1 / 41

Modernismo A arte como representação do mundo

Modernismo A arte como representação do mundo. O Brasil nas primeiras décadas do século XX. - São Paulo torna-se o centro econômico-cultural do país.

arnie
Download Presentation

Modernismo A arte como representação do mundo

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Modernismo A arte como representação do mundo

  2. O Brasil nas primeiras décadas do século XX - São Paulo torna-se o centro econômico-cultural do país. - Contradições entre o “velho”e o “novo”: política do café-com-leite versus descontentamento de camadas sociais marginalizadas do poder – a burguesia industrial incipiente, o Exército, as classes médias. - Greve geral de 1917. - Tenentismo (1922-1924). - Coluna Prestes (1925).

  3. CONTEXTO HISTÓRICO Primeira Guerra Mundial Proximidade do 1º Centenário da Independência Jovens intelectuais de São Paulo Necessidade de uma atualização das artes. Busca de identidade nacional, através do retorno às raízes culturais do país.

  4. MOVIMENTOS DE VANGUARDA

  5. As vanguardas vindas da Europa vão confluir com esta necessidade de renovação. Alguns eventos e exposições marcam este período e antecedem a eclosão do MODERNISMO BRASILEIRO,na SEMANA DE ARTE MODERNA de 1922. √ Lasar Segall, 1928 → contato com vanguardas alemãs. √ Anita Malfatti, 1917 → instiga os artistas e jovens intelectuais a se organizar como grupo e promover A ARTE MODERNA NACIONAL.

  6. √Victor Brecheret,1920 → as estilizações das figuras monumentais e o vigor e expressividade da tensões musculares.

  7. POR QUE SÃO PAULO COMO CENTRO DE IDÉIAS MODERNISTAS? - Crescimento industrial. - Imigração. - Urbanização. - Combinação do capital das lavouras cafeeiras com o capital industrial. - Fusão das elites dominantes ( casamentos entre burgueses imigrantes e filhas de fazendeiros).

  8. PSICANÁLISE → FILOSOFIA DA INTUIÇÃO ║ MOVIMENTOS DE VANGUARDA É nesse contexto que vão eclodir os chamados movimentos de VANGUARDA européia.A maioria desses movimentos foram efêmeros, viveram mais de manifestações do que de produções artísticas-, mas todos eles deixaram ligados que, depurados dos exageros e radicalismos, formam a base do que chamamos genericamente de MODERNISMO.

  9. Analise e aprecie as características mais relevantes dos principais movimentos de vanguarda. EXPRESSIONISMO – ALEMANHA 1910 → Abandono do conceito clássico de beleza. → Deformação do real em nome da expressão direta e veemente da subjetividade. → Inquietação religiosa e social, arte engajada. → Utilização, na literatura, do fluxo de consciência (apreensão da consciência em operação)

  10. FUTURISMO- ITÁLIA – MARINETTI 1909

  11. → Culto da vida moderna, da velocidade, da agressividade. → Desprezo pelo passado. → Uso das palavras em liberdade: destruição da sintaxe tradicional. → Busca de síntese. → Antidiscursivismo.

  12. “ Ode Triunfal” Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos. De vos ouvir demasiadamente de perto. E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressões de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas. ( ... ) Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! - Fernando Pessoa -

  13. CUBISMO – FRANÇA APOLLINARE 1913

  14. → Representação do essencial, reprodução dos objetos em suas geométricas básicas. → Prática do realismo intelectual: o artista deve representar, não só o que vê, mas também o que não vê e sabe que existe. → Multiplicação de planos e focos narrativos. → Subversão da lógica aparente no tratamento do tempo e espaço.

  15. Leia um texto cubista: Poema de Sete Faces Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra      disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.       As casas espiam os homens       que correm atrás de mulheres.       A tarde talvez fosse azul,       não houvesse tantos desejos.       O bonde passa cheio de pernas:       pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu      coração.      Porém meus olhos       não perguntam nada.

  16. O homem atrás do bigode       é sério, simples e forte.       Quase não conversa.       Tem poucos, raros amigos       o homem atrás dos óculos e do bigode.       Meu Deus, por que me abandonaste       se sabias que eu não era Deus       se sabias que eu era fraco.       Mundo, mundo vasto mundo       se eu me chamasse Raimundo,       seria uma rima, não seria uma solução.       Mundo, mundo vasto mundo,       mais vasto é meu coração.

  17. Mundo, mundo vasto mundo,       mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer     mas essa lua       mas esse conhaque       botam a gente comovido como o diabo. Gauche: termo francês, quer dizer torto, desajeitado

  18. DADAÍSMO – SUÍÇA TZARA 1916 → Desconfiança em relação a todos os sistemas. → Agressividade, ceticismo , anarquia, irreverência, niilismo. → Expressão do nojo do homem diante da guerra. Antiarte, antiliteratura.

  19. Para fazer um poema dadaísta Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido.” (Tristan Tzara)

  20. SURREALISMO – FRANÇA BRETON 1924. → Arte como expressão do inconsciente. → Libertação de qualquer crítica da razão, preconização da escrita automática. → Interesse pelos sonhos e mitos. → Anticonvencionalismo , humor negro. → Reivindicação de um papel humanizador e libertador para a ARTE.

  21. O PASTOR PIANISTA Soltaram os pianos na planície deserta Onde as sombras dos pássaros vêm beber. Eu sou o pastor pianista, Vejo ao longe com alegria meus pianos Recortarem os vultos monumentais Contra a lua. Acompanhado pelas rosas migradoras Apascento os pianos que gritam E transmitem o antigo clamor do homem ................................................................” (Murilo Mendes)

  22. A SEMANA DE ARTE MODERNA A semana é ao mesmo tempo PONTO DECHEGADA e PONTO DE PARTIDA. Representa uma tomada de posição dos artistas novos diante do público, um assumir conscientemente o propósito de buscar caminhos renovadores para a CULTURA e a ARTE brasileiras. O GRUPO Ronald de Carvalho DE VANGUARDA Mário de Andrade Oswald de Andrade Sérgio Melliet Guiomar Novaes Villa-Lobos Victor Brecheret Anita Malfetti Di Calvalcanti

  23. PROPÓSITOS DEFINIDOS ─ Oposição ao PASSADO, à eloqüência e ao formalismo Parnasiano: POÉTICA Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocabulário.

  24. Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis. Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

  25. De resto não é lirismo Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clows de Shakespeare - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. BANDEIRA, Manuel.Libertinagem.In: Poesia Completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.p.207.

  26. ─ Defesa do direito à pesquisa estética, que conduzisse à mudança e atualização da ARTE BRASILEIRA. ─ Consciência da necessidade de valorização do Nacional.

  27. GRUPOS MODERNISTAS Corrente DINAMISTA: preocupação com o progresso material, com o movimento e a velocidade. Corrente PRIMITIVISTA: preocupação com motivos primitivos. Corrente NACIONALISTA: nacionalização – movimentos verde-amarelo, movimento da Anta e movimento da Bandeira- anti-europeísmo. Corrente ESPIRITUALISTA:herança simbolista, conciliação do passado e futuro e universalidade de temas.

  28. Corrente DESVAIRISTA: Descentralização: liberdade de pesquisa estética, renovação da poesia, criação da língua nacional. Corrente do SENTIMENTALISMO INTIMISTA E ESTETICISTA. Alguns escritores, como Manuel Bandeira, NÃO se filiaram a nenhum grupo.

  29. FASES DO MODERNISMO BRASILEIRO A crítica, em geral, distingue três momentos na evolução do MODERNISMO BRASILEIRO. PRIMEIRA FASE: de 1922 a 1930. Características: ● Busca de inspiração nas raízes da nacionalidade: Brasil pré-cabralino, índio; cultura provinciana de faixa litorânea com tradições coloniais, marcha para o oeste. ● Influência das correntes de vanguarda européia e americana. ● Espírito polêmico e destruidor: anarquia, irracionalismo, manifestos. ● Luta contra a tradição, mais destruição que construção. ● Nacionalismo intransigente.

  30. Principais Conquistas da 1ª Geração Modernista ● Verso livre. ● Associação mais analógica que lógica entre as palavras. ● Preferência por substantivos e verbos, em vez de adjetivos e advérbios. ● Blague( poema-piada), bom humor, ironia. ● Mistura entre poesia e prosa. ● Utilização de linguagem coloquial. ● Temáticas tradicionalmente consideradas não-poéticas.

  31. SEGUNDA FASE: de 1930 a 1945. Características: ● Fase de maior estabilidade e de ampliação das conquistas modernistas. ● A poesia,abandono o tom predominantemente humorístico e irreverência da fase anterior, demonstra preocupações sociais, universalistas e metafísicas. ● A prosa evolui em duas direções: o regionalismo neonaturalista de cunho social e a pesquisa psicológica, introspectiva. ● Engajamento dos escritores nas questões sociopolíticas de seu tempo.

  32. TERCEIRA FASE: de 1945 em diante. Características: ● A ficção se desenvolve a sondagem interior. ● A linha regionalista acrescenta à análise social as preocupações metafísicas e universalistas. ● Renova-se a estrutura narrativa, devido à aguda consciência do fazer literário. ● Exploram-se as potencialidades da linguagem. ● A poesia volta-se para as preocupações de caráter formal, busca-se a essência do poético, a linguagem despoja-se, os poetas demonstram aguda consciência estética. ● Manifesta-se a tendência ao intelectualismo e ao hermetismo. ● Desenvolvimento do teatro e da crítica literária.

  33. OS GRANDES CRIADORES DE 45, QUE RETOMAM E FECUNDAM AS EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIDAS NO PAÍS ●Prosa: João Guimarães Rosa e Clarice Lispector. ● Poesia: João Cabral de Melo Neto. Literatura: constante pesquisa de linguagem + senso do compromisso entre a realidade, engajamento. maturidade artística; nacionalismo+ universalismo. ●Síntese de ambas as gerações: experimentalismo+ maturidade artística; nacionalismo+ Universalismo. ●Guimarães Rosa: narrativas mitopoéticas que resgatam a sutileza do elo entre a fala e o texto literário. ●Clarice Lispector: romances e contos introspectivos que dialogam com as fronteiras do indizível. ●João Cabral de Melo Neto: poesia que associa compromisso social e precisão arquitetônica, substantiva.

  34. A PRODUÇÃO DOS ANOS 70 – CARACTERÍSTICAS -Postura ideológica e transgressora dos autores - sociedade alternativa -Quebra de tabus e os valores da sociedade convencional e moralizante: postura libertadora , tanto no aspecto literário quanto no sexual, no corporal, nas relações com as drogas -Contracultura – movimento hippie - Outros valores e “viver sem lenço e sem documento” - Descompromisso, o “desbunde”

  35. APOESIA MARGINAL -VER COM OLHOS LIVRES: VER A MARGEM Marginal era,portanto, estar à margem do mercado : não ter acesso às editoras , não ter livros expostos na livraria de todo o país, não ter nenhum tipo de patrocínio institucional- condição de folhetos Herói do cotidiano – postura de coerção.

  36. É a partir desse pressuposto (arte = vida) que a poesia marginal passa a ser vista como uma poesia expressiva, ou seja, como uma literatura - ou “antiliteratura”, conforme o vértice que se queira - cuja linguagem estabelece uma relação direta com a realidade corporal-existencial vivida pelo escritor. A expressão, nesse caso, marcaria, tanto a especificidade, como a oposição, da postura poética marginal em relação a posturas poéticas anteriores (principalmente o “antilirismo” cabralino e o “cerebralismo concretista”), consideradas construtivas, isto é, entendidas como procedimentos poéticos voltados para a exploração racional e objetiva da própria linguagem e, ao mesmo tempo, afastados da realidade imediata vivida pelo corpo do poeta.

  37. CONTEXTO HISTÓRICO Golpe Militar de 1968 O poema de Charles ,por meio de uma linguagem bastante metafórica, ilustra bem o clima pesado e ao ambiente de sufoco vivenciado por todos. COLAPSO CONCRETO Vivo agora uma agonia: Quando ando nas calçadas de Copacabana Penso sempre que vai cair um troço na minha cabeça.

More Related