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D engue. Aspectos clínicos, diagnóstico, estadiamento e tratamento. Leônidas Lopes Braga Júnior. ...qual é o diagnóstico, Dr.?. ...é uma simples virose!. DENGUE. MENINGOCOCCEMIA SEPTICEMIA S. HENOCH-SCHONLEIN PTI FEBRE AMARELA MALÁRIA GRAVE LEPTOSPIROSE HANTAVIROSE. SÍNDROME
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Dengue Aspectos clínicos, diagnóstico, estadiamento e tratamento Leônidas Lopes Braga Júnior
...qual é o diagnóstico, Dr.? ...é uma simples virose!
DENGUE • MENINGOCOCCEMIA • SEPTICEMIA • S. HENOCH-SCHONLEIN • PTI • FEBRE AMARELA • MALÁRIA GRAVE • LEPTOSPIROSE • HANTAVIROSE SÍNDROME DO CHOQUE SÍNDROME MENÍNGEA SÍNDROME DOLOROSA ABDOMINAL SÍNDROME EXANTEMÁTICA SÍNDROME HEMORRÁGICA SÍNDROME FEBRIL • MALÁRIA • IVAS • ROTAVIROSE • INFLUENZA • HEPATITE VIRAL • LEPTOSPIROSE • MENINGITE • OROPOUCHE • RUBÉOLA • SARAMPO • ESCARLATINA • MONONUCLEOSE • EXANTEMA SÚBITO • ENTEROVIROSES • ALERGIAS • KAWASAKI • MAYARO
QUESTIONAMENTO HÁ SUSPEITA DE DENGUE?
SITUAÇÃO ENDÊMICA X EPIDÊMICA CASO SUSPEITO DE DENGUE (MS): Febre com duração de até 7 dias + dois ou mais sintomas: mialgia cefaléia artralgia dor ocular prostração hemorragias exantema lactente→ toda sintomatologia dolorosa → choro freqüente DIFICULDADE DE AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS E SINAIS NA CRIANÇA
FORMAS CLÍNICAS DE DENGUE Assintomática Oligossintomática Dengue Clássica • Dengue Grave • Febre Hemorrágica (FHD) • Dengue com Complicações • Síndrome do choque da dengue • (SCD)
Crianças pequenas e lactentes Assintomática ou oligossintomática Sintomas inespecíficos (semelhante a outras viroses): Febre alta, intermitente - evolução bifásica Recusa alimentar, mal estar Irritabilidade Choro freqüente, adinamia DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS
Crianças pequenas e lactentes Exantema Sintomas de vias aéreas superiores raros Hiperemia discreta de orofaringe Dor abdominal / hepatomegalia não dolorosa/ vômitos/ fezes amolecidas DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS
DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS • Crianças Maiores, Adolescentes e Adultos • Doença + severa + aguda • Febre alta, calafrios, adinamia, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia • Cefaléia frontal e dor retro-orbitária • envolvimento musculatura extrínseca do olho • Severa dor músculo-esquelética • Hiperestesia de pele
DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS - Pode apresentar fenômenos hemorrágicos: petéquias, epistaxe, gengivorragia e outros • NÃO SIGNIFICA DENGUE HEMORRÁGICO • Tanto adultos quanto crianças:
QUADROCLÍNICO – DENGUE ETAPA FEBRIL 0 - 48 HORAS Febre Cefaléia Dor retro-orbitária Mialgias, artralgias Exantema (50%) Discreta dor abdominal
QUADROCLÍNICO – DENGUE ETAPA FEBRIL AO FINAL DO 2° DIA OU COMEÇO DO 3º DIA: Sangramentos: Petéquias Epistaxe Gengivorragia Vômitos sanguíneos Sangramento por punção venosa Hematúria Prova do laço positiva
QUADROCLÍNICO – DENGUE ETAPA CRÍTICA A PARTIR DO 3° a 5 ° DIA – CRIANÇAS / A PARTIR DO 4° a 6 ° DIA - ADULTOS Com a queda ou desaparecimento da febre ↓ Surgimento de sinais de alarmeda dengue ↓ Provável evolução para sinais de choque
DENGUE - ETAPA CRÍTICA SINAIS DE ALARME • São indicadores iniciais de provável evolução para FHD ou SCD • Dificuldade de avaliação dos sinais em lactentes e crianças menores • Dor abdominal intensa e mantida • Vômitos freqüentes • Irritabilidade e/ou sonolência • Queda brusca da temperatura ou hipotermia/ lipotímia
DENGUE – ETAPA CRÍTICASINAIS DE ALARME • Hepatomegalia dolorosa • Hemorragias importantes: hematêmese, melena • Hipotensão postural • PAS sentado – PAS em pé > 10mmHg • Diminuição da diurese • Desconforto respiratório • Aumento repentino do hematócrito • Queda abrupta das plaquetas • Presença de derrames cavitários
DENGUE – ETAPA CRÍTICASINAIS DE CHOQUE • Enchimento capilar lento ( > 2s ) • Extremidades frias / cianose • Pressão arterial convergente (PA diferencial ≤ 20mmHg) • Hipotensão arterial • Pulsos rápidos e finos • Taquipnéia • Taquicardia
QUADROCLÍNICO – DENGUE ETAPA DE CONVALESCENÇA • Melhora clínica • Adinamia / Fadiga fácil / Síndrome da fadiga crônica pós-dengue • Retorno do apetite ou anorexia • Prurido generalizado • Queda de cabelo • Depressão / distúrbios psiquiátricos
QUADROCLÍNICO – DENGUE ETAPA DE CONVALESCENÇA DA FHD • Estabilização hemodinâmica – PA normalizada ou aumentada • Exantema tardio – “isles of white in the sea of red” • Bradicardia • Aumento da diurese – Hto estável ou baixo • Sinais de hipervolemia – se hidratação venosa excessiva e persistente e/ou comprometimento renal • Descompensação cardíaca – miocardiopatia • Atentar para infecções bacterianas
ETAPAS CLÍNICAS DA DENGUE HEMORRÁGICO ManifestaçõesgeraisSangramentos menoresSINAIS DE ALARME ETAPA FEBRIL ETAPA CRÍTICA CHOQUE HEMATÊMESE ETAPA DE RECUPERAÇÃO Comousem superinfecção bacteriana Fonte: Torres, E.M. 2005
DENGUE COM COMPLICAÇÕES – “FORMAS ATÍPICAS” • Alterações neurológicas: encefalite, polineuropatia, • S. Guillain-Barré, S. Reye. • Hepatite • Plaquetopenia isolada inferior a 50.000/mm3 • Hemorragia digestiva isolada • Leucopenia inferior a 1.000/mm3 • Miocardite
QUESTIONAMENTO O PACIENTE TEM SANGRAMENTO?
SANGRAMENTO NA DENGUE PROVA DO LAÇO ESPONTÂNEO – ATENTAR PARA SANGRAMENTO “SUTIL” INDUZIDO NEGATIVA POSITIVA GRUPO A GRUPO B AUSÊNCIA DE SINAIS DE ALARME
PROVA DO LAÇO - DENGUE 2,5 5,0 cm • Garrotear por 3 min (crianças) e 5 min (adultos) mantendo na média da PA • Atentar para uso adequado do manguito • Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças) • 20 ou mais petéquias (adultos)
ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE HEMORRAGIAS - PETÉQUIAS
ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE PETÉQUIAS DE PALATO
ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE EPISTAXE
ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE RASH PETEQUIAL
PACIENTE COM FHD/ DENGUE HEMORRAGIA + EXANTEMA + EDEMA
QUESTIONAMENTO QUAIS EXAMES PODEM SER SOLICITADOS NA SUSPEITA DE DENGUE?
EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS - DENGUE • HEMOGRAMA COMPLETO • o principal exame, serve para suspeitar, monitorar gravidade, quando feito e recebido a tempo • Leucograma variável • Leucopenia →pensar em Dengue • Leucocitose → não afasta Dengue • Linfocitose relativa, monocitose, ás vezes, neutrofilia • Raro ou ausente→ desvio à esquerda, granulações tóxicas e vacúolos citoplasmáticos nos neutrófilos
EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS - DENGUE • HEMOGRAMA COMPLETO • HEMATÓCRITO: • normal • Hto com hemoconcentração → MONITORAR! • baixo nas hemorragias • PLAQUETOMETRIA: • normal • plaquetopenia → MONITORAR!
EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS - DENGUE • TRANSAMINASES → normais ou elevadas • PROTEINOGRAMA: • ALBUMINA → pode estar normal ou baixa → indica extravasamento plasmático • PESQUISA DE HEMATOZOÁRIOS: afastar malária
EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS • IONOGRAMA → distúrbio eletrolítico • URÉIA • CREATININA • TAP • TTPA • GASOMETRIA ARTERIAL → avaliar acidose metabólica • HEMOCULTURA → solicitar na suspeita de sepse ou infecção bacteriana avalia função renal avalia distúrbios de coagulação e potencialidade para sangramentos
EXAMES DE IMAGEM - DENGUE • RADIOGRAFIA DE TÓRAX • ULTRA-SONOGRAFIA DE TÓRAX • ULTRA-SONOGRAFIA DE ABDOME • ECOCARDIOGRAMA
ACHADOS DE IMAGEM - FHD • DERRAME PLEURAL • ASCITE • ESPESSAMENTO DE PAREDE DA VESÍCULA BILIAR • HEPATOMEGALIA • ESPLENOMEGALIA DISCRETA - RARA • LÍQUIDO PERICOLECÍSTICO • DERRAME PERICÁRDICO → CASOS MUITO GRAVES • COLEÇÃO PARARENAL/ PERIRENAL • EFUSÃO SUBCAPSULAR HEPÁTICA • EDEMA DE PÂNCREAS
ACHADOS DE IMAGEM - FHD DERRAME PLEURAL
ACHADOS DE IMAGEM - FHD DERRAME PLEURAL
ACHADOS DE IMAGEM - FHD EFUSÃO SUBCAPSULAR HEPÁTICA? PATOLOGIA DIAFRAGMÁTICA? DERRAME PLEURAL?
ACHADOS DE IMAGEM - FHD DERRAME PLEURAL DIREITO – INCIDÊNCIA DE LAURELL
ACHADOS DE IMAGEM – US - FHD DERRAME PLEURAL
ACHADOS DE IMAGEM – US - FHD ASCITE
ACHADOS DE IMAGEM – US - FHD ESPESSAMENTO DE PAREDE DA VESÍCULA BILIAR
EXAMES LABORATORIAIS ESPECÍFICOS - DENGUE • Diagnóstico Sorológico • ELISA (IgM e IgG) • NS1 – uso recente no Brasil • Diagnóstico por detecção de vírus ou antígenos virais • Isolamento do vírus • Imuno-histoquímica • Diagnóstico molecular • RT - PCR
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO – IgM Elisa para DENGUE • Momento da coleta: após o 5° dia • Melhor dia: entre 14 a 16º dia • ELISA de Captura de IgM • Método de escolha para diagnóstico • Detecção de infecções agudas/recentes • Boa Sensibilidade (92%)
EXAMES LABORATORIAIS ESPECÍFICOS – ISOLAMENTO VIRAL - DENGUE • Momento da coleta: do 1º ao 5º dia • Técnicas: • Inoculação em cultura de células • Inoculação em cérebro de camundongo • Inoculação intratorácica em mosquitos • Importância: • Vigilância de sorotipos
QUESTIONAMENTO COMO CONDUZIR O PACIENTE COM SUSPEITA DE DENGUE?