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José Salomão Schwartzman. convulsões na criança. conduta. José Salomão Schwartzman. Universidade Presbiteriana Mackenzie Curso de Pós-graduação. José Salomão Schwartzman. primeira crise convulsiva. foi realmente uma convulsão? foi realmente a primeira?
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convulsões na criança conduta José Salomão Schwartzman Universidade Presbiteriana Mackenzie Curso de Pós-graduação José Salomão Schwartzman
primeira crise convulsiva • foi realmente uma convulsão? • foi realmente a primeira? • presença de fatores de risco para outra crise? • alterações eletrencefalográficas? • anormalidades no exame neurológico? • alterações estruturais (por exames)? • irmãos com convulsões? • quais os riscos de não tratar? • quais os riscos do tratamento? modificado de Dulac e Leppik (1997) José Salomão Schwartzman
crises epilépticas eventos não epilépticos eventos paroxísticos origem fisiológica origem psicogênica José Salomão Schwartzman
eventos não epilépticos em criançasque podem ser confundidos com crises convulsivas • crises parciais complexas • terror noturno • sonambulismo • crises tônicas • discinesias paroxísticas • torcicolo paroxístico • crises atônicas • perda de fôlego • síncope • crises mioclônicas • tremores • spasmusnutans José Salomão Schwartzman
eventos não epilépticos em crianças • crises de perda de fôlego (síncope cianótica) • fatores precipitantes presentes • choro, apnéia e perda da consciência • podem ocorrer rigidez e movimentos clônicos • síncope pálida (vagotonia) • ocorre com assistolias transitórias devidas a um reflexo cardio-inibitório sensível • os fatores desencadeantes estão, em geral, ausentes José Salomão Schwartzman
eventos não epilépticos em crianças • spasmus nutans • nistagmo, episódios de queda da cabeça e torcicolo • podem ter caráter paroxístico • ocorrem entre 4 meses e um ano de idade • não há perda de consciência • o EEG é normal • remissão ocorre em 1/2 anos após o início José Salomão Schwartzman
eventos não epilépticos em crianças • vertigem paroxística benigna • ocorre entre 1 e 3 anos de idade • surge de forma súbita • instabilidade da marcha e vertigens • pacientes mostram-se assustados • pode haver palidez, sudorese e vômitos • duração dos episódios é curta • remissão ocorre após 4 – 5 anos de idade José Salomão Schwartzman
eventos não epilépticos em crianças • mioclonia benigna da infância • início entre 3 e 9 meses • crises tônicas ou mioclônicas envolvendo, principalmente, a musculatura axial • episódios ocorrem em salvas ao despertar • evolução, em geral benigna • desaparecem por volta dos 2 anos de idade • desenvolvimento normal • EEG normal José Salomão Schwartzman
eventos não epilépticos em crianças • refluxo gastroesofágico • pode se acompanhar de crises de rigidez muscular • relação com alimentação • história de vômitos e regurgitação freqüentes • podem ocorrer infecções pulmonares de repetição por aspiração • síndrome de Sandifer José Salomão Schwartzman
eventos não epilépticos em crianças • tremores ou arrepios • podem ser observados entre 8 meses e 12 anos de idade • ocorrem conjuntamente com flexão da cabeça e tronco • tremores têm freqüência entre 7 e 12 Hz, são breves porem numerosos durante o dia • não ocorrem durante o sono • desenvolvimento normal bem como o EEG José Salomão Schwartzman
primeira crise convulsiva • convulsões isoladas são comuns • cerca de 9% da população geral tem ao menos uma crise convulsiva durante a vida • 1/3 destas pessoas apresentará epilepsia • a decisão de iniciar o tratamento com alguma medicação anticonvulsivante não é simples e deverá levar em conta a relação custo/benefício (benefícios x efeitos colaterais) • qual droga? • por quanto tempo? José Salomão Schwartzman
classificação internacional das crises convulsivas • crises parciais • parciais simples • com sinais motores • com sinais somatosensoriais • com sintomas autonômicos • com sintomas psíquicos • parciais complexas • parciais simples seguidas por comprometimento da consciência • com comprometimento da consciência desde o início • parciais evoluindo para generalizadas secundárias • parcial simples evoluindo para generalizada • parcial complexa evoluindo para generalizada • parciais simples evoluindo par parciais complexas evoluindo para generalizadas José Salomão Schwartzman
classificação internacional das crises convulsivas • crises generalizadas • crises de ausência • típicas • atípicas • crises mioclônicas • crises tônicas • crises tônico-clônicas • crises atônicas • crises não classificáveis José Salomão Schwartzman
classificação das crises convulsivasmod. de Engel, 1989 • epilepsias primárias (idiopáticas) • epilepsias secundárias (sintomáticas) • condições com crises reativas (reação de um cérebro normal a um estresse fisiológico ou insulto epileptogênico transitório José Salomão Schwartzman
classificação das crises convulsivasmod. de Engel, 1989 • epilepsias primárias (idiopáticas) • sem lesões estruturais (genéticas, benignas) • com crises generalizadas • ausências simples • epilepsia juvenil com crises de ausências • várias crises generalizadas tônico-clônicas • epilepsia mioclônica juvenil • crises neonatais benignas • com crises parciais (focais) • epilepsia Rolândica (espículas centro-temporais) • epilepsia infantil com espículas occipitais José Salomão Schwartzman
classificação das crises convulsivasmod. de Engel, 1989 • epilepsias secundárias (sintomáticas) • com lesões anatômicas ou alt. bioquímicas • com crises generalizadas • espasmos infantis • síndrome de Lennox-Gastaut • com crises parciais (focais) • epilepsia do lobo temporal (psicomotora) • devidas à heterotopias, polimicrogiria etc • devidas à gliose focal pós-asfixia José Salomão Schwartzman
classificação das crises convulsivasmod. de Engel, 1989 • condições com crises reativas (reação de um cérebro normal a um estresse fisiológico ou insulto epileptogênico transitório • com crises generalizadas • convulsões febrís • crises por alterações metabólicas e tóxicas • muitas das crises tônico-clônicas isoladas • crises pós traumáticas precoces • com crises parciais (focais) • crises parciais que ocorrem por sobreposição a uma lesão cerebral pré-existente não epileptogênica: traumatismo craniano, hipernatremia, hipoglicemia etc José Salomão Schwartzman
crises convulsivas: riscos • morte súbita • epilepsia idiopática: risco igual ao da população geral • epilepsia sintomática: risco é 50 vezes maior do que o da população normal • lesões corporais • lesões cerebrais • prejuízos psico-sociais • suicídio José Salomão Schwartzman
crises convulsivasconsequências da recorrência • lesões físicas • estado de mal epiléptico • constrangimento • restrições para dirigir veículos automotores • restrições quanto a atividades/profissões • rótulo de epiléptico • superproteção parenteral José Salomão Schwartzman
crises convulsivasriscos da medicação (DAE) • psico-sociais • problemas com relação uso da medicação • rótulo de doente crônico • efeitos adversos • idiossincráticos • toxicidade sistêmica • toxicidade comportamental • efeitos cognitivos • teratogenicidade • custo • acompanhamento médico • monitoração dos níveis séricos • outros exames laboratoriais • medicação José Salomão Schwartzman
primeira crise convulsivaquando iniciar tratamento çom DAE • definitivamente • com lesões estruturais • tumores cerebrais • malformações artério venosas • infecções: abscesso, encefalite por herpes • sem lesões estruturais • história de crises em irmãos • EEG de tipo epiléptico • crises sintomáticas anteriores • história de lesões cerebrais, AVC, infecção do SNC, prévio trauma craniano significativo • início com status epilepticus José Salomão Schwartzman
primeira crise convulsivaquando iniciar tratamento çom DAE • possivelmente • crise não provocada sem nenhum dos riscos mencionados acima • possivelmente não • abstinência de álcool • uso de drogas • crise na vigência de doença aguda (desidratação, hipoglicemia etc) • convulsão imediatamente após TCE • síndromes epilépticas benignas • convulsão provocada por extrema privação de sono modificado de Dulac e Leppik, 1997 José Salomão Schwartzman
risco de recorrência • em crianças, o risco de recorrência depende do tipo de crise, alterações EEGráficas e etiologia • crises parciais complexas ou generalizadas secundárias, de etiologia indeterminada, têm um risco de recorrência de 65%; a presença de alterações no EEG não altera o risco de forma significativa (66% x 57%) • crises de etiologia indeterminada com EEG normal têm um risco de recorrência de 30% a 60% durante três anos; a maioria das crises recorrentes ocorrem dentro do primeiro ano após a primeira José Salomão Schwartzman
risco de recorrência • crises convulsivas idiopáticas com EEGs alterados têm um risco de recorrência de 60%; este valor é o mesmo nos casos em que as espículas são generalizadas ou focais (58% x 61%) • uma crise inicial com espículas rolândicas tem um risco de recorrência de 85% no primeiro ano (Hamada et al., 1994) mas 74% dos pacientes têm raras crises e estas são, em geral, parciais simples José Salomão Schwartzman
risco de recorrência • o uso do EEG para estimar o risco de recorrência de crises convulsivas vale para crianças e adolescentes com convulsões generalizadas tônico-clônicas mas não para lactentes • a maioria dos pacientes que apresentam quadros epilépticos severos iniciando-se no primeiro ano de vida podem apresentar EEGs inter-críticos normais durante os dois ou três primeiros anos da condição José Salomão Schwartzman
risco de recorrência • nos pacientes sem fatores de risco, a probabilidade de uma segunda crise é menor do que 10% no primeiro ano e 20% até o final do segundo ano após a crise inicial • nestes pacientes, a instituição do tratamento depende de uma série de fatores particulares José Salomão Schwartzman
drogas anti-epilépticas • monoterapia • drogas de primeira escolha manutençãon. séricos • carbamazepina 15-20mg/kg/d 4-12g/m • clonazepam 0,1-0,2mg/kg/d 0,01-0,07 • etossuximida 15-40mg/kg/d 40-100 • fenobarbital 3-8mg/kg/d 15-40 • fenitoína 5-15mg/kg/d 10-20 • primidona 12-25mg/kg/d 5-12 • ác. valpróico 15-60mg/kg/d 50-100 José Salomão Schwartzman
drogas anti-epilépticas • acetazolamida • felbamato • gabapentina • lamotrigina • oxcarbazepina • tiagabina • topimarato • vigabatrina • zonisamida José Salomão Schwartzman
drogas possivelmente convulsígenas • anti-colinesterásicas (Muricalm, Tacrinal, Prostigmine) • anti-histamínicas • contrastes aquosos iodados • baclofen (Lioresal) • beta bloqueadores • cefalosporina • clorambucil (Leukeran) • ciclosporina José Salomão Schwartzman
drogas possivelmente convulsígenas • ergonovina (Ergotrate) • ácido fólico • imipenem (Tienam): antibiótico sistêmico • isoniasida • lindano (Nedax, Prurirat): escabiose • anestésicos locais (lidocaína, procaína) • ácido mefenâmico (Ponstan) • metrotexato José Salomão Schwartzman
drogas possivelmente convulsígenas • analgésicos narcóticos • oxitocina • penicilina (em altas doses) • agentes simpatomiméticos (Tofranil, Teldafen, Zaditen, Revenil, Privina, Notuss, Descon, Clorpropamida) • diclofenato potássico (Cataflam) • metoclopramida (Plasil) • teofilina (Teofilina, Alergo Filinal, Filinasma) José Salomão Schwartzman