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Mesa: Especificidades dos Setores Elétricos da América Latina

Mesa: Especificidades dos Setores Elétricos da América Latina. IV Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica Élbia Melo – Conselho de Administração da CCEE 25 de Agosto de 2009. Agenda. Características do Setor Elétrico Brasileiro. Comercialização de Energia Elétrica no Brasil.

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  1. Mesa: Especificidades dos Setores Elétricos da América Latina IV Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica Élbia Melo – Conselho de Administração da CCEE 25 de Agosto de 2009

  2. Agenda Características do Setor Elétrico Brasileiro Comercialização de Energia Elétrica no Brasil Características de Sistemas Elétricos da América Latina A Importância da Integração Integração Brasil - Peru 2

  3. VENEZUELA Boa Vista Sistema Elétrico Brasileiro Sistema Interligado Predominante Hidrelétrico Grandes Reservatórios Grandes Interligações Sistemas Isolados 3% do mercado Obs. 2009 - integração do Sistema Acre-Rondônia ao SIN S.Luís J. Pessoa MANAUS Natal RECIFE J. Pessoa RECIFE Parnaíba Tocantins Maceió Aracajú 12 Grandes Bacias Hidrográficas São Francisco Salvador BRASILIA Paranaíba Paraná/Tietê Grande Sistemas Isolados Amazônia ± 300 localidades isoladas Predominantemente Termelétrico Paranapanema Paraíba do Sul Vitória Iguaçu Uruguai Jacui ITAIPU Sistema Interligado 97% do mercado Curitiba 3

  4. Integração dos Sistemas Isolados ao SIN • MP 466/2009 - estabelece as regras para a integração dos sistemas isolados ao Sistema Interligado Nacional • Cronograma de Integração (Fonte: ONS) • Interligação dos Sistemas Isolados Acre – Rondônia ao SIN: 2009 • Interligação Tucuruí – Manaus – Macapá: 2012 • Redução na CCC: estimativa da ANEEL indica que essa redução pode ser de aproximadamente R$ 600 milhões já em 2009 • Impactos na CCEE com a integração Acre-Rondônia ao SIN • Adesão de duas novas distribuidoras: CERON e Eletroacre • Adesão de dois novos produtores independentes de energia: Termonorte e Eletrogoes • Modelagem da Usina Samuel da Eletronorte • Será estabelecido um período de transição (ainda não definido) para que os novos Agentes se adaptem as regras e procedimentos da CCEE (exemplo – adequação do sistema de medição de faturamento) • As distribuidoras deverão participar dos leilões do ACR 4

  5. Sistema Elétrico Brasileiro Carga esparsa e longas linhas de conexão Transferência de grandes blocos de energia – integração regional 5

  6. Capacidade Instalada do SIN (MW) - 2009 Capacidade Instalada do SIN (MW) Eólica Fonte: ANEEL – Julho 2009 6

  7. Evolução da Geração do SIN Geração por Segurança Energética Geração por Segurança Energética Fonte: CCEE – dados até maio de 2009 7

  8. Geração do SIN (MW médios) – 2008 e 2009 Ano 2008 Eólica Ano 2009 Fonte: CCEE – dados até junho de 2009 8

  9. Carga do SIN (MW médio) – 2000 a 2009 Fonte: CCEE – dados até junho de 2009 9

  10. Agenda Características do Setor Elétrico Brasileiro Comercialização de Energia Elétrica no Brasil Características de Sistemas Elétricos da América Latina A Importância da Integração Integração Brasil - Peru 10

  11. Contratação em dois ambientes Vendedores Geradores de Serviço Público, Produtores Independentes, Comercializadores e Autoprodutores Ambiente de Contratação Regulada (ACR) Distribuidores (Consumidores Cativos) Ambiente de Contratação Livre (ACL) Consumidores Livres, Comercializadores Contratos resultantes de leilões Contratos livremente negociados 11

  12. A CCEE A CCEE é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, tendo como principais atribuições: • Implantar e divulgar regras e procedimentos de comercialização • Administrar o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e o Ambiente de Contratação Livre (ACL) • Manter o registro dos dados de energia gerada e consumida pelos Agentes da CCEE • Manter o registro dos contratos firmados entre os Agentes da CCEE • Contabilizar e liquidar as transações realizadas no mercado de curto prazo • Realizar Leilões de Energia sob delegação da ANEEL 12

  13. Agentes da CCEE Representatividade da Classe de Agentes na CCEE 13 Fonte: CCEE - dados de junho de 2009

  14. Mercado Spot Energia Verificada Energia Contratada Mercado de Curto Prazo • A contabilização da CCEE leva em consideração toda a energia contratada por parte dos Agentes e toda a energia efetivamente verificada (consumida ou gerada) • A diferença entre os valores contratados e verificados – energia comercializada no Mercado de Curto Prazo, ou Mercado Spot – é valorada ao PLD (Preço de Liquidação de Diferenças) 14

  15. Geração Consumo Contratos de Venda Contratos de Compra Compra no Mercado de Curto Prazo Venda no Mercado de Curto Prazo Mercado de Curto Prazo Energia: 15

  16. Visão Geral da Operação da CCEE A agregação dos montantes líquidos de energia medida gerada e/ou consumida, contratada e dos preços do mercado de curto prazo possibilitará a realização do processo de contabilização e posterior liquidação dos pagamentos e recebimentos por Agente Medição Contabilização Resultados Liquidação Financeira Contratos PLD 16

  17. Visão Geral da Liquidação Financeira na CCEE Agentes Devedores Banco Agentes Credores Garantias Garantias Ordem de débito Ordem de crédito • Pagamento e recebimento dos resultados do sistema de contabilização: a CCEE informa, mensalmente, a posição devedora ou credora de cada agente • É um processo multilateral: transações são realizadas entre o sistema e o conjunto de agentes, não sendo possível a identificação de contrapartes 17

  18. São responsabilidades da CCEE Apuração/cálculo do PLD semanal utilizando os modelos computacionais NEWAVE e DECOMP Divulgação Semanal do PLD Contabilização e Liquidação Mensais com base no PLD PLD - Apuração 18

  19. Processo de Formação do PLD Modelos - Função de Custo Futuro - Valor da água - Risco de Déficit - Programação Dinâmica Dual Estocástica Previsões de Afluências Semanais Previsões de Carga CMO PLD Expansão da Oferta CVU da Temelétricas Limites de Intercâmbio 19

  20. Histórico do PLD 20

  21. Consumo do Mercado Livre e do SIN Evolução do Mercado Livre • 24,0% da energia do SIN é comercializada no Mercado Livre • Mercado Livre*: Consumidor Livre e Especial, Autoprodutor (APE), Eletrointensivo (CHESF, FURNAS e ELETRONORTE) 21 Fonte: CCEE - dados até junho de 2009

  22. Evolução dos Consumidores Livres Obs.: Os dados de Consumidores Livres e Especiais não foram segregados nos meses anteriores a jan/2008 22 Fonte CCEE - dados de junho/2009

  23. Total Negociado nos Leilões do Novo Modelo Valores atualizados pelo IPCA até junho de 2009 23 Fonte: CCEE

  24. Evolução dos Resultados dos Leilões de Energia Valores atualizados pelo IPCA até junho de 2009 24 Fonte: CCEE

  25. Total de Energia Negociado nos Leilões de Novos Empreendimentos Total Negociado: 17.278 [MW Médios] Fonte: CCEE – considerou-se o montante de energia agregada ao ACR pelas Usinas de Santo Antônio e Jirau 25

  26. 8º Leilão de Energia Nova (A-3 – 2009) • 8o Leilão de Energia Nova – 27/08/2009 • Fonte Hídrica: • CCEAR na modalidade quantidade - 30 anos • Preço-teto: R$ 144,00 R$/MWh • Fonte Térmica: • CCEAR na modalidade por disponibilidade - 15 anos • Preço-teto: R$ 144,00 R$/MWh • 25 projetos de geração com habilitações técnicas 26

  27. Agenda Características do Setor Elétrico Brasileiro Comercialização de Energia Elétrica no Brasil Características de Sistemas Elétricos da América Latina A Importância da Integração Integração Brasil - Peru 27

  28. América do Sul 28 Fonte: XM – Los Expertos En Mercados (dados de 2006)

  29. Comunidade Andina e Venezuela Venezuela Colômbia Equador Peru Bolívia 29 Fonte: XM – Los Expertos En Mercados (dados de 2006)

  30. Mercosul e Chile Brasil Paraguai Argentina Chile Uruguai 30 Fonte: XM – Los Expertos En Mercados (dados de 2006)

  31. Agenda Características do Setor Elétrico Brasileiro Comercialização de Energia Elétrica no Brasil Características de Sistemas Elétricos da América Latina A Importância da Integração Integração Brasil - Peru 31

  32. Integração Energética - Declaração de Caracas (Setembro de 2005) Argentina – Bolívia – Brasil – Chile – Colômbia – Equador Guiana – Paraguai – Peru – Suriname – Uruguai - Venezuela INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA - PRINCÍPIOS 1 -A solidariedade entre os povos; 2 - Respeito a soberania e a autonomia dos povos; 3 -Direito soberano para estabelecer os critérios que asseguram o desenvolvimento sustentado quanto ao uso dos recursos naturais renováveis e não - renováveis, com também administrar o uso dos recursos não - renováveis; 4 -A integração regional buscando complementar os esforços de cada país para o uso equilibrado dos recursos para desenvolvimento de seus povos; 5 -A cooperação e complementação entre os países da América Latina e Caribe 6 -Respeito as formas de propriedade que cada país adota para o desenvolvimento dos recursos energéticos 32

  33. Principais Benefícios Por Que Integrar Complementaridade dos Recursos Energéticos Desenvolvimento Sustentado Desenvolvimento Social Integração Energética Diversificação da Matriz Energética Ganhos na Utilização da Infraestrutura Tarifas Competitivas Maior Segurança Energética Economia de escala e menores riscos de operação 33

  34. Por Que Integrar Maior competitividade para a região Mercado Energético Regional Instituições Fortes e Independentes Competência Maior Eficiência Prosperidade Coletiva 34

  35. Por Que Integrar • Dificuldades • Diferentes culturas empresariais • Regimes macro-econômicosdistintos • Estrutura física • Assimetrias de mercados • Diferenças no arcabouço regulatório • Regras diferentes para os processos de comercialização e de operação 35

  36. Contexto para Integração • Consolidação dos blocos econômicos • Cone Sul • Pacto Andino Conjugação da energia elétrica com outros tipos de energia (gás) Liberação dos mercados de energia Conjuntura da oferta e da demanda na região Potencial de Integração Eletroenergética Alianças Estratégicas Novos Negócios Desafios para a regulação, operação do sistema elétrico e comercialização de energia 36

  37. POTENCIAL HIDRO CONSUMO ELÉTRICO Contexto para Integração • A integração energética na América do Sul já vem sendo estudada por organismos como CIER, MERCOSUL e OLADE, que identificaram grandes sinergias energéticas: • Para a energia elétrica, desde a complementaridade de regime hidrológico das bacias, até diferentes sazonalidades das cargas e mesmo a exploração de diferentes fusos horários; • Estudos da CIER, sobre complementaridade hidrológica no Cone Sul, estima-se um ganho de29 TWh/ano, ou seja, equivalente a uma receita a preços médios correntes de cerca de US$ 1,000 milhões e um investimento evitado de US$ 9,380 milhões. 37

  38. Contexto para Integração Estudos da CIER mostram grandes possibilidades de integração elétrica e do gás natural Integração Gasodutos Estudos CIER Integração Elétrica Estudos CIER 38

  39. Agenda Características do Setor Elétrico Brasileiro Comercialização de Energia Elétrica no Brasil Características de Sistemas Elétricos da América Latina A Importância da Integração Integração Brasil - Peru 39

  40. Integração Brasil - Peru HISTÓRICO 1/6 • Assinatura do Memorando de Entendimento para o Estabelecimento de uma Comissão Mista Permanente em Matéria Energética Geológica e de Mineração”, entre o MME/Brasil e MEM/Peru. • 28.08.2007 – Primeira reunião da Comissão Mista Permanente. Nesta reunião foi definida a criação do “Grupo de Trabalho ad hoc de Integração Energética” com o objetico de desenvolver estudos sobre o potencial de integração energética entre os dois países. 40

  41. Integração Brasil - Peru HISTÓRICO 2/6 • 07 e 08.11.2007 – Primeira reunião do “Grupo de Trabalho ad hoc de Integração Energética” . Elaborada minuta de Convênio de integração energética entre os dois países. • 16.05.2008 – Assinatura do “Convênio de Integração Energética entre o Brasil e o Peru” que estabeleceu as bases para a realização de estudos de interconexão energética entre os dois países. • 27.05.2008 – Segunda reunião do“Grupo de Trabalho ad hoc de Integração Energética” . Elaborada minuta de Convênio de integração energética entre os dois países. 41

  42. Integração Brasil - Peru HISTÓRICO 3/6 • 27.05.2008 – Segunda reunião do “Convênio de Integração Energética entre o Brasil e o Peru”. Nesta reunião foi realizada uma discussão detalhada das características de dados técnicos dos projetos com potencial de exportação de energia ao Brasil, além do atendimento elétrico na região de fronteira Assis-Brasil/Inambari. • Dos 15 projetos hidroelétricos (>200 MW) totalizando 19.285 MW foram selecionados para análise inicial as UHEs: • Urubamba (950 MW), Sumambeni (1080 MW), Paquitzapango (1380 MW) e Inambari (2.000 MW). 42

  43. Integração Brasil - Peru HISTÓRICO 4/6 • 21.07.2008 – Viagem da delegação brasileira ao Peru (Eletrobrás e MME), com o objetivo de dar início as tratativas de realização dos estudos de viabilidade dos projetos hidrelétricos selecionados. Por orientação do Sr. Ministro de Estado de Minas e Energia estes estudos de viabilidade seriam coordenados pela Eletrobrás. • Foram adicionadas ao elenco prioritário para estudo as usinas de Cuquipampa (800 MW) e Vizcatán (750 MW). 43

  44. Integração Brasil - Peru HISTÓRICO 5/6 • Para a condução dos estudos de viabilidadeforam constituidos os seguintes Grupos de Trabalho: • GT A – para desenvolver estudos de viabildade técnica e econômica dos projetos de geração; • GT B – para analisar os requisitos legais e regulatórios da importação de energia elétrica pelo Brasil. 44

  45. Integração Brasil - Peru HISTÓRICO 6/6 • 28.04.2009 – Encontro dos presidentes do Brasil e do Peru em Rio Branco no Acre. • Firmado o “Compromisso de Rio Branco”, uma série de protocolos, que prevê acordos de integração econômica e social entre o Brasil e o Peru • Assinando o “Memorando de Entendimento para Apoio aos Estudos de Interconexão Elétrica entre o Brasil e o Peru”. 45

  46. Âmbito Nacional • Cobertura Elétrica: 80% • Consumo per capta: 1.010 kWh/hab • Potência Instalada: 7.107 MW • Produção: 32.627 GWh • Vendas: 27.169 GWh • No de usuários: 4,6 milhões • Faturamento (consumidor final): 2.203 (US$ milhões) • No SEIN • Área de Influência: 21 departamentos • Potência Instalada:6 019MW • PotênciaEfetiva: 5 193 MW • Demanda Máxima: 4 200 MW • Produção: 29 558 GWh • Linhas de Transmissão • 220kV:5.677 km • 138kV: 3.636km Setor Elétrico Peruano 46 Fonte: Ministério de Energia e Minas do Peru

  47. Setor Elétrico Peruano Evolução da Matriz Energética Peruana Oferta Hidro e Termica Evolução da Potência Instalada Evolução da Geração de Energia Elétrica 47 Fonte: Ministério de Energia e Minas do Peru

  48. Integração Brasil - Peru 48

  49. EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS EM ESTUDO NO PERU Integração Brasil - Peru Fonte: Ministério de Energia e Minas do Brasil 49

  50. Integração Brasil - Peru LINHA DE TRANSMISSÃO PARA INTERLIGAÇÃO DOS SISTEMAS DO BRASIL E PERU 750 km 200 km 355 km SE Mantaro 300 km 50

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