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Redação ou Produção de Texto?. Toda redação é composta por textos. A definição de texto é muito ampla e abre um leque enorme de possibilidades.
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Toda redação é composta por textos. A definição de texto é muito ampla e abre um leque enorme de possibilidades. • Texto é toda sequência verbal, oral ou escrita, que forma um todo significativo, ou seja, é um conjunto de palavras encadeadas formando um sentido ou conceito, para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação. • O texto pode ter um tamanho variável, pode ser: uma palavra, uma frase ou um conjunto maior de enunciados, mas necessariamente possuir um sentido para existir. • O mais importante é sabermos que não importa qual seja o tipo de texto, todos eles possuem um objetivo, uma finalidade. • Os textos variam conforme as intenções do autor, podendo ser narrativos, descritivos, informativos, argumentativos, injuntivos (que impõem ou apelam) ou poéticos. • Raramente um texto é construído com as características de um só tipo. O mais comum é encontrarmos os vários tipos em um só texto. Por isso, devemos observar qual a característica predominante.
Tipos de Textos • Texto Narrativo Função: Contar fatos e acontecimentos situados no tempo, reias ou imaginários; Apelar à imaginação do leitor. Características: Emprego frequente dos tempos verbais do pretérito;Presença de uma ou mais personagens, ações e cenários;Insistência nas indicações temporais. • Texto Descritivo Função: Produzir uma imagem que o leitor não vê, permitindo-lhe imaginar: espaços; objetos; seres reais ou imaginários, estáticos ou evolutivos. CaracterísticasPredomínio do pretérito imperfeito do indicativo ou do presente do indicativo;Insistência sobre as localizações;Uso de indicações temporais, se a descrição for evolutiva.
Texto Informativo Função: Apresentar fatos históricos, econômicos, geográficos etc;Transmitir conhecimentos;Explicar um fenômeno ou uma teoria;Prestar-se ao uso didático. Características: Expõe no presente e/ou utiliza tempo pretérito;Linguagem objetiva e referencial;Uso de abreviações, indicações numéricas, gráficos e cifras;O autor geralmente se oculta em expressões impessoais. • Texto Argumentativo Função: Procurar convencer;Apresentar ou defender uma tese, um ponto de vista;Quando polêmico, tomar partido contra ou a favor de uma pessoa, grupo ou uma instituição e suas ideias. Características: Predomínio do presente do indicativo e/ou do pretérito;Desenvolve ideias ou argumentos;Uso de oposições, antíteses; frases de tom categórico;O autor intervém em seu discurso com os pronomes eu ou nós.
Texto Injuntivo Função: Propor uma ação (questões de provas ou texto de engajamento político, moral, social);Dar conselhos (receitas culinárias, manuais de montagem etc.);Na publicidade, recomendar a compra de um produto. Características: Uso frequente da 2ª pessoa do singular (ou do pronome você(s) com o verbo na 3ª pessoa) ou da 1ª pessoa do plural (quando o autor se inclui);Emprego do imperativo, do futuro do indicativo e, às vezes, do infinitivo. • Texto Poético Função: Objetivo é a própria construção da mensagem. Características:Valoriza sons, ritmos e a variedade de sentidos. Podemos encontrar textos poéticos narrativos, descritivos, informativos (poesia didática antiga) e até com passagens ou objetivos injuntivos, como a poesia de Castro Alves ou algumas mensagens publicitárias.
O que é Redação? Redação é o ato , ou efeito, ou a arte, ou a maneira de redigir um texto organizado, coerente, coeso, objetivo, claro e gramaticalmente correto. Redigir é formular por escrito com “ordem” e “método” a exteriorização do pensamento.
Curiosidade – O termo redação passou a ser muito utilizado no ensino médio, nos vestibulares, nos concursos públicos e em alguns processos seletivos, com a edição do decreto 79.298, em 24 de fevereiro de 1977, que determinou a inclusão da redação ou prova de língua portuguesa, como instrumento avaliativo para aprovação dos alunos, professores e candidatos.
Ordem Para redigir uma redação com “ordem” é necessário estruturar as ideais em partes e saber que a redação tem formato e tamanho pré-definidos. O tamanho geralmente é definido por quantidade de linhas e raramente por quantidade de parágrafos. O formato é a apresentação visual da redação e é de extrema importância que esteja limpo e correto, pois demonstra o cuidado e o respeito que o escritor tem para com seus leitores.
Para se obter um formato adequado, segue abaixo 10 passos fundamentais • Cabeçalho, preencher o cabeçalho com letra legível (nome, local e data) • Centralizar o Título na primeira linha, sem aspas e sem grifo. • Pular uma linha entre o titulo e o texto, para então iniciar a redação. • Fazer parágrafos distando mais ou menos três centímetros da margem e mantê-los alinhados. • Não ultrapassar as margens, e também não deixar de atingi-las. • Evitar rasuras e borrões. Caso erre, anule o erro com um traço apenas. • Apresentar letra legível, tanto de fôrma quanto cursiva, preferencialmente cursiva. • Distinguir bem as maiúsculas das minúsculas. • Evitar exceder o número de linhas pautadas ou pedidas como limites máximos e mínimos. (tamanho) • Escrever apenas com caneta preta ou azul.
Estruturando a Redação em Partes As partes que copõem uma redação são: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Introdução • A Introdução serve para lançar o assunto, delimitar o assunto e chamar a atenção do leitor para o tema a ser desenvolvido. Ela não pode ser muito longa, mas deve ser escrita em períodos, dois ou três períodos. Para uma redação de 20 linhas ela deve ter de 3 a 4 linhas. Para uma redação de 30 linhas deve ter de 5 a 6 linhas.
Desenvolvimento • O desenvolvimento é a parte da redação mais importante, seu conteúdo deve ser razoável, lógico e ocupar o maior número de linhas. • Em uma redação de 20 linhas deve conter de 12 a 14 linhas divididas em parágrafos. • Nunca limite o desenvolvimento em apenas 1 parágrafo.
Conclusão • A conclusão assim como a introdução deve conter poucas linhas. É na conclusão que nossas ideias propõem uma solução, um ponto de vista. A conclusão deve manter relação forte com o parágrafo inicial. Não se trata de copiar a mesma ideia e sim de retomá-la com embasamento. Desse modo, o autor deve amarrar as ideias para transmitir uma mensagem ao leitor. • Para uma redação de 20 linhas a conclusão deve ocupar de 3 a 4 linhas.
Para o desenvolvimento das três partes da redação, existem dois norteadores: o tema e o título. • - O Tema é o assunto sobre o qual vamos escrever, é a ideia que será defendida e que deverá aparecer logo no primeiro parágrafo. • - O Título é uma expressão, ou até uma só palavra, centrada no início do trabalho; ele é uma vaga referência ao assunto (tema).
Exemplos: • Tema: A cidade de São Paulo enfrenta atualmente grandes problemas. • Título: A cidade e seus problemas • Tema: Psicólogos do mundo todo têm se preocupado com a influência que determinados programas de televisão exercem sobre as crianças. • Título: A criança e a televisão
Título: Copa América • Tema: Campeonato esportivo de futebol realizado entre os países das Américas. • Título: Eleições • Tema: Candidato a presidência do país, prepara 100 ações para mudar o Brasil.
Para finalizarmos a questão “redigir com ordem” é imprescindível falarmos sobre pontuação. Item indispensável para ordenar as ideias e dar o devido significado ao discurso em construção. Os sinais de pontuação facilitam a leitura, mas seu mau uso pode levar à produção de sentidos bastante diferentes daqueles que se pretendia transmitir.
O que é Pontuação? Pontuação são marcações gráficas utilizadas pela linguagem escrita como recurso para sinalizar: pausa, melodia, entonação e até mesmo silêncio – que estão presentes na oralidade. Os sinais de pontuação podem ser divididos em dois grupos: Os sinais que marcam as pausas: a vírgula ( , ), o ponto ( . ) e o ponto e vírgula ( ; ). Os sinais que marcam a melodia da frase: os dois pontos (:), o travessão ( - ), o ponto de interrogação (?), o ponto de exclamação (!), as reticências (...), as aspas (“ ”) e os parênteses ( ).
Curiosidade Como surgiram os sinais de pontuação Os primeiros sinais de pontuação surgiram no início do Império Bizantino (330 a 1453). Mas sua função era diferente das atuais. O que hoje é o ponto final servia para separar uma palavra da outra. Os espaços brancos entre as palavras só apareceram no século VII, na Europa. Foi quando o ponto passou a finalizar a frase. O ponto de interrogação é uma invenção italiana, do século XIV. O de exclamação surgiu no século XIV. Os gráficos italianos também inventaram a vírgula e o ponto e vírgula no século XV (este último era usado pelos antigos gregos, muito antes disso, como sinal de interrogação). Os dois-pontos surgiram no século XVI. O mais tardio foram as aspas, que surgiram no século XVII. Tudo foi ficando mais claro com o aumento da importância da escrita. SUPERINTERESSANTE.São Paulo: Abril, Ed. 117, jun.1997. p.26.
Virgula ( , ) A vírgula é um sinal de pontuação que marca uma pausa de curta duração e é utilizada para separar termos dentro de uma oração ou orações dentro de um período. O uso da vírgula é uma questão de sintaxe, depende da função sintática que um termo exerce dentro da frase, independentemente de haver pausa; por isso, nem sempre que ocorre vírgula há pausa e nem sempre que há pausa ocorre vírgula. O uso da vírgula interferirá no sentido da frase. Pare, olhe, siga. O rapaz, que vinha na motocicleta, parou defronte da loja. Jorge, nosso irmão, marcou um gol. Os livros, os cadernos, as borrachas e os lápis estão sobre a mesa.
Ponto ( . ) O ponto assinala o final de um período simples ou composto, além de indicar maior pausa e quando encerra um texto escrito, é também chamado de ponto final. O mágico mundo das palavras vai invadindo nosso ser e ocupando seu espaço.
Ponto e vírgula ( ; ) O ponto e vírgula é o sinal intermediário entre a vírgula e o ponto. É utilizado principalmente para separar partes de um período no qual já haja vírgulas e para separar os diversos itens enumerativos de leis, regulamentos etc. Encontramos na reunião: Yara, a coordenadora; Darlene, a secretaria; Carlos, o professor e Zé, o amigo de todos.
Dois-pontos ( : ) Os dois-pontos sinalizam a suspensão da melodia de uma frase não concluída, podem ser utilizados: • para introduzir fala de personagens; Era uma vez um sonhador: - O corínthias ganhou a libertadores!!!!!! • para introduzir uma sequência que explica, identifica, desenvolve, discrimina ou resume uma ideia anterior; A poluição sonora provoca muitos efeitos negativos. Os principais são: distúrbios do sono, estresse, perda da capacidade auditiva, surdez, dores de cabeça, perda de concentração, aumento do batimento cardíaco e alergias.
Ponto de Interrogação ( ? ) O ponto de interrogação é utilizado no final de uma palavra ou frase para indicar pergunta direta. • Vamos redigir uma redação?
Ponto de Exclamação ( ! ) O ponto de exclamação é utilizado no final de palavras, como as interjeições, e no fim de frases enunciadas com entoação exclamativa. Denota, entre outras coisas, entusiasmo, alegria, dor, surpresa, espanto e ordem. • Silêncio! • Ah, entendi!
Travessão ( - ) O travessão é usado para indicar a fala de personagem, nos diálogos; isolar termos no interior do período, aos pares, como se fossem parênteses; ou, no final, para realçar uma expressão ou acrescentar uma explicação. • - Ontem fiquei te esperando... • - Não foi ao cinema por quê?
Reticências ( ... ) As reticências são usadas para indicar a interrupção da sequência lógica da frase. • Vou contar aos senhores...principiou Alexandre amarrando os sapatos.
Aspas (“”) As aspas são utilizadas, principalmente, para indicar uma citação; destacar um termo usado num sentido diferenciado do usual; apontar a fala de personagem ou entrevistados em textos jornalísticos. • Diz Thomas Mann em A montanha mágica: “Todo caminho que trilhamos pela primeira vez é muito mais longo e difícil do que o mesmo caminho quando já o conhecemos”.
Parenteses ( ) Os parênteses são usados para isolar uma expressão, palavra ou frase acessória num determinado contexto. • O que existe hoje (entre o governo federal e os municípios) não é uma parceria, é montaria. (Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios)Revist Veja nº 45.
De tempos em tempos, o influenza, vírus da gripe, sofre uma mutação radical e torna-se extremamente contagioso e letal. É assim que surgem epidemias mundiais, como a gripe espanhola de 1918, a mais agressiva que já atingiu a humanidade. Apesar de essas pandemias não terem data marcada para aparecer, a previsão dos especialistas é que a próxima deve estourar a qual- quer momento. O alerta foi publicado por epidemiologistas na revista “Science” no final do ano passado e ganhou nova força com a propagação da chamada gripe do frango em países asiáticos. ( Galileu, nº 152, março 2004.)
Que golaço! Do que é que tu mais gostas ? Cheguei, abri a porta, acendi a luz, liguei a televisão e deitei no sofá. A compaixão é um sentimento pérfido; abstenha-se dele ou combata-o. Não diga uma tolice dessas! Você não foi ao cinema por quê ? Aqui está o que você me pediu, Ricardo: a tesoura, a cola, o papel de seda e a linha.
Pra quê, meu Deus, uma foto dessas na primeira página ? Nossa mãe ! Eu não queria dizer, mas ...O que disse ? A Terra realiza dois movimentos: rotação e translação. Eu e a Bianca... quer dizer... a Bianca e eu... ou seja, nós, temos uma coisa pra te falar, papai. Puxa! Que força, hein ! Assisti a uma peça de teatro; meu irmão, a um filme.
Método Redigir com método é escrever o texto de acordo com uma tipologia. Tipologia textual é a forma como o texto é apresentado, podendo ser caracterizado como texto narrativo, texto descritivo e texto dissertativo.
Seguem algumas ideias que podem auxiliar na produção de uma dissertação: • Observe com cuidado o tema sugerido e, se houver textos de apoio, leia-os com atenção. Não copie partes do texto de apoio. • Selecione o que lhe parecer mais adequado para o tema. Não escreva sobre o que você não conhece. • Decida sua abordagem dissertativa após ter certeza de ter argumentos para comprová-la. • Escreva com naturalidade, não use palavras rebuscadas e diferentes do usual.SAIBA MAIS • Coesão é a ligação harmoniosa entre os elementos de um texto. Verificamos sua presença quando as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. • Coerência é o encaixe das ideias, de acordo com o tema, que o autor usa para dar um sentido completo ao texto. • Construa o texto sem esquecer da norma culta, da coesão e da coerência. Note a estrutura do texto: introdução, argumentação e conclusão.
Segue dicas do que evitar em uma dissertação: • Evite usar estrangeirismos. • Não use chavões, provérbios, ditos populares ou frases feitas. • Não use questionamento em seu texto, sobretudo em sua conclusão. • Jamais use a primeira pessoa do singular. • Evite usar palavras como “coisa” e “algo”, por terem sentido vago. Prefira: elemento, fator, tópico, índice, item etc. • Não repita muitas vezes as mesmas palavras, isso empobrece o texto. • Evite o uso de etc. e jamais abrevie palavras. • Não analisar assuntos polêmicos sob apenas um dos lados da questão. • Não comece a redação com períodos longos. Basta fazer uma frase-núcleo que será a sua ideia geral a ser desenvolvida.
Nunca coloque uma expressão que desconheça, pois o erro de ortografia e acentuação é o que mais tira pontos em uma redação. • Não use gírias, pois a dissertação é a explicação racional do que vai ser desenvolvido e uma gíria pode cortar totalmente a sequência do que vai ser escrito, além de ofender a norma culta da Língua Portuguesa. • Nunca se esqueça dos pingos nos “is”, pois bolinha não vale. • Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel. • Não inicie nem termine a redação com expressões do tipo: “Eu acho... Parece ser... Acredito mesmo...Quem sabe...” isso mostra dúvidas em seus argumentos.
Dicas para compor uma Redação 1 - Anote todas as ideias, frases, palavras, sensações que surgirem sobre o tema. Nessa etapa da escrita não deve haver nenhum tipo de preocupação quanto à sequência ou organização das ideias, ela funciona como uma espécie de tempestade cerebral. É importante ter consciência de que, para escrever sobre determinado assunto, é fundamental conhecê-lo. Para desenvolver de forma efetiva a capacidade de produzir textos escritos, torna-se imprescindível a leitura dos mais diversos materiais sobre o tema a ser abordado. 2 - Faça uma seleção das ideias que surgiram. É preciso analisar com atenção todas as ideias levantadas aleatoriamente e eliminar aquelas que não parecerem apropriadas ao texto a ser elaborado.
3 - Pense num plano para o seu texto, o desenvolvimento das ideias deve seguir a articulação lógica entre as três partes fundamentais do texto: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. 4 - Redija o texto. Realize somente um esboço da redação. É necessário verificar se as ideias organizadas se encontram concatenadas, se estão encadeadas de forma coerente e coesa, tomando-se o cuidado de eliminar qualquer tipo de contradição.
5 - Dê-lhe um título. É importante não esquecê-lo, pois esse elemento, aparentemente secundário do texto, geralmente contribui para uma melhor compreensão do direcionamento adotado na exploração do tema. 6 - Releia várias vezes, observando o sentido do texto. Verifique se as palavras e expressões utilizadas são adequadas, observando a necessidade de trocar aquelas consideradas impróprias ou pouco expressivas, objetivando atingir propriedade vocabular. 7 - Faça uma revisão gramatical, verificando a ortografia, as concordâncias verbal e nominal, a acentuação e pontuação. 8 - Passe a limpo sua redação.
Resumo da Aula • Produção de Textos • Tipos de Textos • Redação • Ordem e Método • Estrutura da Redação • Tema e Título • Pontuação • Narração • Descrição • Dissertação
Referências Bibliográficas • Série Novo Ensino Médio. Português Maia. Editora Atica,2005. • ELIAS, Vanda Maria. Ensino de Língua Portuguesa. Oralidade, Escrita e Leitura. Editora Contexto, 2011. • BECHARA, Evanildo. Nova Gramática Portuguesa. Nova Fronteira, 37ª edição. • ERNANI & NICOLA. Gramática de Hoje. Editora Scipione, 2011. • Revista Língua Especial, Redação. Editora Segmento, 2011. • Revista Língua, Guia da Língua Modelos e Técnicas. Editora Segmento, 2010.