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Introdução à Ciência da Informação (módulos 2 ao 5). Maria Cecilia Rizzi Lima UNIFAI - 2013. 2. Ciência da Informação...definindo. Para Robredo (2003), “é o estudo, com critérios, princípios e métodos científicos, da informação”.
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Introdução à Ciência da Informação (módulos 2 ao 5) Maria Cecilia Rizzi Lima UNIFAI - 2013
2. Ciência da Informação...definindo... • Para Robredo (2003), “é o estudo, com critérios, princípios e métodos científicos, da informação”. • Seracevic (1996) “é um campo de estudos dedicado às questões científicas e à prática profissional voltadas para os problemas da efetiva comunicação do conhecimento e de seus registros entre os seres humanos, no contexto social, institucional ou individual, do uso e das necessidades de informação”. • Conjunto de conhecimentos humanos relativos à produção, coleção, armazenamento, recuperação, reprodução, utilização e comunicação da informação e também à preparação de pessoal especializado para desempenhar todas essas funções. (Fonte: Apostila /Profas. M. Edith Serra, Leila Vasconcelos)
2. Ciência da Informação...entendimento... • Entendendo os termos: • Informação: de acordo com a ISO (International Standards Organization) é qualquer conhecimento (fato, dado, assunto) que deve ser comunicado, inscrito (gravado) sob a forma escrita (impressa ou numérica), oral ou audiovisual. A inscrição é feita, por meio de um sistema de signos (a linguagem). • Signo: elemento da linguagem que associa um significante a um significado. ex: signo alfabético: palavra, sinal de pontuação. • Dado: produzido como resultado de um processo. Este processo pode ser de transmissão, seleção, organização e análise.
2. Ciência da Informação...entendimento... • Atividade científica: é caracterizada como o compartilhamento de teorias entre pessoas, com o objetivo de gerar novos conhecimentos. • Reunindo conceitos e entendo.... • A Ciência da Informação pretende alcançar o status de “ciência”, classificada hoje, como disciplina, na área das Ciências Sociais Aplicadas, para tanto necessita de teorias e práticas. • Dificuldades: na delimitação de seu objeto – a informação e desenvolvimento de teorias em suas diversas sub-áreas. • Fortalecimento/desenvolvimento: instituições de ensino e pesquisa para apoio à atividade científica; recursos humanos qualificados; canais de comunicação e intercâmbio científico
2. Ciência da ( EXPLOSÃO) Informação......da busca de uma solução, para uma nova ciência..... • À medida que o conhecimento humano evoluiu, principalmente nas áreas técnico-científicas, possibilitou o desenvolvimento sócio-econômico de várias nações e, por conseguinte o envolvimento de um número maior de pessoas nas pesquisas. • O campo de estudo tornou-se mais complexo com as novas descobertas, surgindo, então, o inter-relacionamento das áreas do conhecimento. • O foco da investigação passou rapidamente do “macro-pensamento”, objetos familiares, em larga-escala, o todo, para o “micro-pensamento”, o oculto, em pequena escala, a concentração, o específico. • K.D. Puranik ao analisar estatisticamente os assuntos de artigos de periódicos entre 1900 a 1950, conclui que houve uma nítida mudança, da atividade científica no período, uma transferência do pensamento científico do simples para o complexo, o aparecimento de estudos facetados, envolvendo várias classes, isto é, a interdisciplinaridade. Os assuntos de pesquisa tornaram-se cada vez mais específicos.
2. Ciência da ( EXPLOSÃO) Informação......da busca de uma solução, para uma nova ciência.... • Por outro lado, novos tipos de comunicação surgiram aumentando o número de publicações, e com a introdução do periódico científico, no século XVIII, a informação alcança cada vez mais pessoas. Com o aparecimento e aumento dos registros bibliográficos, desponta o problema de controle eficaz da informação, tornando-se necessário construir sistemas de controle e recuperação da informação. • Georges Anderla, Professor do Instituto de Estudos Políticos e da Universidade de Paris, redigiu um relatório publicado em 1973, sobre a informação que lhe solicitara a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), sobre a necessidade e recursos da informação no mundo atual. • Neste relatório, Anderla afirma que o desenvolvimento acelerado de descobertas e do conhecimento científico nos últimos anos foram as causas inevitáveis de uma acumulação e uma congestão de informação sem precedentes.
2. Ciência da ( EXPLOSÃO) Informação......da busca de uma solução, para uma nova ciência..... • Segundo Anderla, são três, os pontos bases para o crescimento acelerado, a saber: • População científica • O crescente número de especialistas que ordinariamente não se inclui nas categorias de técnicos e científicos, como: economistas, administradores, historiadores, geógrafos, psicólogos, etc., mas que passam a freqüentar a relação de autores de matérias de divulgação científica. Com isto, pode-se afirmar que a população diretamente envolvida na criação e na difusão técnica-científica cresce vertiginosamente. • Produção de periódicos científicos • O número de periódicos científicos decuplicou a cada cinqüenta anos, a partir dos meados do século XVIII. • Anderla afirma que, em 1970 foi publicado cerca de dois milhões de escritos científicos de todos os tipos, ou seja, aproximadamente seis/sete mil artigos e relatórios diários, em média. Uma outra avaliação apresenta uma cifra ainda mais expressiva, isto é, cento e cinqüenta mil páginas por dia. No que diz respeito a livros: para guardar um exemplar de cada título publicado, o volume chegaria a cem milhões de exemplares.
2. Ciência da ( EXPLOSÃO) Informação......da busca de uma solução, para uma nova ciência..... • Congressos Científicos • O número de congressos científicos aumenta muito e alguns aspectos importantes justificam a quantidade de informação na atualidade, como: • Motivação dos cientistas – conseguir status e poder dentro da Instituição; • O número de cientistas e técnicos em início de carreira, que para se tornarem conhecidos, e conseqüentemente adquirirem prestígio, produzem informações, não só objetivando o reconhecimento por parte da comunidade nacional, porém visando o ingresso nos Colégios invisíveis; • Obrigatoriedade de publicar todo e qualquer resultado de pesquisa, a fim de assegurar o direito de autoria e a prioridade de uma descoberta; • Incentivos e sanções internas, uma vez que em muitos países, um dos critérios de contratação requer a constatação da produção científica anterior ou demonstrações confeccionadas especialmente para o evento, como por exemplo, as teses, além de condicionar as promoções do fluxo de produção científica;
2. Ciência da ( EXPLOSÃO) Informação......da busca de uma solução, para uma nova ciência..... • Estímulos financeiros externos : atualmente as universidades e institutos de pesquisa passaram a ter as pesquisas cada vez mais condicionadas aos estímulos financeiros externos. Estes auxílios, significam, na prática, recursos, para comprar melhores equipamentos, contratar mais assistentes e até para complementação salarial. • Modernamente, a quantidade de novas informações produzidas é de tal ordem, que ninguém pode alimentar a esperança de estar a par com elas, mesmo que seja de uma ínfima parcela. • Um exemplo dramático foi citado por O. Frank (1961): “se um químico fluente em trinta línguas, começasse a ler, em 1º de janeiro, todos os documentos de seu campo de interesse, durante quarenta horas semanais, em uma média de quatro artigos por hora, a 31 de dezembro não teria lido mais que 1/10 de todo o material publicado durante o ano, com a agravante de que não lhe teria sobrado tempo para aplicar o conhecimento adquirido”.
2. Ciência da ( EXPLOSÃO) Informação......da busca de uma solução, para uma nova ciência..... • Comunicação científica: está cada vez mais complexa, devido parcialmente, ao grande volume da literatura; as tipologias de suportes físicos da informação que não são apenas incontáveis, mas atualmente se apresentam com os mais variados formatos, como: livros, artigos de periódicos, boletins, teses, relatórios, patentes, multimeios, sites, etc., e das mais diversas origens e idiomas. • O caminho para tornar estas publicações acessíveis aos usuários fica cada vez mais complexo, considerando que existem etapas anteriores, como: tomar conhecimento delas selecioná-las, adquiri-las, processá-las tecnicamente e torná-las disponíveis ao usuário. • Em qualquer sistema de recuperação da informação e disseminação da informação o usuário é o EIXO DA RODA; tudo o que se faz na Ciência da Informação visa o usuário. • A diferença entre leitor e usuário: • Leitor: freqüenta uma unidade de informação a procura de um livro para usá-lo durante um período de tempo. • Usuário: é aquele que realmente faz uso da informação para melhorar seu trabalho ou pesquisa.
2. Ciência da ( EXPLOSÃO) Informação......da busca de uma solução, para uma nova ciência..... • O computador (1950) diminuiu as dificuldades. A informação passou a ser tratada de um modo mais racional e prático, porém o problema não foi selecionado. • O computador permitiu que se fizesse, em um espaço mínimo de tempo, o encontro do documento certo com o usuário certo; permitiu uma análise maior do conteúdo dos documentos ampliando assim seu tempo de utilização. • A Explosão da informação, originou, o nascimento de uma nova ciência interdisciplinar, envolvendo bibliotecários, lingüistas, matemáticos, lógicos e cientistas do comportamento humano. Essa nova atividade passou por diferentes nomes, durante períodos sucessivos de tempo, mas exprimindo a mesma gama de funções: documentação, recuperação da informação, ciências da informação e finalmente Ciência da Informação (Ingleses).
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • IBBD – Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, fundado em 1954, vinculado ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento e Pesquisa) atual, IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, introduziu através da bibliotecária Lydia de Queiroz Sambaquy, as primeiras idéias e atividades informacionais/documentais que se aliavam às concepções de Farradane, e o conceito de “informação científica”, precursores da Ciência da Informação. • A vinculação a um orgão de fomento à pesquisa facilitou o desenvolvimento das atividades e a fixação das novas idéias.
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • Problemas: carência de recursos humanos e financeiros; • Principal produto: Pesquisa Bibliográfica. Novidade na época, cujos produtos e serviços foram a base para a elaboração das Bibliografias Nacionais Especializadas, instrumentos para o controle bibliográfico. Eram elaboradas por assunto e sua publicação só foi possível, devido ao grande e variado acervo de periódicos internacionais e de levantamentos bibliográficos. • CCN- Catálogo Nacional de Publicações Periódicas - Disponibilizado e mantido até hoje. Base de dados que lista as revistas científicas e técnicas que compõem o acervo das bibliotecas brasileiras, com as seguintes informações: títulos, fascículos.
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • CCN é a principal fonte e o instrumento de trabalho do COMUT – Comutação Bibliográfica (busca e recuperação cooperativa de trabalhos e pesquisas científicas e técnicas). O CCN é imprescindível no desenvolvimento e apoio aos trabalhos acadêmicos e pesquisas científicas. • Em 1955, o IBBD - Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, cria nas suas dependências, o Curso de Documentação Científica, tendo como público-alvo, os bibliotecários. Tinha como objetivo, capacitá-los para trabalhar com a literatura científica e técnica. • Até 1960, o IBBD era o centro disseminador de novos conhecimentos, para o Brasil e países da América Latina.
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • Em 1970, o IBBD passa por uma re-estruturação e passou a se chamar, IBICT – Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia, mantendo seu vínculo com o CNPq. • Nessa década, o governo brasileiro começa a investir na infra-estrutura para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia no país. • Pós-Graduação: expansão dos cursos nas Universidades Federais com a inclusão de novas áreas, dentre elas, a Ciência da Informação. • Pós-Graduação em Ciência da Informação: 1º curso, stricto sensu, foi criado pelo IBICT. (www.ibict.br/)
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • Sociedades Científicas: objetivo principal é o incentivo e a realização de pesquisas científicas, facilitar a comunicação e a discussão e a complementação dos resultados obtidos. • ANCIB – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação em Biblioteconomia, reúne a comunidade de pesquisadores da Ciência da Informação no Brasil. (www.ancib.org.br) • Criada em 1989, tem por missão e objetivo: • Promover o desenvolvimento da pesquisa na área; • Estabelecer o intercâmbio e cooperação entre os associados, e • Sistematizar os conhecimentos gerados e pesquisados, para divulgação.
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • Encontros para Divulgação: • ENANCIB- Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. Encontro periódico, com o propósito de: • Estimular as pesquisas e atividades na área, promovendo e possibilitando diálogos entre os pesquisadores. • Periódicos Especializados na área: tem inicio na década de 70 no Brasil. A saber: • Ciência da Informação – IBICT – Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), 1972. Em 1996, altera o título para: Perspectivas em Ciência da Informação, publicada pela Escola de Ciência da Informação da UFMG.
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, editada pela Federação Brasileira de Biblioteconomia e Documentação em 1973. A partir de 1980, altera o título para: Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação: nova série. • Revista de Transinformação, publicada pelo Departamento de Pós-Graduação em Biblioteconomia da PUCCAMP, em 1989. • Informação e Sociedade: Estudos. Publicada pelo Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal da Paraíba, 1991. • Informação & Informação, editada pelo Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina, 2001.
2. Ciência da Informação...no Brasil.... • Informare: Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, publicada pela ECA – Universidade Federal do Rio de Janeiro e IBICT, 2000 (último número publicado). • Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, publicada pelo Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Santa Catarina, 1996. • DataGrama Zero, editada pelo Instituto de Adaptação e Inserção na Sociedade da Informação, 1999. • Muitos periódicos, por falta de colaboradores, não conseguem manter a regularidade nas suas edições. Outras, por carência de recursos financeiros, desaparecem, deixando uma lacuna na comunicação de estudos e pesquisas em desenvolvimento na área.
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento • Sociedade Industrial: baseada em máquinas, em eficiência. Produzir o maior número de objetos (coisas) em menor tempo, preservando o lucro. • Sociedade Pós-Industrial: diferencia-se do sociedade industrial, porque insere o “intelecto e a criatividade” na produção de bens. Vivemos no período pós-industrial, visível com a ampliação do “setor de serviços”, que no mundo contemporâneo, absorve cerca de 60% da mão-de-obra dos trabalhadores, mais do que a indústria e a agricultura juntas. • No mundo contemporâneo, o trabalho intelectual oferece maiores oportunidades do que aquele que exige apenas o trato manual, pois necessita o emprego da criatividade na execução das atividades e tarefas. • A Sociedade pós-industrial é chamada de Sociedade da Informação, do Conhecimento. • Toffler, a identificou como sendo a Terceira Onda...
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento • Sociedade do Conhecimento: “conglomerado humano que, por força das mudanças tecnológicas, passou a ter suas ações de sobrevivência e desenvolvimento baseado na criação, armazenamento, distribuição e uso intenso de recursos de informação e conhecimento.” (Dowbor,2001)
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Dado.... • Dado • (Setzer, 1999): “Sequência se símbolos quantificados ou quantificáveis” • (Davenport & Prusak, 1998): “são um conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos. Num contexto organizacional, dados são utilitariamente descritos como registros estruturados de transações. Embora a matéria-prima do processo decisório possa incluir dados, eles não podem dizer o que fazer. Dados nada dizem sobre a própria importância ou irrelevância. Porém, os dados são importantes para as organizações – em grande medida, certamente, porque são matéria-prima essencial para a criação da informação.”
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Dado.... • (Miranda, 1999): “conjunto de registros qualitativos ou quantitativos conhecido, que organizado, agrupado, categorizado e padronizado adequadamente transforma-se em informação.”
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Dado.... • Exemplos: Dados referentes a vazão de água da chuva numa via (rua), transforma-se em informação para determinar, o tamanho da tubulação, e até onde posicionar a construção de uma “boca de lobo”... • Dados referentes ao atendimento de pessoas no setor de ortopedia de um Pronto Socorro, num feriado, transforma-se em informação, para determinar o número de médicos necessários para cumprir o plantão médico nesses dias. • Dados sobre os hábitos alimentares da população de uma região, transforma-se em informação, para estudos sobre as doenças comumente detectadas na comunidade.
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Informação.... • Informação • (Davenport & Prusak, 1998): “a informação tem por finalidade mudar o modo como o destinatário vê algo, exercer algum impacto sobre o seu julgamento e comportamento. Ela deve informar. São dados que fazem a diferença. O significado original da palavra “informar” é “dar forma a”, sendo que a informação visa modelar a pessoa que a recebe no sentido de fazer alguma diferença em sua perspectiva ou insigth. Diferentemente do dado, a informação tem significado, a “relevância e propósito”[...]. Ela não só “dá forma” ao receptor como ela própria tem uma forma: ela está organizada para alguma finalidade. Dados tornam-se informação quando o seu criador lhes acrescenta significado.” (apostila: Guia, Beatriz Pinheiro da)
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Informação.... • (McGarry, 1999), atribui ao termo informação: • “considerada como um quase sinônimo do termo fato; • Um reforço do que já se conhece; • A liberdade de escolha ao selecionar a mensagem; • A matéria-prima da qual se extrai o conhecimento; • Aquilo que é permutado com o mundo exterior e não apenas recebido passivamente; • Definida em termos de seus efeitos no receptor; • Algo que reduz a incerteza em determinada situação.”
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Informação.... • A informação pode ser encontradanuma variedade de objetos inanimados, desde um livro até um disquete de computador. A informação torna-se inútil sem o conhecimento do ser humano para aplicá-la produtivamente. Um livro que não é lido não tem valor para ninguém. • A informação envolve o processo cognitivo, as idéias, as impressões, os assuntos formalizados ou expressos por um código linguístico ou qualquer outro tipo socialmente comprometido. Assim percebe-se que a lingua – produto simultaneamente psicologicamente/individual e coletivo/social – não seja por si só Informação, embora esta não exista sem aquela (e, obviamente, sem outros códigos) e sem a potencialidade de ser transmitida/comunicada.
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Informação.... • Para pensar.... • A) Um texto gravado em pedra transporta idéias diferentes do mesmo texto impresso em papel? • B) Ver o filme “O Nome da Rosa” é o mesmo que ler o romance de Umberto Eco? • Resp. A) Um texto gravado em pedra ou em papel, transportam as mesmas idéias. Há uma diferença nas condições de recepção (comunicação). • Resp. B) Um filme inspirado no romance o Nome da Rosa acaba por ser um produto informacional diferente do livro de Umberto Eco, porque são elaborados com códigos diferentes e não apenas suportes. Mas ambos são Informação, codificada de maneira diferente, o que não acontece com o texto (pedra e papel)- a Informação é em ambos, a mesma.
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Conhecimento.... • Conhecimento • Davenport & Prusak (1998): “conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais.” • “Conhecimento deriva da Informação da mesma forma que a informação deriva dos dados. Para que a Informação se transforme em conhecimento, os seres humanos precisam fazer virtualmente todo o trabalho.”
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Conhecimento.... • Miranda (1997) distingue três tipos de conhecimento: • “Conhecimento explicito: é um conjunto de informações já registradas em algum suporte (livros, documentos, filmes, cd, dvd, etc.) e que caracteriza o saber disponível sobre um tema específico; • Conhecimento tácito: é o acúmulo de saber prático sobre um determinado assunto, que agrega convicções, crenças, sentimentos, emoções e outros fatores ligados à experiência e à personalidade de quem detém; • Conhecimento estratégico: é a combinação de conhecimento explícito e tácito formado a partir das informações de acompanhamento, agregando-se o conhecimento de especialistas.”
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Conhecimento.... • É importante distinguir informação de conhecimento – extraído do livro “Na era do capital humano”, de Richard Crawford. • Um conjunto de coordenadas da posição de um navio ou o mapa do oceano são informações, a habilidade para utilizar essas coordenadas e o mapa na definição de uma rota para o navio é o conhecimento. As coordenadas e o mapa são as matérias-primas para se planejar a rotas do navio. • Somente os seres humanos são capazes de aplicar desta forma a informação através de seu cérebro ou de suas habilidosas mãos. • A informação torna-se inútil sem o conhecimento do ser humano para aplicá-la produtivamente.
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Competência.... • Setzer (1999), caracteriza competência “como a capacidade de executar uma tarefa no mundo real”. • Perrenoud (1998), acrescenta “possuir conhecimentos ou capacidades não significa ser competente. Pode-se conhecer técnicas ou regras de gestão contábil e não saber aplicá-las no momento oportuno. Pode-se conhecer o direito comercial e redigir contratos mal escritos. Todos os dias a experiência mostra que pessoas possuem conhecimentos ou capacidades e não sabem mobilizá-los de modo pertinente e no momento oportuno [...] a competência manifesta-se na ação, não é inventada na hora. Se faltam recursos a mobilizar, não há competência. Se os recursos estão presentes, mas não são mobilizados em tempo útil e conscientemente, então, na prática, é como se eles não existissem.”(Apostila: Guia, Beatriz Pinheiro da)
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Competência.... • Valentim (2000), “competência é a capacidade adquirida ao término de um processo de formação que se expressa em habilidades intelectuais, sociais, psicológicas e afetivas, é dizer que inclui atitudes, conhecimentos e condutas implícitas no desenvolvimento humano.” • Zuñiga (2000), define “competência como sendo o conhecimento, as capacidades e habilidades do indivíduo, focando a necessidade de vinculá-la à adaptação infinita que todo indivíduo precisa ter ao longo da vida. Tal adaptação assegura uma aprendizagem contínua, que requer atitudes, valores, possibilidades de desenvolvimento e ajustes físicos e cognitivos.”
3. Ciência da Informação...Sociedade da Informação e Conhecimento.... Dado, Informação e Conhecimento.... DAVENPORT, Thomas H., PRUSAK, Laurence. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.l
4. O Bibliotecário na Sociedade do Conhecimento • A Sociedade do Conhecimento está baseada em Informação, seja ela, formal ou informal, física ou virtual. • Bibliotecário: desempenha um novo papel como profissional da Informação. É responsável não só pela sua organização, como também, pela gestão desta, que inclui a definição da arquitetura e disponibilização. • A formação do bibliotecário deve levar em conta as especificidades técnicas da profissão e formar o senso crítico dos profissionais, para o desempenho de suas funções.
4. O Bibliotecário na Sociedade do Conhecimento... Requisitos Fundamentais.... • Formação global e sólida • Polivalência – condições de atuar em várias áreas • Domínio de idiomas • Cultura ampla – domínio de informações culturais e tecnológicas • Atualização – reciclagem contínua dentro da área • Capacidade analítica - postura crítica, interpretação antecipada das necessidades futuras da sociedade • Domínio das técnicas de processamento técnico da informação: catalogação, classificação, indexação, resumos, taxonomias, vocabulário-controlado etc.
4. O Bibliotecário na Sociedade do Conhecimento... Requisitos Fundamentais.... • Conhecimento do perfil do usuário / cliente • Amplo conhecimento das tecnologias de informação (ferramentas) para a estruturação, acesso e disseminação • Planejamento (unidades de informação, bancos de dados, portais corporativos) etc. • Trabalhar com grupos interdisciplinares
4. O Bibliotecário na Sociedade do Conhecimento... Requisitos Fundamentais.... • Interagir com o usuário / cliente, conhecendo as suas necessidades específicas • Ter atitude pró-ativa e não reativa • Promover o marketing dos produtos e serviços • Atuar como gestor da informação • Capacidade de inovação • Ser intuitivo • Ser criativo AMARAL, Sueli Angélica do. Serviços Bibliotecários e Desenvolvimento Social: um desafio profissional. Ciência da Informação, Brasília, v.24, n.2, p.221-227,maio/ago. 1995.
3. O Bibliotecário na Sociedade do Conhecimento... Requisitos Fundamentais.... “O profissional criativo conseguirá adaptar-se às novas demandas informacionais dos usuários e do mercado de trabalho, pois, no futuro, o único elemento não disponível por meio de computadores, por mais inteligente que esses venham a ser, será a criatividade, essencial para a sobrevivência do profissional da informação”.
5. Gestão da Informação.... Novos Hábitos.... • A globalização abre a vida das pessoas à cultura, criatividade e ao fluxo de idéias e conhecimento. • Hoje, o fluxo cultural é desequilibrado, pesando fortemente numa direção: a dos países ricos para os pobres. • Os produtos, com elevado conteúdo de conhecimento mais do que conteúdo material, transformaram-se em alguns dos setores mais dinâmicos das economias mais avançadas da atualidade. A maior indústria exportadora dos EUA não é a dos aviões ou dos automóveis, é a do entretenimento (os filmes de Hollywood faturaram mais de 40 bilhões de dólares em todo o mundo). • A expansão das redes globalizadas de mídia e das tecnologias de comunicação por satélite, dão origem a um novo e poderoso meio de alcance mundial.
5. Gestão da Informação.... Novos Hábitos.... A sociedade do conhecimento ... • Informação para todos os gostos. • Informação para todos os níveis. • Informação geral, específica, científica, técnica, tecnológica ... • Disponibilizadas em todas as mídias. • A crescente informatização da sociedade e a percepção da informação como valor são alguns dos fatores que colaboraram para modificar profundamente a sociedade moderna e influenciar nos seus processos para a evolução desta, para uma Sociedade do Conhecimento.
5. Gestão da Informação........ • Objetivo: garantir o equilíbrio da organização, em relação ao ambiente externo e interno. Surge como saída, ao relacionar os aspectos custo, qualidade e o uso eficaz da informação. • É a maneira eficaz de tratar integrativamente a informação interna e externa, para o uso estratégico pelos tomadores de decisão das organizações, visando otimizar a performance das instituições e sintonizá-las com o ambiente externo
5. Gestão da Informação........ • Atualmente tornou-se uma parte crítica e integrada de toda e qualquer estrutura gerencial de sucesso. • Deve incluir, em dimensões estratégicas e operacionais, os mecanismos de obtenção e utilização de recursos humanos, tecnológicos, financeiros, materiais e físicos para o gerenciamento da informação e ser disponibilizada como insumo útil e estratégico para indivíduos, grupos e organizações.
5. Gestão da Informação........ • Sob o enfoque da tecnologia, é vista, dentro de um contexto organizacional, como um recurso a ser otimizado via diferentes arquiteturas de hardware, software e de redes de telecomunicações adequadas aos diferentes sistemas de informação, em especial aos empresariais. • A velocidade de transmissão de dados, aliada à confiabilidade e requisitos dos sistemas de informação, indica a orientação de profissionais nesta “linha”.
5. Gestão da Informação........ • Envolve o monitoramento, a localização, a avaliação, a compilação e a disponibilidade de fontes de informação que, potencialmente, podem suprir uma solicitação, e que devem ser descritas, analisadas, compiladas e apresentadas para sua utilização imediata. • Neste contexto, tanto os processos administrativos, como a utilização de tecnologias são mecanismos facilitadores para otimização de processos que levam, idealmente, à comunicação efetiva da informação entre indivíduos e grupos. • Assim, a gestão da informação tem, por princípio, enfocar o indivíduo (grupos ou instituições) e suas “situações-problema” no âmbito de diferentes fluxos de informação, os quais necessitam de soluções criativas e custos efetivos.
5. Gestão da Informação........Valores Agregados.... • Os processos de agregação de valor à informação são identificados como básicos na gestão da informação: análise, condensação, interpretação, representação e estratégias de busca e apresentação/formatação da informação; • Considerando os diferentes suportes, canais que esta informação possa estar (e ser) disponibilizada, assim como o(s) tipo(s) de informação que é objeto de tal atividade (ou seja, textual, sonoro, numérico, visual etc., • E ainda, a reunião de vários tipos, haja vista a demanda identificada). Para tal, os recursos de multimídia, informática e de (tele)comunicação devem ser avaliados e considerados parte integrante da gestão da informação.
5. Gestão da Informação.... Produtos e Serviços.... • Qualquer processo que objetive o acesso a uma “informação correta” depende da estruturação e coordenação cognitiva do conjunto de dados colocado à disposição e oferecido como produto e/ou serviço de informação para determinado cliente (pessoas ou grupos). • Ainda maior que a “explosão da informação” ou da “explosão dos meios de transmissão da informação”, existe o paradoxo da capacidade de julgamento e das variadas demandas de informação das pessoas, que são por definição, únicas, incertas, equívocas e conflitantes. • A criatividade e a percepção dos parâmetros de tempo e do valor associados à informação que o cliente necessita, são os requisitos básicos, para o oferecimento de serviços e produtos.