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Capítulo I A Economia e o Meio Ambiente Mudança de Perspectiva sobre o Meio Ambiente. Nivelamento do PRODEMA Macroeconomia Prof. Rogério César, Ph.D. Janeiro, 2008. Questões Chaves. Quais as principais questões que devemos encarar no século XXI?
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Capítulo IA Economia e o Meio Ambiente Mudança de Perspectiva sobre o Meio Ambiente Nivelamento do PRODEMA Macroeconomia Prof. Rogério César, Ph.D. Janeiro, 2008
Questões Chaves • Quais as principais questões que devemos encarar no século XXI? • Como a economia pode nos ajudar a entender essas questões? • Como as perspectivas econômicas e ecológicas diferem, e como podemos combiná-las para abordar as questões ambientais?
A Economia e o Meio Ambiente • Aumento da consciência sobre os problemas ambientais enfrentadas pelas comunidades, nações e mundo. • Poluição da água e do ar • Depleção da camada de ozônio • Destruição das florestas e alagados tropicais • Extinção de espécies • Aquecimento global e mudança climática
A Economia e o Meio Ambiente • Global Environmental Outlook 3, em 2002, declarou: • “o mundo tem feito grandes avanços em colocar o ambiente na agenda em vários níveis do internacional ao local ... O nível de consciência e ação não têm sido correspondido com o estado do ambiente global hoje; continua a deteriorar.”
A Economia e o Meio Ambiente • Os relatórios da UNEP (Programa Ambiental das Nações Unidas) oferecem evidências que os problemas ambientais globais identificados na Eco 92 continuam a piorar: • Poluição do nitrogênio na água doce e oceanos; • Exposição aos químicos e resíduos perigosos; • Danos aos ecossistemas aquáticos e florestas; • Contaminação da água e declínio da ofeta de água subterrânea; • Poluição da água urbana e resíduos; • Superexploração dos estoques pesqueiros oceâncos. (UNEP, 1999, 2000)
A Economia e o Meio Ambiente • Subjacente a todos esses problemas está o crescimento populacional: • Em 2000, a população mundial era de 6 bilhões de habitantes • Em 2030, estima-se cerca de 8 bilhões de habitantes • + 70 milhões de pessoas por ano
A Economia e Meio Ambiente • Novas questões são postas: • Como vai ser o futuro? • Podemos responder a essas múltiplas ameaças adequadamente e a tempo de prevenir danos irreversíveis aos sistemas planetários que dão suporte a vida? • O desenvolvimento econômico necessariamente requer um elevado preço ambiental? • Se devemos tomar uma decisão entre desenvolvimento e ambiente, como devemos decidir o balanço apropriado?
Duas Abordagens • Economia Tradicional • Usa um conjunto de modelos e técnicas tendo como base o pensamento econômico da principal corrente padrão, conhecida como neoclássica, para aplicar conceitos econômicos ao ambiente. • Economia Ecológica • Busca colocar a atividade econômica no contexto dos sistemas biológicos e físicos que suportam a vida, incluindo as atividades humanas.
Economia Tradicional • Alocação dos recursos naturais ao longo do tempo (depleção do óleo (petróleo) e recursos minerais); • Alocação dos recursos naturais renováveis (pesca e florestas, solos agrícolas); • Recursos de propriedade comum (atmosfera e oceanos); • Bens públicos (parques nacionais e reservas); • Externalidades (análise dos benefícios, custos e danos ambientais);
Economia Ecológica • Incorpora leis derivadas das ciências naturais (biologia das populações, ecologia); • Enfatiza a importância e disponibilidade dos recursos energéticos para os sistemas econômicos correntes (energia solar, combustíveis fósseis); • A atividade econômica deve ser limitada pela capacidade de suporte do ambiente: • Capacidade de suporte é o nível de população e atividades de consumo, seja humano ou animal, que a base de recursos naturais disponíveis pode sustentar sem esgotá-lo. • Defendem que mudanças estruturais importantes na natureza da atividade econômica deve ocorrer para adaptá-las aos limites do ambiente.
Relações entre as Economia e Ambiente • Como podemos conceber melhor a relação entre as atividades econômicas e o ambiente? O MODELO DO FLUXO CIRCULAR
Modelo do Fluxo Circular Produtos de Mercado Fatores de Mercado
Modelo do Fluxo Circular • Famílias são os consumidores; • Firmas são os produtores; • Fatores de produção: terra, trabalho e capital; • Terra envolve os recursos naturais: minerais, água, combustíveis fósseis, pesca, solo etc. • Trabalho: força do trabalho físico e intelectual. • Capital: máquinas, equipamentos, construções etc. • Em ambos os mercados (produto e fatores), interações de oferta e demanda determinam um preço de equilíbrio e estabele um nível de equílibrio de produto.
Ligação entre a Economia e Biosfera • As famílias e firmas não “criam” energia, minerais, solos, água, florestas, espécies e toda diversidade do capital natural. • As famílias e firmas podem possuí-los e explorá-los de acordo com o direito de propriedade estabelecido. • A biosfera tem a função de provedor dos recursos naturais (fonte) e também de receptor (repositório) de vários produtos indesejáveis do processo de produção/consumo (poluição e resíduos).
Funções Naturais dos Sistemas: • Função fonte do ambiente: prover serviços e matérias-primas disponíveis para uso humano. Degradação da desta função pode ocorrer por duas rações: (1) depleção do recurso (extração maior do que a regeneração/reposição); e (2) Poluição (qualidade e utilidade reduzida). • Função depósito do ambiente: absorver e fazer inofensivo os resíduos sub-produtos da atividade humana.
Implicações para a teoria econômica: • O reconhecimento que os processos naturais provêm um suporte essencial para o bem-estar humano que precisa ser adequadamente levado em consideração em todas as tentativas de mensurar o bem-estar. • O reconhecimento que este suporte é finito e que existem limitações ambos em termos de insumos que podem ser extraídos da biosfera e os produtos residuais que podem ser colocados de volta nele. • Revisar a forma padrão de mensurar a riqueza e renda econômica (PIB), e também reconsiderar os efeitos do crescimento econômico continuado sobre o bem-estar humano.
Implicações para a teoria econômica: • Repensar os conceitos econômicos padrões tais como produto interno bruto e crescimento econômico;
Microeconomia vs. Macroeonomia • Microeconomia: • Economia do “micro” (economia do pequeno); • Lida com o comportamento econômico das unidades individuais tais como consumidores, produtores, proprietários de recursos; • Exemplo: análise do produto e preço de um dado produto para uma firma individual (ou indústria).
Microeconomia vs. Macroeonomia • Macroeconomia: • Economia do “macro” (economia do largo, grande); • Trata do comportamento dos agregados macroeconômicos tais como produto nacional bruto (PNB), o nível de emprego, inflação, câmbio e os vários setores da economia tomados de forma agregada. • Exemplo: análise do nível de produto de uma economia como um todo.
Microeconomia Ambiental • As técnicas analíticas que assumem papel importante na microeconomia ambiental incluem: • Mensurar os custos e benefícios externos: estimativa de dano ambiental, custos de mitigação, internalização das externalidades através de taxas etc. • Valorar os recursos e o ambiente como bens, seja de propriedade privada ou pública: alocação intertemporal de recursos, estimativa de benefícios e custos ao longo do tempo. • Criar regras de direitos de propriedade apropriada para os recursos ambientais e estabelecer regras para uso de recursos de propriedade comum e para provisão de bens públicos: modelo de gestão da pesca e florestas, gestão de reservas naturais etc. • Balanço dos custos e benefícios através de alguma forma de análise custo/benefício: construção de resorts, hidroelétricas, parques eólicos, valores de não-mercado de beleza natural e biodiversidade.
Macroeconomia Ambiental • Mensuração da renda nacional que explicitamente considera poluição ambiental e depleção dos recursos naturais no cálculo da renda nacional. • Buscar o equilíbrio entre o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental imbutido no conceito de desenvolvimento sustentável. • Estudar formas de desenvolvimento econômico que preserve o ambiente utilizando energias renováveis, agricultura orgânica e baixo uso de insumo, e tecnologias de conservação de recursos.