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1. O PRÉ-MODERNISMO NO BRASL 1902 – OS SERTÕES, DE EUCLIDES DA CUNHA
2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA Substituição da “República da espada” (governos Marechal Deodoro e do Marechal Floriano) pela “República do café-com-leite”;
Auge da economia cafeeira no Sudeste;
Entrada de grandes levas de imigrantes (notadamente os italianos) no país;
Esplendor da Amazônia, com o ciclo da borracha
3. Surto da urbanização de São Paulo;
4. Revolta de Canudos, na Bahia;
5. Conflitos no Ceará, que tiveram como figura central o padre Cícero;
10. MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS O ESTILO ART NOUVEAU (ARTE NOVA), EMPREGADO POR MUITOS ESTUDIOSOS, É UMA REAÇÃO À IMITAÇÃO DO ESTILO GÓTICO E DO RENASCENTISTA
12. ALBERTO NEPOMUCENO INTRODUZ OS MODERNOS COMPOSITORES ERUDITOS EUROPEUS NO BRASIL
14. A MÚSICA POPULAR (MAXIXE, MODINHA E TOADA) COMEÇA A SER OUVIDA NOS SALÕES ELEGANTES
15. O CARNAVAL COMEÇA A SE FIRMAR COMO A PRINCIPAL FESTA POPULAR DO RIO DE JANEIRO
16. “Ó ABRE ALAS
QUE EU QUERO PASSAR
Ó ABRE ALAS
QUE EU QUERO PASSAR
EU SOU DA LIRA
NÃO POSSO NEGAR
Ó ABRE ALAS
QUE EU QUERO PASSAR
Ó ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR
ROSA DE OURO
É QUEM VAI GANHAR”
Chiquinha Gonzaga - 1991
18. CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO RUPTURA COM O PASSADO
DENÚNCIA DA REALIDADE BRASILEIRA
REGIONALISMO
TIPOS HUMANOS MARGINALIZADOS
LIGAÇÃO COM FATOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS
19. PRINCIPAIS OBRAS E REPRESENTANTES OS SERTÕES, de Euclides da Cunha (relato sobre a Guerra de Canudos)
Linguagem cientificista
Teorias deterministas (o homem é fruto do meio em que vive)
Obra dividida em três partes :
A terra
O homem
A luta
22.
“...É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo -- cai é o termo -- de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável.
É o homem permanentemente fatigado.
Reflete a preguiça invencível, a atonia muscular perene, em tudo: na palavra remorada, no gesto contrafeito, no andar desaprumado, na cadência langorosa das modinhas, na tendência constante à imobilidade e à quietude.
Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude...”
(FRAGMENTO DE “O HOMEM”)
24. CIDADES MORTAS e URUPÊS, DE MONTEIRO LOBATO PASSAGEM DO CAFÉ PELO VALE DO PARAÍBA PAULISTA.
LINGUAGEM PRÓXIMA DA COLOQUIAL
PRESENÇA DO CAIPIRA PAULISTA (JECA TATU)
26. “A quem em nossa terra percorre tais e tais zonas, vivas outróra, hoje mortas, ou em via disso, tolhidas de insanavel caqueixa, uma verdade, que é um desconsolo, ressurte de tantas ruinas: nosso progresso é nomade e sujeito a paralisias subitas. Radica-se mal. Conjugado a um grupo de fatores sempre os mesmos, reflue com eles duma região para outra. Não emite peão. Progresso de cigano, vive acampado. Emigra, deixando atrás de si um rastilho de taperas.
A uberdade nativa do solo é o fator que o condiciona. Mal a uberdade se esvai, pela reiterada sucção de uma seiva não recomposta, como no velho mundo, pelo adubo, o desenvolvimento da zona esmorece, foge dela o capital – e com ele os homens fortes, aptos para o trabalho. E lentamente cai a tapera nas almas e nas coisas.
Em S. Paulo temos perfeito exemplo disso na depressão profunda que entorpece boa parte do chamado Norte.
Ali tudo foi, nada é. Não se conjugam verbos no presente. Tudo é pretérito.
Umas tantas cidades moribundas arrastam um viver decrepito, gasto em chorar na mesquinhez de hoje as saudosas grandezas de dantes...” (CIDADES MORTAS, DE MONTEIRO LOBATO)
27. CANTO ÍNTIMO Meu amor, em sonhos erra,Muito longe, altivo e ufanoDo barulho do oceanoE do gemido da terra!O Sol está moribundo.Um grande recolhimentoPreside neste momentoTodas as forças do Mundo.De lá, dos grandes espaços,Onde há sonhos inefáveisVejo os vermes miseráveisQue hão de comer os meus braços.Ah! Se me ouvisses falando!(E eu sei que às dores resistes)Dir-te-ia coisas tão tristesQue acabarias chorando. Que mal o amor me tem feito!Duvidas?! Pois, se duvidas,Vem cá, olha estas feridas,Que o amor abriu no meu peito.Passo longos dias, a esmo...Não me queixo mais da sorteNem tenho medo da MorteQue eu tenho a Morte em mim mesmo!"Meu amor, em sonhos, erra, Muito longe, altivo e ufanoDo barulho do oceanoE do gemido da terra!"
28. TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA, DE LIMA BARRETO RETRATO DO GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO E DA REVOLTA DA ARMADA
LINGUAGEM PRÓXIMA DA LÍNGUA FALADA DA ÉPOCA
PERSONAGENS MARGINALIZADOS, IGNORANTES E OPRIMIDOS
30. EU, de AUGUSTO DOS ANJOS Linguagem cientificista-naturalista
Emprego de palavras não-poéticas
Pessimismo e angústia em face dos problemas e distúrbios pessoais
31. A esperança
A Esperança não murcha, ela não cansa, Também como ela não sucumbe a Crença. Vão-se sonhos nas asas da Descrença, Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa; No entanto o mundo é uma ilusão completa, E não é a Esperança por sentença Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito, Sirva-te a crença de fanal bendito, Salve-te a glória no futuro - avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento, Também espero o fim do meu tormento, Na voz da morte a me bradar: descansa!
32. Hino à dor
Dor, saúde dos seres que se fanam,
Riqueza da alma, psíquico tesouro,
Alegria das glândulas do choro
De onde todas as lágrimas emanam..
És suprema! Os meus átomos se ufanam
De pertencer-te, oh! Dor, ancoradouro
Dos desgraçados, sol do cérebro, ouro
De que as próprias desgraças se engalanam!
Sou teu amante! Ardo em teu corpo abstrato.
Com os corpúsculos mágicos do tacto
Prendo a orquestra de chamas que executas...
E, assim, sem convulsão que me alvorece,
Minha maior ventura é estar de posse
De tuas claridades absolutas!
33.
34. FONTES PEREIRA & PELACHIN, Helena Bonito e Marcia Maisa. Português Na trama do texto. Ensino Médio. Ed. FTD
TERRA, ERNANI. Português para o Ensino Médio. Vol. Único. Ed. Scipione
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