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COMPETÊNCIA DECLARATIVA DOS TRIBUNAIS COMUNS

COMPETÊNCIA DECLARATIVA DOS TRIBUNAIS COMUNS. COMPETÊNCIA INTERNA. Competência Interna. Artigo 62.º n.º2 - em razão: Da hierarquia Da matéria Do valor da causa e da forma de processo Do território. Em razão da hierarquia. Três graus de jurisdição:. Supremo Tribunal de Justiça.

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COMPETÊNCIA DECLARATIVA DOS TRIBUNAIS COMUNS

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Presentation Transcript


  1. COMPETÊNCIA DECLARATIVA DOS TRIBUNAIS COMUNS

  2. COMPETÊNCIA INTERNA

  3. Competência Interna Artigo 62.º n.º2 - em razão: • Da hierarquia • Da matéria • Do valor da causa e da forma de processo • Do território

  4. Em razão da hierarquia Três graus de jurisdição: Supremo Tribunal de Justiça Tribunais da Relação Tribunais de 1ª Instância

  5. Em razão da hierarquia Em regra, uma acção não deve ser inicialmente proposta numa Relação ou no Supremo Tribunal de Justiça. Excepções – exemplos: • Relação – acções contra juízes por causa das suas funções; • STJ – crimes do Presidente da República praticados no exercício das suas funções.

  6. Em razão da matéria • São da competência dos tribunais judiciais as causas que não sejam atribuídas a outra ordem jurisdicional – 66.º CPC e 18.º LOFTJ. • Ordens jurisdicionais – art. 209.º CRP: • Judicial; • Administrativa e fiscal • Julgados de paz – Lei 78/2001, de 13 de Julho.

  7. Competência dosJulgados de paz • Em razão do valor – alçada da 1ª instância (art. 8.º) • Em razão de matéria – artigo 9.º: • Cumprimento (quando o credor é pessoa singular) • Entrega de coisa móvel • Condomínio • Vizinhança • Acções reais • Arrendamento, com excepção do despejo

  8. Em razão da matéria De entre os tribunais judiciais: • Tribunais de competência genérica – art.77.º LOFTJ – julgar as acções não atribuídas a outro tribunal; • Tribunais de competência especializada - art. 78.º LOFTJ; • Juízos de competência especializada – 93.º LOFTJ.

  9. Em razão da matéria Tribunais de competência especializada: • Instrução criminal – 79.º e 80.º; • Família – 81.º e 82.º; • Menores – 83.º e 84.º; • Trabalho – 85.º a 88.º; • Comércio – 89.º; • Marítimos – 90.º; • Execução de penas – 91.º e 92.º.

  10. Em razão da matéria Juízos de competência especializada: • Juízos de competência especializada cível – 94.º LOFTJ; • Juízos de competência especializada criminal – 95.º LOTFJ.

  11. Em razão do valor e da forma de processo Art. 68.º CPC: • Tribunal singular – 1 juiz • Tribunal colectivo – 3 juízes. • Artigo 646.º - acção ordinária • Artigo 791.º - processo sumário e sumaríssimo (cfr. 464.º)

  12. Em razão do valor e da forma de processo Tribunais de competência específica – 69.º CPC e 96.º LOFTJ: • Cível: varas, juízos e pequena instância; • Criminal: varas, juízos e pequena instância; • Juízos de execução.

  13. Em razão do valor e da forma de processo • Varas cíveis – 97.º - acção declarativa de valor superior à alçada do tribunal da Relação, em que a lei preveja a intervenção do colectivo. • Juízos de pequena instância cível – 101.º - processo sumaríssimo e processo especial sem recurso. • Juízos cíveis – 99.º - competência residual – processo sumário.

  14. Em razão do território • Critérios especiais • Determinados por razões de proximidade das partes e do tribunal com a acção e o seu objecto. Critérios gerais • Residuais • Orientam-se por um princípio de favorecimento do réu

  15. Em razão do território • Critérios exclusivos – aqueles que não podem ser objecto de um pacto de competência – 100.º n.º1 e 110.º. • Critérios supletivos – regra – podem ser afastados por um pacto de competência.

  16. Critérios territoriais especiais 1. Local da situação dos bens (forum rei sitae) - Artigo 73.º: • Acções relativas a direitos reais sobre imóveis • Direitos pessois de gozo • Acções de despejo • Acções de preferência e de execução específica • Acções relativas a hipotecas

  17. Critérios territoriais especiais • Não se incluem: • Acções de anulação de contrato de compra e venda de imóvel • Acções de cumprimento de contrato em que se exige a entrega de coisa imóvel • Havendo vários imóveis – 73.º n.º3 – local do imóvel de maior valor

  18. Critérios territoriais especiais 2. Acções relativas à responsabilidade contratual – 74.º n.º1 - todas as acções de que o credor dispõe perante um incumprimento: • Local do domicílio do réu - regra Alteração pela Lei 14/2006... (foro do consumidor)

  19. Critérios territoriais especiais 2. Responsabilidade contratual – 74.º n.º1 Credor pode escolher local do cumprimento da obrigação se: • Réu é pessoa colectiva; • Réu e autor residentes na área metropolitana de Lisboa ou do Porto

  20. Critérios territoriais especiais 2. Responsabilidade contratual – 74.º n.º1 Qual o local de cumprimento? • Legal (artigos 772.º, 773.º, 774.º, 885.º., etc.) • Convencional.

  21. Critérios territoriais especiais 3. Responsabilidade extracontratual – Artigo 74.º n.º2 – inclui culpa in contrahendo • Local do acontecimento do facto • Casos em que o local do facto não é concreto ou único – autor pode escolher.

  22. Critérios territoriais especiais 4. Acções de divórcio e de separação de pessoas e bens – art. 75.º: Local do domicílio ou da residência do autor • Domicílio – 82.º e 85.º a 88.º CC • Residência – implica também a ligação a um lugar com intenção de a ele permanecer ligado, ainda que precaria e não habitualmente.

  23. Critérios territoriais especiais 5. Acções de honorários – 76.º 6. Inventário e habilitação – 77.º 7. Navios – 78.º a 81.º 8. Procedimentos cautelares – 83.º 9. Notificações avulsas – 84.º 10. Acções em é parte juiz ou parente – 89.º.

  24. Critérios territoriais gerais • Aplicáveis quando a competência não se determina por nenhum dos critérios especiais. • Exemplos: • Acção de anulação de um contrato • Acção de restituição de prestação cumprida em contrato nulo • Acção de reivindicação de móvel • Acção de investigação da paternidade

  25. Critérios territoriais gerais Um só réu pessoa singular – 85.º: • Domicílio do réu– 82.º e ss CC • Réu não tem domicílio, está ausente ou é incerto – domicílio do autor • Réu tem domicílio em país estrangeiro: • Lugar em que se encontrar • Domicílio do autor • Tribunal de Lisboa

  26. Critérios territoriais gerais Um só réu pessoa colectiva – 86.º n.º2: • Sede da administração principal • Sede da sucursal, agência ou filial se a acção for dirigida contra esta • Se a administração principal for estrangeira, pode a acção ser proposta na sede da sucural.

  27. Pluralidade subjectiva Vários réus e um só pedido – 86.º n.º 1 Tribunal do domicílio do maior número de réus; se for igual, autor pode escolher.

  28. Pluralidade objectiva 1. Vários pedidos independentes ou alternativos (haja um ou mais réus) – 87.º n.º2 – Autor pode escolher qualquer um dos tribunais competentes. Salvo se se tratar de um incompetência de conhecimento oficioso (110.º) – neste caso a competência é desse tribunal.

  29. Pluralidade objectiva 2. Vários pedidos dependentes ou subsidiários – 87.º n.º 3 Acção deve ser proposta no tribunal competente para a apreciação do pedido principal.

  30. Pluralidade objectiva Alguns preceitos prevêem regras para casos especiais de pluralidade: • Artigo 73.º n.º2; • Artigo 73.º n.º3; • Artigo 77.º n.ºs 3 e 4; • Artigo 83.º n.º1 a).

  31. Pluralidade objectiva Havendo reconvenção – artigo 98.º: Tribunal da acção é competente desde que tenha competência internacional, em razão da hierarquia e da matéria.

  32. Pluralidade subjectiva Na competência internacional: • Regulamento 44/2001 - Artigo 6.º n.º1: Autor pode escolher domicílio de qualquer dos réus. • Direito interno: artigo 87.º n.º1 faz funcionar o princípio da coincidência.

  33. COMPETÊNCIA CONVENCIONAL

  34. Competência convencional Partes convencionam qual o tribunal competente: • Competência internacional – pacto de jurisdição (art. 23.º Regulam. 44/2001 e art. 99.º) • Competência interna – pacto de competência (art. 100.º) • Tribunal arbitral – convenção de arbitragem (art. 1.º n.º1 LAV)

  35. Competência convencional • Celebração de convenções sobre competência sujeita às mesmas regras e aos mesmos requisitos de validade de qualquer contrato substantivo. • Elementos constitutivos: direito material • Admissibilidade e efeitos: direito processual

  36. Legitimidade e capacidade Só aquele que tem legitimidade e capacidade de exercício para a produção dos efeitos decorrentes da procedência ou improcedência da acção tem legitimidade e capacidade para celebrar a convenção sobre a competência. Atenção aos cônjuges.

  37. Pacto de jurisdição No Regulamento 44/2001 – artigo 23.º: • Uma das partes tem de estar domiciliada num Estado-Membro • É convencionada a competência de um Estado-Membro • Fora do âmbito das competências exclusivas do art. 22.º e das restrições dos artigos 13.º (seguros), 17.º (consumidores) e 21.º (trabalho) Nos restantes casos, a validade do pacto é analisada pelo direito interno do Estado-Membro designado (art. 23.º n.º 3).

  38. Pacto de jurisdição No Regulamento 44/2001: • Forma – escrita ou verbal com confirmação escrita (cfr. n.º2) • Pacto tácito – art. 24.º • Efeitos – competência exclusiva, a menos que as partes convencionem em sentido contrário

  39. Pacto de jurisdição No direito interno – art. 99.º: • Pacto atributivo – concede competência concorrente ou exclusiva a um tribunal ou a vários tribunais portugueses • Pacto privativo – retira competência a um ou a vários tribunais portugueses, atribuindo-a em exclusivo a um ou vários tribunais estrangeiros.

  40. Pacto de jurisdição Nos termos do art. 99.º n.º2 in fine, presume-se que a competência é concorrente com a competência legal dos tribunais portugueses Só há pacto privativo quando for retirada aos tribunais portugueses a competência legal concorrente.

  41. Pacto de jurisdição (Direito interno) Requisitos de validade – 99.º n.º3: • Situações subjectivas disponíveis – a) – crítica: não implica disposição de direitos; • Interesse sério de ambas as partes ou de uma delas – c) – evitar escolha de jurisdição que não tenha qualquer conexão com a relação controvertida; • Não violar competência exclusiva dos tribunais portugueses – d);

  42. Pacto de jurisdição (Direito interno) Requisitos de validade – 99.º n.º3: • Menção expressa da jurisdição competente – e) – jurisidição ou tribunal em concreto; • Aceitação pela lei do tribunal designado – b) – competências exclusivas; • Acordo escrito ou confirmado por escrito – e) + n.º 4 (qualquer meio de comunicação de que fique prova escrita).

  43. Pacto de competência • Convenção pela qual as partes designam como competente um tribunal diferente daquele que resulta das regras de competência interna. • Pacto só pode incidir sobre competência em razão do território – 100.º n.º 1 • Fora dos casos do artigo 110.º.

  44. Pacto de competência • Requisitos – 100.º n.º2: • Forma: • Do contrato se formal • Forma escrita se consensual • Aplica-se 99.º n.º4 • Designar as questões submetidas à apreciação do tribunal – cfr. n.º4 • Designar o critério de determinação do tribunal ao qual é atribuída competência.

  45. Pacto de competência • Efeitos: competência vinculativa para as partes – n.º3 – gera incompetência relativa.

  46. CONFLITOS DE JURISDIÇÃO E DE COMPETÊNCIA

  47. Conflito de jurisdição Artigo 115.º n.º1: Dois ou mais tribunais de diferentes ordens arrogam-se (conflito positivo) ou declinam (conflito negativo) a competência para apreciar certa acção.

  48. Conflito de jurisdição Resolução – 116.º: • Entre os tribunais judiciais e os tribunais administrativos – Tribunal de Conflitos (Dec-Lei n.º 19.243 de 16/1/10931 e Dec-Lei n.º 23.185 de 30/10/1933). • Todos os restantes – Supremo Tribunal de Justiça – art. 36.º d) LOFTJ.

  49. Conflito de competência Artigo 115.º n.º2: Pressupõe que dois ou mais tribunais da mesma ordem se arrogam (conflito positivo) ou declinam (conflito negativo) a competência para apreciar certa acção.

  50. Conflito de competência Resolução: • Tribunal de menor categoria hierárquica com jurisdição na circunscrição territorial comum aos tribunais conflituantes – art. 116.º n.º1 • Processo: artigo 117.º a 120.º.

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