência proferida por David Ben Gurion.
Ecos do séc.XX (cont.) • 1949: Jerusalém recupera o estatuto de capital de Israel. • 1967: Durante a Guerra dos Seis Dias, Israel conquista lugares sagrados do judaísmo: a Judéia, a Samaria, as colinas de Golan, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. • 1972: Cerca de 100.000 judeus russos chegam a Israel. • 1989: Outros 700.000 judeus russos chegam a Israel. • 1998: Estado de Israel no seu 50º ano de existência. • 1999: Israel com mais de 6 milhões de habitantes, dos quais 4,8 milhões são judeus. O forte fluxo de imigrantes judeus do leste europeu se mantém.
Ainda dentro dos aspectos cronológicos • Todos os ecos que nos advêm da questão judaica, desde a segunda metade do séc. XIX, evidenciam o intenso debate havido, e nos moldes do nacionalismo europeu tradicional. • Um fato histórico relevante para a “alçada” do judaísmo à ideologia nacional foi a imigração, incentivada e promovida pela Inglaterra, de judeus à Palestina.
Falando em ideologia nacional... São 3 as fases de desenvolvimento da ideologia nacionalista de um projeto político e sua implementação, segundo os moldes do nacionalismo europeu tradicional (Hobsbawn): • Uma primeira fase romântica precedente a qualquer militância; • Fase em que há uma militância política com um projeto nacional; • a fase de adesão, na qual essa militância adquire “apoio massivo”. A partir de Hobsbawn, pode-se dizer que a militância no Leste europeu, em função dos Pogroms, se caracterizaria na fase (2), enquanto as milícias armadas na Palestina se caracterizariam na fase (3).
2. A questão do Hebraico no fim do séc. XIX • 2 fatores foram determinantes para trazer o debate da religião hebraica à questão nacional: 1º) Frequentes cisões ideológicas, sociais e culturais dentre os judeus. 2º) Iniciativas anti-semitas, como os Pogroms .
Sobre as frequentes cisões ideológicas, sociais e culturais dentre os judeus: na Diáspora, o exílio, a dispersão dos judeus pelo mundo com a consequente formação de comunidadesjudaicasfora da Palestina (porcerca de dois mil anos) com suasproblemáticas. 2)Iniciativas anti-semitas, como os Pogroms : atosemmassa de violência, espontâneaoupremeditada, contra judeus (e outrasminoriasétnicas da Europa), como as promovidaspelaadministração de Nicolau II, da Rússia, a partir de propaganda anti-semita, 1903-1906, queprovocarammuitostumultosna Europa.
Fato principal contra aos judeus • Com certeza, a implementação dos Pogroms pela Rússia czarista. A onda de Pogroms varreu o Sul da Rússia entre 1881 e 1884, levando à emigração maciça dos judeus, principalmente para EUA, com cerca de dois milhões de judeus russos entre 1880 e 1920. • Pelo menos uma parte dos Pogroms devem ter sido organizados ou apoiados pela polícia secreta russa, sob a indiferença do exército russo, e em linha com a política interna da Rússia Imperial. • A Revolução Russa de outubro de 1917 e a consequente Guerra Civil Russa foram acompanhadas de vários Pogroms.
Voltemos ao Hebraico • As raízes do pensamento nacionalista judeu estão no Sionismo. • Sionismo: movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico, por isso sendo também chamado de nacionalismo judaico . • Desenvolvimento do Sionismo: a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os judeus do centro e leste europeu, sob pressão dos Pogroms e do anti-semitismo crônico destas regiões, mas também na Europa ocidental, em seguida ao choque causado pelo caso Dreyfus (1894).
Logo no início do pensamento nacionalista judeu, surgiram questões acerca da identidade judaica. • Evidentemente existe uma identificação decorrente da religião, mas via de regra a identidade de uma Nação demanda alguns quesitos a mais do que o religioso; são necessários: 1.um mito de história comum; 2. tradições comuns; 3. valores comuns; 4. e uma língua comum. O mito do retorno, o desejo da união de algo que foi separado pela força, tornaram-se ELEMENTOS DE COESÃO NACIONAL, no caso da Nação judaica.
A questão de uma língua comum • A questão da língua comum seria problemática se não fosse por Eliezer Bem-Yehuda(1858-1922) - jornalista e militante - que assumiu o projeto de recriação do Hebraico para que este se adequasse ao uso comum, do cotidiano, deixando, portanto, de ser a língua exclusiva do Rabinato, para tornar-se a língua nacional.
Sobre a restauração do Hebraico • O desenvolvimento do Hebraico foi, de fato, o processo de invenção de uma língua, por meio das poucas referências de uma língua voltada à religiosidade. • Mas qual língua que não fosse o Hebraico encontraria a legitimidade de ser a língua do Estado judeu?
A restauração do Hebraico (cont.) • Sabe-se que priorizar o iídiche (<al., “judeu” ou “judaico”), ou o árabe, geraria maiores problemas identitários, inclusive podendo trazer efeitos negativos à coesão pretendida ― a união nacional dos povos. • A adesão dos judeus a um Estado que falasse iídiche (considerado por muitos um dialeto do alemão) poderia se complicar.
A restauração do Hebraico (cont.) • Apesar da relutância do Rabinato, o Hebraico litúrgico foi se desenvolvendo e, mediante um acordo entre as elites, encontrou respaldo popular. • Durante a formação do Estado de Israel e durante seus primeiro anos, a ADESÃO ao Projeto Nacional foi tal, que os casais passaram a valer-se do Hebraico em suas casas, para que as gerações futuras fossem falantes-nativos do Hebraico.
A restauração do Hebraico (cont.) • As Políticas Linguísticas voltadas ao Hebraico, que facilitaram sua escrita e desenvolveram o seu léxico, foram, de fato, bem sucedidas. • Hoje, em Israel, o Hebraico é utilizado normalmente, no cotidiano da vida. • Único complicador: uma segunda onda migratória, principalmente russa que, em função do contexto histórico, não está aderindo de forma tão completa ao Projeto Nacional, mantendo sua língua nativa.
A restauração do Hebraico (cont.) • A restauração do Hebraico, como língua viva, teve sua ideia original – ao contrário do que se possa imaginar – elaborada de forma efetiva, não há tanto tempo, mais precisamente nas primeiras décadas do século XIX. • Sua elaboração faz parte também dos desdobramentos originados pelo movimento iluminista judaico Haskalah, pretendente ao estudo do hebraico bíblico, masfundadonarazão.
A restauração do Hebraico (cont.) • Esse movimento com o caráter iluminista do séc.XIX, pretendia uma laicização da cultura judaica, estudando criticamente a língua hebraica e os livros sagrados. • Seria uma tentativa de integração do povo judeu à sociedade europeia, já que continuava a discriminação: o povo judeu continuava sendo visto como povo invasor das nacionalidades e que vivia basicamente de uma atividade não-produtiva, o comércio financeiro.
Dessa forma, os movimentos políticos judeus - antes que exigir igualdade de direitos em uma luta de classes – optaram pela elaboração de um Projeto de Nação Própria, baseado nos moldes nacionalistas do século XIX (Sapereaude!, Ouse saber, Atreva-se a saber, Tenha a coragem de usar o próprioentendimento― o lema do Iluminismo, usadopor Immanuel KANT, emO que é esclarecimento(< latinoHorácio).
A restauração do Hebraico (cont.) • Surgiu, assim, pela primeira vez, a invocação dos laços religiosos comuns para legitimar a reivindicação de um território próprio situado na Terra Sagrada – Israel. • Tendo o movimento sionista tomado forma ao longo dos anos 30 e, seguindo pelo período da Segunda Guerra Mundial, em meio à cogitação de um Estado Judeu, iniciou-se o debate sobre qual língua adotar.
A restauração do Hebraico (cont.) • A proposta da institucionalização de uma língua comum - escolhida dentro da diversidade de línguas que havia (o inglês, o alemão, o iídiche e outras já difundidas) - foi rejeitada... • E isso porque isso seria altamente discriminante, privilegiando povos que as utilizavam como L1, em detrimento de outras que a aprenderiam como L2.
A restauração do Hebraico (cont.) • Diante de toda essa complicada realidade linguística, Eliezer Ben-Yehuda propôs a utilização do Hebraico – o reviver do Hebraico enquanto língua-mãe – como a alternativa melhor, refletindo também o simbolismo do novo Estado Judeu. • Ben-Yehuda, um ardenterevolucionárionaRússaczarista, juntou-se aoMovimentoNacionalJudaico e emigroupara a Palestinaem 1881 (c/23a.). • Motivadopelosideaisque o circundavam de renovação e de rejeição do estilo de vida dos judeusdadiáspora, dedicou-se a desenvolveruma nova línguaqueosjudeuspudessemutilizarpara a comunicação do dia a dia.
A gramatização do Hebraico • Apesar de, a princípio, o seu trabalho ter sido desprezado, a necessidade de uma língua comum começou a ser entendida por grande parte da população. Em breve seria constituído o Comitê da Língua Hebraica. Mais tarde, seria a Academia da Língua Hebraica, uma organização que existe até hoje. • Como a gramatização de uma língua se consubstancia numa gramática e num dicionário da língua em questão, os resultados do trabalho de Ben-Yehuda e do Comitê foram publicados num dicionário (O Dicionário Completo de Hebraico Antigo e Moderno) e em uma gramática do Hebraico moderno. • O trabalho de Ben-Yehuda acabou por encontrar solo fértil e, no princípio do século XX, o hebraico tornou-se a principal língua das populações judias.
A gramatização do Hebraico de Ben-Yehuda • O hebraicomodernofundou-se no hebraicobíblico, clássico, litúrgico, com quefoiredigida a Bíblia original, a Torá, queosjudeusortodoxosconsideramtersidoescritanaépoca de Moisés, hácerca de 3.300 anos. Emborahojeemdiasejaumaescritafoneticamentequaseimpronunciável, portantodifícil de ser decodificada, devido à problemática das vogais do alfabetohebraicoclássico, osjudeustêm-nasemprechamado de “A LínguaSagrada") jáquemuitosacreditamtersidoescolhidaparatransmitir a mensagem de Deus à humanidade.
Sobre o Hebraico de Ben-Yehuda • Continuando a falar do método de criaçãodalínguahebraica, quando o ComitêdaLínguaHebraicadecidiainventaruma nova palavrapara um determinadoconceito, Yehudapesquisavaemíndices de palavrasbíblicas e dicionáriosestrangeiros, particularmente do árabe. • EmboraYehudapreferisse as raízessemíticasàseuropeias, o grandenúmero de falanteseuropeus de hebraicolevou à introdução de muitaspalavrasestrangeiras, europeias, nalínguahebraica.
Sobre o Hebraico de Ben-Yehuda • Outrasmudançasquetiveramlugar à medidaque o hebraicovoltava à vidaforam: 1. a sistematizaçãodagramática - umavezque a sintaxebíblica era porvezeslimitada e ambígua; e 2. a adoçãodapontuaçãoocidental. • A influência do russo é particularmenteevidente no hebraico. Porexemplo, o sufixorusso -ácia é usadoemnomesonde o portuguêsusa o sufixo -ação. Istoaconteceutantoemempréstimosdiretos do russo, comoporexemplo "industrializacia > industrialização, e empalavrasquenãoexistememrusso.
Sobre o Hebraico de Ben-Yehuda • A influência do inglês é tambémmuito forte, parcialmentedevido à administraçãobritânicadaPalestina, queduroucerca de 30 anos, e devido a laços fortes com osEstadosUnidos. • A influência do iídiche é tambémnotada, nomeadamentenosdiminutivos. • Finalmente o árabe, sendo a língua de numerososjudeusMizraicos e Sefarditas, imigrados de paísesárabes, assimcomo dos palestinianos e árabesisraelitas, teveumainfluênciaimportante no hebraico, especialmente no calão (língua dos queestão à margemdasociedade, nãoapenastermos de sentidonegativo).
Sobre o Hebraico de Ben-Yehuda • O hebraico moderno (ou hebreu) é escrito com um alfabeto conhecido como " quadrático". • É o mesmo alfabeto, em última análise derivado do aramaico, que foi usado para copiar livros religiosos em hebraico durante dois mil anos. Este alfabeto tem também uma versão cursiva, que é usada para a escrita à mão. • O hebraico moderno têm um jargão rico, que resulta de uma florescente cultura de juventude. As duas características principais deste jargão são os empréstimos do árabe (por exemplo, sababa, "excelente", ou kussémek, expressão de forte dissatisfação que é extremamente obscena, tanto em árabe como em hebraico).
Sobre o sucesso do Hebraico... Devido a vários fatores: • o tamanho relativamente reduzido do vocabulário básico do hebraico; • os numerosos empréstimos estrangeiros; • as regras gramaticais relativamente simples; • a adesão, hoje, em Israel de cerca 10 milhões de falantes, o Hebraico tornou-se uma língua nova, moderna, dos jovens, dos estudantes, dos intelectuais, uma língua simples de aprender - a L1 nas famílias.
Alguns dados estatísticos de 2009 Total de falantes: 10.000.000 Em IsraelPrimeira língua/L1: 5.300.000 Segunda língua/L2: 2 mi-2,2 mi Nos Estados Unidos Língua doméstica: 200.000 (aprox.) No Território PalestinoTerritório PalestinoSegunda língua: 500.000-1.000.000
Algunsdados territoriais-políticos de 2011 Falantes árabes de Israel formam 20% da população do país. Partidos: - o ultradireitista “Israel Beitenu” e - o maior partido oposicionista, Kadima. 1. O ultradireitista “Israel Beitenu”, liderado p/chanceler israelense Avigdor Liberman e p/vice-chanceler israelense Danny Ayalon. Esse partido de Liberman e Ayalon é conhecido p/crítica aos árabes de Israel, que formam 20% da população do país. Ayalon defende a transferência de áreas habitadas p/árabes em Israel para um futuro Estado palestino. "Ou seja: áreas povoadas por judeus [na Cisjordânia] têm de ser trocadas por terras povoadas por árabes [em Israel]." Com popularidade ascendente na direita, Liberman é apontado p/analistas como uma das razões do endurecimento do discurso do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, este preocupado em manter o apoio da maioria conservadora em s/gabinete; ele se preocupa pouco c/a enfraquecida oposição.
Algunsdados territoriais-políticos de 2011 . 2. Maior partido oposicionista, Kadima, liderado por Tzipi Livni , que criticou o repúdio imediato de Netanyahu à proposta de Obama de trocas territoriais como base para a solução do conflito palestino-israelense (o retorno às linhas divisórias antes da guerra de 1967, como propôs Obama). As ditas “fronteiras indefensáveis” . Articulado pela OnG norte-americana JStreet, um manifesto publicado no New York Times deflagra um processo que poderá se tornar marcante, nos próximos meses: setores da comunidade israelense começam a se mobilizar, em todo o mundo, para separar-se de atitudes como a de Netanyahu, e afirmar claramente seu apoio a uma paz justa. Este movimento tem raízes também no Brasil. … a atualizar
AIPAC, HOJE Conferência/Congresso (anual) do American Israel Public Affairs Committee - Aipac, em Washington, EUA. O maior e mais influente lobby judeu, o principal grupo de influência pró-israelense, nos Estados Unidos, com cerca de 100 mil membros. O mais importante grupo israelense nos EUA, um grupo de grande influência na política americana e que votou em peso (80%) em Obama em 2008. No último, ela, Tzipi Livni líder do maior partido oposicionista, o Kadima, defendeu na Aipac a solução de 2 Estados não como "um favor" ao americano, mas como um desfecho "vital para Israel". O discurso da última quinta (19/05/2011, de Obama na Aipac), diz que seu plano para a criação de um Estado palestino em terras ocupadas por Israel inclui uma troca de territórios mutuamente acordada e não seguirá exatamente a fronteira de antes da guerra de 1967. Na quinta-feira, o presidente Obama causou furor em Israel ao defender que "as fronteiras de Israel e do Estado palestino deveriam basear-se nas linhas de 1967 com trocas [de terras] acertadas de comum acordo".
Articulado pela OnG norte-americana JStreet, o manifesto publicado no New York Times deflagra um processo que poderá se tornar marcante, nos próximos meses. Setores da comunidade israelense começam a se mobilizar, em todo o mundo, para separar-se de atitudes como a de Netanyahu, e afirmar claramente seu apoio a uma paz justa. Este movimento tem raízes também no Brasil. Leia a seguir o manifesto, firmado, entre outros, por cerca de 40 intelectuais e escritores premiados, incluindo 27 contemplados com o Prêmio Israel; mais de vinte militares de alta patente, incluindo 18 generais da Reserva; cinco ex-embaixadores, cônsules-gerais e diretores do Ministério das Relações Internacionais; mais de 5 reitores e ex-reitores universidades. A tradução é de Cauê Ameni e o documento, com seu formato original e lista de signatários pode ser encontrado no site J Street.
O reconhecimento do estado Palestino baseado nas fronteiras de 1967 é vital para a existência de Israel “Nós, cidadãos israelenses, nos dirigimos ao público para apoiar o reconhecimento de um Estado palestino democrático, como condição para acabar com o conflito e chegar ao acordo sobre as fronteiras, baseadas nas de 1967. Reconhecer o estado Palestino é vital para a existência de Israel. É a única maneira de garantir a resolução do conflito através de negociações, para prevenir a erupção de outra onda de violência em massa, e isolamento internacional de Israel.
“A implantação bem-sucedida dos acordos requer duas lideranças, israelense e palestina, que se reconheçam uma a outra, optem pela paz e se comprometam inteiramente com ela. Essa é a única política que deixa o destino e a segurança israelenses em suas próprias mãos. Qualquer outra atitude política contradiz com a promessa do sionismo e do bem estar do povo judeu. “Nós, os abaixo assinados, chamamos todas as pessoas que se preocupam com a paz e a liberdade, e chamamos todas as nações, para que se unam a nós na saudação à Declaração de Independência Palestina e apoiem os esforços dos cidadãos dos dois Estados para manter relações pacificas, fundadas em fronteiras seguras e de boa vizinhança. O fim da ocupação é condição fundamental para a libertação dos dois povos, a realização da Declaração de Independência de Israel e um futuro de convivência pacifica.”
Apesar de Obama já ter feito a ressalva da troca de terras, a comunidade internacional viu o discurso como a defesa da Palestina em terras antes da ocupação israelense de 1967, que incluem Cisjordânia, faixa de Gaza e a disputada Jerusalém Oriental (que os palestinos querem como capital e Israel diz ser indivisível de sua capital). Israel reagiu em poucas horas e disse que Israel não poderia aceitar a proposta, pois ficaria com fronteiras indefensáveis. Na sexta-feira, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, foi a Washington e, ao lado de Obama, ressaltou que Israel não aceitará este mapa. Diante do mais importante grupo israelense nos EUA, um grupo de grande influência na política americana e que votou em peso (80%) em Obama em 2008, o presidente rejeitou a controvérsia.
"Deixe-me repetir o que falei e não o que foi reportado", começou a explicar Obama, colocando um tom mais forte para "as trocas acertadas de comum acordo". "As partes, israelenses e palestinos, vão negociar uma fronteira que é diferente da que existia em junho de 1967. É isso que significa troca mútua. Permite que as duas partes reconheçam as mudanças que ocorreram nos últimos anos. Permite às partes desenhar os dois Estados pensando nas novas realidades demográficas e as suas necessidades", disse Obama. "O que fiz na quinta-feira foi dizer em público o que já era conhecimento no âmbito privado", garantiu Obama.
Em suma, sobre o sucesso do Hebraico... O sucesso do Projeto de Política Linguística do Hebraico deu-se em razão da existência de um projeto consistente que agregou – em um só amálgama – língua, povo, território, Estado e nacionalidade… • Contou com uma equipe de especialistas trabalhando por longos anos, para obter tais resultados... • Com o estabelecimento e a manutenção de uma rede educacional, reforçando a aquisição “no lar” da língua hebraica...
Academia da Língua Hebraica Em hebraico: הָאָקָדֶמְיָה לַלָּשׁוֹן הָעִבְרִית HaAqademyaLaLashonHaIvrith: 1953: data da instituição da "Fundação Suprema para a Ciência da Língua Hebraica", pelo Governo de Israel. Responsável pela criação de novas palavras em hebraico, para adaptar-se às mutações da própria sociedade contemporânea. Outorgada à Academia a última palavra no que diz respeito a assuntos relacionados com ortografia, gramática da língua hebraica. Antecedeu-a: o Conselho da Língua hebraica, que era ativo já antes da criação do Estado de Israel.
Em suma, sobre o sucesso do Hebraico... • Contou com a formação de professores; a edição de livros didáticos; a provisão de material de leitura regular; a criação de uma burocracia para o gerenciamento do sistema de ensino; • Com o estímulo à produção midiática e artística para que a língua proposta se vinculasse à vida regular das pessoas, criando as raízes de uma comunidade nacional; • Em suma, tudo isso supôs um investimento que não só foi de grande monta, como tem sido permanente na vida da nação.