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Um novo Cenário Econômico - Resseguro Aberto. Francisco Galiza, Consultor www.ratingdeseguros.com.br Fevereiro/2007 Seminário Resseguro. Um pouco da história econômica do seguro no Brasil. 1a. fase histórica (1808 a 1939). Da primeira seguradora à fundação do IRB .
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Um novo Cenário Econômico - Resseguro Aberto Francisco Galiza, Consultor www.ratingdeseguros.com.br Fevereiro/2007 Seminário Resseguro
1a. fase histórica (1808 a 1939) • Da primeira seguradora à fundação do IRB. • Este período de mais de 100 anos se caracteriza pelos seguintes pontos: • Pouca significância das seguradoras nacionais • Seguradoras estrangeiras atuavam sem capacitação técnica, se tornando somente repassadoras de prêmios
2a. fase histórica (1939 a 1970) • Da fundação do IRB ao aumento de concentração. • A criação do IRB está inserida em um processo de incentivo à indústria nacional, dentro da política do Governo Vargas. Uma das medidas principais foi a definição de baixos limites de retenção por parte das seguradoras que, assim, passavam boa parte dos seus prêmios para o IRB. Esta receita era redirecionada de volta ao mercado, segundo critérios definidos pelo IRB.
Conseqüências das medidas do IRB • O IRB se torna o órgão mais importante do setor e um centro de excelência técnica. • Diminuem as vantagens comparativas das seguradoras estrangeiras. • Houve o incentivo para o aparecimento de seguradoras nacionais, muitas sem capacitação técnica, vivendo, na prática, só do repasse de resseguro.
3a. fase histórica (1970 a 1994) • Da desconcentração ao Plano Real • Ampliação do leque de produtos oferecidos pelas seguradoras (pelo crescimento do segmento). • Tal como no setor bancário, o governo estimula a concentração, visando aumentar a solvência e a qualificação técnica. • Penetração dos bancos na atividade seguradora. Inicialmente, só operavam em cobrança. • As taxas inflacionárias deformam os resultados das companhias. • Festa com o início do seguro-saúde!! Já o seguro de vida... • Mercado, como um todo, com taxas de crescimento bastante baixas. • Acidentes de trabalho saem do mercado. • Seguradoras estrangeiras perdem o interesse.
4a. fase histórica (1994 a 2006) • Do Plano Real aos dias de hoje... • Fim da inflação!!!!! • Inflação, novos produtos e crise na previdência estimulam a área de vida. Com isso, a presença dos bancos em seguros fica mais forte. • Seguro saúde individual começa a perder mercado. • Algumas seguradoras começam a buscar nichos de mercado. • Mercado tem um crescimento expressivo, chegando a um patamar estável de 3,0 a 3,5%.
Em 2007, entraremos em uma 5a. fase histórica?? • Novas Regras de Solvência • Abertura do Resseguro
Comentários • Em parte pelo aumento de faturamento, e sobretudo pela variação cambial favorável, o Brasil ganhou posições no setor de seguros mundial, atingindo 0,8% de participação em 2006, mantendo a 20a. posição em termos mundiais! • Atualmente, o setor de vida tem de receita (com previdência) 1,3% do PIB nacional, ocupando a 24a. posição no mercado mundial (0,6% de participação).
Haverá aumento da receita de resseguro? • Em 2003, o IRB representava 7,5% dos Prêmios Diretos, enquanto a média em outros países da América Latina se situava em 20 a 25%. • Mesmo considerando que muitos desses países estão sujeitos a catástrofes naturais (como o México), há uma boa margem de crescimento no segmento no curto e médio prazo. • Em estudo recente, o Professor Lauro Faria estimou que a receita com resseguro pode aumentar em até 200% no espaço de 3 anos.
O IRB continuará a ser uma força no mercado? • Em 2006, o IRB faturou R$ 2,6 bilhões, com uma margem de rentabilidade sobre o patrimônio de, aproximadamente, 20%. Ao todo, o órgão tinha, neste mesmo ano, 524 funcionários. • Ou seja, uma estrutura “enxuta”, quando comparada a outras empresas, e rentável. • É natural que a resseguradora perca algum mercado com a abertura. Entretanto, a companhia tem condições, pela sua estrutura, conhecimento e experiência, de permanecer como uma força do segmento por um longo tempo.
As seguradoras deverão fazer ajustes? • Haverá dois fatos a serem mencionados: • Primeiro, as seguradoras terão que se adaptar a um padrão internacional de resseguro (como novos controles, etc). Ou seja, não mais apenas a contabilização dos processos. • Segundo, pelo seu menor volume de negócios, algumas seguradoras, teoricamente, podem ter mais dificuldades de subscrever riscos. Isto pode estimular algumas fusões, pelo menos em um período de ajustes.
Haverá maior risco de solvência pela abertura do mercado? • Os grandes resseguradores globais possuem uma classificação de risco acima do grau do IRB. • Logo, se as seguradoras brasileiras operarem com grandes companhias, a possibilidade de haver mais risco com o resseguro é pequena.
Haverá novos produtos de resseguro? • É muito provável. • As novas resseguradoras devem apoiar as seguradoras no desenvolvimento de novos produtos e contratos. • Pelos conhecimentos globais, podem gerar informações na área de pessoas, um mercado pouco explorado no Brasil.
O setor poderá ser mais atraente para as empresas estrangeiras? • Sim. • Com uma maior transparência nas operações das seguradoras e uma maior possibilidade de negócios, novos investimentos poderão vir, mesmo na área das seguradoras.
Haverá perda de divisas com a abertura? • Atualmente, o Brasil não tem mais problemas de divisas, como no passado. Podemos mesmo dizer a situação agora é contrária, com o Banco Central quase que diariamente indo ao mercado comprar moeda estrangeira. • Atualmente, em média, 50% dos prêmios já é repassado pelo IRB ao exterior, o que sobraria, aproximadamente, US$ 500 milhões no país. Mesmo que este valor fosse repassado, em uma hipótese pouco provável, integralmente ao exterior, teríamos que considerar o efeito de outras variáveis, como os sinistros que voltariam. Na prática, haveria um efeito líquido de 20% a 30%. • Ou seja, nas circunstâncias atuais, teríamos uma perda de, no máximo, US$ 200 milhões/ano, pequena diante das circunstâncias do país.